A Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou na última semana que, em maio, será adotada a bandeira tarifária amarela, que acrescenta um custo de R$ 1,00 a cada quilowatts-hora consumido. Segundo a agência, a medida foi tomada levando em consideração que o mês costuma iniciar a estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Estas constantes altas têm levado consumidores a procurarem formas de economia.
Segundo a Enel Distribuição, Petrópolis tem hoje 106 residências com ligações de energia solar. É um tipo de eletricidade que a procura tem crescido e causa menos impacto ambiental que outras. Um estudo do site da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) diz que, apesar de precisar de uma grande área para a captação, ainda é mais viável que a energia hidráulica, por exemplo.
– Uma das restrições técnicas à difusão de projetos de aproveitamento de energia solar é a baixa eficiência dos sistemas de conversão de energia, o que torna necessário o uso de grandes áreas para a captação de energia em quantidade suficiente para que o empreendimento se torne economicamente viável. Comparada, contudo, a outras fontes, como a energia hidráulica, por exemplo, que muitas vezes requer grandes áreas inundadas, observa-se que a limitação de espaço não é tão restritiva ao aproveitamento da energia solar – diz parte do estudo.
A procura também tem sido nacional. Segundo dados divulgados pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), em 2017 o Brasil entrou no ranking mundial do setor solar voltaico ficando em décimo lugar na listagem de países que mais investiram neste tipo de energia. O Rio de Janeiro é o sétimo estado no ranking de potência instalada, elaborado pela Aneel e Absolar e divulgado em março de 2019, com 3,6% do total. Minas Gerais lidera com 21,7%.
A Aneel e a Absolar ainda apontam que a solar fotovoltaica corresponde a 1,2% da matriz elétrica brasileira. A hídrica é a principal, com 60,8%. Ainda é apontado pela Absolar que, até 2022, a iniciativa privada deve investir R$ 21,3 bilhões em energia solar.
Se depender dos custos, a energia solar pode crescer ainda mais. A associação aponta uma queda no preço médio da fonte solar voltaica em leilões de energia do mercado regulado foi de 103 dólares/MWh em 2013 para 33,25 dólares/MWh em 2018.
A Absolar também lista nas esferas socioeconômica, ambiental e estratégica os principais benefícios da utilização da fonte solar. A lista contempla, entre outros: a redução de gastos com energia elétrica; atração de capital externo e novos investimentos privados no país; geração de eletricidade limpa, renovável, sustentável, sem emissões de gases de efeito estufa, sem resíduos e sem ruídos; menos impacto sobre os recursos hídricos; e diversificação da matriz elétrica brasileira, aumentando a segurança no suprimento de energia elétrica.
Utilização em Petrópolis
Segundo a Prefeitura, todos os 67 parquímetros instalados na cidade no sistema de estacionamento rotativo de rua funcionam com energia solar. A escola Municipal Monsenhor João de Deus Rodrigues, em Pedro do Rio, mantém no telhado, dezesseis placas solares, o que rende, uma economia de aproximadamente 400 Kwh por mês.
A Concer, concessionária do trecho da BR-040 entre o Rio e Juiz de Fora, iniciou em 2011 o projeto de Iluminação sustentável, contando com 188 pontos de iluminação com energia solar ao longo de 180,4 km da rodovia. Foi a primeira rodovia brasileira a adotar o sistema solar em toda a rede de iluminação, segundo a concessionária.
A Concer aponta ainda que tomou a iniciativa “pensando na segurança para usuários e recursos técnicos capazes de conjugar alta eficiência na prestação de serviços com consumo inteligente”.
– Ao mesmo tempo em que se mantém por meio de uma fonte de energia limpa, gratuita e renovável, sem gerar impacto ao meio ambiente, a rede desonera a matriz energética nacional. Como o sistema dispensa o uso de fiação, sua instalação e manutenção tornam-se mais fáceis – diz a assessoria da Concer.
FONTE – Diario de Petrópolis
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