Energia fotovoltaica não brilha no leilão do Brasil

O setor solar fotovoltaico lamenta o baixo volume de contratações no leilão A-4. Segundo a avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os preços médios do evento estão fora dos níveis de referência da fonte no Brasil.

A planta do Sertão, de propriedade da GPG, subsidiária da Naturgy no Brasil. Foto: Naturgy

Secretário Ministério de Minas e Energia do Brasil, Ricardo Cyrino Energia Elétrica, disse que o leilão 29 Geração A-4, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), juntamente com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta sexta-feira em São Paulo, foi um sucesso. "Foi um leilão exclusivamente a partir de fontes renováveis ​​muito importante na perspectiva de manter a matriz limpa. O resultado representou um nível de investimento de R$ 1,9 bilhão (cerca de 494 milhões de dólares) e serão gerados 4,5 mil empregos ", afirmou.

Segundo ele, "a migração do livre mercado deve ter tido sua colaboração. A maioria dos projetos deixou boa parte - entre 30% e 50% - da energia a ser vendida no mercado livre ", afirmou. O objetivo do leilão foi contratar energia de novas usinas termelétricas hidrelétricas, eólicas, solares fotovoltaicas e de biomassa, cujo fornecimento terá início em janeiro de 2023.

EPE agência brasileira tinha pré-seleccionados um total de 1.829 projetos de energia com uma capacidade total de 100,8 GW em leilão, e que esperava-se que o evento seria um dos maiores em termos de leilões de capacidade nominal e acabar -se com preços mais baixos em comparação com os leilões anteriores.

Projetos em 20 estados foram negociados por um montante de R$ 2.644.783.137,43 (cerca de 687 milhões de dólares), atingindo 17.497.384.800 MWh. O preço médio de venda por MWh foi de R$ 151,15 (US$ 39,2).

O preço inicial da energia fotovoltaica foi de R$ 276,00 / MWh (US $ 71,8) e o preço médio de venda da eletricidade foi de R$ 67,48 / MWh (equivalente a US$ 17,62). / MWh), o que representa um decréscimo de 75,6% em relação ao preço inicial.

Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o concurso resultou em um volume de contratação muito abaixo das expectativas do setor e das próprias necessidades do país. "O valor contratado foi muito baixo comparado ao grande número de projetos que participaram do leilão. Apenas dois distribuidores de eletricidade contrataram projetos no leilão. Isso causou uma alta competição entre os players, produzindo preços médios fora dos níveis de referência para a fonte solar fotovoltaica no Brasil ”, afirma Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.

Os projetos solares fotovoltaicos contratados pela LEN A-4 em 2019 estão localizados nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados do Ceará (163,7 MW) e Minas Gerais (40,0 MW).

"Apenas 30% da energia elétrica que será gerada pelas usinas do Ceará e 50% da energia das usinas de Minas Gerais foi destinada às distribuidoras, no ambiente de contratação regulada (ACR). O restante da energia pode ser vendido no ambiente de contratação livre (ACL), onde os preços são mais altos, o que ajuda a equilibrar a renda dos projetos ", diz Sauaia.

"Temos a informação de que parte dos projetos contratados será a ampliação de projetos existentes. Isso fez com que um preço mais ousado fosse possível na competição ", diz Sauaia, que espera que a energia solar ocupe a faixa de preço correspondente no leilão de outubro:" O mercado tem um volume de contratação muito mais robusto para a concorrência. fonte solar fotovoltaica no leilão A-6 de 2019, prevista para outubro, quando teremos a dimensão real do nível de preços da fonte no país ", acrescenta.

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