Neoenergia tem resultados melhores do que o esperado, diz Credit Suisse

Os resultados da empresa no quarto trimestre de 2020 ficaram ligeiramente acima das expectativas da S&P Global Ratings.

O Credit Suisse afirmou que os resultados da Neoenergia vieram um pouco melhores do que as expectativas, confirmando mais um trimestre com bom desempenho de custos e auxiliado por volumes positivos em distribuidoras. Os resultados do setor de geração de energia foram ligeiramente melhores do que o estimado devido ao melhor desempenho da Termo Pernambuco.

Do lado negativo, o banco ressalta a nova resolução regulatória que alterou o ciclo de faturamento dos clientes do Grupo A (empurrando parte do faturamento para o primeiro trimestre de 2021), impactando os volumes faturados e o cálculo da sinistralidade no quarto trimestre de 2020.

Diante do resultado, as ações da companhia estão sendo negociadas na B3 em alta de 3,05%, a 19,27.

O Credit Suisse tem recomendação de compra para as ações da companhia e um preço-alvo de R$ 24,10.

A inadimplência reduziu para 0,6% da receita, ante 1,6% do terceiro trimestre, devido à reversão de provisões. A taxa de perda aumentou para todas as unidades de distribuição devido às mudanças regulatórias.

Os ganhos foram beneficiados por melhores resultados financeiros, parcialmente compensados por uma receita de equivalência patrimonial fraca devido às restrições de transmissão em Belo Monte. A dívida líquida atingiu R$ 18.527 milhões, alta de 9,9% ante o trimestre anterior.

Durante o quarto trimestre, a empresa obteve a licença de instalação do Complexo Eólico Oitis, localizados no Piauí e na Bahia.


Queda de consumo de energia abaixo do esperado, afirma S&P


Os resultados da Neoenergia no quarto trimestre de 2020 ficaram ligeiramente acima das expectativas da S&P Global Ratings. De acordo com a agência de classificação de riscos, os números foram impulsionados pela queda de consumo de energia aquém do esperado.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, a S&P aponta que menor demanda de clientes industriais e comerciais resultou em uma retração de 1,5% no consumo da companhia. A agência estimava uma queda de 4,7%, alinhada à queda do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com a S&P, o indicador também resultou em um nível de alavancagem acima das expectativas. A razão entre a dívida da Neoenergia sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em 3,1 vezes no último trimestre, enquanto a S&P estimava um intervalo de 3,5 vezes a 4 vezes.

A agência, porém, afirma que mantém a projeção anteriormente estipulada, por ser “consistente com seus atuais rating de crédito de emissor e perfil de crédito individual ‘bb’”.
“Como a pandemia não prejudicou as operações, esperamos que a empresa continue expandindo seus negócios”, afirma o relatório. Uma das operações destacadas é a aquisição do segmento de distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB), que deve “exigir uma reorganização nos próximos anos”.

O relatório destaca ainda a construção de linhas de transmissão, após a vitória em leilões públicos, e a expansão nos segmentos eólico e solar.


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