Paraná tem cinco edifícios autossuficientes em energia, ou seja, edificações que produzem toda a energia que consomem, sem depender da concessionária para abastecimento. Das sete construções com o selo no país, cinco delas estão no Estado, o que concede a liderança no ranking nacional de edificações autossuficientes em energia.
As 5 construções certificadas ou em processo final de certificação no Estado são: Sede da empresa de engenharia Petinelli (Curitiba),Geo Energética (Tamboara), De Paola (Curitiba), Plasmetal (Londrina) e RAC Engenharia (Curitiba). A sede do Sebrae Cuiabá, no Mato Grosso, e o empreendimento comercial Espaço Lar Verde Lar, em Governador Valadares (MG), completam a relação de construções com o selo Zero Energia no país.Centro de Sustentabilidade Sebrae-MT Foto: Divulgação
“O Paraná possui um ambiente empresarial muito competitivo e as empresas da região entendem o papel da tecnologia no sucesso dos seus negócios. Energia configura como a segunda principal despesa, depois apenas de recursos humanos, para a grande maioria das empresas. Estamos falando de uma questão estratégica e a auto geração passa a ser avaliada de forma seria como alternativa”, argumenta o diretor da Petinelli, Guido Petinelli.
A sede da empresa em Curitiba tem 388 m² de área construída, com um ambiente de escritórios open plan, duas salas de reuniões, uma área para treinamentos e cursos e um lounge. A edificação tem um consumo anual de energia de 19,3 mil kWh, que é utilizada para iluminação, ar condicionado e tomadas. Para conseguir gerar toda a energia que precisa, a empresa investiu R$75 mil na implantação de um sistema fotovoltaico com 56 módulos e um inversor de frequência de 12kW, além de todos os itens de segurança que compõem o sistema, como disjuntores, cabos e outras peças.
Guido explica que o monitoramento e controle da energia gerada e consumida é feito a cada 15 minutos a partir da medição direta do inversor de frequência. Esta medição, no mesmo instante, é disponibilizada na internet para o monitoramento remoto do sistema, permitindo também informar possíveis problemas que venham a ocorrer no sistema de geração de energia.
Se, porventura, a energia gerada exceder a consumida, ela será destinada à rede pública e a concessionária (no Paraná, a Copel) vai gerar créditos em kWh para a empresa. Em períodos de menor produção de energia, como no inverno, se o consumo for maior do que a geração, a empresa poderá usar os créditos gerados para compensação. Os créditos são cumulativos e podem ser utilizados em até cinco anos.
De acordo com Guido, a previsão é de que o investimento seja recuperado em seis anos e a empresa economize R$ 12,6 mil ao ano gerando a sua própria energia. Apesar dos benefícios econômicos, ele afirma que a importância do selo Zero Energy está na mudança de um paradigma sobre edificações sustentáveis no Brasil.
“Nós não estamos mais falando de contrapontos, mas de performance verificada. Não é a promessa de economia, mas sim a economia real. Até então, o sistema de certificação ambiental fornecia um selo ao projeto e à obra. Agora, o que está sendo avaliado é a operação, ou seja, o desempenho real da edificação quanto à produção de consumo de energia”, destaca.
O selo Zero Energy foi lançado pelo GBC Brasil em agosto de 2017. A certificação é uma chancela concedida aos edifícios autossuficientes, que comprovem o consumo zero de energia local de sua operação anual devido à combinação de eficiência energética e geração de energia por fontes renováveis.
Fonte: Bem Paraná
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