Mostrando postagens com marcador GERAÇÃO DISTRIBUÍDA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GERAÇÃO DISTRIBUÍDA. Mostrar todas as postagens

Canoas (RS) tem três escolas municipais abastecidas por energia solar

Estimativa é gerar economia anual de R$ 12 mil em cada unidade

Três escolas municipais de educação infantil (EMEIs) de Canoas, região metropolitana no Rio Grande do Sul, começaram a geração de eletricidade por meio da instalação do sistema de energia solar. As instituições beneficiadas são Irma Schies Stefanny, no bairro Harmonia, Jornalista Marione Machado Leite, no bairro São José, e Ulisses Machado Filho, no bairro Estância Velha.

No total, as escolas receberam 105 geradores fotovoltaicos, que permitem economizar, em média, 90% nos gastos com a energia elétrica, o que representa uma economia anual estimada de R$ 12 mil em cada unidade. Segundo informações da Prefeitura de Canoas, a ideia também é aplicar esta tecnologia nos espaços públicos pela questão sustentável, utilizando uma forma limpa e renovável de energia.

O investimento no sistema somou aproximadamente R$ 157 mil, de acordo com o secretário do Meio Ambiente (SMMA), Gustavo Rabaioli. A verba foi proveniente de um Termo de Compensação Vegetal assinado com o ParkShopping Canoas. “Esse projeto de instalação do sistema de energia solar fotovoltaica foi pensado pela Secretaria do Meio Ambiente, juntamente com a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos da Prefeitura de Canoas. É uma iniciativa fundamental, tanto para as escolas, quanto para toda a comunidade de Canoas”, completa Rabaioli.

As instalações já foram supervisionadas pelo prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, e a vice-prefeita, Gisele Uequed, no final de janeiro. “Escolhemos essas unidades de ensino por terem uma estrutura já pronta para comportar o sistema, o que também ocorrerá com o restante da rede”, explicou o prefeito.

Entre as vantagens das placas solares é o seu tempo de vida útil que gira em torno de 25 anos. Assim as escolas terão esse benefício por esse período. O Brasil é um dos países com maior potencial para geração de energia solar, mas ainda é uma matriz energética pouco explorada no País.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia solar corresponde a apenas 1,4% da matriz elétrica brasileira, bem atrás da hídrica que corresponde a 60,9%. O País sequer fica entre os dez maiores investidores mundiais em energia fotovoltaica, atrás, inclusive, de nações que possuem menor incidência solar, casos de Alemanha e Coreia do Sul.

Fonte: Portal Solar

Geração de energia solar deve ganhar marco regulatório no país

O projeto de lei do deputado Lafayette de Andrada mantém o incentivo para as usinas fotovoltaicas Crédito: Cemig Divulgação

As mudanças nas regras do segmento de geração distribuída no Brasil podem ganhar novos rumos a partir do projeto de lei (PL) que o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos – MG) pretende apresentar, nos próximos dias, na Câmara dos Deputados. A proposta rebate a sugestão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de taxar setor em mais de 60% e indica um novo marco legal para a atividade no País.

De acordo como deputado federal, o texto com as mudanças nas regras de regulação foi amplamente discutido e aguarda apenas a sinalização do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para os próximos passos. De acordo com Andrada, o objetivo é dar celeridade à tramitação do projeto e uma das possibilidades será apresentá-lo como substitutivo para votação no Plenário da Casa.

“O projeto busca sumariamente o consenso entre os diversos agentes do setor, como a agência reguladora, as distribuidoras, as entidades de classe e o governo. Foram, ao todo, cinco meses de trabalho para colocarmos um ponto final no debate sobre a taxação da geração distribuída, criando um ambiente seguro para os investidores com medidas que mantenham o incentivo a este tipo de geração no Brasil”, resumiu.

Conforme o deputado, o projeto prevê, por exemplo, a continuidade dos benefícios para os produtores que já têm painéis fotovoltaicos instalados. Já as novas instalações ficariam com os incentivos atuais, sem nenhuma mudança, até o fim de 2021. A partir de janeiro de 2022, a geração distribuída entraria em um processo de diminuição gradual dos estímulos.

O PL propõe ainda um aumento ordenado da cobrança pelo uso da rede das distribuidoras. “A ideia é fixar um pagamento de 10% da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) a partir de 2022, que subiria a cada biênio. Após completar dez anos, atingiria a cobrança cheia”, explicou.

Andrada ressaltou também que o projeto de lei visa proporcionar segurança jurídica aos contratos já firmados e atrair novos investidores neste tipo de energia limpa, renovável e mais barata. Para ele, a proposta também promete democratizar o uso da energia solar no Brasil.

“Temos uma das maiores cargas tributárias do mundo, com cerca de 37%. A proposta da Aneel propõe mais de 60% de taxação sobre esse setor, o que é inviável e afasta os investidores. É fundamental que o setor de energia tenha um marco legal que seja claro e promova a segurança jurídica”, reiterou.

Em janeiro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifestou a favor da taxação zero sobre o setor de energia solar. Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, também já sinalizaram posição contrária à proposta de tributação da Aneel.

Viabilidade – A vice-presidente de Geração Distribuída da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bárbara Rubim, também destacou o fato de o projeto ter sido construído com a colaboração de diferentes agentes do setor. Para ela, juntos, os pontos tratados pelo PL seriam capazes de manter a viabilidade econômica dos empreendimentos de energia solar tanto para residências quanto para usinas ou até mesmo consumidores que não tenham locais para geração.

“Em suma, a proposta é muito positiva. Ela precisa tramitar o quanto antes no Congresso Nacional e ser aprovada para que tenhamos o equilíbrio necessário no setor”, comentou.

No segundo semestre do ano passado, a Aneel sinalizou que realizaria uma série de mudanças na regulação do setor, incluindo a redução dos subsídios oferecidos à microgeração e minigeração. Um dos pontos de maiores discussões é que no modelo vigente, o valor integral da tarifa de energia cobrada pela distribuidora de energia é compensado pelo valor da energia gerada por geração distribuída.

“O cenário atual permite um abatimento proporcional: 1 kwh custa R$ 1 e a geração de 1 kwh permite abater R$ 1. Pela proposta da Aneel, ao produzir 1 kwh, o abatimento seria de R$ 0,38. Isso poderá inviabilizar algumas modalidades de geração”, alertou.

Desde o início da operacionalização da geração distribuída no Brasil, em 2012, já foram investidos R$ 7 bilhões no setor com a geração de mais de 100 mil empregos diretos. O cálculo de impacto na economia de consumo é da ordem de R$ 1,5 bilhão ao ano, além da previsão da criação de 600 mil novos empregos até 2035, segundo previsão das entidades representativas. Minas Gerais é o Estado pioneiro no assunto e responde por 18,8% do setor nacional.

Fonte: Diário do Comércio

Renner inaugura unidade abastecida por energia solar no Rio Grande do Sul

Primeira loja da rede varejista abastecida com energia solar no estado terá uma economia de 26% na conta de luz

A Renner, maior rede varejista brasileira têxtil do Brasil, acaba de inaugurar mais uma loja abastecida por energia fotovoltaica, desta vez no Rio Grande do Sul. A loja beneficiada é a do Shopping João Pessoa, em Porto Alegre, que, segundo a empresa, deve ter uma economia de energia elétrica, em torno de 26%. O abastecimento ocorre pela energia gerada na fazenda solar de Pântano Grande, a 128 quilômetros da capital gaúcha, ativada no fim de dezembro do ano passado.

Segundo informou a varejista, a usina é de um empreendedor parceiro e conta com mil painéis fotovoltaicos, com capacidade para gerar, em média, 0,5 mil megawatts/hora/ano, com 362 kilowatts (kW) de potência.

A empresa também pretende ampliar o projeto para três lojas no Distrito Federal, com previsão de entrar em operação no primeiro semestre de 2020. A economia potencial, neste caso, será entre 13% e 26% do custo da energia consumida, dependendo de questões como a localização e o modelo de implantação.

Em 2018, a Renner anunciou suas metas para suprir 75% do consumo corporativo de energia por meio de fontes renováveis de baixa emissão (podendo ser solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa etc.) e a redução de 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em relação ao inventário de 2017.


O projeto de energia solar para as lojas foi implementado em fevereiro de 2019. As percursoras do projeto foram quatro unidades da empresa no Rio de Janeiro. São três lojas em Ipanema, Copacabana e Largo do Machado e uma no Shopping Madureira. A energia é proveniente de uma fazenda solar situada no município de Vassouras, a 120 km da capital fluminense. Desde então, as unidades contempladas tiveram uma redução média de 13% nas faturas mensais de energia elétrica.

O espaço possui quatro mil painéis fotovoltaicos que produzem em média 1,8 mil megawatts/hora por ano (MWh/ano), com 1,32 megawatts (MW) de potência. O projeto faz parte de uma iniciativa para implementar, até 2021, práticas de responsabilidade social e ambiental em toda a rede. As metas incluem o suprimento de 75% do consumo corporativo de energia a partir de fontes renováveis de baixa emissão.

O abastecimento das unidades da rede varejista segue o modelo de geração distribuída, pelo qual a fazenda solar (que é um micro ou minigerador) injeta na rede de distribuição o volume produzido e recebe créditos para ter acesso à energia fornecida pela empresa distribuidora. Os créditos obtidos pela microgeração “pagam” a conta de luz da concessionária, que abastece a loja.

Universidade Federal do Paraná inaugura a maior usina solar do Brasil construída em estacionamento

Usina vai permitir a economia de até R$ 1,5 milhão por ano em energia elétrica.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, inaugurou neste mês a maior usina solar fotovoltaica construída em estacionamento (carport) do Brasil. A expectativa é que ela permita uma economia de até R$ 1,5 milhão por ano em energia elétrica, o que representa 50% do consumo atual do Campus Politécnico e é suficiente para abastecer 722 residências.

Erguida em três meses, a instalação funciona como um estacionamento para carros onde o telhado é substituído por painéis solares que geram eletricidade.

O projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com participação da Universidade Federal do Paraná. A iniciativa busca promover projetos que fazem uso eficiente de energia elétrica. A usina contou com um investimento de R$ 5 milhões para ser construída.

Ela foi desenvolvida pela empresa Alexandria, que trabalha com projetos de usinas de energia solar. Alexandre Brandão, CEO da empresa, conta que a instalação de 10 mil metros quadrados foi construída em 90 dias, considerado um recorde para esse tipo de empreendimento. “Por ser a maior usina em carport do Brasil, o projeto envolveu uma série de complexidades”, afirma Brandão. “Havia o desafio de construir uma cobertura de estrutura consistente para manter a segurança dos carros e ao mesmo tempo gerar energia”, diz.

Alexandre explica que usinas solares fotovoltaicas em modelo carport levam, em média, oito meses para serem construídas. Por conta de um atraso na licitação, a nova usina da UFPR teve de ser desenvolvida em apenas 90 dias, sob o risco de ter a verba devolvida à ANEEL.

Segundo ele, a ideia é permitir que alunos e professores da universidade também utilizem a instalação para o desenvolvimento de estudos e pesquisas. “Eles poderão controlar a usina em laboratório e realizar análises sobre toda a energia gerada”, diz o CEO.

Técnica carport

Quase 3 mil módulos de placas solares cobrem 375 vagas no estacionamento 
(Foto: Divulgação/Grupo Alexandria)

O complexo solar da UFPR tem capacidade para gerar 1.299,715 MWh por ano, o que corresponde ao consumo médio de 722 residências. Além disso, a nova usina foi projetada para evitar a emissão de 96 toneladas de CO² na atmosfera, o equivalente à preservação de 4.372 árvores, de acordo com a empresa. Quase 3 mil módulos de placas solares cobrem 375 vagas no estacionamento.

“Basicamente, a inteligência deste tipo de construção está no uso de um sistema ‘dois por um’. Ou seja, fazemos o uso de um estacionamento coberto, mas, em vez de telhas, usamos os próprios módulos como cobertura. É quase como unir o útil ao agradável”, afirma Brandão. “Trata-se de uma tendência que permite otimizar tempo e recursos para a geração eficiente de energia.”

Fonte: Época

A verdade por trás da proposta da ANEEL

No dia 22 de janeiro de 2019 a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, por unanimidade, deliberou pela abertura de Audiência Pública (AP) com o objetivo de colher subsídios e informações adicionais para a Análise de Impacto Regulatório - AIR para o aprimoramento das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída (Resolução Normativa nº 482/2012).

Desde então, foram realizadas algumas consultas e audiências públicas para que os setores envolvidos, especialistas e sociedade expusessem suas considerações adicionais que, sob seus pontos de vista, deveriam ser incluídas na AIR. As audiências públicas, encontram-se disponíveis no canal da ANEEL no YouTube, desta forma, qualquer cidadão poderá conferir o que já foi dito publicamente em algumas audiências.

Nessa reta final estamos vendo uma discussão bastante acalorada na mídia impressa e digital, redes sociais e profissionais onde um lado acusa o outro de “Fake News”. Desta forma, este artigo propõe apresentar uma visão técnica sobre o assunto de forma que a desmistificar o que é Fake ou Fato nesta discussão.

Pela complexidade do assunto, não se pretende esgota-lo, contudo, poderá ser utilizado como referência para os interessados que desejam formar uma opinião baseada em um levantamento de conceitos e conteúdos sobre o assunto, colhidos em bibliografia especializada, bem como a análise de alguns artigos contidos em revistas técnicas e acadêmicas. Portanto, vamos focar em pontos de divergência, incoerências e equívocos apresentados nas consultas e audiências públicas que estão provocando este debate.

1. Do que trata a Resolução Normativa 482/12 que a ANEEL quer alterar?

A ANEEL, em gestão anterior, publicou a Resolução Normativa nº 482 de 17 de abril de 2012, a qual estabeleceu as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica - SCEE, e dá outras providências. Como o próprio escopo da resolução diz, ela não trata apenas de um tipo de energia, mas trata de sistemas de micro e mini geração que pretendem se conectar ao sistema de distribuição de energia elétrica. Dentre eles, estão fontes de energia hidráulica, solar, eólica, biomassa, biogás (biodigestores) ou cogeração qualificada.

A gestão seguinte da ANEEL decidiu então aprimorar a resolução normativa através da publicação da Resolução Normativa nº 687 de 24 de novembro de 2015. O seu próprio escopo diz que objetivo da resolução foi alterar a Resolução Normativa nº 482, de 17 de abril de 2012, e os Módulos 1 e 3 dos Procedimentos de Distribuição – PRODIST. Dentre as alterações podemos citar: a validade dos créditos de energia passariam de 36 para 60 meses (5 anos); diminuição da burocracia e tempo para conexão à rede; a criação da geração compartilhada, múltiplas unidades consumidoras, geração remota e divisão de créditos (consórcio, cooperativa, condomínio).

Em 2018 a gestão atual da ANEEL promoveu a Consulta Pública nº 10/2018, a qual recebeu contribuições da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – ABRADEE, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR, dentre outros.

A primeira desmistificação já pode ser feita aqui. Estas resoluções normativas tratam de mini e microgeração distribuída, o que difere completamente de geração centralizada ou de uma única fonte de energia. Provavelmente o equívoco em acreditar que se trata de uma resolução para energia fotovoltaica seja o forte engajamento da ABSOLAR e seus associados na defesa da micro e minigeração distribuída, porém este é o papel de qualquer associação: defender os interesses de seus associados. Assim como é legítimo a ABRADEE defender os interesses de seus associados.

2. As resoluções normativas 482 e 687 concedem algum privilégio para a energia fotovoltaica?

A geração distribuída, como o próprio nome diz, é a geração de energia feita em diversos locais, através de sistemas de geração que ficam próximos ou até mesmo na própria unidade consumidora (casas, empresas e indústrias) e que são ligados a rede de distribuição de energia elétrica.

A geração centralizada é quando as grandes usinas geradoras é que produzem a energia e a envia aos consumidores através das redes de transmissão e distribuição, chegando até eles pelas distribuidoras locais.

A geração centralizada e distribuída podem ser originadas de fontes renováveis e não renováveis, então vamos exemplificar na Figura 1 a diferença entre o que é geração centralizada e distribuída para uma mesma fonte de energia renovável. A Figura 1a (à esquerda) apresenta o Parque Solar Nova Olinda de 475 MW. Trata-se de um exemplo de geração centralizada. A usina está localizada no município de Ribeira do Piauí, a 377 quilômetros de Teresina, na microrregião do Alto Médio Canindé. A Figura 1b (à direita) apresenta algumas das unidades habitacionais em Goiás com energia solar fotovoltaica. Tratam-se de exemplos de geração distribuída.

Figura 1 – Sistemas Fotovoltaicos: (a) exemplo de geração centralizada e; (b) exemplo de microgeração distribuída.

A resolução normativa vigente define como microgeração as centrais geradoras de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada ou fontes renováveis de energia elétrica. Também define como minigeração distribuída as centrais geradoras de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes hídricas ou menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada. Acima disso já não se trata mais de micro ou minigeração.

Por estar fora do escopo das resoluções normativas 482 e 687, o Parque Solar Nova Olinda comercializará aproximadamente 80% de sua produção para distribuidoras do mercado regulado e 20% será comercializado no mercado livre de energia regulado pela CCEE.

Já a micro e minigeração não pode comercializar a energia produzida. A energia injetada na rede deve ser cedida, por meio de empréstimo, à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica.

Desta forma, o que se pretende alterar são as regras que regulam os menores sistemas de geração, ou seja, aqueles que produzem sua própria energia com o único objetivo de reduzir sua conta de energia elétrica, visto que o escopo das resoluções 482 e 687 não permite a venda de energia elétrica.

Portanto, é FAKE que existem privilégios para quem gera a própria energia, visto que o consumidor com geração distribuída (seja por fonte hídrica, eólica, solar, biogás, combustível, etc) continua pagando pela energia que consome a partir do sistema de distribuição, pela tarifa mínima ou demanda, bandeiras tarifárias, iluminação pública, taxa de uso do sistema de distribuição TUSD e todos os demais encargos que os demais consumidores de mesmo porte são obrigados a pagar.

3. Existe Subsídio para Micro e Minigeração Distribuída?

Ao longo de todas as discussões, consultas e audiências públicas, a ANEEL, ABRADEE e seus associados afirmam existir um subsídio para a micro e minigeração distribuída, porém, apresentam esse subsídio como se existisse um custo para os consumidores que não possuem geração distribuída. Se esse custo existisse não faria sentido as distribuidoras praticarem a estratégia de alocação de perdas em redes de distribuição de energia elétrica com geradores distribuídos por décadas e até os dias atuais. Falaremos sobre essa estratégia com mais detalhes no próximo tópico. Ademais, a geração centralizada, esta sim goza de subsídios. Desta forma, ao não diferenciar a geração centralizada da geração distribuída é possível que se crie uma confusão de entendimentos.

De onde terá vindo esta ideia de que existem subsídios então? Talvez um pouco de história explique.

Na Alemanha, A Lei Energy Feed-in de 1991 obrigava os fornecedores de energia a aceitar energia de pequenas centrais renováveis (eólica, fotovoltaica, etc.). O subsídio de 17 Pfennigs (algo como o centavo na Alemanha) por kWh não foi suficiente para uma operação econômica de usinas fotovoltaicas. Por esse motivo, os ambientalistas exigiram um subsídio mais alto para a energia fotovoltaica.

Um papel fundamental foi desempenhado pela Associação de Promoção da Energia Fotovoltaica de Aachen. Essa associação conseguiu que, em 1995, fosse introduzido o subsídio de cobertura de custos a uma taxa de 2 DM (marco alemão) por kWh para a energia fotovoltaica, que ficou conhecida como Modelo de Aachen.

No entanto, aqui no Brasil o modelo não é o Energy Feed-in e sim o Net Metering, o qual não remunera ninguém em dinheiro e não obriga a distribuidora a pagar pela energia injetada. Por exemplo, se uma residência injeta energia na rede, essa energia será consumida imediatamente pelos seus vizinhos, reduzindo assim as perdas elétricas e os custos de transmissão e distribuição. A distribuidora, entretanto, irá cobrar o valor cheio da energia elétrica dos vizinhos, como se os custos e as perdas existissem nesse exemplo.

Além disso, o consumidor que instala um sistema de micro ou minigeração não recebe nada de graça, o mesmo deve custear a aquisição do sistema de geração como qualquer outro bem de consumo. Portanto, é FAKE que existem subsídios para a micro e minigeração distribuída.

Uma exceção a este FATO está vindo justamente por parte de distribuidoras e/ou empresas do mesmo grupo econômico das distribuidoras, as quais estão ofertando sistemas de geração distribuída subsidiados com dinheiro do Programa de Eficiência Energética – PEE da ANEEL. Subsidiados como? O consumidor paga pela aquisição do seu sistema de geração distribuída, por um preço bem abaixo do valor de mercado e a outra parte do valor é paga com dinheiro do PEE. O fundo de eficiência energética da ANEEL é um dos maiores fundos de eficiência energética do Brasil e construído com dinheiro de todos os consumidores, com ou sem GD. Aquele mesmo que antes era utilizado para trocar geladeiras e lâmpadas velhas e menos eficientes. Isto sim pode ser considerado um exemplo de subsídio, onde todos os consumidores pagam para manter este fundo e este dinheiro está sendo utilizado para alavancar as empresas de geração distribuída do mesmo grupo econômico das distribuidoras. O que reforça a importância da geração distribuída para todos. Não faremos juízo de valor se esta prática está certa ou errada, apenas é a constatação de um FATO.

4. A geração distribuída reduz perdas e custos de transmissão e distribuição?

Sim, é FATO que a geração distribuída reduz as perdas técnicas em redes elétricas tanto para transmissão quanto para distribuição. Inclusive a estratégia de alocação de perdas com geradores distribuídos é antiga no setor elétrico.

Algumas distribuidoras de energia elétrica chegam a usar geradores à diesel para usufruir dos benefícios da estratégia de alocação de perdas. Isto se deve ao fato de que a presença de pequenos geradores próximos às cargas pode proporcionar diversos benefícios para o sistema elétrico e concessionárias, entre os quais se destacam:
  • A postergação de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição; 
  • Se utilizadas fontes renováveis, têm-se o baixo impacto ambiental; 
  • A melhoria do nível de tensão da rede nos períodos de demanda elevada; 
  • O aumento da eficiência energética da fonte pela redução das perdas de produção e transmissão de eletricidade; 
  • A diversificação da matriz energética, e; 
  • O favorecimento à criação de novos modelos de negócios aplicáveis ao setor elétrico. 
O sistema elétrico de potência é dividido em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A energia medida pelas distribuidoras nas unidades consumidoras será sempre inferior à energia recebida dos agentes supridores (transmissoras, geradores ou outras distribuidoras). Isto acontece porque existem perdas, as quais são classificadas da seguinte forma:

I. Perdas na Rede Básica (ou Transmissão): são aquelas que ocorrem entre a geração de energia elétrica nas usinas até o limite dos sistemas de distribuição. São apuradas mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, conforme dados de medição de geração e a energia entregue às redes de distribuição. A diferença entre elas resulta no valor de Perdas na Rede Básica e seu custo é rateado em 50% para geração e 50% para o consumo.

II. Perdas na Rede de Distribuição: aquelas que ocorrem dentro do próprio sistema de distribuição e podem ser divididas em duas categorias, conforme sua causa:

a) Perdas Técnicas: inerentes ao transporte da energia elétrica na rede, relacionadas à transformação de energia elétrica em energia térmica nos condutores (efeito joule), perdas nos núcleos dos transformadores, perdas dielétricas, etc. Podem ser entendidas como o consumo dos equipamentos responsáveis pela distribuição de energia;

b) Perdas Não Técnicas: correspondem à diferença entre as perdas totais e as perdas técnicas, considerando, portanto, todas as demais perdas associadas à distribuição de energia elétrica, tais como furtos de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, etc. Esse tipo de perda está diretamente associado à gestão comercial da distribuidora.

As perdas técnicas de cada distribuidora são calculadas na revisão tarifária periódica, conforme as regras definidas no Módulo 7 do PRODIST. Portanto, quando são aplicados os reajustes na sua conta de energia elétrica, você está pagando pelas perdas técnicas da distribuidora.

Quanto às perdas não técnicas, cabe à ANEEL definir qual a parcela de perdas não técnicas de energia que poderá ser repassada à tarifa. Novamente, este outro custo também é pago pelos consumidores regulares.

A ANEEL disponibiliza em seu site uma Tabela de Perdas de Energia Elétrica. A Figura 2 apresenta o início desta tabela, com os valores de perdas regulatórias estabelecidas para as distribuidoras X e Y entre os anos de 2010 a 2014.

Figura 2 – Perdas elétricas percentuais regulatórios e reais. Fonte: ANEEL.

Nesta tabela podemos observar distribuidoras com baixas perdas de energia (técnicas e não técnicas) ao longo dos anos. Porém, também é possível observar distribuidoras com incríveis perdas de energia acima de 65%.

Portanto, é FATO que a geração distribuída aumenta a eficiência da rede de distribuição através da redução das perdas de produção, transmissão e distribuição de eletricidade.

5. Quais foram as premissas da ANEEL?

A ANEEL afirmou que o objetivo da revisão da resolução é trazer o equilíbrio entre os usuários da rede de distribuição com e sem geração distribuída. Porém, todos os cenários propostos pela ANEEL levam ao aumento médio das tarifas de energia elétrica para todos os usuários.

Segundo a ANEEL, a sua lógica para fazer sua análise e chegar nesse equilíbrio seria calcular os custos e benefícios. Segundo a ANEEL existe uma transferência de custos para os consumidores que não possuem geração distribuída e esses custos devem ser reduzidos. Desta forma, tornar o modelo equilibrado e garantir que não haja transferência de custos para os demais consumidores.

Quando se espera uma explicação plausível para os supostos subsídios, surge um slide da ANEEL (Figura 3) onde é apresentada a composição dos custos e benefícios. O custo apresentado não são os supostos subsídios e sim a redução de mercado das distribuidoras (confira no vídeo da Audiência Pública essa afirmação a partir dos 18min:44seg).

Figura 3 – Slide utilizado pela ANEEL durante as audiências públicas para explicar o que foi considerado para calcular os custos e benefícios da geração distribuída. Fonte: ANEEL.

Os benefícios quantificados foram: a energia que deveria ter sido gerada na geração centralizada e foi evitada através da geração distribuída, a redução das perdas na distribuição e na transmissão, e por fim, a postergação de investimentos em capacidade de geração futura. A redução na emissão de CO2 e a geração de empregos foram chamadas de “externalidades” e não foram considerados na AIR. 

Este slide da própria ANEEL reforça o FATO de que o problema não é um suposto subsídio na geração distribuída. Pelo contrário, olhares atentos perceberão que, para a ANEEL, o problema está na redução de mercado das empresas de distribuição e que esta redução tem um peso muito maior do que todos os demais benefícios proporcionados pela geração distribuída.

Mas será que essa redução de mercado foi quantificada e considerada mesmo? Uma pesquisa rápida na internet revelará que muitas distribuidoras estão batendo recordes de lucro ano após ano. Algumas utilizando-se deste lucro para criar suas próprias empresas de geração distribuída.

Pelo que se pode observar através da apresentação da própria ANEEL, é FAKE que existe uma transferência de custos para os consumidores que não possuem geração distribuída. É FAKE que o objetivo é reduzir esses custos. É FAKE que a alteração da resolução pretende tornar o modelo equilibrado e garantir que não haja transferência de custos para os demais consumidores.

6. O usuário da rede com geração distribuída deixa de pagar o uso do fio da distribuidora?

Esse é um ponto de bastante discussão. O usuário da rede de distribuição que possui geração distribuída continua pagando por:
  • Toda a energia que consome a partir do sistema de distribuição, após descontada a energia que ele injetou na rede. 
  • Se o consumidor for pertencente ao grupo B, ele continuará pagando a tarifa mínima, o que significa que mesmo que ele gere toda a sua energia e não consuma nada a partir da rede elétrica ele irá pagar por 30 kWh/mês se possuir instalação monofásica, 50 kWh/mês se possuir instalação bifásica e 100 kWh/mês se possuir instalação trifásica. Além disso, o tamanho do sistema é limitado pela carga instalada no local; 
  • Se o consumidor for pertencente ao grupo A, ele continuará pagando pela demanda. Inclusive é bastante comum os consumidores do grupo A necessitarem contratar uma demanda maior apenas para conseguir instalar um sistema de geração maior, pois o tamanho do sistema é limitado pela demanda contratada no local. Este consumidor do grupo A terá desconto apenas na TE (tarifa de energia) e continuará pagando pela TUST/TUSD. Além disso, mesmo se tratando de empréstimo de energia, a grande maioria destes consumidores pagam pelo ICMS. Apenas alguns estados isentam o ICMS da energia injetada na rede; 
  • Bandeiras tarifárias; 
  • Taxa de iluminação pública. 

Os itens 2 e 3 tratam exatamente de remuneração pelo uso da rede de distribuição. No entanto, o consumidor que gera a sua própria energia não é remunerado:
  • Quando falta energia da distribuidora e o seu sistema de geração deve ser desligado, deixando de gerar energia; 
  • Pela redução das perdas de transmissão e distribuição; 
  • Pela energia injetada que é cobrada do vizinho e que a distribuidora irá faturar como se essa energia tivesse sido gerada à quilômetros de distância, cobrando custos de transmissão e distribuição que não existiram; 
  • Pelo que deixou de gerar por culpa de descumprimentos de prazos e erros grosseiros das distribuidoras durante as consultas de acesso, solicitação de acesso e solicitação de vistoria; 
  • Pelos erros de medição dos leituristas. 

Vamos ver o que acontece na prática com um consumidor que conseguiu gerar toda a energia que consumiu? A Figura 4 mostra a composição da fatura de energia elétrica de março de 2017 de um consumidor com geração distribuída e o valor total a pagar. Trata-se de um cliente do grupo B, portanto, deve pagar o custo de disponibilidade (também conhecida como taxa mínima), bandeiras tarifárias e contribuição de iluminação pública (CIP). Como trata-se de um cliente com ligação trifásica, o custo de disponibilidade a ser pago é referente ao custo de 100 kWh + impostos, o que equivalia a R$ 63,37 à época. Este valor somado aos valores de bandeira e iluminação resulta em R$ 100,67 (R$ 63,37 + R$ 2,14 + R$ 35,16 = R$ 100,67). 

Figura 4 – Trechos do demonstrativo de faturamento de um consumidor que gerou toda a energia consumida.

No entanto, chama a atenção o FATO que mesmo pagando o custo de disponibilidade referente à 100 kWh, ainda assim este consumidor teve descontado 902 kWh de sua geração e não 802 kWh + 100 kWh. Desta forma, não é nenhum exagero afirmar que esta distribuidora recebeu duas vezes por 100 kWh deste consumidor.

A Figura 5 mostra como as distribuidoras praticam o faturamento de 100 kWh em duplicidade. Ao cobrar 100 kWh de custo de disponibilidade e abater 902 kWh dos créditos de energia gerados pela unidade consumidora, a distribuidora fatura na prática 1.002 kWh do consumidor com geração distribuída, mesmo ele tendo consumido efetivamente da rede elétrica 902 kWh.

Figura 5 – As distribuidoras aplicam o faturamento de 100 kWh em duplicidade.


Se o cliente consumiu efetivamente da rede elétrica 902 kWh, é racional que primeiro fosse descontado o custo de disponibilidade de 100 kWh e posteriormente 802 kWh, de modo que o resultado seja os 902 kWh.

Portanto, é FAKE que o usuário da rede com geração distribuída deixa de pagar o uso do fio da distribuidora. O consumidor com geração distribuída paga pelo uso da rede e o faz em duplicidade.

7. Todos os usuários da rede com geração distribuída não tem nenhum custo com melhorias na rede?

Existem condições específicas que definem quando o consumidor deve ou não deve pagar algum custo de melhoria ou reforço na rede. A resolução normativa 687 estabelece que:
  • Os custos de eventuais melhorias ou reforços no sistema de distribuição em função exclusivamente da conexão de microgeração distribuída não devem fazer parte do cálculo da participação financeira do consumidor, sendo integralmente arcados pela distribuidora, exceto para o caso de geração compartilhada. 
  • Os custos de eventuais melhorias ou reforços no sistema de distribuição em função exclusivamente da conexão de minigeração distribuída devem fazer parte do cálculo da participação financeira do consumidor. 
Então, primeiramente deve-se identificar se o custo trata-se de melhoria ou reforço no sistema de distribuição. Depois, identificar se trata-se de uma micro ou minigeração. A microgeração representa os menores sistemas possíveis (até 75 kW), então, por se tratar de sistemas pequenos os custos de melhorias e reforços são arcados pelas distribuidoras. A microgeração representa apenas 1,5% da faixa de potência disponibilizada para geração distribuída. Ainda assim não é muito raro que clientes reclamem da cobrança indevida de melhorias e reforços na rede mesmo quando trata-se de uma microgeração.

No entanto, se tratando de sistemas acima de 75 kW até 5 MW (98,5% da faixa de potência), o consumidor que desejar se conectar ao sistema de distribuição é obrigado a arcar com todos os custos de melhoria e reforços no sistema de distribuição. É neste ponto que são eliminados ou postergados os investimentos no sistema de distribuição.

Portanto, é FAKE que todos os usuários da rede com geração distribuída não tem nenhum custo com melhorias na rede. É FATO que a microgeração não deve arcar com os custos de melhoria ou reforços da rede e é FATO que a minigeração deve arcar com estes custos.

8. Conclusão

A sociedade está se movimentando em mídias digitais, redes sociais e buscando o apoio da classe política não para a obtenção de privilégios, mas para garantir a manutenção das regras atuais da geração distribuída no Brasil, estabelecidas pela Resolução Normativa Nº 482 da ANEEL.

Segundo dados da ABSOLAR, caso as regras vigentes sejam alteradas, o Governo Federal e os Governos Estaduais vão perder mais de R$ 25 bilhões em arrecadação até 2027 e deixarão de abrir mais de 672 mil novos empregos apenas nos segmentos de micro e minigeração distribuída solar fotovoltaica até 2035. Se considerarmos os demais segmentos, como biogás, pequenas eólicas, pequenas centrais hidroelétricas (PCH’s), dentre outros, este número se torna bem mais significativo. Ademais, certamente teremos o fechamento de várias micro e pequenas empresas de um setor que felizmente se mantém aquecido e gerando empregos mesmo em tempos de crise econômica.

Por falar em crise econômica, não faz muito tempo que tivemos apagões no setor elétrico. Curiosamente, durante uma das audiências públicas em março de 2019 foi registrado um apagão no Estado de Roraima. E quando nossa economia voltar a crescer, de onde virá a energia elétrica necessária? De caras termoelétricas que precisarão ser construídas, queimando carvão vegetal e aumentando os custos de geração de energia para todos?

Além disso, a insegurança jurídica causada por uma eventual mudança de regras no meio do jogo, como a que está sendo planejada com a mudança da resolução normativa 482, já está impactando negativamente o desenvolvimento do setor, com risco de atrasar ainda mais a entrada efetiva do Brasil em um mercado mundial de 200 bilhões de dólares anuais das energias renováveis.

Muitos outros aspectos da micro e minigeração distribuída que pesam em seu favor poderiam ser abordados neste artigo, porém, para não estender bastante o assunto e não tornar a sua leitura uma tarefa exaustiva, pontuamos apenas os tópicos mais polêmicos e os argumentos que careciam de fundamentação técnica.

Chile lança o primeiro empréstimo ao consumidor verde

Promovido pelo Ministério da Energia, Ministério das Finanças e Meio Ambiente, juntamente com o Banco Estado, destina-se a financiar projetos de eficiência energética e energias renováveis ​​para o lar. A taxa de juros é de 0,52%.


O ministro da Energia do Chile, Juan Carlos Jobet, juntamente com seus colegas do Tesouro, Felipe Larraín, e o Meio Ambiente, Carolina Schmidt, e o presidente do Banco Estado, Arturo Tagle, aprovaram nesta terça-feira o primeiro crédito de consumo verde do país.

A iniciativa, voltada para clientes e não clientes do Banco Estado, será utilizada para financiar projetos de eficiência energética e energias renováveis ​​para o lar, como isolamento térmico, energia solar, ar condicionado e ventilação eficiente.

O Crédito ao Consumidor Verde oferece uma taxa preferencial especial de 0,52% ao mês (a taxa dependerá da quantidade, prazo e avaliação de crédito, também está sujeito a variações de acordo com as condições comerciais em vigor no momento da concessão do crédito), financiamento a 100% do valor do projeto, até 90 dias para o pagamento da primeira parcela e até dois meses no ano, não consecutivos, do não pagamento destes.

Quem deseja acessar este produto deve ser sujeito a crédito e seu projeto deve ser certificado pela Agência de Sustentabilidade Energética.

Segundo o ministro da Energia, “[…] com a instalação de painéis solares, as famílias poderiam economizar até US $ 300 mil por ano (cerca de 411 dólares), o que significa entre 80 e 90% da conta mensal de energia elétrica. "

Esse produto se soma a outras iniciativas que o Banco Estado desenvolveu na mesma linha, como o Crédito Imobiliário Ecovivienda, que busca incentivar a construção e aquisição de residências eficientes em energia, e o Crédito Verde para PMEs, que fornece financiamento para investimentos em projetos; Financiamento de capital de giro para sua implementação.

Há alguns meses, o Banco Interamericano de Desenvolvimento anunciou ter apoiado o Governo do Chile na preparação da documentação e certificação necessárias para a emissão de um título soberano verde.

TMW Energy terá as maiores usinas fotovoltaicas GD do Brasil construídas com painéis fotovoltaicos nacionais

Com capacidade instalada de 4,75 MWp e sob o regime de "Geração Compartilhada", será uma das cinco maiores usinas fotovoltaicas do Brasil em Geração Distribuída, a maior do Estado de São Paulo e a maior do país construída com painéis fotovoltaicos nacionais.

TMW Energy

O Royal FIC Group, um dos maiores distribuidores de combustíveis fósseis do Brasil, investirá aproximadamente R$ 21 milhões (cerca de 5 milhões de dólares) na instalação de uma usina fotovoltaica da TMW Energy, uma empresa de energia renovável e sustentável pertencente à Royal FIC O grupo está construindo em Campinas e estará operacional antes do final do ano.

Com capacidade instalada de 4,75 MWp e capacidade de geração de 7.318.000 kWh por ano, será a maior do Estado de São Paulo e uma das cinco maiores usinas solares do Brasil no âmbito da Geração Distribuída (GD) . Além disso, é o maior do gênero no Brasil construído com painéis fotovoltaicos nacionais: em uma área de aproximadamente 80.000 m² localizada em Campinas (Estado de São Paulo), estão sendo instalados 14.400 módulos fotovoltaicos de 330 kWp fornecidos pela BYD Brasil, que em 2017 inaugurou sua fábrica de módulos fotovoltaicos em Campinas. A planta será construída pela Alsol Energias Renováveis, empresa do Grupo Energisa.

O modelo de negócios adotado será a Geração Compartilhada, uma forma de geração distribuída contemplada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Nesse sistema, conhecido como B2B ("business to business"), os clientes formam um consórcio e investem nas taxas de aluguel da usina fotovoltaica em troca de descontos na conta de luz. A economia gerada pode variar entre 10% e 20%.

Para Eduardo de Mello e Lima, gerente de projetos da TMW Energy, as vantagens vão além da redução da fatura. “Nesse modo, os clientes não precisarão fazer investimentos com painéis fotovoltaicos nos telhados de suas empresas e não terão que pagar os custos de operação e manutenção da planta. Vamos financiar isso. Ao alugar as taxas, os clientes não sofrerão com a variação de bandeiras (verde, amarela e vermelha) em suas contas, e o reajuste do contrato é listado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), índice inferior ao reajuste energia, que no ano passado foi em média 8,66% nas tarifas da CPFL São Paulo, distribuidora de nossa faixa de operação ”, explica.

Inaugurada nova planta fotovoltaica de autoconsumo em El Salvador

A Enertiva venceu o concurso para desenvolver a instalação fotovoltaica, composta por 1.238 painéis solares e 7 inversores que completam uma capacidade instalada de 414,73 kWp. Serão gerados 606.700 kWh por ano.

Painéis solares instalados no campus corporativo de Tigo, Via del Corso, Toscana. - Foto: Enertivo

O CEDES, Conselho Empresarial Salvadorenho para o Desenvolvimento Sustentável de El Salvador, lançou em maio último um concurso privado para a construção de um projeto solar fotovoltaico nas instalações do Campus Corporativo de Vía del Corso, onde os Escritórios Corporativos da Empresa de telefonia celular Tigo em El Salvador.

Agora, o Tuscania Corporate & Business Park (TCBP), desenvolvedor do complexo Vía del Corso e o campus corporativo em que Tigo El Salvador opera, inaugurou a usina de energia solar com a qual espera gerar economias significativas no uso de energia elétrica.

Segundo a Enertiva em comunicado, o investimento na instalação excedeu US $ 500.000 e é composto por 1.238 painéis solares e 7 inversores que completam uma capacidade instalada de 414,73 kWp. Serão gerados 606.700 kWh por ano, equivalente à energia consumida por 200 residências.

Com a instalação da usina de energia solar, a Tuscania completará todos os requisitos para obter a certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental) na categoria Platina, e é o primeiro projeto no país a obtê-la.

Tuscania é o Complexo Urbano que nasceu sob um conceito inovador em El Salvador. Possui dois conjuntos habitacionais, duas áreas esportivas, o Colégio Maya e um Campus Corporativo na Via del Corso, que abriga Tigo El Salvador. Além disso, já está em construção um Centro de Conveniência que facilitará o comércio dentro do complexo.

Maior usina solar de autoconsumo do Chile entra em operação

A instalação foi realizada com 6.444 painéis fotovoltaicos e cobrirá 27% da demanda de energia do fornecedor de produtos alimentícios Ideal SA.

Imagem: Flux Solar

A empresa chilena Flux Solar, a francesa Engie e Enlight concluíram a instalação de uma instalação fotovoltaica no convés para o fornecedor de produtos alimentares Ideal SA.

Segundo o Ministério da Energia do Chile, em nota, a instalação é a maior usina fotovoltaica de 100% de autoconsumo do país e cobrirá 27% do consumo de energia da Ideal.

A planta deve gerar cerca de 3,0 GWh por ano, graças aos 6.444 painéis fotovoltaicos utilizados no projeto, que também incluem o fornecimento de uma estação de carregamento para veículos elétricos.

Projetos concebidos para 100% de autoconsumo são ideais para fornecedores de produtos alimentícios, especialmente aqueles com instalações de refrigeração operando 24 horas por dia e 7 dias por semana. "Este é um sistema 100% de autoconsumo sem injeção na rede", disse David Rau, gerente geral da Flux Solar, à revista pv .

Como o ministério acrescenta em sua declaração, as instalações de autogeração de menor escala sob a Lei de Geração Distribuída atingiram uma capacidade instalada de 35,4 MW no Chile. "Esta legislação foi alterada no ano passado para aumentar a capacidade instalada de projetos individuais de 100 kW para 300 kW", também pode ser lido na nota.

Córdoba, na Argentina, conecta suas primeiras PMEs à geração distribuída renovável

A conexão das primeiras PME que aderiram ao programa de Geração Distribuída de energia renovável foi concluída na província de Córdoba. Essas empresas já estão gerando sua própria energia para ser usada para autoconsumo e injetam excedentes na rede em troca de remuneração.
Foto: Governo da Argentina

O distribuidor da EPEC efetuou a troca de medidores e a conexão dos novos usuários-geradores do regime nacional de Geração Distribuída de fontes renováveis ​​de energia, estabelecido pela Lei 27.424. As empresas Conectar SRL, Punto Panorámico SA e Electroingenotecnia ICS SA tornaram-se, assim, os primeiros usuários do setor produtivo a ingressar neste programa. Ao mesmo tempo, a EPEC fez a conexão dos primeiros geradores de usuários residenciais na província de Córdoba, Argentina.

O Grupo Conectar SRL, empresa com 18 anos de experiência dedicada ao desenvolvimento de obras, serviços e projetos de engenharia elétrica e eletromecânica que fabrica e vende materiais para eletricidade, instalou uma equipe de 10 kW de potência e 30 painéis solares e planeja dobrar esse poder em breve.

Por seu turno, a empresa Punto Panorámico SA é uma estação de serviço duplo localizada a oeste da capital da província, no Bairro Valle Escondido. Dedica-se à venda de combustíveis líquidos e gás natural comprimido (GNV) e nele trabalham 31 pessoas. O equipamento que ele instalou possui 60 painéis solares de 330 Wp de potência cada.

Por fim, a Electroingen Ingeniería ICS SA é uma empresa dedicada à fabricação, construção e comercialização de produtos para o mercado de eletricidade. Está localizado nas imediações do Aeroporto Internacional Ing. Ambrosio Taravella, na cidade de Córdoba, e instalou um equipamento de potência de 10 kW, composto por 36 painéis solares.

Por outro lado, o primeiro benefício promocional do programa Geração Distribuída Renovável já está implementado: é um Certificado de Crédito Fiscal (CCF) de até US $ 1.000.000 (cerca de US $ 17.230) por instalação que pode ser usado para pagamento de impostos nacionais, como imposto sobre valor agregado, imposto de renda, imposto mínimo de renda presumido ou impostos internos, resultando em um benefício de eficácia imediata para o usuário.

O benefício já está operacional na cidade autônoma de Buenos Aires e Córdoba, onde a lei é implementada, e em breve estará em Mendoza, Río Negro, San Juan e 6 outras províncias aderidas ao processo de implementação (Catamarca, Chaco, Chubut Rioja, Terra do Fogo e Tucumán).

Esse incentivo promocional facilita às PMEs e às indústrias a possibilidade de instalar sistemas de geração de energia renovável para autoconsumo, gerando economias econômicas significativas na conta de luz, com a consequente melhoria na eficiência de seus custos operacionais.

O gerenciamento da conexão do equipamento e da solicitação de benefícios pode ser feito pelo usuário, totalmente online, através da TAD (Distance Processing Platform). O incentivo do certificado de crédito tributário nacional será complementar aos incentivos provinciais que cada jurisdição instrui.

Atualmente, existem mais de 90 aplicativos de autorização para equipamentos de geração distribuída em andamento iniciados por meio da plataforma de acesso público digital. Nas próximas semanas, serão adicionados mais usuários de diferentes províncias, que já iniciaram seu procedimento on-line para serem, além dos consumidores, geradores de sua própria eletricidade renovável.

PME argentinas terão incentivos fiscais para instalações de painéis solares

Por meio da provisão 83/2019, a Subsecretaria de Energias Renováveis ​​e Eficiência Energética regulamentou a implementação do primeiro benefício promocional do Regime para a Promoção da Geração Distribuída de Energias Renováveis.


Uma instalação de geração distribuída em um terraço na Argentina.
Foto: Governo da Argentina

O governo da Argentina lançou incentivos fiscais para PMEs que decidem instalar painéis solares. Esse incentivo consiste em um Certificado de Crédito Fiscal (CCF) que pode ser usado para o pagamento de impostos nacionais, como imposto sobre valor agregado, imposto de renda, imposto mínimo de renda presumido ou impostos internos, resultando em um benefício efetivo imediatamente para o usuário.

O benefício se aplica a sistemas de geração distribuída de todas as escalas, de até 2 MW de energia, e consiste em um Certificado de Crédito Fiscal de 15.000 pesos (cerca de US$ 272) para cada kW instalado, até um máximo de 1.000.000 pesos (aproximadamente US$ 18.105) por instalação.

O gerenciamento da solicitação de benefícios é feito pelo usuário, totalmente on-line, por meio da Plataforma de Processamento a Distância (TAD), sem a necessidade de intermediários. Os procedimentos necessários para a reserva da cota do Certificado de Crédito Fiscal já estão operacionais na cidade autônoma de Buenos Aires e Córdoba, onde a lei é implementada, e estarão em breve em Mendoza, Río Negro, San Juan e outros 6 províncias aderidas no processo de implementação (Catamarca, Chaco, Chubut, La Rioja, Terra do Fogo e Tucumán). O incentivo do certificado de crédito tributário nacional será complementar aos incentivos provinciais que cada jurisdição instrui.

O lançamento deste benefício do Certificado de Crédito Fiscal complementa o pacote de medidas que acompanham o desenvolvimento da Geração Distribuída de Fontes Renováveis, incluindo o impulso à sanção da lei nacional 27.424 e a redução de tarifas para importação de painéis solar e a inclusão de 300 milhões de pesos de cota fiscal para implementar esse novo incentivo durante o ano fiscal de 2019.

Solatio Energía construirá 7.212 MW de energia fotovoltaica no estado brasileiro de Minas Gerais

A empresa espanhola Solatio anuncia um investimento de R$ 21 bilhões (5,4 bilhões de dólares) que a empresa utilizará para desenvolver projetos diferentes de mais de 7 GW até 2023.

Uma usina fotovoltaica de Solatio. - Foto: Solatio

A Agência de Notícias de Minas Gerais publicou que a incorporadora espanhola Solatio Energia, que atua no Brasil desde 2009, planeja investir no estado brasileiro R$ 21 bilhões (5,4 bilhões de dólares) no desenvolvimento de diferentes projetos fotovoltaicos até 2023.

Pedro Vaquer, presidente da Solatio, se reuniu nesta semana com o governador Romeu Zema, para anunciar o investimento em usinas fotovoltaicas em dez cidades mineiras do estado, entre elas Araxá, Coromandel, Várzea da Palma, Janaúba, Arinos, Francisco Sá e Buritizeiro.

Do valor anunciado, a empresa espanhola garante que R$ 2,5 bilhões (637 milhões de dólares) são investimentos consolidados em Minas Gerais que serão utilizados para construir 782 MW. O restante do valor será investido na construção de 6.430 MW.

O presidente da Solatio disse ao governador Romeu Zema que cerca de 70% do projeto será concluído até o final de 2022. Os outros 30% estão previstos para 2023. “Estes são contratos que não precisam ser leiloados pelo governo porque são energia contratada no mercado. grátis”, afirmou Vaquer, que também garantiu que oito cidades mineiras terão seus projetos iniciados em dezembro de 2019, a saber: Bocaiúva, Pirapora, Paracatu, Corinto, Jaíba, Janaúba, Mirabela e Manga.

Em sua apresentação ao governador, Pedro Vaquer disse que a energia desenvolvida por Solatio atualmente poderia abastecer mais de sete milhões de casas. Um dos responsáveis ​​por essa grande conquista é a Usina Marambaia, em Pirapora, considerada a maior usina fotovoltaica da América Latina e a terceira do mundo. "Com os investimentos, as usinas de Arinos e Janaúba serão as maiores usinas fotovoltaicas do mundo", concluiu.

O governador Romeu Zema diz estar muito feliz por ter recebido esse anúncio, pois volta aos seus esforços para fazer com que Minas Gerais retome seu papel de líder na criação de empregos. “Um governo diferente é o que atrai investimentos, gera empregos e faz um estado eficiente. É para isso que estamos trabalhando em Minas Gerais ”, afirmou Zema durante a reunião.

Geração Distribuída

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Minas Gerais lidera o ranking nacional de geração distribuída, seguida pelo Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Minas Gerais possui uma capacidade instalada de 173,9 MW, o que representa 18,9% da produção nacional.

A legislação estadual na forma de incentivos fiscais contribui para o sucesso da DG em Minas Gerais, que também isenta o ICMS na aquisição de quaisquer sistemas micro e mini-fotovoltaicos adquiridos em Minas Gerais.

A medição líquida ainda é fundamental para a DG na América Latina e no Caribe

Em um novo relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as métricas líquidas são definidas como uma ferramenta essencial para a promoção da geração distribuída de energia solar nos mercados fotovoltaicos da América Latina e do Caribe. Atualmente, existem quinze países que possuem esse esquema na região.

O sistema instalado no UTP conta com 2.070 painéis nos prédios 13 - Interdisciplinar, 14 - Medicina e 15 - CIDT e Treinamento Avançado, totalizando 600,3 kWp. 
Foto: Universidade Tecnológica de Pereira

As políticas de medição líquida para PV residencial, comercial e industrial ainda são necessárias em todos os mercados de geração distribuída na América Latina e no Caribe.

Isso é confirmado pelos autores do relatório "Implementação de políticas de medição líquida na América Latina e no Caribe: design, incentivos e melhores práticas", publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Segundo eles, embora o desenho dos esquemas de medição de redes seja muito heterogêneo entre os quinze países da região que atualmente o implementam, sua ação é bem-sucedida em termos de desenvolvimento de novas capacidades.

Os autores do relatório também destacou como medição de líquidos é particularmente importante para os consumidores domésticos adotar a geração de energia distribuída na região onde "a luz do sol é uma grande vantagem para a viabilidade da geração de energia solar fotovoltaica."

O estudo também especifica que os esquemas de reembolso são mais atraentes para os usuários do que o cancelamento de créditos, acrescentando que a compensação de crédito através de uma taxa de varejo pode aumentar a remuneração de prosumers, mas ao mesmo tempo pode implicar limitações financeiras para o serviço elétrico. "Por outro lado, o preço de atacado pode reduzir a atratividade de um projeto fotovoltaico, mas reduz o risco para o serviço elétrico", disse o relatório.

Segundo especialistas do BID, no entanto, um projeto fotovoltaico com baixa taxa de retorno ainda seria lucrativo em muitos casos na região.

O estado do Mato Grosso quer manter a isenção do ICMS para a DG

O governo do estado quer estender o incentivo fiscal garantido para projetos de energia fotovoltaica de até 1 MW por mais quatro anos.

Propriedades Cummings, flickr

O governo do estado brasileiro de Mato Grosso anunciou querer manter a isenção da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o setor de produção de energia solar sob o regime de geração distribuída ao longo dos próximos quatro anos.

De acordo com o próprio governo em nota, a proposta será acrescentada ao projeto de lei 53/2019, que trata da restituição de incentivos fiscais, que serão então submetidos à legislatura estadual.

"Esta é uma tendência dentro do Confaz [Conselho Nacional de Política Financeira] e foi atendido pelos estados do Paraná e Santa Catarina, que suspenderam qualquer coleção ao longo dos próximos quatro anos, quando uma grande avaliação nacional será realizado, incluindo com a Aneel ", disse o representante do governo local Mauro Carvalho.

"A energia elétrica é a segunda maior fonte de receita para o estado e o parque solar cresce e dobra a cada ano, e pode triplicar até 2019", acrescentou. "O estado não pode perder renda, então temos que encontrar uma maneira justa e democrática de encontrar esse equilíbrio", concluiu.

Atualmente, no Brasil, apenas projetos de energia de até 1 MW têm acesso à isenção do ICMS. Todos os estados do país, com exceção do Paraná, estão garantindo esse benefício fiscal. O estado do Mato Grosso apresentou em dezembro de 2016.

De acordo com um relatório recente da consultoria brasileira Greener, a geração de fonte solar distribuída poderia estabelecer outro ano recorde no Brasil, já que novos sistemas foram instalados no primeiro trimestre com uma capacidade total de 140,6 MW sob o esquema de medição líquida.

Em seu relatório também descreve seis opções Greener regulador de energia elétrica Aneel está considerando para o esquema de medição de líquidos aplicados a sistemas solares com uma capacidade de geração de até para 5 MW. Entre as propostas, um único que é muito difícil de ser adoptada (marcado alternativa zero) manter a taxa de corrente, que é dividida em partes constituintes para compensar diferentes custos associados com o sistema fotovoltaico, incluindo o transporte, a distribuição, a energia gerados, os encargos e perdas.

Chegou a hora de acessar energia renovável

Enquanto 2017 foi declarada pelo governo como "o ano da energia renovável", hoje é o ano onde estão pisando com e regulamentada a Lei nº 27.424 "Regime de Promoção de Geração Distribuída Renováveis ​​Rede Integrada de Energia poder público "política do governo para investir US $ 800 milhões (cerca de 19 milhões de dólares) para incentivar o seu uso, a criação do Fundo de Geração distribuída de energia Renovável (fodis) e os empréstimos que oferecem com taxas subsidiadas de bancos públicos tal fim.

Uma instalação de autoconsumo da Exo Energy na Argentina. Foto: Exo Energy

Chegou o momento de uma parcela maior de utilizadores finais e PME poder gerar energia para consumo próprio e injetar excedentes na rede. A conexão para uso de geração distribuída é habilitada na Capital Federal, na Grande Buenos Aires, Córdoba e San Juan, onde ocorreram cerca de 300 pedidos para entrar no regime e em breve serão incorporados usuários do resto das províncias argentinas, uma vez que todos são aderidos.

Para se tornar um User-Generator, a primeira coisa a fazer é procurar fornecedores certificados de sistemas de geração distribuída para escolher o equipamento. Se necessário, procure financiamento e inicie o processo de autorização online.

Em termos de custo, este regulamento traz uma redução no investimento inicial de sistemas de energia solar, já que ao implementar a geração distribuída as soluções não precisam de baterias, reduzindo o preço e eliminando todos os tipos de manutenção por mais de 20 anos.

De acordo com estimativas oficiais das empresas de distribuição de eletricidade, o consumo médio de uma família típica por mês é equivalente a 350 kW para o qual seria necessário um sistema de energia solar de 8 painéis, o que requer um investimento inicial de cerca de 150 mil pesos. Este tipo de solução pode ser amortizado em 5 anos. Da mesma forma, o consumidor torna-se um gerador por poder vender o excedente de energia auto-gerada em períodos em que não o utiliza, como quando está de férias fora de casa.

Embora vivamos um momento econômico difícil no país, as condições são dadas para apostar em uma nova forma de acesso à energia: sustentável, econômica, sem interrupções e que pode até se tornar um ativo que gera lucro injetando energia excedente para a rede.

Por Maximiliano Miodowski, gerente de tecnologia da EXO Energy

Conectado o primeiro usuário-gerador de energia solar na Argentina

O distribuidor Edenor fez na última segunda-feira na cidade de Buenos Aires a primeira troca de medidor e conexão de um gerador de usuário do regime nacional de Geração Distribuída de fontes de energia renovável. Este primeiro utilizador-gerador instalou um equipamento fotovoltaico de geração solar composto por 12 painéis solares para uma potência total de 3,8 kW.

O primeiro usuário-gerador da Argentina instalou uma equipe composta de 12 painéis solares para uma potência total de 3,8 kW. Foto: Subsecretaria de Energias Renováveis ​​da Argentina

O distribuidor Edenor fez na última segunda-feira na cidade de Buenos Aires a primeira troca de medidor e conexão de um gerador de usuário do regime nacional argentino de Geração Distribuída de fontes renováveis ​​de energia. Estabelecido pela Lei 27.424, o Regime permite que os usuários gerem energia própria para consumo próprio e para injetar qualquer excedente na rede em troca de remuneração.

Este primeiro utilizador-gerador instalou um equipamento fotovoltaico de geração solar composto por 12 painéis solares para uma potência total de 3,8 kW. Conforme relatado pela Subsecretaria de Energia Renovável nas próximas semanas serão adicionados mais usuários de diferentes províncias que já começaram seu processo on-line para ser, assim como os consumidores, gerando sua própria eletricidade renovável.

Para instalar um medidor bidirecional, os usuários devem concluir um procedimento na Plataforma de Acesso Público Digital https://www.argentina.gob.ar/energia/generacion-distribuida