A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) recomendou manter as regras atuais para geração distribuída em uma consulta pública que lançou sobre uma revisão planejada das regras de geração distribuída, que no Brasil se aplicam a todos os geradores com sistemas de até 5 MW em escala.
Em seu comunicado, o regulador disse que as tarifas concedidas sob o regime de medição líquida devem permanecer inalteradas até que a capacidade instalada de micro e mini sistemas de energia distribuída atinja um certo nível. “Estudos, no entanto, indicam que manter as regras atuais indefinidamente pode levar a altos custos para os demais usuários da rede, que não instalaram sua própria geração. Nesse sentido, seria necessário modificar as regras após a consolidação do mercado de geração distribuída ”, acrescentou a ANEEL.
O diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, disse que, quando novas regras forem aprovadas, elas serão aplicadas apenas aos novos entrantes no negócio de geração distribuída. Para aqueles que já estão gerando energia sob medição líquida, as regras atuais serão mantidas. “Temos estabilidade regulatória, regulamentação para o futuro, para novos entrantes”, disse ele, referindo-se ao crescimento da geração distribuída como um “movimento inexorável que permite o empoderamento do consumidor”.
Empresas de energia temem avanço da DG
Em meados de novembro, a ABSOLAR, associação brasileira de energia solar, alertou contra pedidos de distribuidores brasileiros para mudar as regras para que os consumidores com geração distribuída pagassem mais pelas redes de distribuição. A motivação é puramente financeira, disse ABSOLAR, acrescentando: “Ao capacitar os consumidores, tornando-os produtores ativos de sua própria energia renovável e independente, a geração solar fotovoltaica distribuída ameaça as receitas e lucros de distribuidores que não se adaptam à nova realidade do mercado. mercado.”
A associação citou dados da ANEEL indicando que a redução da receita média das distribuidoras que seria causada pelo crescimento da geração distribuída para 150.000 unidades consumidoras até 2020 seria inferior a 0,1%, e o impacto médio nas tarifas dos consumidores seria inferior a 1%.
No ano passado, a geração distribuída solar aumentou em seu ritmo mais rápido, com 371,9 MW de nova capacidade instalada.
O que o presidente Bolsonaro vai decidir sobre o futuro da energia solar residencial e comercial e industrial é um desconhecido. A editora da revista Pvm, Latam, Pilar Sánchez Molina, compilou as promessas do setor de energia feitas pelo novo presidente durante sua campanha eleitoral . De sua análise, parece provável que ele manterá um foco em energia hidrelétrica, gás e combustíveis fósseis, apesar de sua intenção declarada de aproveitar o grande potencial da energia solar e eólica no nordeste do Brasil.
fonte: O Petróleo
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