Projeto do Reino Unido está desenvolvendo um projeto-piloto de armazenamento de ar na forma líquida.
Um projeto pioneiro no noroeste do Reino Unido visa transformar o ar em líquido, com o objetivo de armazenar energia para ajudar as redes de eletricidade a atender ao uso crescente de energia eólica e solar.
A primeira usina de armazenamento de “ar líquido” em escala mundial baseia-se em uma tecnologia que, segundo os que apoiam a ideia, além de ser mais barata, fornece energia por períodos mais longos do que as baterias de íons de lítio.
A usina construída ao lado de um aterro sanitário em Bury, nos arredores de Manchester, usa a eletricidade produzida em excesso ou a consumida fora do horário de pico para resfriar o ar a -196°C, transformando-o em líquido armazenado em grandes tanques de metal.
Em seguida, o bombeamento e o aquecimento convertem o líquido em um gás que move uma turbina e gera eletricidade quando necessário, sem, no entanto, emitir gases poluentes.
A potência da usina é relativamente pequena, de apenas 5 megawatts (MW), em comparação com a potência de 50MW das fábricas de baterias de íons de lítio, que estão sendo construídas por empresas como a EDF Energy. Mesmo assim, de acordo com especialistas da Highview Power, a tecnologia pode se expandir para centenas de megawatts.
Gareth Brett, executivo-chefe da empresa, disse que a tecnologia pode economizar energia ao longo do dia, com o equilíbrio entre a compra de eletricidade em momentos em que o custo diminui e a geração de energia quando os preços aumentam.
“Se o objetivo é armazenar energia por um período de uma hora, a bateria de íon de lítio é eficiente, mas, em geral, as pessoas querem armazenar o excesso de energia renovável nos horários de pico, que têm a duração de quatro horas ou mais”, disse Brett.
A Highview Power já está explorando locais para a construção de uma fábrica de 50MW. A empresa abriu um escritório nos EUA e pretende exportar sua tecnologia para a Europa e a Austrália.
A usina em Bury, com 690 m2, foi inaugurada oficialmente em 5 de junho. O projeto contou com o apoio financeiro de £ 8 milhões do governo britânico. Mas, de acordo com Brett, a tecnologia já pode ser comercializada e seu sucesso não depende de subsídios. A empresa também arrecadou £ 25 milhões de investimento privado para outros projetos.
O armazenamento de energia em larga escala é essencial para que a rede de fornecimento de energia elétrica em âmbito nacional e local possa atender ao uso crescente de energias renováveis, cuja produção oscila de acordo com as variações climáticas da incidência da radiação solar e da quantidade de vento.
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