Mostrando postagens com marcador CÉLULA ORGÂNICA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CÉLULA ORGÂNICA. Mostrar todas as postagens

Pesquisadores japoneses inventam adesivos de células solares orgânicas super finas

TÓQUIO – Um grupo de pesquisadores japoneses desenvolveram uma célula solar orgânica super fina que pode ser fixada por calor em roupas como o design de uma camiseta.

As células fotovoltaicas desenvolvidas por uma equipe conjunta do Instituto de Pesquisa Riken e Toray Industries Inc. têm apenas 3 micrômetros de espessura, podem ser fixadas em tecido com resina de forma semelhante à impressão por transferência de calor, e podem ser esticadas e dobradas. Eles também podem resistir a temperaturas de cerca de 100 graus Celsius sem degradar e têm uma eficiência de conversão de energia de cerca de 10%, melhor do que qualquer célula solar orgânica ultrafina anterior.

“As células solares orgânicas podem ser produzidas de forma barata, e prevemos um grande mercado para a tecnologia”, disse o pesquisador e membro da equipe Takao Someya, da Riken.

As células poderiam ser usadas para alimentar dispositivos portáteis e tecnologia vestível, eliminando a necessidade de transportar uma bateria ou adaptador. Além disso, se as células fossem afixadas em tendas, elas poderiam fornecer eletricidade ao ar livre ou durante desastres, e simplesmente poderiam ser dobradas e guardadas quando não estivessem sendo usadas.

Enquanto a equipe diz que as células solares já atingiram um ponto suficiente para aplicações práticas, elas ainda se deterioram rapidamente quando expostas à água ou ao oxigênio. Os pesquisadores estão planejando melhorar a resistência à água e a durabilidade das células e prepará-los para uso geral no início dos anos 2020.

Detalhes da nova tecnologia foram publicados na versão online do Proceedings of National Academy of Sciences, dos Estados Unidos da América.


Fonte: ipc.digital

Painel biofotovoltaico: Células solares mais verdes

Biocélula de combustível
Em lugar de células solares de silício, as biocélulas a combustível usam algas para transformar luz do Sol em eletricidade. [Imagem: University of Cambridge]

Um novo projeto de biocélula de combustível usando algas mostrou-se cinco vezes mais eficiente do que os melhores modelos já apresentados até agora – tanto para algas como para plantas -, além de ser potencialmente mais barato para ser fabricada e mais prática de usar.

Além dos painéis solares fotovoltaicos tradicionais, aparelhos biofotovoltaicos – também conhecidos como células solares biológicas ou biocélulas solares – têm surgido nos últimos anos como uma abordagem ecológica e de baixo custo para coletar energia solar e convertê-la em corrente elétrica. Essas biocélulas solares utilizam as propriedades fotossintéticas de microrganismos, como as algas, para converter a luz em corrente elétrica.

Durante a fotossíntese, as algas produzem elétrons, alguns dos quais são expulsos da célula, onde podem ser coletados para produzir corrente elétrica. Até agora, todos os projetos de biocélulas solares apresentavam o carregamento (colheita de luz e geração de elétrons) e a entrega da energia (transferência para o circuito elétrico) em um único compartimento – os elétrons geram corrente assim que são liberados pelos microrganismos.

Nesta nova técnica, o sistema biofotovoltaico opera em duas câmaras, onde os dois processos envolvidos na operação da biocélula solar – geração de elétrons e sua conversão em corrente elétrica – são separados.

“O carregamento e a transferência da energia geralmente têm requisitos conflitantes. Por exemplo, a unidade de carregamento precisa ser exposta à luz solar para permitir um carregamento eficiente, enquanto que a parte de fornecimento de energia não requer exposição à luz, mas deve ser efetiva na conversão dos elétrons em corrente com um mínimo de perdas,” explicou Kadi Liis Saar, da Universidade de Cambridge, idealizador da nova biocélula.

Um sistema de duas câmaras permitiu projetar as duas unidades de forma independente e, com isto, otimizar o desempenho dos dois processos simultaneamente, sem que um interferisse no outro, além de simplificar a construção do equipamento.

Densidade de potência

A densidade de potência melhorou muito, e o novo projeto deixa espaço para otimizações rumo à utilização prática. [Imagem: University of Cambridge]

A parte ativa da biocélula de combustível é composta por algas geneticamente modificadas para conter mutações que minimizam a quantidade de carga elétrica dissipada de forma não produtiva durante a fotossíntese. Juntamente com o novo projeto de câmaras separadas, isso resultou em uma célula biofotovoltaica com uma densidade de potência de 0,5 W/m2, cinco vezes mais do que os projetos anteriores.

Mas ainda há trabalho a ser feito, porque esse primeiro resultado representa apenas cerca de um décimo da densidade de energia fornecida pelas células solares convencionais. A boa notícia é que as células biofovoltaicas têm outras vantagens em relação aos painéis solares.

“Embora as células solares de silício convencionais sejam mais eficientes do que as biocélulas alimentadas com algas em termos da fração da energia do Sol que elas transformam em energia elétrica, existem possibilidades atrativas com outros tipos de materiais,” ressalta o professor Christopher Howe. “Em particular, como as algas crescem e se dividem naturalmente, os sistemas baseados nelas podem exigir menos investimentos e podem operar de forma descentralizada”.

Fonte: Inovação Tecnológica

Cientistas criam cristal inovador com moléculas orgânicas e cobalto

Potenciais usos incluem descontaminação de água, uso em células solares e até como sensor de gases tóxicos.

O colorido da descoberta: os cristais são semicondutores de energia e interagem muito bem com a luz. Eles foram desenvolvidos a partir da mistura de duas moléculas orgânicas e cobalto
Foto: Divulgação/Evandro Castaldelli

Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP resultou em um cristal que apresenta propriedades semicondutoras e que interage muito bem com a luz. Essas características fazem dele um produto inédito com potencial de aplicação em várias áreas. O autor do estudo, o químico Evandro Castaldelli, acaba de publicar na revista científica Nature Communications, uma das mais conceituadas do mundo, um artigo onde o material é descrito.

“Entretanto, todo esse potencial ainda precisa passar por testes e estudos aprofundados para confirmar as possíveis aplicações”, adverte Castaldelli. Entre essas aplicações, o químico cita descontaminação de água; catalisador para produção de novos compostos químicos, como fármacos; e até em células solares de geração de energia, em dispositivos eletrônicos ou como sensor de gases tóxicos.

A pesquisa que originou o artigo da Nature Communications foi realizada durante a tese de doutorado de Castaldelli na FFCLRP, sob a orientação do professor Grégoire Jean-Francois Demets. O estudo foi desenvolvido em uma colaboração internacional entre a USP (Brasil), o Advanced Technology Institute da University of Surrey (Reino Unido), a University of Warwick (Reino Unido) e a Université de Grenoble-Alpes (França). Além de Castaldelli e Demets, assinam o artigo os pesquisadores S. Ravi P. Silva, K. D. G. Imalka Jayawardena, David C. Cox, Guy J. Clarkson, Richard I. Walton, Long Le-Quang e Jerôme Chauvin.

Os cristais foram criados com duas moléculas orgânicas e o elemento químico cobalto (Co). Uma molécula orgânica é formada, basicamente, por carbono, hidrogênio e oxigênio, além de outros elementos. A primeira molécula orgânica usada pelo pesquisador foi o ácido tereftálico; a outra, foi a naftaleno diimida. Essas duas moléculas foram colocadas em um reator (local onde ocorrem reações químicas), juntamente com o cobalto. O pesquisador utilizou solvente orgânico para dissolvê-las e a mistura foi levada ao forno. Vários testes foram realizados até chegar ao tempo e à temperatura adequados para que o pesquisador obtivesse o resultado final: os cristais.

Líquido resultante da mistura entre as duas moléculas orgânicas e o cobalto após serem dissolvidos em solvente orgânico – Foto: Divulgação/Evandro Castaldelli - Propriedades inéditas

A grande inovação da pesquisa de Castaldelli está nas propriedades que os cristais por ele criados apresentam: a semicondutividade e o fato de interagirem muito bem com a luz solar. Isso porque a junção de duas moléculas orgânicas e um elemento químico (como o cobalto) pode formar aquilo que, em química, é denominado de MOF, sigla em inglês para metal organic framework. Em português, isso poderia ser traduzido como “rede de coordenação orgânica-inorgânica”. Entretanto, as MOFs até então conhecidas não têm essas propriedades que os cristais desenvolvidos por Castaldelli apresentam. “As MOFs existentes, em geral, não são condutoras de energia. Na maioria das vezes elas apresentam propriedades isolantes”, informa o pesquisador.

Segundo ele, o ácido tereftálico já é usado para produzir MOFs. Quanto à naftaleno diimida, o químico conta que já tinha certa familiaridade, pois trabalhou essas moléculas durante o mestrado: são moléculas semicondutoras que interagem com a luz. Inicialmente Castaldelli começou os testes apenas com o cobalto e a naftaleno diimida. Somente depois decidiu trabalhar também com o ácido tereftálico. O cobalto foi utilizado pois, de acordo com o pesquisador, trata-se de um metal com propriedades magnéticas e espectroscópicas muito ricas. Propriedade espectroscópica pode ser entendida como a forma como os elétrons do metal interagem com a luz.

Ilustração mostra a estrutura molecular dos cristais. Clique para ampliar – Imagem: Evandro Castaldelli

O pesquisador conta que as MOFs existentes atualmente são, em geral, porosas e têm a capacidade de aprisionar gases. “Isso já é estudado há bastante tempo. Muitos cientistas querem estocar hidrogênio para usá-lo como combustível em veículos. Mas se for colocado dentro de um cilindro, como fazemos com outros gases, ele pode explodir. Então há vários estudos que utilizam MOFs para estocagem de hidrogênio”, relata. Outro uso clássico de MOFs é a estocagem e o aprisionamento de gases, pois elas são capazes de, ao mesmo tempo, aprisionar um gás e liberar outro. Elas também são usadas como catalisador – substância química que acelera uma reação química.

O pesquisador lembra ainda que, nos dias atuais, muito tem se pensado nas questões envolvendo processos de conversão de energia, entre eles, a busca por melhorias no funcionamento das células solares. Produzidas com silício (elemento químico semicondutor), são capazes de converter energia luminosa (fótons) em energia elétrica. E as MOFs desenvolvidas por Castaldelli, além de semicondutoras, conseguem interagir muito bem com a luz solar – algo inédito para as MOFs.

Contudo, o pesquisador é bastante cauteloso quanto à aplicação comercial das MOFs por ele desenvolvidas e salienta que ainda são necessários vários estudos para confirmar os possíveis usos. “Inclusive muitas coisas podem morrer na viabilidade comercial”, alerta. Por isso, Castaldelli continua as pesquisas em seu pós-doutorado pelo Instituto de Química (IQ) da USP, na Cidade Universitária, em São Paulo, sob a orientação do professor Koiti Araki, do Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia.

O cobalto (Co) é um dos elementos da tabela periódica que o pesquisador utilizou para realizar a pesquisa.

Fonte: Jornal da USP

Cientistas criam cristal inovador com moléculas orgânicas e cobalto

Potenciais usos incluem descontaminação de água, uso em células solares e até como sensor de gases tóxicos.

O colorido da descoberta: os cristais são semicondutores de energia e interagem muito bem com a luz. Eles foram desenvolvidos a partir da mistura de duas moléculas orgânicas e cobalto 
Foto: Divulgação/Evandro Castaldelli

Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP resultou em um cristal que apresenta propriedades semicondutoras e que interage muito bem com a luz. Essas características fazem dele um produto inédito com potencial de aplicação em várias áreas. O autor do estudo, o químico Evandro Castaldelli, acaba de publicar na revista científica Nature Communications, uma das mais conceituadas do mundo, um artigo onde o material é descrito.

“Entretanto, todo esse potencial ainda precisa passar por testes e estudos aprofundados para confirmar as possíveis aplicações”, adverte Castaldelli. Entre essas aplicações, o químico cita descontaminação de água; catalisador para produção de novos compostos químicos, como fármacos; e até em células solares de geração de energia, em dispositivos eletrônicos ou como sensor de gases tóxicos.

A pesquisa que originou o artigo da Nature Communications foi realizada durante a tese de doutorado de Castaldelli na FFCLRP, sob a orientação do professor Grégoire Jean-Francois Demets. O estudo foi desenvolvido em uma colaboração internacional entre a USP (Brasil), o Advanced Technology Institute da University of Surrey (Reino Unido), a University of Warwick (Reino Unido) e a Université de Grenoble-Alpes (França). Além de Castaldelli e Demets, assinam o artigo os pesquisadores S. Ravi P. Silva, K. D. G. Imalka Jayawardena, David C. Cox, Guy J. Clarkson, Richard I. Walton, Long Le-Quang e Jerôme Chauvin.

Os cristais foram criados com duas moléculas orgânicas e o elemento químico cobalto (Co). Uma molécula orgânica é formada, basicamente, por carbono, hidrogênio e oxigênio, além de outros elementos. A primeira molécula orgânica usada pelo pesquisador foi o ácido tereftálico; a outra, foi a naftaleno diimida. Essas duas moléculas foram colocadas em um reator (local onde ocorrem reações químicas), juntamente com o cobalto. O pesquisador utilizou solvente orgânico para dissolvê-las e a mistura foi levada ao forno. Vários testes foram realizados até chegar ao tempo e à temperatura adequados para que o pesquisador obtivesse o resultado final: os cristais.

Líquido resultante da mistura entre as duas moléculas orgânicas e o cobalto após serem dissolvidos em solvente orgânico – Foto: Divulgação/Evandro Castaldelli

Propriedades inéditas

A grande inovação da pesquisa de Castaldelli está nas propriedades que os cristais por ele criados apresentam: a semicondutividade e o fato de interagirem muito bem com a luz solar. Isso porque a junção de duas moléculas orgânicas e um elemento químico (como o cobalto) pode formar aquilo que, em química, é denominado de MOF, sigla em inglês para metal organic framework. Em português, isso poderia ser traduzido como “rede de coordenação orgânica-inorgânica”. Entretanto, as MOFs até então conhecidas não têm essas propriedades que os cristais desenvolvidos por Castaldelli apresentam. “As MOFs existentes, em geral, não são condutoras de energia. Na maioria das vezes elas apresentam propriedades isolantes”, informa o pesquisador.

Segundo ele, o ácido tereftálico já é usado para produzir MOFs. Quanto à naftaleno diimida, o químico conta que já tinha certa familiaridade, pois trabalhou essas moléculas durante o mestrado: são moléculas semicondutoras que interagem com a luz. Inicialmente Castaldelli começou os testes apenas com o cobalto e a naftaleno diimida. Somente depois decidiu trabalhar também com o ácido tereftálico. O cobalto foi utilizado pois, de acordo com o pesquisador, trata-se de um metal com propriedades magnéticas e espectroscópicas muito ricas. Propriedade espectroscópica pode ser entendida como a forma como os elétrons do metal interagem com a luz.

Ilustração mostra a estrutura molecular dos cristais. Clique para ampliar – Imagem: Evandro Castaldelli

O pesquisador conta que as MOFs existentes atualmente são, em geral, porosas e têm a capacidade de aprisionar gases. “Isso já é estudado há bastante tempo. Muitos cientistas querem estocar hidrogênio para usá-lo como combustível em veículos. Mas se for colocado dentro de um cilindro, como fazemos com outros gases, ele pode explodir. Então há vários estudos que utilizam MOFs para estocagem de hidrogênio”, relata. Outro uso clássico de MOFs é a estocagem e o aprisionamento de gases, pois elas são capazes de, ao mesmo tempo, aprisionar um gás e liberar outro. Elas também são usadas como catalisador – substância química que acelera uma reação química.

O pesquisador lembra ainda que, nos dias atuais, muito tem se pensado nas questões envolvendo processos de conversão de energia, entre eles, a busca por melhorias no funcionamento das células solares. Produzidas com silício (elemento químico semicondutor), são capazes de converter energia luminosa (fótons) em energia elétrica. E as MOFs desenvolvidas por Castaldelli, além de semicondutoras, conseguem interagir muito bem com a luz solar – algo inédito para as MOFs.

Contudo, o pesquisador é bastante cauteloso quanto à aplicação comercial das MOFs por ele desenvolvidas e salienta que ainda são necessários vários estudos para confirmar os possíveis usos. “Inclusive muitas coisas podem morrer na viabilidade comercial”, alerta. Por isso, Castaldelli continua as pesquisas em seu pós-doutorado pelo Instituto de Química (IQ) da USP, na Cidade Universitária, em São Paulo, sob a orientação do professor Koiti Araki, do Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia.

O cobalto (Co) é um dos elementos da tabela periódica que o pesquisador utilizou para realizar a pesquisa.

Fonte: Jornal da USP

Tecnologia de energia solar é aplicada em transporte de cargas

A brasileira Sunew, maior fabricante de OPV orgânico do mundo, fechou parceria com a TA -Transportadora Americana para que o semirreboque realize todas as suas funções essenciais com alta performance sem depender da cabine.

O projeto piloto, iniciado em agosto, tem por objetivo testar a nova tecnologia em energia solar orgânica para atingir desempenho máximo em segurança (GPS e sistema de exaustão) e economia de bateria e combustível.
Dessa forma, o semi-reboque é adesivado com o filme orgânico, capaz de absorver luz solar de forma difusa. A energia é convertida por meio de um sistema eletrônico, que a distribui para os compartimentos necessários.
“Diferentemente das estruturas convencionais, que precisam estar conectadas à bateria para garantir a operação, os modelos com a tecnologia do filme possibilitam ao motorista uma viagem mais segura, confortável e econômica”, explica o gerente de Novos Negócios da Sunew, Filipe Ivo.
Segundo Celso Luchiari, diretor da TA, a tecnologia apresenta custo baixo em relação aos benefícios. “Uma de nossas operações exige carretas cofre, com fechadura eletrônica. Com essa tecnologia a alimentação da energia acontece de forma independente ao cavalo, evitando contra tempos como travamento das portas e perda de configuração do sistema. Ganhamos tempo e agilidade nos processos de transferência.”
Luchiari acrescenta que espera aumentar em breve o projeto piloto, podendo chegar a dezenas de veículos. “Realmente é fácil imaginar um futuro próximo onde todos os nossos veículos possam ser sustentáveis e eficientes.”
A tecnologia do OPV (Organic Photovoltaics ) é a única adequada para esse tipo de aplicação, isso porque, por ser flexível como a borracha não sofre impacto com a movimentação do veículo nas estradas. Já os demais produtos disponíveis no mercado, por terem células rígidas, trincam com o atrito.
Tecnologia inovadora de energia solar é aplicada em transporte de cargas.
Vantagens Gerais:
• LEVEZA – Não sobrecarrega a estrutura;
• FLEXIBILIDADE – Única tecnologia solar capaz de resistir às vibrações torções que o semirreboque é submetido, se adequando à estrutura conforme movimentação;
• ENERGIA – alternativa de energia limpa independente do funcionamento do motor ou de qualquer outra fonte externa.
Vantagens para o semirreboque:
O OPV gera energia a partir da fonte solar para alimentar sistemas como GPS, freios ABS, sistema de exaustão, entre outros que podem inclusive funcionar de forma autônoma.
• SISTEMA DE EXAUSTÃO AUTÔNOMO – Evita o aumento da temperatura do baú e possíveis perdas de produtos sensíveis, como medicamentos, alimentos e produtos químicos;
• GPS – Rastreamento  do semirreboque por meio de um sistema independente do cavalo, potencialmente reduzindo roubos de carga;
• DISPONIBILIDADE DE ENERGIA NO BAÚ – Sistema de energia para uso múltiplo independente da conexão ao cavalo e do acionamento do motor;
• ILUMINAÇÃO DE SEGURANÇA – Manutenção de luzes de sinalização mesmo com o motor desligado;
• BATERIA – Aumento da vida útil da bateria do caminhão;
• ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL – Economia indireta de combustível pelo uso da fonte de energia fotovoltaica para alimentar sistemas.
Fonte: Industria atividade

Tecnologia de energia solar é aplicada em transporte de cargas


A brasileira Sunew, maior fabricante de OPV orgânico do mundo, fechou parceria com a TA -Transportadora Americana para que o semirreboque realize todas as suas funções essenciais com alta performance sem depender da cabine.

O projeto piloto, iniciado em agosto, tem por objetivo testar a nova tecnologia em energia solar orgânica para atingir desempenho máximo em segurança (GPS e sistema de exaustão) e economia de bateria e combustível.

Dessa forma, o semi-reboque é adesivado com o filme orgânico, capaz de absorver luz solar de forma difusa. A energia é convertida por meio de um sistema eletrônico, que a distribui para os compartimentos necessários.

“Diferentemente das estruturas convencionais, que precisam estar conectadas à bateria para garantir a operação, os modelos com a tecnologia do filme possibilitam ao motorista uma viagem mais segura, confortável e econômica”, explica o gerente de Novos Negócios da Sunew, Filipe Ivo.

Segundo Celso Luchiari, diretor da TA, a tecnologia apresenta custo baixo em relação aos benefícios. “Uma de nossas operações exige carretas cofre, com fechadura eletrônica. Com essa tecnologia a alimentação da energia acontece de forma independente ao cavalo, evitando contra tempos como travamento das portas e perda de configuração do sistema. Ganhamos tempo e agilidade nos processos de transferência.”

Luchiari acrescenta que espera aumentar em breve o projeto piloto, podendo chegar a dezenas de veículos. “Realmente é fácil imaginar um futuro próximo onde todos os nossos veículos possam ser sustentáveis e eficientes.”


A tecnologia do OPV (Organic Photovoltaics) é a única adequada para esse tipo de aplicação, isso porque, por ser flexível como a borracha não sofre impacto com a movimentação do veículo nas estradas. Já os demais produtos disponíveis no mercado, por terem células rígidas, trincam com o atrito.Tecnologia inovadora de energia solar é aplicada em transporte de cargas.

Vantagens Gerais:
  • LEVEZA – Não sobrecarrega a estrutura;
  • FLEXIBILIDADE – Única tecnologia solar capaz de resistir às vibrações torções que o semirreboque é submetido, se adequando à estrutura conforme movimentação;
  • ENERGIA – alternativa de energia limpa independente do funcionamento do motor ou de qualquer outra fonte externa.

Vantagens para o semirreboque:

O OPV gera energia a partir da fonte solar para alimentar sistemas como GPS, freios ABS, sistema de exaustão, entre outros que podem inclusive funcionar de forma autônoma.
  • SISTEMA DE EXAUSTÃO AUTÔNOMO – Evita o aumento da temperatura do baú e possíveis perdas de produtos sensíveis, como medicamentos, alimentos e produtos químicos;
  • GPS – Rastreamento do semirreboque por meio de um sistema independente do cavalo, potencialmente reduzindo roubos de carga;
  • DISPONIBILIDADE DE ENERGIA NO BAÚ – Sistema de energia para uso múltiplo independente da conexão ao cavalo e do acionamento do motor;
  • ILUMINAÇÃO DE SEGURANÇA – Manutenção de luzes de sinalização mesmo com o motor desligado;
  • BATERIA – Aumento da vida útil da bateria do caminhão
  • ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL – Economia indireta de combustível pelo uso da fonte de energia fotovoltaica para alimentar sistemas.

Fonte: Industriatividade

Célula solar mais eficiente do Brasil é desenvolvida no Sul


Um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em parceria com a Eletrosul produziu células solares com a maior eficiência do Brasil, 17,3%, e de forma totalmente industrial. Intitulado “Desenvolvimento de Processos Industriais para Fabricação de Células Solares com Pasta de Alumínio e Passivação”, o projeto de P&D ANEEL comprovou que é possível a produção de mais potência elétrica com a mesma quantidade de silício.

O projeto foi desenvolvido pela equipe do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar) da PUCRS e coordenado pelos professores da Faculdade de Física Izete Zanesco e Adriano Moehlecke, com apoio de alunos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais da Faculdade de Engenharia. A maior eficiência registrada até então no Brasil, de 17%, era de uma célula solar (foto) produzida em laboratório pelo NT-Solar, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com o Instituto de Energia Solar da Universidade Politécnica de Madri, da Espanha.

O resultado do projeto de P&D, iniciado pela PUCRS e Eletrosul em 2015, é importante para o setor produtivo de módulos fotovoltaicos no Brasil. A professora Izete Zanesco, umas das coordenadoras do estudo, explica que a célula solar foi desenvolvida em lâmina de silício grau solar e se diferencia do processo padrão da indústria atual de células solares de silício. Isso, porque o campo retrodifusor foi produzido pela difusão de boro, em vez de alumínio, o que possibilitou a passivação de ambas as faces da célula solar. 

Nesta célula solar, a passivação foi produzida por dióxido de silício que é crescido nas duas faces simultaneamente. “Se o custo do processo não aumentar, então, há uma redução do custo da produção de energia elétrica a partir da conversão direta de energia solar”, explica Izete. A professora ressalta que o próximo passo é comparar o custo do processo desenvolvido pela equipe do NT-Solar com o custo atual do processo padrão da indústria.

Há mais de 10 anos, a Eletrosul vem pesquisando e incentivando tecnologias de produção de energia a partir do sol, e que deram origem ao recente desenvolvimento das células solares com a maior eficiência do Brasil. A primeira iniciativa se deu em 2004, quando a empresa participou de pesquisa coordenada pela PUCRS para o desenvolvimento de módulos fotovoltaicos com tecnologia nacional. Em seguida, a Eletrosul implantou em sua sede, em Florianópolis (SC), um projeto piloto de geração fotovoltaica (12 kilowatts), que funciona como uma planta de demonstração e estudos. A produção de energia elétrica atende parte do consumo do edifício.

Assista o vídeo:


Fotografias e textos geram energia solar

Fotografia eletrizante

Que as células solares orgânicas podem ser muito baratas porque são fabricadas por uma técnica similar à impressão é algo que todos já sabem.
O que faltava era um pouco de criatividade para que essas células solares impressas saíssem do trivial.
Syed Hashmi, da Universidade Aalto, na Finlândia, não deixou por menos, e mostrou que fotos, textos, cartazes, outdoors e etc, poderão gerar eletricidade enquanto passam suas mensagens.
"Por exemplo, instaladas em um dispositivo elétrico de baixo consumo, esse tipo de célula solar poderá ser parte do seu projeto visual e, ao mesmo tempo, suprir a energia que o dispositivo precisa para funcionar," sugere a professora Janne Halme, coordenadora da equipe.
Desta forma, a mesma superfície pode cumprir uma função informativa ou estética e, ao mesmo tempo, produzir energia.
Células solares por jato de tinta
O feito da equipe foi encontrar os corantes adequados para a célula solar e o ritmo correto para que o material seja aplicado na superfície por meio da impressão jato de tinta - sem borrar e sem comprometer a eficiência das células solares.
"As células solares sensibilizadas por corante (DSCs) aplicadas por jato de tinta são tão eficientes e duráveis quanto suas equivalentes preparadas na forma tradicional. Elas passaram por mais de mil horas sob luz contínua e calor sem qualquer sinal de degradação no desempenho," disse Hashmi.

Fotossíntese artificial está a um passo da aplicação prática

Usina de fotossíntese artificial
Tido como promissora há décadas, a tecnologia da fotossíntese artificial acaba de criar o primeiro projeto prático para separação fotoeletroquímica da água, usando energia solar para produzir hidrogênio.
Este é um passo decisivo para a aplicação da tecnologia em escala comercial, tornando realidade a promessa de criação de uma fonte de energia sustentável e totalmente limpa.
A fotossíntese artificial emprega uma combinação de células solares e de eletrolisadores, convertendo diretamente a energia solar no "meio de armazenamento universal", o hidrogênio, que pode ser queimado ou usado em células a combustível para produzir eletricidade sem poluição.
O conceito apresentado por uma equipe alemã é flexível tanto no que diz respeito aos materiais utilizados, como ao tamanho do sistema.
Usina modular
O sistema criado por Burga Turan e seus colegas da Universidade Julich é bastante diferente das abordagens em escala de laboratório apresentadas até agora.
Em vez de pequenos componentes individuais interligados por fios, Turan idealizou um sistema compacto e autônomo, construído com materiais facilmente disponíveis e de baixo custo, e permitindo a conexão de qualquer tipo de célula solar.
Com uma área superficial de 64 cm², o protótipo ainda parece ser pequeno para um projeto que se apresenta como a caminho do uso prático, mas a vantagem está justamente nesse esquema modular: basta repetir a unidade básica e ir conectando uma por uma, até se alcançar a potência desejada.
Fotossíntese artificial está a um passo da aplicação prática
Esquema (em cima) e protótipo da célula de fotossíntese artificial (embaixo), medindo 64 cm². [Imagem: Bugra Turan]
Lançamento no mercado
No momento, a eficiência na conversão solar para hidrogênio do protótipo é de 3,9%.
Se parece pouco, é bom lembrar que a fotossíntese natural só atinge uma eficiência de 1%. Além disso, a equipe afirma que já tem planos para que essa eficiência chegue a 10% dentro de um período de tempo "relativamente curto".
Isto sem contar a possibilidade de tirar proveito do desenvolvimento de novas categorias de células solares, como as de perovskitas, que já bateram na casa dos 20% de eficiência em protótipos de laboratório.
"Esta é uma das grandes vantagens do novo design, que permite que os dois componentes principais sejam otimizados separadamente: a parte fotovoltaica, que produz eletricidade a partir da energia solar, e a parte eletroquímica, que usa esta energia para a separação da água," disse Turan.
"Pela primeira vez, estamos trabalhando no sentido de um lançamento no mercado. Nós criamos a base para tornar isto uma realidade," acrescentou seu colega Jan-Philipp Becker.

Células solares de plástico feitas a temperatura ambiente

Energia fotovoltaica orgânica

Uma técnica de dopagem elétrica, feita em solução e a temperatura ambiente, promete ajudar a reduzir ainda mais o custo das células solares poliméricas e demais dispositivos eletrônicos orgânicos - feitos de plástico.
Ao permitir a produção de células solares de camada única sobre uma base de plástico flexível e transparente, o novo processo pode ajudar a levar a energia fotovoltaica orgânica para uma nova geração de dispositivos portáteis e permitir a geração de energia distribuída em escala doméstica, em painéis que podem ser aplicados sobre qualquer superfície.
Doping positivo
Desenvolvida por pesquisadores de quatro instituições norte-americanas, a técnica fornece uma nova maneira de induzir o doping elétrico de tipo positivo em películas de semicondutores orgânicos. O processo envolve a imersão breve das películas numa solução a temperatura ambiente, e substitui a técnica atual mais complexa e mais cara, que requer processamento a vácuo por envolver a aplicação de camadas de óxido de molibdênio, um material muito sensível ao ar.
"Nossa esperança é que isto vá mudar o jogo para a energia fotovoltaica orgânica, simplificando ainda mais o processo de fabricação das células solares baseadas em polímeros", disse Bernard Kippelen, do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
"Nós acreditamos que essa técnica provavelmente afetará muitas outras plataformas de dispositivos em áreas como componentes eletrônicos impressos, sensores, fotodetectores e LEDs," completou o pesquisador.
Rumo ao mercado
A técnica consiste em mergulhar filmes finos de semicondutores orgânicos e suas misturas em soluções de polioxometalato (PMA e PTA) com nitrometano por um curto período de tempo - na ordem de minutos.
A difusão das moléculas de dopante nas películas durante a imersão gera uma dopagem elétrica eficiente do tipo p (positivo) a uma profundidade controlada de 10 a 20 nanômetros da superfície do filme. Em relação ao processo convencional, as regiões p apresentam uma maior condutividade elétrica e alta funcionalidade, a solubilidade no solvente de processamento é reduzida e a estabilidade à foto-oxidação pelo ar é largamente melhorada.
"A concretização de fotovoltaicos monocamada com a nossa abordagem permite que os dois eletrodos no dispositivo sejam feitos com materiais condutores de baixo custo," disse Canek Fuentes-Hernandez, membro da equipe. "Isso oferece uma simplificação dramática da geometria dos dispositivos. Embora vários estudos de vida útil e de custos ainda serão necessários para avaliar o impacto total dessas inovações, elas são certamente desenvolvimentos entusiasmantes no caminho para transformar a fotovoltaica orgânica em uma tecnologia comercial."

CONHEÇA EDIFÍCIO CUJA ENERGIA É GERADA POR ALGAS

Painel solar de algas produz 5 vezes mais energia, mesmo durante a noite

Os cientistas continuam em busca de deixar as fontes de energia limpa ainda mais funcionais e eficazes. Uma alternativa que existe e tem dado muito certo são os dispositivos biofotovoltaicos, que aproveitam a fotossíntese realizada por plantas ou algas para coletar a energia do sol. As pesquisas são recentes, porém, os pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, conseguiram um avanço considerável nessa área.

Projetos que buscam utilizar biomassa como principal fonte de energia vêm ganhando força em todo o mundo.


As algas são fundamentais na luta contra a degradação do planeta, já que são as principais responsáveis pela purificação do ar. De acordo com estudos, o seu processo de fotossíntese pode ser até dez vezes mais eficiente que o de outras plantas.

Por esse e outros motivos, esse tipo de planta vem sendo cada vez mais utilizado na geração de biomassa, considerada uma das fontes com mais chances de sucesso e ampliação.

O exemplo mais recente é de um edifício em Hamburgo, na Alemanha, que foi completamente revestido com placas especiais que contêm algas capazes de produzir energia. O prédio, conhecido como BIQ house, conta com 15 apartamentos de 50 m² a 120 m².


Pioneiro nesse sistema, o projeto consiste no cultivo de algas entre as placas de vidro da fachada. Para gerar energia, elas captam tanto o calor solar como o gás carbônico da atmosfera e, em troca, devolvem uma biomassa que é transformada em biogás, distribuído na forma de energia elétrica ou de calor.

Toda a energia gerada é distribuída entre os apartamentos e ambientes comuns do edifício. O baixo consumo e a alta geração refletem na sobra de energia, que é vendida para fornecedores da rede elétrica da cidade.


Projeto reduz conta de luz

Com estética diferenciada e inovadora, os apartamentos contam com uma varanda que se assemelha a um aquário com algas. Essas plantas funcionam como uma espécie de persiana natural, que bloqueia a luz do sol e resfria o espaço interno nos dias mais quentes, além de permitir um ambiente mais claro.

O edifício pode, ainda, armazenar energia debaixo da terra durante o verão e utilizá-la alguns meses depois. Dessa forma, o projeto mostra-se ainda mais vantajoso com a possibilidade de economizar na fatura da luz no final do mês, já que o uso de ar condicionado ou aquecedor, bem como lâmpadas, é quase desnecessário.


As próximas etapas previstas, segundo os criadores, é a recuperação das algas, ricas em minerais, para produzir alimentos, assegurando um ciclo sustentável e sem desperdício.

O projeto piloto

A versão apresentada pela equipe de Cambridge, onde a célula é dividida em duas, tem muitas vantagens e funciona da seguinte forma: a coleta de energia deve estar exposta ao sol, mas a área responsável pela transformação em corrente elétrica, não. Com a divisão desses processos, os cientistas conseguiram aperfeiçoar o projeto aumentando em cinco vezes a sua densidade energética em relação a outras versões de células biofotovoltaicas. O resultado é que o aparelho pode gerar 0,5 W por metro quadrado.


A demanda e a produção ainda são baixas, um fator que dificulta o uso da tecnologia, principalmente em locais que precisam de muita eletricidade. No entanto, os cientistas afirmam que a pesquisa é recente e muita coisa ainda será explorada. Os pesquisadores de Cambridge estão trabalhando para desenvolver aplicações reais para a tecnologia, a intenção é continuar com as pesquisas mesmo com muitos desafios no caminho.


O avanço na tecnologia solar está cada vez mais presente, a energia solar está sendo explorada para alcançar novas possibilidades! Há algum tempo atrás não era possível obter energia solar durante o período noturno, porém, a nova criação do painel solar de algas pode mudar essa condição.

Cientistas desenvolvem uma célula solar barata e limpa


Baseia-se em nanocristais, um material composto por elementos não-tóxicos que são abundantes na terra.

Pesquisadores do Instituto de Ciências Fotônicas (ICFO), Barcelona, ​​Espanha, desenvolveram uma célula solar orgânica, processada em solução a baixa temperatura, para garantir que seja limpa e é fabricada com materiais abundantes, tornando-a mais barata e sustentável.

Atualmente, as células solares inorgânicas mais comumente utilizadas no mercado, que aparecem em telhados ou fazendas solares, são feitas de silicone, uma produção que é normalmente cara e de alto consumo de energia, e além disso os módulos produzidos são volumosos e de grande peso.

Como uma alternativa ao silício, existem células ultrafinas e mais baratas de fabricar, mas que são compostas por elementos tóxicos, como o chumbo ou cádmio, ou contém elementos raros tais como o índio ou telúrio.

Pesquisadores do ICFO, Maria Bernechea, Nicky Miller, Guillem Xercavins, David So, Alexandros Stavrinadis, liderados pelo professor Gerasimos Konstantatos encontraram uma solução para este problema crescente.

Os investigadores fizeram com sucesso uma célula solar semitransparente, fabricada e processada em solução a baixas temperaturas, baseadas em nanocristais de AgBiS2, um material composto não-tóxico e que são elementos abundantes na terra.

Além de demonstrar que absorvem bem a luz pancromática, esses nanocristais são projetados para funcionar como um meio eficaz no transporte de cargas para células solares processadas na solução.

Fonte: El Echo De Sunchales

Células solares à base de tinta líquida.

Os nanocristais 'solares' medem cerca de 4 nanômetros. Isto significa que você poderá ter mais de 250.000.000.000 sobre uma cabeça de alfinete, e fazê-los flutuar numa solução líquida, "de tal modo que, como num papel jornal, pode também imprimir células solares", declarou Richard L. Brutchey, professor-adjunto de química, do Colégio de Letras, Artes e Ciências, da Universidade da Califórnia do Sul, em Dornsife (EUA).

R. Brutchey e David H. Webber desenvolveram um novo revestimento de nanocristal, feito de semicondutores de seleneto de cádmio (CdSe). Sua pesquisa foi apresentada recentemente na revista internacional de química inorgânica Dalton Transactions.

As células solares líquidas de nanocristal são de fabricação mais barata do que aquelas concebidas a partir de waffers de silício monocristalino, mas, em compensação, continuam menos eficazes para converter a luz solar em eletricidade. Contudo, os dois pesquisadores resolveram um dos problemas-chave na fabricação de células solares líquidas: "como criar um líquido estável que conduza igualmente a eletricidade?"

No passado, as moléculas orgânicas (ligantes) eram ligadas aos nanocristais a fim de manter uma certa estabilidade e, acima de tudo, para impedir a aglomeração. Estas moléculas também isolavam os cristais, o que tornava a coisa muito complicada em termos das condutividades elétricas. "Este permanecia um verdadeiro desafio nessa área", precisou o professor R. Brutchey.

Os dois pesquisadores descobriram, portanto, um 'ligante' sintético, que não apenas desempenha um papel na estabilização dos nanocristais, mas que ao mesmo tempo cria pequenas pontes ligando os nanocristais entre si, ajudando por sua vez a conduzir a corrente.

Nanocristais em solução, como base para células solares. - Créditos: Dietmar Quistorf.

Sendo um processo realizado à baixa temperatura, o método desenvolvido pelos pesquisadores também permitiria imprimir células solares sobre plástico, no lugar de vidro, sem esbarrar no problema da fusão - o que daria um painel solar moldável e aplicável em qualquer lugar.

Na sequência de suas pesquisas, R. Brutchey disse que tem em vista trabalhar com nanocristais baseados em outros materiais que não o cádmio, limitado do ponto de vista comercial, por conta de sua toxicidade. "Ainda que a comercialização desta tecnologia esteja distante, vemos sua possível integração nas próximas gerações de células solares", declarou à guisa de conclusão.

Enerzine (Tradução - MIA).

Pesquisadores conceberam uma célula solar à base de espinafre.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Vanderbilt (EUA) anunciou ter desenvolvido um modo de combinar as proteínas fotossintéticas, contidas nos espinafres, com silício, um material utilizado correntemente nas células solares. Este procedimento teria a vantagem de produzir bem mais corrente elétrica que todos os sistemas solares "bio-híbridos" feitos até então.

"Esta combinação produz níveis quase 1.000 vezes mais altos do que aquele que tínhamos realizado, depositando a proteína sobre diferentes tipos de metais. Ela produz igualmente um ligeiro aumento da tensão", declarou David Cliffel, professor de química, que colaborou no projeto com Kane Jennings, professor de engenharia química e engenharia biomolecular. "Se pudermos continuar em nossa trajetória atual, de aumento de níveis detensão e de corrente, poderíamos atingir o estágio de tecnologias maduras para conversão solar em três anos."

A etapa seguinte dos pesquisadores consistirá da construção de um protótipo de célula solar de silício PS1, utilizando este novo design. O Professor Jennings estima que um painel de 60 cm poderia gerar pelo menos 100 miliampères, a 1 volt - o bastante para alimentar um certo número de diferentes tipos de pequenos aparelhos elétricos.

Há mais de 40 anos, os cientistas descobriram que uma das proteínas implicadas na fotossíntese, chamada fotossistema 1 (do inglês, PS1), continuava a funcionar mesmo uma vez extraída da planta, a saber: o espinafre. Depois, determinaram que a PS1 convertia a luz do sol em energia elétrica, com uma eficiência próxima de 100%, comparativamente a um rendimento de conversão de menos de 40% atingido por dispositivos artificiais. Isto incitou diversos grupos de pesquisa no mundo inteiro a tentar utilizar a PS1 para criar células solares mais eficientes.

Uma outra vantagem potencial destas células bio-híbridas está no fato de poderem ser fabricadas a partir de materiais baratos e facilmente disponíveis, diferentemente dos numerosos dispositivos microeletrônicos, que necessitam de materiais raros e custosos, como a platina ou o índio. A maioria das plantas utiliza as mesmas proteínas fotossintéticas que o espinafre. Por outro lado, em outro projeto de pesquisa, o Professor Jennings trabalha com um procedimento que lhe permite extrair a PS1 do kudzu, planta perene, da família das Fabaceae, "nativa do sul do Japão e Sudeste da China, onde ocorre como uma espécie invasora. É comestível, mas muitas vezes também pulverizada com herbicidas". 

Após esta descoberta inicial, os progressos, não obstante lentos, têm sido constantes. Os pesquisadores desenvolveram métodos para extrair eficazmente a PS1 a partir das folhas. Demonstraram que isso podia ser realizado nas células que produzem uma corrente elétrica, quando se encontram expostas aos raios solares. Entretanto, a quantidade de energia que estas células bio-híbridas eram capazes de produzir por cm2 era sensivelmente inferior àquela gerada pelas células fotovoltaicas comerciais.

Um outro problema alvo: a longevidade. A performance de certas células em fase de testes decresce após apenas algumas semanas. Em 2010, entretanto, a equipe do Professor Vanderbilt conseguiu manter funcional uma célula PS1 durante nove meses, sem degradação da performance. "A natureza sabe muito bem como fazer isto. Nas árvores com folhas, por exemplo, a PS1 dura anos", declarou o Professor Cliffel. "Só precisamos, nós mesmos, encontrar uma maneira de fazer o mesmo".

Os pesquisadores da Universidade Vanderbilt informaram que sua combinação 'PS1/silício' produzia perto de um miliampère (850 microampères) de corrente por centímetro quadrado, a 0,3 volts. Isto representa perto de duas vezes e meia mais do que o melhor nível já anunciado para uma célula bio-híbrida.

Montagem da célula bio-híbrida usando a proteína do espinafre. - Créditos: Vanderbilt University.

A razão desta performance se encontra nas propriedades elétricas do substrato de silício, que foram preparadas para se adaptar àquelas da molécula PS1. Isto se faz por implantação de átomos - carregados eletricamente - no silício, para modificar suas propriedades elétricas: um processo chamado "dopagem". A proteína funcionou muito bem com silício dopado com cargas positivas, contudo, funcionou mal com silício dopado negativamente.

Para fazer funcionar o dispositivo, os pesquisadores extraíram a PS1 do espinafre em uma solução aquosa e despejaram a mistura obtida sobre a superfície de uma plaqueta de silício, dopado positivamente. Depois, colocaram a plaqueta em uma câmara de vácuo, a fim de fazer a água evaporar, para deixar, no final da evaporação, uma película de proteína de uma espessura ótima, de cerca de um mícron, seja: o equivalente de 100 moléculas de PS1.

Quando uma proteína PS1 é exposta à luz, absorve inicialmente a energia dos fótons que utilizará para liberar os elétrons. Estes últimos serão transportados para um dos lados da proteína. Tal mecanismo cria regiões de carga positiva, chamadas buracos, que se deslocam para o lado oposto da proteína.

Em uma folha, todas as proteínas PS1 estão alinhadas. Mas, na camada disposta sobre a plaqueta, as proteínas individuais estão orientadas de modo aleatório. Trabalhos de modelização, conduzidos precedentemente, indicaram se tratar, aqui, de um problema importante. Quando as proteínas estão dispostas sobre um substrato metálico, aquelas orientadas em uma direção fornecem elétrons que são, em seguida, coletados pelo metal, enquanto aquelas orientadas na direção oposta, repelem elétrons sobre o metal, para preencher os famosos buracos. 

Como consequência, produzem correntes de carga positiva e negativa, que se anulam para deixar passar uma corrente muito fraca. O silício dopado -p- elimina o problema, porque permite aos elétrons circular na PS1. Deste modo, os elétrons circulam através do circuito em uma direção comum.

"Este não é tão bom quanto o alinhamento das proteínas, mas é muito melhor do que o que tínhamos antes", concluiu o Professor Jennings.

Enerzine (Tradução - MIA).

Fotovoltaicos orgânicos crescem em potência

As células solares, hoje dominadas pelo silício, custam caro! Por isso, os pesquisadores, cada vez mais se interessam pela possibilidade de fabricar células fotovoltaicas a partir de outros materiais, plásticos ou orgânicos. Estas novas células têm também a vantagem de ser mais leves e, portanto, mais maleáveis que as células fabricadas a partir de silício ou mesmo de vidro.

Em maio de 2011, pesquisadores alemães da Universidade de Bayreuth (Baviera) desenvolveram um método que permite medir a capacidade de absorção de luz por uma molécula, o que constitui um grande avanço para a área.

Em julho de 2011, foi o pesquisador de materiais Michel Grätzel quem recebeu o prêmio de excelência da Universidade de Gutenberg de Mayence (Renania Palatinato), por seus trabalhos sobre células fotovoltaicas coloridas que funcionam segundo o princípio da fotossíntese. A luz do sol é transformada pela célula (batizada pelo pesquisador "célula Grätzel") em corrente elétrica, com a ajuda de corantes orgânicos. A dotação do prêmio deverá servir ao pesquisador alemão-suíço para prosseguir com suas pesquisas na Universidade e no laboratório de fotônica e de interfaces de Lausanne, na Suíça.

Enfim, a fundação de Bade-Wurtemberg, uma das fundações alemãs que mais investe em pesquisa científica, acaba de anunciar um orçamento de 3,5 milhões de euros, destinados a financiar seis projetos de pesquisa na área do fotovoltaico orgânico. O programa "células orgânicas e células coloridas" visa a aumentar a eficiência destas células e melhorar os procedimentos de produção.

Um projeto comum ("Iniciativa células coloridas") do Instituto Fraunhofer de Sistemas Energéticos Solares (ISE), de Friburgo, da Universidade de Ulm e da Universidade de Ciências Técnicas e Econômicas (HTW), de Aalen, foi financiado para trabalhar também na questão da qualidade dos eletrólitos. O Instituto de tecnologia de Karlsruhe (KIT), por outro lado, trabalha na industrialização dos procedimentos de fabricação destas células solares, incluindo a química inorgânica e as nanotecnologias.

FONTE: Bade-Wutemberg Foundation

Processo de auto-arranjo natural de bactérias roxas pode tornar as células solares mais eficientes


Bactérias roxas, uma das primeiras formas de vida na Terra, dão aos pesquisadores de energia solar razões sem precedentes para se questionarem sobre os modos naturais de se fazer as coisas de maneira eficiente. Estas bactérias vivem no fundo dos lagos ou nos corais sob o mar e usam a luz solar como fonte de energia. Os cientistas pensaram ter descoberto tudo o que há para saber sobre bactérias púrpuras, mas recentemente, Neil Johnson, físico da Universidade de Miami, também descobriu outras propriedades dessas criaturas primordiais.

As bactérias roxas são muito flexíveis quando se trata da intensidade da luz, organizando-se em diferentes padrões. “Nosso estudo desenvolve um modelo matemático para descrever os projetos que ele adota e por quê, o que poderia ajudar a projetar diretamente os futuros dispositivos fotoelétricos”, diz Johnson, que colaborou em seu estudo com colegas da Universidad de los Andes, na Colômbia.

A energia solar chega à célula em "gotas" de luz chamadas fótons, que são capturadas pelo mecanismo de coleta de luz das bactérias presentes dentro de uma estrutura especial chamada membrana fotossintética. Dentro desta membrana, a energia da luz é convertida em energia química para alimentar todas as funções da célula. O aparelho fotossintético possui dois complexos de coleta de luz. O primeiro captura os fótons e os canaliza para o segundo, chamado de centro de reação (RC), onde a energia solar é convertida em energia química. Quando a luz atinge os CRs, eles se fecham pelo tempo que leva a energia a ser convertida.

De acordo com o estudo, as bactérias púrpuras se adaptam a diferentes intensidades de luz, alterando o arranjo do mecanismo de coleta de luz, mas não da maneira como se pensaria pela intuição.

“Pode-se supor que, quanto mais luz a célula recebe, mais reativa ela tem”, diz Johnson. “No entanto, nem sempre é assim, porque a cada nova geração, as bactérias roxas criam um design que equilibra a necessidade de maximizar o número de fótons capturados e convertidos em energia química e a necessidade de proteger a célula de excesso de energia. que poderia danificá-lo.

Para tornar mais fácil entender o que as bactérias púrpuras fazem, Johnson apresentou um exemplo: “Imagine um dia muito ocupado no supermercado, se o centro de reação está ocupado é como se o caixa estivesse ocupado, alguém estivesse fazendo bagging”, diz Johnson. "O comprador se pergunta ao redor para encontrar um checkout aberto e alguns dos compradores podem se cansar e ir embora - as bactérias são como um supermercado muito responsável", diz ele. "Eles preferem perder alguns compradores do que ter congestionamento na saída, mas ainda está obtendo lucros suficientes para sobreviver".

Seu estudo desenvolveu o primeiro modelo analítico explicando a “intensidade da luz crítica”, abaixo da qual a célula aumenta os centros de criação ou reação, como sendo o ponto de maior eficiência para aquela célula. Isso acontece porque a célula contém o maior número da melhor localização de RCs abertos e a menor quantidade de perda de energia - daí a eficiência.

Com esta descoberta, os painéis solares poderiam tornar-se muito mais eficientes se revestidos com bactérias fotossintéticas especialmente adaptadas, cuja produção energética se tornaria parte do circuito elétrico convencional. Estes painéis solares podem adaptar-se a diferentes intensidades de luz. Encontrar soluções melhores que aquelas fornecidas pela natureza em bactérias roxas é também uma das metas dos pesquisadores. Eles até usam supercomputadores para isso, mas é uma tarefa difícil, já que a natureza desenvolveu esses sistemas em bilhões de anos.

Células solares híbridas como spray

Praticamente no mesmo dia foi anunciado um avanço em um tipo de célula solar que está prestes a chegar ao mercado.

Os cientistas usaram pontos quânticos, nanopartículas que medem entre dois e quatro nanômetros. Em princípio, estas células solares híbridas poderão ser aplicadas como uma espécie de spray sobre as superfícies. [Imagem: Uni-Freiburg]

Uma equipe da Universidade de Freiburg, na Alemanha, desenvolveu uma nova técnica para tratar superfícies feitas com nanopartículas. De um ponto de vista teórico, a técnica poderá ser usada em vários tipos de nanopartículas, permitindo a construção de estruturas muito precisas.

De um ponto de vista prático, contudo, o método já se mostrou excepcional para as células solares híbridas, um tipo de célula solar formada por uma camada de nanopartículas inorgânicas e um polímero orgânico.

As células solares orgânicas são muito promissoras porque podem ser fabricadas por técnicas de impressão sobre plástico, o que as torna potencialmente muito baratas. Mas, até agora, sua eficiência era de apenas 1%. A nova técnica elevou essa eficiência para 1,8%, quase o dobro do que havia sido conseguido até então.

Nesta pesquisa, os cientistas usaram pontos quânticos, nanopartículas que medem entre dois e quatro nanômetros. Em princípio, células solares híbridas, como estas feitas com pontos quânticos, poderão ser aplicadas como uma espécie de spray sobre as superfícies.

O recorde atual de eficiência entre as células solares orgânicas puras é de 7%.