O Egito está situado no norte da África, em uma região predominantemente desértica que costuma receber uma média de 12 horas de Sol todos os dias, e mesmo com esse potencial de geração de energia limpa, sua matriz energética depende quase que inteiramente de combustíveis fósseis, fontes de energia que poluem o Meio ambiente. Mas este cenário vai mudar, o país quer ampliar a utilização de fontes renováveis em sua matriz energética utilizando seu grande potencial solar.
Com um investimento de 2,8 bilhões de dólares, o parque solar de Benban, localizado a 400 quilômetros ao sul da Cidade do Cairo, será o maior complexo de energia solar do mundo. O projeto faz parte de um programa do governo egípcio, com o propósito de reduzir a dependência energética de fontes fósseis como o Petróleo e o Gás Natural, que atualmente, representam cerca de 90% de sua matriz energética.
Sua capital, Cairo, foi nomeada recentemente pela Organização Mundial de Saúde como a segunda cidade mais poluída do planeta. Como resposta, o governo tem como objetivo, reduzir pela metade o consumo de gás natural e migrar 42% de sua matriz energética para fontes limpas e renováveis de energia até 2025, e desde o anúncio, o investimento no mercado de energia limpa no Egito aumentou 500%.
O Complexo Benban contará com 30 usinas solares e será operado por grandes empresas de energia no mundo, envolvendo cerca de 4 mil trabalhadores. Entre as empresas de energia, a estatal CDC Group, do Reino Unido, anunciou um grande investimento no valor de 97 milhões de dólares que corresponderão a cerca de 400 megawatts diante dos 1,8 gigawatts de eletricidade que a usina será capaz de produzir.
Este plano de investimento faz parte de um acordo de financiamento assinado pelo Governo egípcio junto da Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla em inglês), anexado ao Banco Mundial, por 653 milhões de dólares, com o qual serão financiadas treze plantas solares dentro de Benban. O complexo será construído na cidade de Assuão, no sul do Egito, que também incluirá empresas como a Acciona, que anunciou um investimento de 180 milhões de dólares para construir instalações com uma capacidade total de 150 megawatts.
O presidente egípcio Abdel Fattah Sisi vem trabalhando para mudar a realidade do país, incentivando outros projetos de eletricidade, incluindo a criação de parques eólicos no Golfo de Suez, no Mar Vermelho e se valendo da ajuda de outros países para treinar profissionais e desenvolver o ensino de energia solar e eólica em escolas técnicas, fomentando este mercado.
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