Empresários apostam em painéis solares para reduzir custos e se tornar mais competitivos no mercado. Minas lidera ranking de potência instalada no país.
“Em vez de pagar a mensalidade para a concessionária de energia, economizo o dinheiro, que vai para o meu negócio”, diz Theodoro Peluso, dono de restaurante
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A conta de energia elétrica sempre representou um dos custos elevados dos estabelecimentos comerciais e para prestadores de serviços. Esse encargo está sendo aliviado devido ao investimento no aproveitamento da energia gerada pela luz solar. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil acaba de atingir a marca de histórica de 300 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de geração e minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica. Trata-se da energia gerada em painéis instalados em miniusinas em telhados de residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com 22,9% da potência instalada no país, Minas lidera o ranking nacional.
O crescimento da geração e consumo da energia solar no comércio e prestação de serviços é vertiginoso. De acordo com a Absolar, a potência instalada do setor, que era de 72MW no fim de 2017, agora atingiu 132MW. Considerando que a potência instalada no segmento em 2016 era de apenas 24MW, chega-se ao impressionante índice de aumento de 450% em dois anos. Os consumidores dos setores de comércio e serviços aquecem a economia na liderança do uso da energia solar fotovoltaica, com 44% da potência instalada no país, seguidos por consumidores residenciais (38%), indústrias (8,4%), consumidores rurais (5,6%) e poder público (3,5%). Além do alívio na conta de luz, os investimentos também são favorecidos por linhas de financiamento a longo prazo, voltadas para a instalação das miniusinas solares.
Em Belo Horizonte, o uso da energia limpa atraiu a atenção do empresário Theodoro Peluso, dono do Restaurante Anella, na Pampulha. Ele montou uma miniusina com 230 painéis fotovoltaicos para suprir a demanda de seu estabelecimento. “Em vez de pagar a mensalidade para a concessionária de energia, economizo o dinheiro, que vai para o meu negócio”, comenta Theodoro, ressaltando também os benefícios para a natureza. A previsão do empresário é reaver o investimento em três anos.
CORTE DE GASTOS
O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressalta que a instalação dos sistemas solares fotovoltaicos virou uma grande alternativa de redução de despesas e de melhoria dos lucros para comerciantes e prestadores de serviços. “O setor de comércio e serviços tem a energia elétrica como o seu segundo ou terceiro maior gasto operacional. O uso da energia solar fotovoltaica ajuda a aliviar esse custo e vem trazer maior previsibilidade e maior independência energética para o planejamento financeiro das empresas.”
Ele ressalta que as empresas têm percebido que a cada ano o aumento da tarifa da energia elétrica tem ficado acima da inflação. “Esse gasto vem pesando no bolso dos pequenos empresários, em especial do comércio, assim como dos serviços. O uso da energia solar permite à empresa economizar por volta de 80% a 90%”, diz o presidente da Absolar, acrescentando que o capital investido na geração própria de energia é recuperado entre três e sete anos.
Sauaia destaca que, além do ganho financeiro, a energia oriunda do sol agrega valor aos negócios por ser uma energia limpa e não causar impactos à natureza. “O investimento contribui para a melhoria da qualidade do meio ambiente, fator que interfere na decisão dos consumidores na hora de comprar e contratar serviços. Então, a energia solar traz para os empresários o valor do posicionamento de sua marca junto ao consumidor, mostrando sua preocupação com a sustentabilidade”, diz o presidente da Absolar.
Fonte: em.com.br
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