Segundo diretor da Shell, pandemia não afeta o projeto e obras da usina termoelétrica de Macaé deverão ser iniciadas já no próximo mês.
A petroleira anglo-holandesa Shell começará a construção da usina termoelétrica Marlim Azul, de 565MW, em junho deste ano. O empreendimento é avaliado em US$ 700 milhões e planejado para a cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro.
“O projeto não foi afetado pela crise do COVID-19 do ponto de vista econômico. Já estávamos avaliando cenários complexos para esta unidade”, disse o diretor de regulamentação e relações governamentais da Shell no Brasil, Flávio Rodrigues, durante um webinar organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Reino Unido.
Depois de vencer o contrato em 2017, a Marlim Azul será a primeira usina termoelétrica a usar gás natural produzido no pré-sal. As operações começarão em 2023. A Shell fornecerá o gás e controlará uma participação de 29,9%, enquanto o Pátria Investimentos terá 50,1% e MHPS 20%.
A termoelétrica de Macaé é um dos primeiros projetos de geração de eletricidade realizados no Brasil pela Shell, que também está se aventurando na geração solar, entre outras tecnologias. A empresa recebeu autorização do regulador Aneel para desenvolver três parques solares no estado de Minas Gerais.
Shell e a transição energética
Rodrigues observou que a empresa vem discutindo a transição energética com o Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Planejamento Energético (EPE). Ele acrescentou que os governos de todo o mundo desempenharão um papel fundamental na transição para uma matriz energética menos poluente, não apenas para atender aos objetivos do Acordo de Paris, mas também para estabelecer políticas que permitam aproveitar as oportunidades.
“O Brasil tem um enorme potencial para atrair recursos que serão direcionados a países que têm a possibilidade de desenvolver essas novas fontes de energia. Assim como outros países, o Brasil enfrentará o desafio de transformar isso em uma oportunidade de criação de emprego, que será um aspecto importante na retomada do crescimento econômico”, afirmou o executivo da Shell.
A Shell se comprometeu recentemente a atingir zero emissões líquidas até 2050.
*Fonte: Bnamericas
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