Por que pagamos tão caro na conta de energia?


A energia elétrica é um dos custos que mais pesam no bolso do consumidor brasileiro. O Brasil, rico em recursos naturais, é um dos poucos países no mundo que dispõem de um sistema hídrico tão generoso, com abundância de rios e quedas-d’água, com um enorme potencial para a geração de energia hidrelétrica.

Não à toa, que cerca de 60% da matriz elétrica brasileira é produzida pelas hidrelétricas, ao todo, são cerca 218 usinas hidrelétricas, além de outras 7 em construção.

Mas, com uma fonte de energia abundante, limpa e renovável, por que pagamos tão caro na energia elétrica?


Isso se deve a diversos fatores. Entre eles, está o fato dos consumidores não pagarem somente pela sua produção, como também, pela sua transmissão e distribuição. A energia elétrica produzida no Brasil é direcionada para o SIN (Sistema Interligado Nacional), uma imensa "rodovia elétrica" de linhas de transmissão que atravessam o país conectando os pontos de geração e consumo de energia elétrica, permitindo a troca de energia entre as regiões.

Produzir energia longe de onde ela é consumida, não só encarece seu transporte como também aumenta a sua perda durante o percurso.

Essa perda energética é grande no Brasil, cerca de 13% da energia é perdida entre a geração e a disponibilização para o consumidor.



Um outro fator que encarece nossa energia é a ocorrência de perdas técnicas, relacionadas à transformação de energia elétrica em energia térmica nos condutores, perdas nos núcleos dos transformadores, perdas dielétricas etc; e perdas não técnicas, que decorrem principalmente de furto (ligação clandestina, desvio direto da rede) ou fraude de energia (adulterações no medidor), popularmente conhecidos como “gatos”, erros de medição e de faturamento.

Com a estiagem recorrente dos últimos anos, foi necessário a criação de bandeiras tarifárias, que funcionam de caráter didático, e tem o objetivo indicar ao consumidor os custos e 

condições da geração de energia elétrica. Essas bandeiras são definidas mensalmente pela ANEEL, com base nas informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Quando as bandeiras tarifárias amarela ou vermelha (patamar 1 e 2) são acionadas é porque há a necessidade do uso de usinas termelétricas, sendo acrescentados, respectivamente, o valor de R$ 1,00, R$ 3,00 e R$ 5,00, a cada 100 kWh consumidos, pois o custo de geração de energia é maior em termelétricas, pelo fato das usinas utilizarem combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível ou diesel.

Além das bandeiras tarifárias, estão inclusos outros encargos na tarifa de energia, como o transporte e encargos setoriais. Esses encargos financiam várias necessidades específicas do setor elétrico. São nove encargos cobrados na nossa fatura: CDE, PROINFA, RGR, ESS, CFURH, ONS, P&D, EER, TFSEE.

Também estão inclusos na conta de luz impostos como PIS/PASEP, COFINS (federal), ICMS (estadual) e a contribuição para a iluminação pública. Juntas, essas tarifas respondem por quase 50% do valor total da energia elétrica, sendo que o maior responsável por essa fatia é o ICMS, imposto cobrado pelos estados, que vêm arrecadando cada vez mais com os aumentos de tarifas que praticamente dobraram a conta de luz nos últimos anos.

Como posso reduzir o valor na conta de energia?

Cada vez mais a geração de energia por meio de sistemas fotovoltaicos surge como uma solução para a redução da fatura. O Brasil é um país que possui um potencial muito grande em relação a energia solar por seu vasto território e clima tropical, e, além disso, está próximo da linha do equador e não possui muita variação de luz solar, ou seja, há uma grande incidência de radiação solar durante todo o ano, sendo viável em praticamente todo o seu território.

O sistema fotovoltaico pode fornecer toda a energia elétrica que sua casa precisa de forma 100% limpa e renovável, sem prejuízos para o meio ambiente, reduzindo significativamente a fatura de energia elétrica, além de agregar valor ao seu imóvel, garante um rápido retorno de investimento, de 4 a 6 anos, economizando ao longo de toda a vida útil do sistema, que tem durabilidade de 25 anos.


Além disso, gerar sua própria energia é um ato de independência das distribuidoras, fortalece pequenos e médios negócios, reduzindo os gastos na conta de energia e devolvendo ao consumidor o poder de escolha de como e onde ele quer que sua eletricidade venha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário