Produção da energia eólica supera pela primeira vez a da energia nuclear no Reino Unido


A energia eólica no Reino Unido ultrapassou a energia nuclear pela primeira vez na história do país.

Os parques de energia eólica no Reino Unido conseguiram uma incrível proeza ao ultrapassar a produção das oito centrais nucleares num trimestre. O feito foi conseguido durante os três primeiros meses de 2018 e marcou a primeira vez que a produção eólica ultrapassou a nuclear.

O Imperial College of London revelou no seu relatório Electric Insights que a produção de energia eólica ultrapassou as outras fontes de energia pela primeira vez na história. Os relatórios trimestrais são criados pelo Dr. Iain Stafell, do Centro de Política Ambiental, acompanhado por outros especialistas. O último relatório destaca que, enquanto estava no pico, os parques eólicos forneciam cerca de 47,3% da energia necessária. Também foi destacado que o vento atingiu o pico em mais de 14 GW de energia elétrica.

Embora esta seja uma notícia promissora, a eólica ainda tem um percurso longo para provar o seu domínio como fonte de energia no Reino Unido. O gás natural forneceu a maior quantidade de energia elétrica do país, 39,4%, e a nuclear atingiu 18,76%.

Uma das principais razões pelas quais tanto a energia eólica soprou no Reino Unido em 2018 está a ser atribuída a uma nova linha de transmissão entre a Escócia e o norte do País de Gales, inaugurada em Dezembro do ano passado. Esse desenvolvimento permitiu que as turbinas continuassem a produzir energia. No passado, eram reduzidas as potências das turbinas quando a rede que alimentavam era incapaz de aceitar mais energia elétrica. O novo cabo de energia também ajudou a desbloquear a eletricidade dos parques eólicos escoceses.

Enquanto isso, os especialistas apontaram as restrições da transmissão de energia como um importante desafio à expansão da energia eólico no Reino Unido. Apesar disso, a energia nuclear teve retrocessos nos primeiros três meses, já que duas das centrais nucleares foram temporariamente encerradas para manutenção e por problemas com a contaminação por algas marinhas.

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