Em 2018, o Piauí estava na quarta colocação com 651 MW médios na geração de energia eólica.
A produção eólica do Piauí cresceu muito nos últimos anos, transformando o estado no quarto maior produtor desse tipo de energia renovável no Brasil. O levantamento realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostrou que o Piauí fechou o ano de 2018 como o 4º maior estado em capacidade de geração de energia eólica no Brasil e deve encerrar 2019 como o terceiro maior.
Crédito: Efrém Ribeiro
Durante o ano de 2018 - janeiro a novembro - o Piauí aparece na quarta colocação com 651 MW médios na geração de energia eólica. O maior gerador de energia eólica foi o Rio Grande do Norte com 1.513 MW médios, sendo seguido pela Bahia (1.271 MW médios) e Ceará (775 MW médios).
André Quixadá, secretário estadual de Minas, Petróleo, Gás e Energias Renováveis, afirmou que o estado do Piauí já se consagra como uma grande potência nacional no segmento de energias renováveis, principalmente no setor eólico e fotovoltaico. O secretário estima que ainda não foi explorado nem 30% do potencial eólico no estado.
“No setor eólico, o estado do Piauí está em pleno desenvolvimento. Estima-se que não chegamos nem a 30% de nosso potencial a ser explorado, hoje o estado já possuí 1.7 GW instalado e mais 470 MW em fase de instalação. Muito possivelmente terminemos o ano de 2019 como o 3º maior produtor de energia eólica do Brasil”, destacou.
Entre as usinas eólicas destaca-se a produção da Delta do Parnaíba I e Delta do Parnaíba II da empresa Omega Energia, Caldeira I e Caldeirão II do grupo Queiroz Galvão, Ventos de São Vicente da Votorantim, Aura Lagoa do Barro da Atlantic/Acciona, Ventos do Araripe I e Ventos do Araripe II da empresa Casa dos Ventos e a Chapada do Piauí da empresa Contour Global.
Crédito: Efrém Ribeiro |
26 novas usinas vão se instalar no Piauí
O Piauí já é considerado a nova fronteira para o mercado de energia eólica no Brasil, devido ao alto potencial eólico, e a expectativa é de que a produção cresça ainda mais já que de acordo com o levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o estado ganhará mais 26 usinas de energia eólica entre 2019 e 2023, acrescentando 735 MW na capacidade de geração de energia eólica.
O estudo revela que o Piauí conta com 75 usinas ativas, sendo 58 eólicas, 9 solares fotovoltaicas, 5 térmicas a óleo, 2 hidroelétricas e 1 térmica a biomassa. Até o final de 2018, o Piauí tinha capacidade instalada de 1.584 MW em usinas eólicas. “Já estão leiloados para início de operação entre 2019 e 2023, mais 26 usinas de energia eólica, que acrescentarão 735 MW na capacidade de geração de energia eólica”, aponta o relatório da CCEE.
“Já temos 58 parques instalados e já temos previsto R$ 4,5 bilhões em investimentos para os próximos anos”, declarou André Quixadá. O estado tem conseguido aproveitar as condições favoráveis da região com a geração de energia eólica, para a construção de riquezas, de geração de empregos e as condições de melhoria de renda graças a essa produção. (W.B.)
Empresa implantará usina com capacidade de 1GW
A empresa brasileira Omega Energia planeja desenvolver um dos maiores projetos de energia do Brasil em 2019 com um complexo de energia eólica de 1 GW em Gilbués, no Sul estado do Piauí. De acordo com um anúncio do governo do estado, o investimento exigirá cerca de R$ 6 bilhões em investimentos e será desenvolvido em dois estágios de 500 MW cada.
Localizado na região de Gilbués, o projeto está previsto para ser inaugurado no segundo semestre do ano, com operação comercial prevista para 2021. Quando concluído, o parque transformara o Piauí no terceiro entre os estados brasileiros com maior produção de energia renovável.
“Todos os anos, o Piauí atinge o seu pico de geração eólica entre outubro e dezembro, com um fator potencial de cerca de 90%. Isso coloca o estado como exportador de energia”, observou o governador Wellington Dias, responsável por abrir as portas do estado aos grandes grupos do mundo de energias renováveis.
“Estivemos em recente audiência com o governador do Estado e a Empresa Omega Energia, uma das pioneiras do setor eólico no estado e a dona do Parque Eólico Delta do Parnaíba no litoral piauiense. A empresa demonstrou interesse em reiniciar seus investimentos no estado do Piauí, a princípio, com a expansão do seu parque eólico em 500 MW, triplicando a produção da região”, acrescentou o secretário André Quixadá.
O secretário enfatizou ainda que a produção de energia a partir de fontes alternativas, tais como solar, eólica, biomassa e biodiesel, faz com que o Piauí desponte como uma potência energética, podendo figurar, em pouco espaço de tempo, como um dos maiores produtores de energia limpa do Brasil.
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