Para Filipe Ivo, uma mudança na matriz energética diminuiria drasticamente o custo da eletricidade
Filipe Ivo, diretor de Novos Negócios da Sunew (Foto: Divulgação)
Investir em energia renovável significa mudar não apenas para uma matriz energética mais sustentável, mas também a forma como nos movemos e até comunicamos. Para Filipe Ivo, diretor de Novos Negócios da Sunew, esse é o potencial dos Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (sigla em inglês: OPV), material fabricado pela empresa. Instalados em qualquer superfície, os rolos poliméricos captam a energia solar e a transformam em eletricidade. “Não estamos apenas falando de energia”, disse Ivo, durante o Singularity Brazil Summit 2019, nesta quarta-feira (12/06) em São Paulo.
Dentro desse cenário, as possibilidades são infinitas. Os rolos podem ser colocados em fachadas de prédios, claraboias e até sobre reservatórios de água. Segundo Ivo, isso não exclui também substituir as hidroelétricas, a principal fonte de energia elétrica no Brasil. Se a usina de Itaipu, uma das maiores do mundo, fosse coberta com os painéis fotovoltaicos, seu potencial energético seria aumentado em cinco vezes, calcula.
Dentro desse cenário, as possibilidades são infinitas. Os rolos podem ser colocados em fachadas de prédios, claraboias e até sobre reservatórios de água. Segundo Ivo, isso não exclui também substituir as hidroelétricas, a principal fonte de energia elétrica no Brasil. Se a usina de Itaipu, uma das maiores do mundo, fosse coberta com os painéis fotovoltaicos, seu potencial energético seria aumentado em cinco vezes, calcula.
Segundo Ivo, a verticalidade de grandes cidades como São Paulo cria oportunidades de incorporar os rolos ao design da cidade. Postes de luz, ônibus e até caminhões, principal meio de transporte de carga do Brasil, poderiam ser mais sustentáveis com os painéis solares flexíveis, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis. A energia gerada poderia trazer mais funções para esses objetos, como serviços de GPS e conectividade nos veículos.
A Sunew já instalou os painéis na vidraça da sede do Banco Itaú, da Natura e até em veículos em parceria com a Fiat Crysler. Em Curitiba, os pontos de ônibus conhecidos como estações tubo, ganharam os geradores de energia solar. “Grande parte da população brasileira vive em centros urbanos, mas são abastecidos com energia oriundas de áreas afastadas”, diz. “Por que não encurtar esse trajeto e trazer a energia para perto do consumidor?”
Dentro desse cenário, Ivo alega que o custo da energia diminuiria drasticamente. Qualquer um poderia ter a sua própria fonte de energia sem pagar. A pergunta que fica é: como as empresas do setor vão sobreviver? Ivo acredita que o futuro da energia é se tornar um serviço, mais incorporado à economia compartilhada. “Com os OPVs, podemos criar opções mais funcionais, como gadgets e dispositivos que captam energia solar, por exemplo.”
Apesar do custo ainda ser alto para o consumidor final, para Ivo, esse modelo de energia solar poderia até levar eletricidade para as 800 milhões de pessoas que ainda não têm acesso a ela. “Grande parte da matriz energética mundial é gerada por combustíveis fosseis”, afirma. “Precisamos pensar em modelos sustentáveis e inteligentes que abasteçam a população mundial crescente.”
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