A energia solar fotovoltaica é uma solução que já vem sendo muito utilizada para combater os efeitos da crise elétrica mundial desencadeada pela pandemia do novo coronavírus.
Consumidores residenciais equipados com o kit de energia solar , por exemplo, seguem economizando até 95% na conta de luz mesmo com o consumo elevado durante a quarentena. Mas agora, um novo dispositivo criado por uma startup alemã promete transformar a tecnologia em uma arma direta no combate à disseminação do vírus.
O esterilizador da SunCrafter utiliza placas solares para alimentar lâmpadas ultravioletas especiais que matam o vírus ao mesmo tempo em que são seguras à pele e olhos humanos. Chamada de UV-C (luz ultravioleta germicida, no português), essa luz é emitida em comprimento de onda que consegue “desativar” o DNA dentro de bactérias, vírus e outros patógenos, cessando efetivamente sua capacidade de reproduzir e espalhar doenças. Mais especificamente, a luz UV-C danifica os ácidos nucleicos dentro desses microrganismos, formando ligações covalentes que impedem o DNA de descompactar para replicação. Quando a bactéria ou vírus tenta se replicar, cai morto.
A invenção foi ganhadora de um Hackathon promovido pela Agência Espacial Europeia (European Space Agency), que tinha como uma dos temas o combate ao Covid-19. O evento, que funciona como uma maratona de criação, reuniu cerca de doze mil pessoas de 100 países diferentes que rapidamente desenvolveram ideias para problemas distintos.
Um dos destaques do esterilizador da SunCrafter é que ele reutiliza as células fotovoltaicas de placas solares comerciais descartadas após o fim de sua vida útil, mas que ainda conseguem gerar energia.
A startup alemã, sediada dentro do campus de inovação da Siemens, em Berlim, já possui grande experiência com a reutilização de painéis solares, que utiliza para alimentar comunidades remotas. Com o prêmio de 20 mil euros recebido pelo projeto, a startup agora trabalha com parceiros para a iniciar a produção em escala do esterilizador.
Segundo Lisa Wendzich, fundadora e chefe executiva da SunCrafter, a empresa estuda como despachar um número significativo de dispositivos pelos próximos meses.
“Essa tecnologia pode ser usada em hospitais de campanha, campos de refugiados e favelas urbanas em países com pouco suprimento de energia, bem como em espaços públicos”, afirmou ela.
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