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Os estádios de futebol no Brasil vão gerar energia solar e eólica


Arquitetos brasileiros querem que os estádios de futebol sejam empreendimentos sustentáveis. A ideia dos profissionais é aproveitar as coberturas dos estádios como usinas de geração de energia solar.

As usinas serão capazes de abastecer não só as operações dos estádios, mas também parte da demanda por energia em volta da construção.

Com isso, esses arquitetos vão transformar os estádios em empreendimentos ainda mais úteis para a sociedade.

Segundo análise desses profissionais as coberturas possuem alto potencial para captação de energia solar por meio de painéis fotovoltaicos, além de possuírem altura suficiente para a instalação de microturbinas eólicas também.

Quando é possível captar energia destas formas, logo será possível conectar os estádios à rede de energia e edifícios próximos.

Já há alguns lugares no mundo que estão aproveitando os estádios para gerar energia renovável, como é o caso da Alemanha com o estádio do time de futebol SC Freiburg e em Taiwan no Estádio Nacional Kaohsiung.

Tais iniciativas poderiam, então, ser a solução para diversos estádios construídos no Brasil.

Aeroporto Internacional de Ruanda estabelece novo recorde de sustentabilidade e eficiência


Maior projeto público de Ruanda, o Aeroporto Internacional de Bugesera está prestes a se tornar o primeiro edifício verde certificado na região. Altamente eficiência em termos energéticos, a ponto de ser independente da rede pública de fornecimento, o projeto contará com um terminal de passageiros de 30 mil metros quadrados, 22 balcões de check-in, dez portões e seis pontes de embarque. Financiado por uma parceria público-privada, o projeto tem custo estimado em US$ 414 milhões.



Mais de mil investidores, políticos e especialistas financeiros do continente africano se reuniram no Africa Green Growth Forum (AGGF) para discutir crescimento sustentável e estratégias de resiliência às alterações climáticas, com base nas melhores práticas de nível internacional. O diretor do Global Green Growth Institute (GGGI), Frank Rijsberman, acredita que a construção verde é a melhor maneira de lidar com as mudanças climáticas.

O aeroporto está atualmente em construção. Sua primeira etapa tem conclusão prevista para 2020.


O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA CONSTRUÇÃO DE CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS

Planejamento urbano sustentável, participação cidadão e políticas públicas locais foram algumas dos temas abordados pelas organizações

Um dos painéis de discussão apresentados durante a Conferência Internacional Cidades Sustentáveis – Políticas Públicas Inovadoras foi o encontro com instituições que trabalham para a construção de cidades mais sustentáveis, dentro do eixo “Planejando Cidades do Futuro”.

Participaram do encontro representantes das seguintes instituições: Smart City Expo World Congress (SCEWC), International Council for Local Environmental Initiatives (ICLEI) – América Latina, Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Urbanos (ONU Habitat), Rede Nossa São Paulo (RNSP), Caixa Econômica Federal e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Na ocasião ainda, o prefeito de San Fernando, nas Filipinas, fez uma breve apresentação de projetos na área de saúde.

Para Oded Grajew, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, o momento de discussão é um espaço para apresentação de ações e boas práticas concretas e sustentáveis. “O foco destas discussões não são os problemas e teorias, mas as ações palpáveis e exemplares que se transformam em inspiração para outras cidades”.

Luis Gómez, presidente do Smart City Expo World Congress, abre sua fala questionando: “quem sabe como tem que ser as cidades do futuro?”, e completa: “não sabemos como devem ser em concreto, mas estamos aprendendo os caminhos que podemos seguir para chegar nelas”.

As Smart City's, ou Cidades Inteligentes, são hoje, o que Gómez chama de “uma pequena revolução que vai aportando algo bom e que faz com que o planejamento seja voltado à eficiência e foco no equilíbrio entre consumo e bens naturais disponíveis”. Complementa ainda que “as cidades e as populações estão crescendo muitos, e com elas o consumo, gerando assim alguns problemas por falta de planejamento estrutural, como por exemplo, o crescimento econômico e aumento na compra de carros, interferindo diretamente na mobilidade urbana”.

Os processos devem ser pensados com mais inteligência e de olho no futuro, para que não haja escassez de recursos. Segundo Gómez, uma das formas de se conseguir isso é o compartilhamento de bons exemplos. “Precisamos aprender a manejar recursos e nos inspirar em boas práticas que dão certo. Não se trata de deter a melhor tecnologia, mas sim de aplicar ações efetivas no dia-a-dia. Não temos que ser os melhores, temos apenas que fazer o que é necessário, um pouco já é muito”.

Para Márcia Casseb, do BID, um dos grandes problemas que acarretam a não sustentabilidade das cidades é também um problema de gestão. “Os prefeitos quando possuem o ônus político, não se preocupam tanto com a questão técnica, e isto deve ser repensado. Há muito a ser feito, mas antes do político deveria vir a preocupação com as políticas públicas”.

Projetos com foco na gestão e administração local também foram debatidos durante o encontro. “As políticas de impacto imediato, que se aproximam mais às pessoas, são as com ações locais, e para isso precisamos de governos locais com capacidade financeira e administrativa na tomada de decisão”, enfatiza Jean Benevides, gerente nacional de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental da Caixa Econômica Federal. Completa ainda que “não se pensa em sustentabilidade em uma cidade que não haja competitividade, investimentos e negócios a se desenvolver”.

“Os impactos e a pressão que as cidades causam sobre os recursos naturais é muito grande, hoje as mega cidades podem ser um caso de pesquisa com tantas vertentes aos desafios, e muitos dos problemas globais estão embasados nos problemas locais. Temos que considerar que o modelo de crescimento padrão das cidades não é inteligente então precisamos repensar estes processos para o futuro”, destaca Sofia Picarelli, gerente de projetos do ICLEI – Brasil.

Sofia acrescenta ainda que a conta entre os recursos naturais que consumimos e os que temos disponíveis já não fecha mais. “Esse crescimento acelerado da urbanização requer planejamento, o que não é feito. As cidades e governos locais não podem esperar que o mundo mude, eles tem que ser as mudanças necessárias para o mundo”.

O prefeito de San Fernando, Pablo Ortega, aponta que uma das saídas que encontraram nas Filipinas, foi assumir uma forma de governo diferente, envolvendo a sociedade civil. “Os nossos esforços para uma boa governança foi nacionalmente reconhecido, pelo fato dos diferentes tipos de governo adotados. Trabalhamos com todos os sistemas que deem algum tipo de benefício aos contribuintes”.

Ortega explica que para institucionalizar a estrutura de saúde da região, teve auxílio da comunidade local, dando voz ao que a própria população necessitada em determinado lugar. “Damos suporte administrativo e financeiro à medida que eles buscam seus planos e estratégias. E hoje, as vilas modelos de saúde e bem estar devem ter 3 requisitos: certificados ISO; desenvolvimento de projetos próprios para a geração de renda envolvendo a sociedade, isto como método de eliminar a pobreza no país; e uma estrutura adequada com equipamento e tecnologia”.

Para Elkin Velasquez, diretor do escritório para a América Latina e Caribe da ONU – Habitat, uma cidade sustentável deve combinar 4 princípios, devendo ser: compacta, conectada, integrada e inclusiva. “Para chegar numa cidade como esta existem ao menos 3 elementos: elas devem ser bem planejadas e desenhadas; ter uma situação financeira interessante e inovadora; e fazer uma boa gestão dos instrumentos de uso do solo”.

Um dos objetivos da ONU é acompanhar os esforços das atividades locais no desenvolvimento urbano, e Velasquez destaca que os casos mais exitosos requerem um bom planejamento. “Planejar é complicado, mas implementar é mais complicado. Precisa-se saber onde é rentável social e economicamente para avançar no desenvolvimento antes de partir para a ação. Planejar é o primeiro passo, mas a América Latina, em muitos aspectos parece ter pulado este passo, e agora temos muitas deficiências, por exemplo, os engarrafamentos”.

Uma das saídas, de acordo com Velasquez, é a adoção da “mão invisível do planejamento urbano”. “Para encontrar soluções novas e diferentes precisamos olhar para o que as instituições estão fazendo e se inspirar nas metodologias de trabalho, principalmente no planejamento”.

Por Luana Copini, da Rede Nossa São Paulo/Cidades Sustentáveis

Edifícios Verdes - Eficiência energética e sustentabilidade no mercado imobiliário

Reportagem da BDT Produções. para o Jornal Futura - Canal Futura

Um conceito de eficiência energética e de sustentabilidade ganha cada vez mais espaço no mercado imobiliário. Muitas construtoras perceberam que os chamados prédios “verdes” são mais valorizados pelos consumidores, que buscam economia no uso da água e da luz e mais integração entre o imóvel e o meio ambiente. Conheça um modelo de prédio verde, suas características e perceba o quanto todos nós temos a ganhar com esse tipo de construção. 


Entenda as particularidades e características de cada conceito

Se você é engajado em sustentabilidade e se preocupa com a situação do seu prédio ou condomínio, já deve ter ouvido falar muito em edifícios sustentáveis e edifícios verdes, certo? Os dois termos são comumente citados como sinônimos em artigos, reportagens e até mesmo na boca do povo, o que muitas vezes pode gerar dúvida em relação à definição de cada um destes conceitos.

De acordo com estudos de arquitetura e construção sustentável, a classificação de edifício sustentável está mais próxima do conceito de autossuficiência, o que significa que o prédio causa impacto zero no meio ambiente, pois tudo aquilo que consome é compensado pelo que produz ou reutiliza. Na prática, esta classificação se restringe às novas construções, já planejadas desta forma desde a sua idealização.

E os edifícios que adotam práticas e tecnologias para minimizar os impactos no meio ambiente? Segundo o U.S. Office of the Federal Environmental Executive (OFEE), instituto responsável pela promoção da sustentabilidade e gestão ambiental das operações do governo americano, prédios verdes são “aqueles que têm maior eficiência no uso de energia, água e materiais, e reduzem o impacto na saúde humana e no meio ambiente por meio de uma melhor localização, projeto, construção, operação, manutenção e gestão de resíduos durante o ciclo de vida do edifício”.


Características Verdes

Para serem considerados verdes, os edifícios devem seguir algumas regras e determinações, criando assim uma série de características comuns, como as listadas abaixo:
  • Uso eficiente de água e energia;
  • Coleta seletiva e gestão de resíduos ativa e eficiente (reciclagem);
  • Aproveitamento de luz natural (solar) e vento;
  • Prioridade para uso de materiais ecologicamente corretos produzidos localmente, com o objetivo de diminuir o gasto com energia necessária para transporte de materiais;
  • Impacto reduzido na região de entorno através da diminuição de emissão de gases de efeito estufa, o que contribui para melhoria na qualidade do ar;
  • Integração dos custos de construção com os custos de operação do edifício ao longo de toda a sua vida útil.
Apesar de seguirem um padrão, as características dos edifícios podem variar de acordo com a localização e o acompanhamento frequente de suas operações, que devem ser observadas de perto, criando-se assim um sistema de acompanhamento capaz de mensurar a eficiência obtida neste processo.

Vila ecológica inspirada nos objetivos globais da ONU


Dois escritórios de arquitetura se uniram para criar uma vila ecológica inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), no sul de Copenhague, na Dinamarca, . Com 35 mil metros quadrados e 400 residências, o empreendimento deve começar a sair do papel ao final do ano. A UN17 Village será o lar de 830 pessoas, incluindo idosos e crianças. O relato é da ONU Meio Ambiente.

Concebida pelas empresas Lendager Group e Årstiderne Arkitekter, a vila sustentável prevê a construção de cinco quarteirões de moradias, que serão erguidos com concreto, madeira e vidro reciclados.

O objetivo dos dinamarqueses é estabelecer novos parâmetros de sustentabilidade na construção civil. A expectativa é de que o condomínio seja concluído em 2023, embora o início das obras em 2019 possa ser adiado para o início do ano que vem, devido a condições climáticas.

Parece oportuno que essa vila ecológica esteja sendo levada adiante em Copenhague. Em 2014, a cidade recebeu o título de Capital Europeia Verde. O município almeja neutralizar suas emissões líquidas de carbono até 2025.

Um conjunto de prédios da UN17 Village foi projetado para produzir mais energia do que o necessário, a fim de distribuir a corrente elétrica e aquecimento para outros edifícios. O complexo como um todo, incluindo os apartamentos individuais, está sendo pensado para ter resiliência às mudanças climáticas, com áreas verdes que vão compensar a perda de vegetação e de biodiversidade associada ao crescimento urbano.

Vila ecológica na Dinamarca será inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Estruturas de coleta da chuva permitirão reaproveitar 1,5 milhão de litros de água por ano. A água será tratada e poderá ser usada no banho e em lavabos. O aquecimento da água será feito por meio de energia geotérmica e painéis solares. Cada prédio terá um jardim no telhado.

“Os prédios são projetados para limitar o consumo de energia e produzir e reciclar energia”, explica Anders Lendager, CEO do Lendager Group. “Focar no acesso universal à energia, numa maior eficiência e no uso de (fontes) renováveis é crucial para criar resiliência a problemas ambientais como as mudanças climáticas.”

A vila sustentável terá 3 mil metros quadrados de áreas comuns para os residentes e outras pessoas, além de um centro de conferências e um restaurante orgânico. Estufas, hortas e instalações para o compartilhamento de alimentos vão produzir comida suficiente para o fornecimento de 30 mil refeições por ano.

“As safras serão servidas no restaurante local, que também ajudará a distribuir as sobras de graça. Também queremos integrar um sistema para lidar com resíduos alimentares, oferecendo uma área determinada onde as pessoas possam compartilhar e recolher excedentes de comida de graça. A produção de vegetais reduz custos de transporte e emissões, mas também desempenha um papel importante na consolidação de comunidades e na educação”, explica Lendager.

“Sessenta porcento das moradias necessárias até 2030 globalmente ainda não foram construídas. A UN17 Village mostra como podemos apoiar as populações em crescimento sem comprometer a sustentabilidade”, acrescenta o arquiteto.

Como parte de seu compromisso em enfrentar a pobreza, os escritórios responsáveis pelo empreendimento vão oferecer cem vagas de trabalho para profissionais sem capacitação. Os arquitetos vão chamar as empreiteiras e construtoras a incluir esses indivíduos em suas equipes.


As empresas Lendager Group e Årstiderne Arkitekter foram as vencedoras de uma competição que elegeu o melhor projeto para a ecovila inspirada nos ODS.

“Em termos de escala, o bairro é particularmente adequado para ser um laboratório de inovação e para entregar uma prova de conceito”, afirma a chefe da Unidade de Cidades da ONU Meio Ambiente, Martina Otto.

A especialista aponta que a agência das Nações Unidas trabalha para ampliar o alcance de inciativas exemplares, como a UN17 Village. “Na ONU Meio Ambiente, apoiamos políticas e soluções técnicas que incentivem uma maior integração entre setores que são normalmente planejados, projetados e operados isoladamente”, completa Martina.

Cidades pela regeneração dos ecossistemas

Anders Lendager acredita que as cidades têm um papel central na regeneração de recursos hídricos e energéticos, da biodiversidade e da humanidade.

“A mudança real no setor de construção civil ainda está por vir, mas a hora da virada está próxima”, afirma o arquiteto. “Precisamos usar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a economia circular, o upcycling, etc. como ferramentas para criar edifícios e cidades regeneradoras, que devolvam e restaurem o que destruímos ao longo das décadas passadas.”

A mais recente análise da ONU Meio Ambiente Emissions Gap Report mostra que as emissões de gás carbônico aumentaram no mundo em 2017, após um hiato de três anos. Apenas 57 países estão no caminho certo para superar as suas lacunas de emissões — isto é, a diferença entre os seus atuais níveis de emissões e os níveis que eles precisam alcançar para conter as mudanças climáticas.

As cidades e os assentamentos urbanos têm de estar no centro dos esforços para cortar emissões. Até 2050, dois terços da população mundial deverá viver nas cidades. As áreas urbanas já respondem por 70% das emissões de gases do efeito estufa.

A vila sustentável -UN17 Village- é o tipo de solução que a ONU Meio Ambiente espera ver e estimular na próxima Assembleia Ambiental da ONU, a UNEA, que acontece em março em Nairóbi, no Quênia. Em 2019, o encontro tem o lema “pensar além dos padrões predominantes de consumo e produção e viver dentro dos limites sustentáveis”.


Fonte: ONU BR

Série 'Rostos da Energia Renovável' - Episódio 2 - Bryce Hayes & Mark Oness da SkyFire Calgary


A visão da SkyFire é trazer a magia da energia solar para o mundo para uma comunidade global mais forte, saudável e sustentável. Como parte dessa grande visão, gostaríamos de inspirar você compartilhando histórias de heróis ecológicos locais em suas comunidades.

Esta série "Faces of Renewable Energy" ("Rostos de Energia Renovável") vai esclarecer a diferença que a energia renovável está causando nas vidas das pessoas no oeste do Canadá. Estaremos apresentando os membros da equipe SkyFire, clientes e parceiros da comunidade.

Em nosso segundo episódio, apresentamos Bryce Hayes e Mark Oness, ambos especialistas em SkyFire Solar e graduados do Programa de Tecnologia de Energia Alternativa da NAIT. Assista ao vídeo para saber mais sobre sua carreira na indústria solar e por que eles o consideram tão gratificante.

EDIFICAÇÕES SUSTENTÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA


Produto da parceria entre a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV EAESP (GVces).

Este relatório tem como objetivo apresentar um conjunto de propostas para que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) tenha condições de expandir o montante de recursos destinados ao financiamento de projetos que promovam a eficiência energética.

Por eficiência energética entende-se conservação e uso racional de energia por meio de medidas de iluminação, de climatização (aquecimento e refrigeração) e envoltórias (ventilação natural e isolamento térmico).

Inclui-se neste conceito a geração de energia por meio de fontes renováveis.

O estudo se propõe, também, a subsidiar melhorias em mecanismos financeiros existentes ou a criação de novos instrumentos voltados para o financiamento dos projetos citados.

O estudo considera, para fins de escopo, o financiamento para (i) edificações sustentáveis novas, (ii) projetos de retrofit em edificações existentes e (iii) aquisição e implementação de sistemas de painéis solares fotovoltaicos de forma isolada.

Dentre essas categorias, estão incluídas implantações de projetos por parte de pessoas físicas e/ou jurídicas, edificações do tipo residencial e/ou comercial, abrangendo nesta última categoria empreendimentos imobiliários tais como prédios de escritórios, centros comerciais, shoppings, hotéis, escolas, entre outros.

Estão fora do escopo desse estudo as plantas industriais.

baixe o pdf clicando na imagem

FGV

Masdar City: a cidade inteligente em busca da emissão zero de gás carbônico


Enquanto muitos acham que o uso de tecnologias limpas é algo reservado somente para o futuro, uma cidade construída em meio ao deserto nos Emirados Árabes Unidos prova exatamente o contrário. O monumento tecnológico conhecido como Masdar City mostra que é possível construir ambientes gigantescos que consomem uma quantidade muito pequena de energia.

Masdar City, cidade que está sendo construída em Abu Dhabi, localizada nos Emirados Árabes Unidos, pretende ser referência de gestão sustentável entre os países do Oriente Médio, além de ser destaque em construções que não emitam CO2. Para isso, o governo de Abu Dhabi está fazendo um investimento de US$ 22 bilhões, auxiliando no desenvolvimento de projetos como por exemplo o de de energia solar, sistema de trânsito rápido comandados pela equipe de engenheiros da empresa Mubadala Development Company.

Além de comportar vários projetos também ligados à sustentabilidade, a cidade precisará trazer retorno financeiro, claro! A ideia é que a cidade seja não só sustentável, mas que os custos para mantê-la não sejam tão caros. O principal objetivo é que Masdar City tenha uma vida econômica e social próprias, não sendo somente uma cidade modelo.

Se a meta principal é a emissão zero de gás carbônico, o caminho para este resultado é a integração de tecnologias que favoreça a energia limpa, e a primeira delas é solar. Masdar City foi projetada para utilizar energia fotovoltaica gerada pelos painéis solares instalados nos telhados de seus edifícios.


O transporte da cidade vai usar a energia elétrica e com isso poupar a natureza de 1 bilhão de toneladas de gases poluentes que seriam emitidas anualmente. O transporte interno será por trilhos magnéticos, que vão usar energia elétrica, substituindo assim os automóveis que emitem C02.

Masdar não quer parar por aí. Além da emissão zero de gases tóxicos. Quer atingir um número significativo na redução do uso de água da cidade. Com o projeto será possível economizar 54% deste recurso natural através da dessalinização do mar, tornando a água potável. As centrais dessalinizadoras utilizarão da luz solar para fazer os sais que estão em excesso na água evaporar, deixando-a mais próxima do padrão adequado para o consumo humano. 

O papel das centrais dessalinizadoras será auxiliar em um dos estágios do tratamento de água. Para economizar água, Masdar terá contadores para identificar vazamentos em todo o sistema. Além disso, as águas residuais tratadas serão responsáveis pela redução de 60% no consumo de água por metro quadrado.


Arquitetura sustentável será fonte de milhões de empregos


O ‘Boom’ da arquitetura sustentável deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até 2030, diz OIT.

Uma sequência de colinas, cobertas por flores nativas, suculentas e canteiros de morangos silvestres, se erguem ao redor de Scott Moran. Borboletas voam de flor em flor, enquanto ele observa um casal de falcões de cauda vermelha ensinando os filhotes a caçar no topo das montanhas.

Moran não está contemplando uma paisagem bucólica no campo. Na verdade, ele está em seu horário de almoço, no topo do prédio em que trabalha, no centro de São Francisco, nos Estados Unidos. O burburinho da agitação da vida urbana o cerca por todos os lados.

Ele trabalha na Academia de Ciências da Califórnia. O edifício conta com uma cobertura de 10 mil metros quadrados de “telhado vivo“, onde vivem cerca de 1,7 milhão de plantas, pássaros e insetos. O espaço foi meticulosamente projetado para estar entre um dos mais sustentáveis do mundo.

Scott Moran trabalha na Academia de Ciências da Califórnia, que conta com um ‘telhado vivo’ Foto: GETTY 

Painéis solares que circundam o “telhado vivo” fornecem 5% da energia do prédio, enquanto a água que escoa pelos canos dos banheiros também gera energia. Claraboias abrem e fecham automaticamente para ajudar a regular a temperatura no interior do edifício, enquanto a luz natural é usada para iluminar o máximo possível o ambiente.

Nos 15 anos em que trabalha na Academia, Moran ajudou a projetar, a construir e agora – como diretor sênior de exposições e arquitetura – a manter os sistemas sustentáveis do edifício. É o tipo de função que ele acredita que se tornará ainda mais importante no futuro.
“Está ficando cada vez mais claro que os edifícios precisam ser projetados e usados de forma a economizar o máximo de energia e água possível”, diz Moran.

“Isso requer uma tecnologia sofisticada e haverá muita demanda por profissionais com as habilidades necessárias para que isso aconteça.”

A construção de novos prédios sustentáveis, como esse em que Moran trabalha, deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até 2030, segundo previsões da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Depois da área de energia, este será o segundo setor que mais vai crescer no âmbito de empregos verdes nas próximas décadas.


Construção verde

Esse “boom” é resultado de uma necessidade cada vez maior de edifícios que consigam lidar com múltiplos desafios: cumprir as metas do acordo climático de Paris, custos crescentes de energia, escassez de água e aumento do risco de condições meteorológicas extremas. Tudo isso está levando a um movimento conhecido como construção verde.

Foto: GETTY IMAGES

Arquitetos, engenheiros e construtoras tentam criar edifícios que consumam o mínimo de eletricidade possível, gerem sua própria energia, reciclem água e sejam capazes de se aquecer ou resfriar sem necessidade de ar-condicionado ou aquecedor central.

As novas tecnologias estão ajudando a transformar residências e empresas em estruturas inteligentes e sustentáveis.


Novas competências profissionais

Em 2000, apenas 41 projetos de construção foram oficialmente classificados como edifícios verdes nos EUA. No ano passado, esse número saltou para mais de 65 mil. Em outros lugares do mundo, inclusive no Brasil, houve aumentos semelhantes – e essa é uma tendência que deve continuar.

Gráfico do crescimento de edificações LEED no Brasil – Fonte GBC Brasil – Novembro de 2018

“Governos de todo o mundo se comprometeram a limitar o aquecimento global a 2 °C como parte do Acordo de Paris”, lembra Terri Wills, presidente-executiva do World Green Building Council.

“Atualmente, os edifícios geram cerca de 38% das emissões globais de gases de efeito estufa relacionados a energia. Isso significa que não atingiremos a meta de 2 °C, a menos que todos os prédios se tornem mais sustentáveis em termos de construção e funcionamento”, diz Wills.

O próprio prédio em que ela trabalha, no centro de Londres, contém exemplos de recursos que podem se tornar padrão nos imóveis no futuro.

Grande parte do material utilizado na construção é reciclado ou proveniente de fontes naturais, como madeira, na tentativa de reduzir as emissões de carbono geradas no processo de construção.

A iluminação especializada se adapta à quantidade de luz natural que entra pelas janelas, enquanto a energia solar aquece a água usada nos banheiros do escritório.

O Bosco Verticale é um modelo de edifício residencial sustentável em Milão, na Itália

“Todos vão precisar de novos tipos de expertise”, diz Wills. “Haverá necessidade de engenheiros que saibam lidar com sistemas de energia renovável, arquitetos capazes de elaborar projetos bonitos com emissões zero ou que utilizem materiais reciclados.”
“Precisamos de planejadores urbanos que consigam conectar os transportes públicos de maneira eficiente e especialistas em finanças que saibam gerenciar construções verdes”, completa.

Algumas profissões provavelmente serão mais demandadas do que outras. O Escritório de Estatísticas de Trabalho dos EUA prevê um crescimento de 105% nos empregos para instaladores de painéis solares até 2026, com a criação de mais de 11,8 mil postos de trabalhos no país.


Mais empregos no setor da Arquitetura Sustentável

Seguindo a tendência, o governo chinês estabeleceu metas agressivas como parte de seu plano quinquenal, exigindo que 50% de todos os prédios urbanos novos tenham certificação verde.

Foto: GETTY IMAGES

“Haverá também a necessidade de tornar os edifícios existentes mais resistentes ao clima”, diz Nicolas Maitre, economista da OIT, que vem pesquisando o impacto da construção verde na economia.

“No Reino Unido, serão criados cerca de 20 postos de trabalho para cada US$ 1 milhão investido na infraestrutura existente, enquanto na China serão cerca de 200 e no Brasil, 160. Estes também serão empregos qualificados.”

“Haverá ainda a criação de muitas vagas ligadas à construção no setor hídrico, à medida que os países tentam se adaptar às mudanças climáticas. Na Argentina, por exemplo, seu plano nacional de 15 anos para a água vai resultar em 200 mil postos de trabalho”, completa.

A crescente demanda por especialistas no setor da arquitetura sustentável significa que muitas empresas já estão com dificuldade para recrutar profissionais suficientes.

“Na parte de engenharia, estamos com dificuldade para contratar todo o pessoal de que precisamos”, conta Alisdair McGregor, diretor e engenheiro mecânico da Arup, que liderou a construção do prédio da Academia de Ciências da Califórnia.

“Em meados da década de 1990, a arquitetura sustentável era quase uma sociedade secreta de cerca de 100 pessoas que participavam de conferências, mas a partir de 2000 ela explodiu. Estamos vendo muitos clientes importantes – tanto governamentais, quanto corporativos – que estão querendo fazer isso.”
“Existe agora uma grande demanda por engenheiros criativos para trabalhar nesses projetos. As empresas de arquitetura com as quais trabalhamos estão vivendo o mesmo cenário”, acrescenta.

Alice Moncaster, especialista em construção sustentável na Universidade Aberta do Reino Unido, espera que a demanda por novas habilidades na indústria de construção também encoraje mais mulheres a assumirem funções nessa área.


Demanda por instaladores de painéis solares é uma das que têm viés de alta


“Há uma falta de diversidade chocante dentro do setor”, diz ela. “Minha esperança é que as novas habilidades [requisitadas] incentivem mais mulheres e permitam que elas cresçam em todas as profissões da área de construção sustentável.”

Empregos completamente novos provavelmente vão surgir diante da crescente demanda por edifícios verdes. A OIT prevê a criação de cargos como ecodesigner – para projetar produtos mais eficientes -, e especialistas em eficiência energética se tornarão cada vez mais importantes em países como a China e a Índia, onde o setor de construção civil está em expansão.

“Vamos ter necessidade de profissionais para atuar como consultores de emissões, por exemplo, que possam avaliar o impacto do carbono em uma construção e ajudar a reduzi-lo”, diz Wills.
“Haverá uma demanda enorme por habilidades que até agora eram amplamente especializadas.”

Para enfatizar esse aspecto, Wills mostra outro atributo literalmente verde de seu escritório – uma parede coberta de plantas que ajudam a limpar o ar.

As “paredes vivas” estão cada vez mais presentes em edifícios ao redor do mundo – o One Central Park, em Sydney, na Austrália, tem o jardim vertical mais alto do mundo, enquanto a nova sede do Google em Londres vai contar com uma ampla área verde na cobertura.

“Temos uma equipe especializada que vem cuidar da nossa ‘parede viva'”, explica Wills. Moran também acredita os prédios sustentáveis vão exigir habilidades que não tiveram muito destaque no setor da construção civil no passado.
“É preciso um conjunto de habilidades diferentes para cuidar de um telhado vivo, em comparação com o paisagismo padrão”, diz ele.
“Você precisa entender o ambiente, como a direção do sol e do vento podem afetar (o jardim). Mas também estamos vendo a tecnologia sendo integrada a tudo.”
“Nosso edifício todo é controlado por um sistema central de computadores, então, agora a gente pode andar com um iPad na mão e fazer todos os ajustes em tempo real”, explica.
“Isso é algo que vai se tornar apenas mais um atributo dos edifícios no futuro.”
Fonte: BBC Brasil

Paraná é líder de edifícios autossuficientes no país


Paraná tem cinco edifícios autossuficientes em energia, ou seja, edificações que produzem toda a energia que consomem, sem depender da concessionária para abastecimento. Das sete construções com o selo no país, cinco delas estão no Estado, o que concede a liderança no ranking nacional de edificações autossuficientes em energia.

As 5 construções certificadas ou em processo final de certificação no Estado são: Sede da empresa de engenharia Petinelli (Curitiba),Geo Energética (Tamboara), De Paola (Curitiba), Plasmetal (Londrina) e RAC Engenharia (Curitiba). A sede do Sebrae Cuiabá, no Mato Grosso, e o empreendimento comercial Espaço Lar Verde Lar, em Governador Valadares (MG), completam a relação de construções com o selo Zero Energia no país.Centro de Sustentabilidade Sebrae-MT Foto: Divulgação

“O Paraná possui um ambiente empresarial muito competitivo e as empresas da região entendem o papel da tecnologia no sucesso dos seus negócios. Energia configura como a segunda principal despesa, depois apenas de recursos humanos, para a grande maioria das empresas. Estamos falando de uma questão estratégica e a auto geração passa a ser avaliada de forma seria como alternativa”, argumenta o diretor da Petinelli, Guido Petinelli.


A sede da empresa em Curitiba tem 388 m² de área construída, com um ambiente de escritórios open plan, duas salas de reuniões, uma área para treinamentos e cursos e um lounge. A edificação tem um consumo anual de energia de 19,3 mil kWh, que é utilizada para iluminação, ar condicionado e tomadas. Para conseguir gerar toda a energia que precisa, a empresa investiu R$75 mil na implantação de um sistema fotovoltaico com 56 módulos e um inversor de frequência de 12kW, além de todos os itens de segurança que compõem o sistema, como disjuntores, cabos e outras peças.

Guido explica que o monitoramento e controle da energia gerada e consumida é feito a cada 15 minutos a partir da medição direta do inversor de frequência. Esta medição, no mesmo instante, é disponibilizada na internet para o monitoramento remoto do sistema, permitindo também informar possíveis problemas que venham a ocorrer no sistema de geração de energia.

Se, porventura, a energia gerada exceder a consumida, ela será destinada à rede pública e a concessionária (no Paraná, a Copel) vai gerar créditos em kWh para a empresa. Em períodos de menor produção de energia, como no inverno, se o consumo for maior do que a geração, a empresa poderá usar os créditos gerados para compensação. Os créditos são cumulativos e podem ser utilizados em até cinco anos.

De acordo com Guido, a previsão é de que o investimento seja recuperado em seis anos e a empresa economize R$ 12,6 mil ao ano gerando a sua própria energia. Apesar dos benefícios econômicos, ele afirma que a importância do selo Zero Energy está na mudança de um paradigma sobre edificações sustentáveis no Brasil.

“Nós não estamos mais falando de contrapontos, mas de performance verificada. Não é a promessa de economia, mas sim a economia real. Até então, o sistema de certificação ambiental fornecia um selo ao projeto e à obra. Agora, o que está sendo avaliado é a operação, ou seja, o desempenho real da edificação quanto à produção de consumo de energia”, destaca.

O selo Zero Energy foi lançado pelo GBC Brasil em agosto de 2017. A certificação é uma chancela concedida aos edifícios autossuficientes, que comprovem o consumo zero de energia local de sua operação anual devido à combinação de eficiência energética e geração de energia por fontes renováveis.

Fonte: Bem Paraná

Dicas para remodelações amigas do ambiente


Felizmente, é possível tomar medidas para fazer remodelações amigas do ambiente. Veja as nossas dicas e poupe ainda dinheiro.

Remodelar uma casa pode dar-lhe um início fresco e saudável, até que comece a preocupar-se com questões como o impacto ambiental dos materiais comprados ou os desperdiçados, das novas toxinas introduzidas, e muito mais.

Planeie as suas remodelações amigas do ambiente

Durante a fase de planeamento é a altura ideal para se começar a pensar sobre os aspetos ambientais da sua remodelação. Considere o ambiente quando for contratar profissionais, decidir o que vai fazer com os materiais demolidos, e durante a escolha dos novos materiais.

Contratar profissionais amigos do ambiente

Se a sua remodelação é uma obra séria, como refazer uma cozinha ou acrescentar um quarto à casa, provavelmente vai contratar uma série de profissionais, como um arquiteto para projetar o projeto, um engenheiro para rever os planos, e um empreiteiro para gerir a construção.

Contratar os profissionais certos é a sua primeira oportunidade de fazer escolhas amigas do ambiente. Comece por perguntar a vizinhos e amigos, e por pesquisar na internet quais os profissionais que se destacam pela experiência em remodelações amigas do ambiente. Quando os encontrar, peça exemplos de trabalhos e peça para explicarem o que fazem em especial nas suas remodelações que as tornem amigas do ambiente. Para além de tudo isto, os profissionais saberão mais sobre a toxicidade e a sustentabilidade de determinados produtos, bem como a forma de tirar o maior proveito da luz natural e do calor, reduzindo assim o consumo.


Pense nos materiais demolidos

Enquanto está a planear como demolir o que tem, pense no que irá fazer com esses materiais. Quanto menos desprestígio, melhor. Considere se consegue reutilizar ou reaproveitar alguns materiais antigos. Além disso, descubra se é possível vender ou doar os materiais utilizáveis.

A escolha dos materiais. A fase de planeamento é também quando você vai decidir os materiais que deseja usar. Procure produtos certificados. Todos os produtos certificados são submetidos a procedimentos de certificação rigorosos para testar o impacto ambiental.

Veja também os melhores substitutos amigos do ambiente, muitos dos quais irão ser mais baratos que os seus concorrentes menos amigos do ambiente. Por exemplo:
  • Linóleo, em vez de vinilo. Segundo a Greenpeace, o vinil é o plástico mais prejudicial para o ambiente, e é feito com substâncias que podem contribuir para problemas de saúde graves. O verdadeiro linóleo, é feito a partir de óleo de linhaça, e é uma escolha melhor.
  • Poucas ou nenhumas tintas com VOC. As tintas regulares libertam compostos orgânicos (VOC), mas as tintas sem VOC estão agora disponíveis.
  • Bambu, cortiça ou madeira recuperadas em vez de carpetes ou madeira. As carpetes são uma particularmente má escolha porque emitem muitos VOCs. Se quiser ter uma carpete, procuro produtos certificados. Considere opções Eco-Friendly como a utilização de cortiça e bambu, sendo que ambos crescem rapidamente, os custos serão mais acessíveis.

Considerações especiais, projeto a projeto

Aqui seguem alguns dos projetos de remodelações mais comuns, juntamente com alguns conselhos específicos sobre o que pode fazer para torná-los Eco-Friendly.

Remodelação de uma cozinha

As cozinhas estão no topo da lista das remodelações da maioria das pessoas. Se está a remodelar a sua, aqui estão algumas ideias para torná-la mais Eco-Friendly:
  • Escolha aparelhos com classificação da Energy Star, que usarão menos energia e muitas vezes não custam mais.
  • Coloque armários livres de formaldeído para evitar a libertação de toxinas ambientais. Melhor ainda, seria você escolher o tipo de madeira baseado na certificação FSC para um material mais Eco-Friendly.
  • Instale alternativas ao granito, como: bancadas com conteúdo reciclado, incorporando vidro, papel ou cortiça.
  • Obtenha um filtrador de água em vez de comprar água engarrafada.
  • Tire proveito da luz natural, com janelas bem colocadas.
  • Mantenha a geladeira fora da luz solar e longe do fogão, para evitar aquecer desnecessariamente e ter de trabalhar mais.

Remodelação de uma casa de banho

As casas de banho são outro lugar que fica nos topos das listas de remodelações. Aqui ficam algumas dicas Eco-Friendly:
  • Substitua as sanitas por modelos de baixo fluxo.
  • Instale azulejos feitos de material reciclado.
  • Use cabeças de alta pressão no chuveiro, para evitar usar muita água.

Construção de um novo espaço

Se está a adicionar um novo espaço à sua casa, preste atenção a estas dicas Eco-Friendly:
  • Não construa mais do que precisa. Consumir e cobrir o menos possível de terra é sempre amigo do ambiente.
  • Instale ventiladores de teto para manter o ar quente em baixo no Inverno e para fornecer ar fresco no Verão.
  • Instale isolamento nas paredes para evitar a transferência de calor.
  • Coloque estrategicamente janelas e saliências para aproveitar o calor do Sol.

Considere as remodelações Eco-Friendly, visto que permitem ajudar a reduzir o impacto ambiental e ao mesmo tempo a poupar dinheiro.

Casa do futuro: projeto que respeita natureza e gera economia já é realidade


O sonho de viver em uma “casa do futuro” parece cada vez mais possível no presente. Utilizando recursos naturais e técnicas de construção sustentáveis, as residências ecologicamente corretas já são uma realidade. Especialistas afirmam que, além de respeitar o meio ambiente, as moradias verdes podem ser eficientes, econômicas e, principalmente, mais saudáveis.

Para quem ainda está na fase de construção, a dica é investir em um bom projeto, ou corre-se o risco de gerar mais prejuízos e problemas, tanto para o usuário quanto ao meio ambiente, alerta a arquiteta Iara Ferraz, especialista em edificações sustentáveis. “Apesar de parecer simples, nem todas as soluções servem para todos os lugares.”



O potencial de economia de energia elétrica é um dos principais aspectos da chamada “casa do futuro”. Mas para funcionar bem é necessário, na base, um bom planejamento de eficiência energética, garante a arquiteta.

“Ainda não temos no Brasil a utilização de fontes de energias renováveis em larga escala, como a fotovoltaica, eólica, por isso nossas edificações ainda são todas construídas e pensadas para o uso da rede elétrica”, observa Ferraz.

Por isso, além de placas solares no teto, do uso de lâmpadas LED, de baixo consumo, de aparelhos eletrodomésticos com selo Procel (de eficiência energética), a arquiteta recomenda a atenção especial ainda no projeto, para alguns detalhes bem específicos.

“O posicionamento das aberturas da casa deve considerar o comportamento do sol onde a edificação será construída. Saber em quais horas há mais incidência de luz solar permite usar essa iluminação natural durante boa parte do dia, reduzindo assim o consumo de energia elétrica”, explica a arquiteta.

Muitas construções de uso comercial já utilizam a captação de luz natural, gerando assim uma economia importante, pois durante várias horas do dia a iluminação elétrica torna-se desnecessária.

Essas edificações além de “verdes”, ou “ecológicas” são inteligentes, diz a arquiteta. Segundo ela, basta olhar para os muitos prédios pela cidade, cheios de janelas, mas que não permitem iluminação natural em seu interior. “Precisam de luzes acesas o tempo todo, mesmo em um dia iluminado, é uma dicotomia.”

Ventilação

O posicionamento correto das aberturas da edificação também pode fazer toda a diferença em outros pontos importantes. “A ventilação natural vai manter a casa sempre arejada e saudável, por causa da renovação do ar, que impede a proliferação de microrganismos no ambiente e pode ainda dispensar o uso de ar-condicionado, umidificadores ou ventiladores, o que vai representar também uma economia e tanto para o bolso”, observa Ferraz.

A especialista lembra que nessa questão térmica, a casa pode ainda contar com o auxílio luxuoso de elegantes plantinhas. “O ideal é optar pelo tipo de vegetação que mantém as folhas nos períodos quentes mas que as perde no frio”. Na frente da janela da sala, por exemplo, uma espécie desse tipo, durante o verão pode fazer sombra e evitar que o sol intenso da tarde cozinhe o ambiente, e no inverno ela vai permitir que a luz solar entre e deixe a casa desejavelmente mais quentinha.



Fonte: Metro

Economia que cai do céu: Por que captar água da chuva é um ótimo investimento

Adotar algumas estratégias de economia de água vai aliviar o bolso e o meio ambiente.


Crise hídrica. Duas palavrinhas repetidas incansavelmente entre 2014 e 2015 nas manchetes dos jornais paulistanos. Pânico geral. O nível de água das represas caiu de forma assustadora e não teve jeito: a população teve que se virar! E se tem uma coisa que o brasileiro está acostumado é se adaptar às mais adversas situações. Foi aí que entrou em ação, em várias residências, as cisternas domésticas. Poderosas, eficientes e de baixo custo, uma solução para a falta de abastecimento que se mostrou uma opção incrível para aliviar o bolso e, é claro, o meio ambiente.

Para explicar melhor sobre o quanto é possível economizar, vamos usar como exemplo uma família da capital paulista composta por três membros que adote uma minicisterna de 200 litros. Você não vai acreditar na economia mensal que esta família pode ter, mas os números não mentem:

  154 litros de água por dia = 0,154m³ por dia.
 (3 pessoas ) gastam 462 litros de água por dia = 13,8m³ por mês.
 Conta de água sem cisterna = R$ 108 (R$ 7,82/m³)
 Conta de água com cisterna = R$ 50 ( valor fixo de R$ 50 até 10m³)

Você não está acreditando que isso é possível, né?


Mas acredite: não só é real como pode ser aplicada na sua residência, ainda que sua família seja menor ou, pelo contrário, inclua primos e o “tio do pavê”. A redução brusca no valor acontece porque, com um reservatório, o consumo de água potável pode cair muito – até pela metade se adotar outros hábitos de consumo consciente. Reutilizar água da máquina de lavar roupas, tomar banhos rápidos, fechar a torneira enquanto escova os dentes e etc etc etc (todas aquelas dicas que você está cansado de saber, mas a gente sabe que nem sempre aplica).

Outra coisa essencial para calcular a sua economia é entender como funciona a tarifa na sua cidade. No caso da capital paulista, abastecida pela Sabesp, gastando de 0 a 10m³ por mês o cliente entra na tarifa mínima de R$50*. E vamos combinar que reduzir de 13m³ (no caso do nosso exemplo acima) para menos de 10m³ é completamente possível. Ainda mais tendo um reservatório para fins não potáveis. Ah, e na próxima vez que ver uma torneira pingando visualize seu dinheiro descendo pelo ralo, isso com certeza vai te ajudar a colocar a mão na consciência.


O gasto para construir é ínfimo diante da economia. Podemos estimar que um sistema básico de armazenamento e captação de água da chuva custe até R$ 300,00. Em um cenário mais otimista (em 2015) foram gastos R$ 239,90. O que mais pode alterar este valor é o preço do reservatório em si, que pode variar bastante. Uma dica neste caso é procurar sucateiros, mercados municipais ou supermercados atacadistas para adquirir tambores reutilizados.


Depois de aplicar essas dicas podemos garantir que vai sobrar dinheiro no fim do mês para usar da melhor maneira possível. E você ainda dormirá com a consciência tranquila de estar contribuindo para um mundo com menos desperdícios.

Quer saber mais como seu dinheiro pode virar mais dinheiro? Por muito tempo, investimentos financeiros eram um assunto de outro mundo. A Easynvest acabou com isso, eles acreditam em um mundo financeiro mais aberto e acessível, para despertar o investidor que há dentro de você!

Por Redação CicloVivo

Inspirado no Brasil, bar é feito com itens de demolição em Xangai


Parece até piada, mas é real: um escritório de arquitetura projetou um bar na China com materiais reaproveitados inspirado no Brasil e batizou-o de “Barraco”. E se você acha absurdo, talvez não saiba que em plena Vila Madalena, bairro nobre da capital paulista, fazia sucesso um bar chamado Favela.

Segundo a equipe arquitetônica Quarta & Armando (Q&A), que tem base em Xangai e Turin, no bar brasileiro a ideia foi “criar a atmosfera informal, desordenada e colorida das cidades tropicais”. Para tanto, foram usados materiais reutilizados, portas e janelas de edifícios demolidos em Xangai e objetos aleatórios que foram encontrados ao longo da busca.

Até o processo de construção do Barraco seguiu uma linha menos rígida: uma grade estrutural de inclinação irregular foi criada e só no local foi tomada a decisão de como organizar e instalar cada painel suspenso, cada porta e janela, um por um. É claro, que houve um tempo de curadoria em selecionar cada item cuidadosamente dos edifícios demolidos em torno de Xangai.

Dentro do bar o colorido chama atenção, em especial o amarelo que se destaca em meio aos móveis de madeira. As cores também traçam um paralelo interessante com as diversas plantinhas penduradas no teto, que dão frescor ao ambiente. 

As áreas de estar são compostas por banquetas baixas e altas, cadeiras de praia no lado de fora e balanços com corda de sisal pendurados ao redor do Barraco. Apesar de ainda possuir um conjunto de poltronas confortáveis, o que impera são os ares rústicos. 

Uma coisa interessante no projeto é que para fechar o bar, a última parte do teto, em direção à rua, pode ser vedada ao deslizar sobre as estruturas laterais de aço. Tal cobertura, durante o expediente, funciona como um bar ao ar livre. Outra funcionalidade fica dentro do estabelecimento: uma mesa/porta que pode ser movida e puxada em direção ao teto para fornecer mais espaço durante uma festa ou evento maior. Até que esse barraco revela bem o espírito do brasileiro de dar um jeitinho para tudo. 





Fotos: Dirk Weiblen