TÜV RHEINLAND aumenta presença em projetos de usinas fotovoltaicas

O mercado de energia solar brasileiro ainda espera por uma expansão um pouco mais robusta. Mesmo assim, o segmento tem conquistado alguns importantes feitos, como a recente marca de 300 MW de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. Visando o potencial do setor no Brasil, a TÜV Rheinland, que fornece certificações, inspeções, treinamentos e gerenciamentos de projetos, está ampliando sua participação no país. 

“No segmento de plantas e usinas fotovoltaicas, estamos entrando com um pouco mais de presença no mercado para dar todo o suporte aos fabricantes e EPCistas”, afirma o gerente da área de energia solar da companhia, Robynson Molinari. Ele lembra também que a Petrobrás está voltando com investimento em plantas de energias renováveis, o que seria muito importante para fechar novos negócios. “A partir do momento que a economia começar a se restabelecer, teremos uma acelerada no segmento fotovoltaico – tanto nos sistemas domésticos quanto nas usinas”, concluiu.

Recentemente a empresa se associou à Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). 

Qual a estratégia com a medida?

Nossa intenção é de aproximação com a cadeia fotovoltaica, principalmente com as fabricantes de componentes de painéis e com os EPCistas que constroem plantas. O interesse é nos aproximarmos desse público para oferecer serviços que a TÜV Rheinland oferta globalmente. Somos líderes nesse mercado fotovoltaico. A ideia é, com tempo, fortalecer os laços com a Absolar e seus associados. 

O que a companhia espera a partir de agora em relação ao mercado brasileiro?

[A meta] seria fornecer, ou pelo menos esclarecer, muitos pontos importantes sobre a cadeia de fornecimento, desde o fabricante de painéis até a companhia que os instalam. No Brasil, por exemplo, não existe essa cultura de uma terceira parte independente para confirmar se o produto foi feito da maneira correta. A ideia é justamente é chegar com mais proximidade nos associados desta cadeia para oferecer nossos serviços e, no mínimo, ressaltar a importância das normas internacionais e nacionais, garantindo assim que o produto atenda aos requisitos de segurança e eficiência. 

Quais são os desafios e oportunidades do setor?

Hoje, com essa crise, o que vemos é que o governo parou com os incentivos em plantas fotovoltaicas. Nós esperamos que isso retorne a partir desde ano ou do próximo. Outro ponto é que a Petrobrás está voltando com o projeto de investimento em plantas de energias renováveis, tanto fotovoltaica quanto eólica. A partir do momento que a economia começar a se restabelecer, teremos uma acelerada no segmento fotovoltaico – tanto nos sistemas domésticos quanto nas usinas. 

E de que forma a TÜV Rheinland tem atuado hoje no mercado brasileiro?

Somos acreditados pelo Inmetro para certificação de sistemas de aquecimento solar. Estamos nesse setor desde 2013 e possuímos uma fatia de 40% de mercado. Para a parte fotovoltaica, especificamente falando de eficiência energética, temos laboratórios acreditados pelo Inmetro também, onde são feitos os ensaios. Já no segmento de plantas e usinas fotovoltaicas, estamos entrando com um pouco mais de presença no mercado para dar todo o suporte aos fabricantes e EPCistas. 

Poderia detalhar esse plano de expansão na área de usinas solares?

O que temos dentro desse segmento é bem abrangente. Atendemos toda a cadeia, desde o fabricante de componentes até a revisão de projetos de plantas. Por exemplo, na Europa e nos EUA, nós trabalhamos desde o início do processo, com os bancos e com seguradoras para ajudar na definição das especificações técnicas. Damos suporte também aos proprietários das usinas na parte de verificação de todos os componentes. Podemos fazer o acompanhamento das instalações e medições para verificar a eficiência dos painéis. Além de acompanhar o próprio início de produção da usina fotovoltaica e sua manutenção.

Qual o potencial de crescimento do mercado brasileiro de energia solar?

Entendemos que está começando a emergir a solar, que está se popularizando no Brasil. Vemos um início de mais projetos no segmento. Vejo que podemos ter um bom crescimento no fornecimento de nossos serviços, justamente para garantir segurança, qualidade e boa performance das usinas. 

E qual será a estratégia de crescimento?

A nossa estratégia é um pouco de tudo que já lhe falei. Estamos agora nos associando a Absolar, que é uma entidade com vários associados importantes do mercado. No final de agosto, nós estaremos na Intersolar South America, com especialistas dos nossos laboratórios da China e Europa, para demonstrar nossa expertise. Por exemplo, nosso laboratório da Alemanha é o maior do mundo para o mercado fotovoltaico. Isso nos faz líderes do setor para certificação de componentes fotovoltaicos. No evento, será possível fazer uma visita virtual aos nossos laboratórios em Xangai. São pequenas ações que vão montando nosso foco para frente. 

Obviamente, também estamos em contato com clientes. A nossa ideia é trazer alguns workshops. Em todos os novos negócios, muitas vezes, quando não existe uma regulamentação definida para o produto, precisamos de toda uma forma de mostrar ao mercado o que é necessário ser avaliado antes de fazer a compra de componentes.

Fonte: Petro Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário