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Microusinas solares serão instaladas em 100 escolas públicas de BH


A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e o governo de Minas Gerais estão iniciando a segunda etapa das ações de eficiência energética na área da educação que atenderá 600 escolas públicas estaduais em todo o estado. Nesta etapa, além da substituição do sistema de iluminação por LED, serão instaladas 100 microusinas fotovoltaicas.

A inauguração da primeira usina na Escola Estadual Pandiá Calógeras, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital, foi realizada em dezembro. A iniciativa faz parte do Programa Energia Inteligente da Cemig e prevê a instalação de mais 99 usinas em escolas públicas estaduais da Região Metropolitana de Belo Horizonte até o final de 2020.

De acordo com o analista de eficiência energética Neander Lima, da Cemig, o período de geração da usina solar fotovoltaica instalada na instituição de ensino pode se estender em até 12 horas por dia. “A potência total instalada de cada usina é de 5 kWp (quilowatt-pico) e foi pensada em função do espaço disponível nos telhados das escolas públicas que serão contempladas”, afirma.

Com esse empreendimento e a substituição da iluminação, iniciativa da Cemig que também trará benefícios aos alunos e colaboradores, a instituição de ensino terá uma economia de energia elétrica de até 56%. Além dessa economia, a instalação da usina solar fotovoltaica nas instituições de ensino deve aproximar os alunos de novas tecnologias voltadas à sustentabilidade e do conhecimento sobre fontes limpas, acrescenta Neander Lima.

Substituição de iluminação nas escolas

As iniciativas de modernização da iluminação em escolas foram iniciadas em 2017 e, até o momento, já atenderam 154 escolas públicas e Escolas Família Agrícola, instituições rurais comunitárias. Até 2020, a Cemig prevê o atendimento de outras 600 escolas que serão contempladas com a troca de lâmpadas de alto consumo por outras de LED.

Segundo Neander Lima, na primeira fase dessa ação, a implantação de lâmpadas com tecnologia LED nas escolas sinalizou ganhos significativos não só para a redução da demanda de energia como no desenvolvimento escolar dos alunos. “Isso porque a qualidade da iluminação traz impactos diretos na concentração e no foco dos alunos, conforme relatos recebidos dos profissionais de educação e próprios estudantes”, salienta.

A redução dos custos de manutenção das escolas também é um dos benefícios da iniciativa, considerando a durabilidade dos novos equipamentos, fator que minimiza, ainda, os impactos ambientais com o descarte excessivo de materiais. No caso da ação, por exemplo, ocorre a reciclagem de todos os equipamentos substituídos. Para atender as 600 escolas a Cemig investirá, por meio do Programa Energia Inteligente, R$ 12,3 milhões de reais. Tal programa promove o uso racional da energia elétrica e a redução do desperdício desse recurso com foco na sustentabilidade.


Sustentabilidade: faltam fiscalização e punição para as empresas no Brasil

Acidente com a mina da Samarco, em Mariana, ainda não teve ninguém punido nem indenizações pagas após três anos do rompimento da barragem. Foto: Christophe Simon/AFP.
Os dois desastres ocorridos em barragens da Vale em pouco mais de três anos levantam dúvidas sobre o posicionamento das empresas brasileiras em relação à sustentabilidade. Estaria o setor produtivo do país pouco alinhado com o tema? O que aconteceu com a mineradora — uma das maiores do mundo — é regra ou exceção?

Professora de Sustentabilidade nos Negócios do Insper, Priscila Claro estuda o assunto há cerca de duas décadas. Hoje, avalia, as empresas brasileiras — pequenas, médias e grandes — estão alinhadas com o conceito de sustentabilidade e entenderam o seu significado do ponto de vista do impacto no negócio. O avanço do país nessa área se acentuou nos últimos 10 anos. “Um exemplo é de que muitas empresas brasileiras são reconhecidas no exterior, há bons exemplos”, diz.

O Índice de Sustentabilidade da Dow Jones faz uma avaliação constante do nível de comprometimento das empresas de capital aberto e divulga um ranking anual. Em 2018, 10 companhias nacionais estiveram entre as selecionadas na categoria de mercados emergentes. O domínio foi do setor financeiro, com nomes como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco. Petrobras, envolvida em escândalos de corrupção, apurados pela Operação Lava-Jato, e Vale, protagonista em um intervalo muito pequeno de tempo de dois escândalos socioambientais, já fizeram parte do índice, mas desapareceram das edições mais recentes.

Priscila participou de uma pesquisa realizada pela Rede Brasil do Pacto Global e Capítulo Brasileiro dos Princípios para Educação Empresarial Responsável, que mostrou como as corporações estão tratando as metas de sustentabilidade em suas estratégias. O resultado foi divulgado no fim do ano passado. Chega a cerca de 40% o número de empresas entrevistadas, de diferentes portes e segmentos, que já faz ou pretende fazer algo nessa direção. “Isso mostra que há muitos pensando em adotar uma estratégia de sustentabilidade”.

Segundo a professora do Insper, o Brasil fica à frente de várias empresas americanas e europeias em quesitos de sustentabilidade, apesar de toda a “fraqueza das nossas instituições e os problemas ligados à corrupção.” As leis, afirma, são boas, mas precisam ser implementadas.

“Apesar do governo, das instituições fracas, o Brasil tem feito bastante. Mas é bom lembrar que o que acontece agora com Brumadinho e aconteceu em Mariana, acontece todo dia, em outras proporções, na Amazônia, com empresas explorando o que não é delas sem o risco de punição, por falta de fiscais.”

Uma forma de aumentar o comprometimento das empresas com o tema da sustentabilidade, segundo Priscila, é aumentar a responsabilização de executivos em caso de crimes corporativos, aumentando a punição. Por outro lado, defende a professora, falta também uma espécie de recompensa aos profissionais que zelam pela sustentabilidade em seus negócios. “Os executivos que fazem mais nessa área deveriam ter acesso a crédito mais barato, já que a chance de causarem riscos é menor”, pontua.

Haroldo Mattos de Lemos, coordenador do MBA Gestão Ambiental e Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), também aponta a legislação e a fiscalização como formas de pressionar para aumentar o engajamento com o tema no ambiente corporativo. “É fácil mostrar para as empresas que aquelas que cuidam da questão ambiental e dos aspectos sociais, ou seja, da sustentabilidade, são mais lucrativas do que as outras no longo prazo”.

Muitas empresas ainda não levam isso em consideração e olham apenas para o lucro de curto prazo, analisa o especialista da FGV. “A Vale decidiu apenas agora mudar suas barragens, que eram feitas em um modelo muito perigoso, adotado por ela por ser mais barato. No geral, diretores financeiros das empresas, que têm bônus no final do ano, não querem fazer gastos que impactem no resultado no fim do ano. Essa filosofia precisa ser mudada. Se não tomarem cuidados sociais e ambientais, as empresas estarão sempre sob o risco, como aconteceu como a Vale”, afirma Mattos de Lemos.

Lição

O coordenador da FGV avalia que setores que passaram por algum tipo de desastre, de uma forma geral, têm aprendido a lição e se esforçado para melhorar seus métodos. Ele cita o exemplo da Petrobras, que passou por vários problemas de vazamento. Em 2001, por exemplo, uma plataforma, a P-36, no litoral fluminense, afundou depois de três explosões, causando 11 mortes. Mas a companhia de petróleo passou a investir mais nos cuidados ambientais e essas ameaças se tornaram cada vez mais raras. “Depois de vários problemas, o setor de petróleo e gás passou a levar mais a sério a sustentabilidade.”

Mattos de Lemos lembra que é comum em tempos de crise econômica, como a que o Brasil ainda enfrenta, que as empresas refaçam seus orçamentos e sacrifiquem duas áreas: meio ambiente e cultura. Ele alerta para os efeitos desse tipo de decisão e explica que a retomada do desenvolvimento do país deverá ter reflexos na volta dos investimentos nessas áreas.

A Sitawi, organização brasileira especialista em finanças sustentáveis, fez um levantamento que mostra como os investidores avaliam o potencial impacto aspectos como mudanças climáticas, gestão de lixo e uso de recursos naturais no desempenho dos negócios. As avaliações foram feitas para os seguintes setores: serviços especializados para o consumidor (educação), óleo e gás, construção (residencial), varejo, mineração, serviços de transporte, varejo de moda, metalurgia e siderurgia e produção de alimentos.

O levantamento, segundo Cristovão Alves, analista-chefe da Sitawi, mostra, por exemplo, como o setor de mineração está mais exposto a esse tipo de tragédia ambiental. “Não que seja mais grave quando acontece um acidente como o de Brumadinho do que se fosse com uma empresa de outro setor. Na verdade, esse é o tipo de risco já esperado pela natureza das operações de mineradoras. No caso da Vale, que é reincidente, o principal impacto na cabeça do investidor é de que essa é uma empresa mais arriscada, por isso ele passa a exigir uma melhor remuneração, um maior prêmio de risco”, explica.

Soma-se a isso uma série de incertezas sobre o que o acidente em Minas Gerais vai impactar quanto à fiscalização e legislação, além do impacto social. Por isso, Alves acredita que levará mais tempo para uma recuperação dos papéis da mineradora.

Fonte: Diário de Pernambuco

Itajubá (MG) terá complexo de cinema abastecido por energia solar


A cidade de Itajubá, localizada ao pé da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, vai ganhar em dezembro um cinema que irá operar com energia solar fotovoltaica. Trata-se do Cine A Itajubá, um amplo complexo com quatro salas com capacidade para receber até 700 pessoas, além de dois restaurantes, academia ao ar livre, espaço para prática de yoga, slackline, meditação e dança.

Com projeto e instalação da Engie, o sistema fotovoltaico é formado por 450 módulos, divididos entre o estacionamento no modelo carport e instalação em solo. O sistema deverá gerar o suficiente para atender toda a demanda do complexo. Com investimento de R$ 661 mil, irá proporcionar uma economia anual de aproximadamente R$ 150 mil e tem retorno estimado entre três e quatro anos. 

“Este é um projeto pioneiro no segmento do entretenimento, o qual a Engie orgulha-se em participar”, diz Rodrigo Kimura, diretor executivo de soluções fotovoltaicas da Engie. “Além de contribuir para um futuro mais sustentável para o planeta, o sistema fotovoltaico possibilita economia imediata na fatura mensal de energia, tornando o investimento autofinanciável”, conclui.

A cidade de Itajubá tem população de 97 mil habitantes (IBGE, 2017) e a energia gerada pela usina fotovoltaica é suficiente para abastecer 152 residências de Itajubá, já que o consumo médio nas casas brasileiras foi de 157 KWh por mês.

Edifício verde – Cine A Itajubá

O investimento total é de R$ 14 milhões de reais e inclui uma série de iniciativas que credenciaram o empreendimento a obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), entidade internacional que classifica edificações que utilizam energias renováveis e outros pré-requisitos de sustentabilidade e design. Além da usina fotovoltaica, o cinema conta com um sistema para captação de água da chuva, com capacidade para abastecer 50% do consumo do complexo, e um serviço de coleta de lixo eletrônico – os clientes poderão trazer de casa seus aparelhos usados para o descarte correto. Há ainda o estímulo à utilização de meios alternativos de transporte, com a disponibilização de bicicletário e carregadores para carros elétricos.

“Os cinéfilos precisam de mais cinemas de rua. O mundo precisa de mais ações sociais e construções inteligentes. Essa é a nossa proposta com a construção desse complexo moderno, inovador e autossustentável. Vamos juntos construir um lugar limpo, rico de cultura e repleto de emoção”, afirma Silvio Gutierris, diretor da Rede Cine A, que, além de Minas Gerais, possui cinemas também nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará.

O sistema fotovoltaico é formado por 450 módulos, divididos entre o estacionamento no modelo carport e instalação em solo. | Foto: Engie

Como funciona a energia solar

As placas fotovoltaicas do Cine A Itajubá estão instaladas parte em solo e parte como cobertura da área de estacionamento. A incidência da luz do sol sobre os componentes das células fotovoltaicas gera uma corrente elétrica contínua. Essa corrente e conduzida até o inversor que a converte em corrente alternada, deixando-a apta a abastecer os equipamentos elétricos do local. 

Quando o sistema gera mais energia do que está sendo consumido naquele momento, o excedente é injetado na rede e transformado em créditos junto à concessionária de energia, os quais serão utilizados automaticamente em períodos onde não há geração, como à noite ou dias chuvosos. 

Os sistemas são facilmente instalados, não há necessidade de grandes obras e construções. O que precisa é de uma área livre de sombras. Se for o telhado ele deve estar voltado para o Norte. As placas solares tem baixo custo de manutenção e durabilidade que chega a 25 anos.

Planta-piloto que gera energia a partir de lixo é inaugurada no Rio


Uma tecnologia nacional para tratamento e aproveitamento energético do lixo orgânico começou a ser testada no Rio de Janeiro. Instalada na Estação de Transbordo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) no bairro do Caju, a planta-piloto foi inaugurada no início do mês e pode extrair de 100 a 150 metros cúbicos de biogás por tonelada tratada, com 50 a 60% de concentração de metano.

A tecnologia, que produz adubo e gás natural a partir dos resíduos, foi desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Methanum Tecnologia Ambiental Ltda. e a Comlurb. Ligada à UFMG, a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), recebeu apoio não reembolsável de R$ 10,36 milhões do Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir no projeto, que obteve também uma contrapartida de R$ 11,66 milhões em recursos próprios da Methanum, empresa interveniente da operação.

A operação da planta-piloto permitirá testar os parâmetros de eficiência da tecnologia de metanização por compostagem anaeróbia e ampliar a escala. Com capacidade de tratamento de 30 toneladas por dia, a planta tem produção mensal estimada de biogás capaz de abastecer uma frota de mil carros ou gerar energia suficiente para pouco mais de mil casas.

Como funciona

A unidade é composta por módulos com o tamanho aproximado de um contêiner, que recebem o lixo e ficam lacrados por um período de duas a três semanas, enquanto as bactérias introduzidas no compartimento degradam a matéria orgânica e produzem metano. O gás é armazenado, enquanto o material remanescente é retirado e usado como fertilizante.

Os micro-organismos são pulverizados nos módulos por uma tubulação, com uso intensivo de eletrônica. Sensores e medidores permitem controlar e otimizar a produção de biogás. A planta conta ainda com um gerador para a produção de energia elétrica a partir da combustão do gás.

“Um dos méritos dessa tecnologia é ser adequada à realidade do lixo produzido no país”, observou a gerente Odette Campos, do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do BNDES. “Diferentemente do que ocorre em outros países, onde tecnologias semelhantes são empregadas em larga escala, no Brasil e na maioria dos países da América Latina, não temos uma boa separação do lixo. Na grande maioria das cidades, não há um sistema de coleta seletiva abrangente, e o lixo orgânico chega para tratamento misturado ao lixo reciclável”. Isso impede que se importe uma tecnologia europeia ou americana, por exemplo.

Experimentações

A estação da Comlurb no Caju foi escolhida por receber resíduos sólidos de bairros distintos, com diferentes padrões de consumo e produção de lixo, oferecendo diversidade suficiente para simular as condições de diferentes municípios brasileiros. Além disso, a Comlurb já tem usina de compostagem convencional com digestão aeróbia no local, permitindo a comparação do resultado das duas tecnologias.

GOVERNO DO PT INAUGURA 1ª MICROUSINA FOTOVOLTAICA EM ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL


Programa Energia Inteligente deve investir, até 2020, mais de R$ 12 milhões na área da educação. Iniciativa prevê instalação de 100 usinas em escolas estaduais da Região Metropolitana de BH.

O Governo de Minas Gerais, por meio da Cemig, iniciou a segunda etapa das ações de eficiência energética na área da educação, iniciativa que atenderá 600 escolas públicas estaduais em todo o Estado. Nesta etapa, além da substituição do sistema de iluminação por LED, serão instaladas 100 microusinas fotovoltaicas.

A primeira microusina inaugurada na Rede Estadual de Ensino fica na Escola Estadual Pandiá Calógeras, em Belo Horizonte. Com esse empreendimento e a substituição da iluminação, que também trará benefícios aos alunos e colaboradores, a instituição de ensino terá uma economia de energia elétrica de até 56%. Além dessa economia, a instalação da usina solar fotovoltaica nas instituições de ensino deve aproximar os alunos de novas tecnologias voltadas à sustentabilidade e do conhecimento sobre fontes limpas.

Substituição de iluminação nas escolas

As iniciativas de modernização da iluminação em escolas foram iniciadas pelo Governo Fernando Pimentel em 2017 e, até o momento, já atenderam 154 escolas públicas e Escolas Família Agrícola, instituições rurais comunitárias. Até 2020, a Cemig prevê o atendimento de outras 600 escolas que serão contempladas com a troca de lâmpadas de alto consumo por outras de LED.

A redução dos custos de manutenção das escolas também é um dos benefícios da iniciativa, considerando a durabilidade dos novos equipamentos, fator que minimiza, ainda, os impactos ambientais com o descarte excessivo de materiais. No caso da ação, por exemplo, ocorre a reciclagem de todos os equipamentos substituídos.

Para atender as 600 escolas, a Cemig investirá, por meio do Programa Energia Inteligente, R$ 12,3 milhões. Desde o início do programa, foram investidos mais de R$ 600 milhões em iniciativas que beneficiaram 682 municípios mineiros, localizados na área de concessão da empresa. As iniciativas contemplam, principalmente, clientes de baixa renda, entidades sem fins lucrativos, órgãos públicos, hospitais e instituições de ensino.

O estado de MG tomou a dianteira da geração caseira de energia solar

Tarifa de energia cara, nível de irradiação solar alto e isenção de ICMS para energia gerada em casa são alguns dos fatores que explicam o protagonismo de Minas Gerais.

“Sozinho, o estado de Minas Gerais responde por quase um terço da capacidade total instalada no país em geração distribuída fotovoltaica.”

“Cinco anos após a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que permitiu aos consumidores gerarem a própria energia, um estado brasileiro despontou na geração caseira. É nos telhados das residências e estabelecimentos de Minas Gerais que estão instaladas a maior parte das usinas fotovoltaicas do país. São 8.124 unidades e 139 megawatts (MW) de potência de geração distribuída, mais do que o dobro da capacidade do Rio Grande do Sul, segundo colocado. Esse número é a soma de todas as fontes, mas a fotovoltaica predomina.”

Fonte: Gazeta do Povo

Vale avalia meta de 100% de energia renovável em suas operações, diz fonte

A mineradora Vale tem avaliado definir uma meta para que toda demanda por eletricidade da companhia seja atendida por meio de energia renovável, o que poderia passar por investimentos em energia solar e eólica, disse à Reuters uma pessoa com conhecimento do assunto.

A estratégia seguiria um movimento de grandes empresas globais que já anunciaram objetivos de usar apenas energia limpa, como Coca-Cola, Facebook, AbInBev e outras gigantes.

Atualmente, a companhia já tem cerca de 60 por cento de sua demanda atendida com geração renovável própria, proveniente de usinas hidrelétricas em sua maioria, nas quais possui participação acionária.

“A ideia seria chegar a 100 por cento, com o que falta vindo de energia eólica e solar”, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

A fonte não disse em quanto tempo a companhia pretenderia alcançar o objetivo.

Os custos com energia elétrica representaram 4,6 por cento do custo total dos produtos vendidos pela Vale em 2017, segundo o formulário de referência da companhia.

A Vale possui um parque gerador com 1,4 gigawatt em capacidade, por meio de participação em hidrelétricas e em uma joint venture em geração de energia junto à Cemig, a chamada Aliança Geração, que tem ativos hídricos e eólicos. A empresa ainda é sócia da hidrelétrica de Belo Monte, com 4,6 por cento de participação.

Além da capacidade de geração própria, a Vale também tem demonstrado um forte apetite pela compra de energia eólica e solar em contratos de longo prazo, disseram à Reuters duas fontes do setor de renováveis, que falaram sob a condição de anonimato porque não podem comentar sobre operações de clientes.

“Eles estão, sim, interessados em suprir a demanda com renováveis, com contratos de longo prazo”, afirmou uma das fontes.

“É um movimento que a gente tem visto em grandes empresas. Se você pegar as maiores empresas dos Estados Unidos, elas estão partindo para 100 por cento de renováveis e criando uma meta. A gente tem visto esse movimento começar aqui no Brasil, nas grandes empresas”, adicionou.

A estratégia faz sentido pelo apelo da sustentabilidade, que gera ganhos de imagem para as companhias, e pela forte queda dos custos da energia renovável no mercado brasileiro.

Os últimos leilões do governo para a contratação de projetos de geração tiveram os menores preços já registrados para a energia de usinas eólicas e solares, que ficaram inclusive abaixo dos valores praticados por hidrelétricas, a principal fonte de geração do Brasil.

Em seu formulário de referência, a Vale afirma que “a gestão e o fornecimento eficaz de energia no Brasil são prioridades para a Vale, dadas as incertezas associadas às mudanças no ambiente regulatório e os riscos de aumento nas tarifas”.

Procurada, a Vale recusou-se a comentar.

Mas o presidente da companhia, Fabio Schvartsman, disse em evento em São Paulo nesta semana que a companhia tem buscado participar do que chamou de “transformação energética”.

“Estamos trabalhando na transformação de toda energia que a companhia consome em energia renovável, especialmente a energia elétrica”, afirmou o executivo, citando como exemplo a adoção de veículos elétricos carregados com energia eólica e solar.

Na apresentação, no entanto, o executivo não fez menção a um cronograma para a adoção da energia renovável em todas as operações.

Fonte: Extra

EDP ​​vai construir usina fotovoltaica de 5 MW para abastecer Banco do Brasil

A instalação de energia fotovoltaica, localizada na cidade de Januaria, deverá estar em funcionamento em 2019. Sua produção irá para a potência 58 dos escritórios do banco no estado.

A EDP Energias do Brasil SA (B3: ENBR3) e o banco nacional Banco do Brasil assinaram nesta quarta-feira um contrato para o desenvolvimento de um projeto fotovoltaico (PV) de 5 MWp no estado de Minas Gerais.

A instalação de energia fotovoltaica, localizada na cidade de Januaria, deverá estar em funcionamento em 2019. Sua produção irá para a potência 58 dos escritórios do banco no estado.

Composta por 15.000 painéis solares, a usina solar deve gerar cerca de 11 GWh por ano, o que seria suficiente para atender à demanda anual de 4.500 residências locais e compensar cerca de 1.000 toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO2). O banco estima que economizará aproximadamente R $ 82 milhões (US $ 21,3 milhões / EUR 18,5 milhões) em sua conta de eletricidade ao longo de um período de 15 anos, graças ao contrato de energia solar.

O Banco do Brasil tem planos para, nos próximos anos, construir duas outras fazendas PV em Minas Gerais, assim como nos estados de Goiás, Distrito Federal, Pará, Maranhão e Bahia.

Brasilianas: energia solar como vetor de desenvolvimento do semiárido mineiro

Região em Minas que mais sofre com os problemas da seca poderá se beneficiar do potencial de insolação para o próprio desenvolvimento.

  Foto: Euler Jr/Cemig

O sol que castiga pode ser também a energia para impulsionar o desenvolvimento dos municípios do semiárido mineiro. É o que acredita César Emílio Lopes Oliveira, secretário de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), que apresentou as possibilidades de utilização da energia fotovoltaica nesta região, que se estende pela parte setentrional de Minas, durante o painel “Desenvolvimento sustentável: energias renováveis e PCHs”, realizado no âmbito do fórum “O modelo do setor elétrico brasileiro e o papel da Cemig”, pela Plataforma Brasilianas, nesta quarta-feira (19), em Belo Horizonte.

O semiárido é uma das regiões com maior potencial para a geração de energia solar fotovoltaica em Minas, isso porque, explica o secretário utilizando os dados do Atlas Solarimétrico do estado, é uma região com muita insolação (maior quantidade de horas de sol por dia) e irradiação (maior concentração de radiação solar).

“Durante muito tempo, o sol era considerado um castigo no semiárido por conta dos longos períodos de seca. Agora, temos a possibilidade de utilizar este ‘castigo’ para promover o desenvolvimento socioeconômico local”.

Um dos fatores positivos para atrair investidores para o semiárido mineiro é o custo da terra – bem mais baixo do que em outras localidades do estado, de acordo com Oliveira. Além disso, a região é cortada por várias linhas de transmissão de energia, o que facilitaria a integração com o sistema nacional.

Caracterizado pelo baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o semiárido em Minas possui outra peculiaridade: o seu território abrange 258 cidades. Em termos de dimensão, caso fosse um estado independente, ele ocuparia o posto de sétima unidade federativa em número de municípios no Brasil, atrás apenas de Santa Catarina, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e – claro – Minas Gerais.

Tornar o semiárido referência em produção de energia fotovoltaica pode diminuir as contradições e injustiças sociais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que metade da população do semiárido não possui renda monetária ou tem como única fonte de rendimento os benefícios governamentais.

Como é uma tecnologia que pode ser aplicada tanto em fazendas solares quanto em pequenos empreendimentos, a produção de energia fotovoltaica no semiárido pode contribuir diretamente na geração de emprego e renda na região. Justamente por todo esse potencial, Oliveira prevê que a energia solar poderá resolver outro problema: à seca. “A eletrificação dos poços d’água com painéis fotovoltaicos é um meio de garantir o acesso a água nas regiões mais afastadas”.

Fonte: Jornal GGN

MCTIC organiza repositório com procedimentos e regras para produtos nanotecnológicos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) disponibilizou, em parceria com a União Europeia, um repositório com as normas de segurança de materiais nanotecnológicos, ou seja, de escalas com as dimensões de átomos ou moléculas. O banco de dados reúne informações produzidas pelo NANoREG, iniciativa internacional para a regulamentação da nanotecnologia.

Chamadas de procedimentos operacionais padrão (POPs), as normas permitem que órgãos responsáveis pela análise e liberação de produtos nanotecnológicos tenham um parâmetro comum para toda a cadeia de valor do setor.

Laboratório de nanotecnologia do Cetene é uma das instituições brasileiras credenciadas para atender os requisitos do NANoREG. - Foto: Ascom/MCTIC

“O Brasil faz parte do NANoREG desde 2016 e agora estamos entregando um método para garantir que os produtos de nanotecnologia tenham um padrão de qualidade. Isso é muito importante, porque vai proporcionar que esses produtos sejam desenvolvidos em níveis de excelência, e os órgãos reguladores, agora, vão ter um parâmetro claro para avaliar a qualidade desses materiais. Isso vai garantir a nanossegurança no Brasil. É um retorno para a sociedade”, afirmou o coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Convergentes e Habilitadoras do MCTIC, Leandro Berti.

A nanotecnologia é uma tecnologia convergente e habilitadora. Isso significa que é capaz de causar mudanças tecnológicas radicais com potencial para gerar um ciclo acelerado de desenvolvimento.

“É uma tecnologia transversal, disruptiva e com forte tendência de difusão por toda uma cadeia produtiva. Os materiais nanotecnológicos podem revolucionar produtos, processos e prestação de serviços inovadores”, destacou Leandro Berti.

No Brasil, o MCTIC, em parceria com a União Europeia, apoia o desenvolvimento do NANoREG. A participação brasileira no acordo internacional foi uma recomendação do Comitê Interministerial de Nanotecnologia, que assessora os ministérios na integração no aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no país. Ele é integrado por um representante e um suplente de dez pastas, sendo o MCTIC o responsável pela sua coordenação.

Atualmente, 85 países estão inseridos no acordo formulado pelos europeus em 2014.

Internacionalização

Berti também ressaltou que, ao adotar essa regulamentação, o Brasil se alinha às principais nações do mundo. Primeiro, porque os nanoprodutos nacionais seriam automaticamente aceitos nos outros 84 países signatários do NANoREG. Além disso, os nanoprodutos brasileiros também estariam em conformidade com os padrões estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“Atender a um critério de caráter global é crucial para o fortalecimento do setor de nanotecnologia no Brasil. Por isso, integrar o NANoREG e estar em conformidade com os padrões da OCDE é tão importante. O Brasil estará na vanguarda do desenvolvimento tecnológico, utilizando os parâmetros mais modernos que existem. Nosso intuito é ter uma produção local responsável, sustentável e internacional.”

Atualmente, oito laboratórios do Sistema Nacional de Laboratórios de Nanotecnologia (SisNano) estão credenciados para atuar com as especificações do NANoREG. Essas unidades receberam R$ 3 milhões do MCTIC entre 2014 e 2017 para se adequar à regulamentação internacional.

As instituições credenciadas são: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que exerce a coordenação científica do NanoReg Brasil; Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

FONTE: ASCOM - MCTIC

Ranking nacional coloca RS com segundo maior potencial para microgeração de energia solar


Divulgação Edelbrau
Cervejaria de Nova Petrópolis, Edelbrau instalou painéis solares neste ano
No último mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Rio Grande do Sul apareceu em segundo no ranking nacional de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração solar fotovoltaica. A classificação inclui residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

São mais de 50 megawatts aqui no Estado, que representam 14% do total do país. O primeiro lugar fica com Minas Gerais, com 78 megawatts no levantamento, mas com mais de 110 megawatts conforme a última atualização dos registros da Agência Nacional de Energia Elétrica. No caso do Rio Grande do Sul, já beira os 60 megawatts. 

Quanto ao número de unidades geradoras, o Rio Grande do Sul tem 4,7 mil. Nesta comparação, fica em terceiro no ranking nacional, atrás de Minas Gerais e São Paulo. 

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar, diz a Absolar. Já em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista.

A redução no custo do sistema nos últimos anos tem impulsionado a geração de energia solar. Além disso, consumidores estão querendo fugir dos aumentos de dois dígitos na conta de luz.

IRAN CONFIRMA MEGA USINA SOLAR EM VÁRZEA DA PALMA


O De­pu­tado Iran Bar­bosa par­ti­cipou de uma Au­di­ência Pú­blica na Câ­mara Mu­ni­cipal de Várzea da Palma para tratar da ins­ta­lação da Maior Usina Solar da Amé­rica La­tina no mu­ni­cípio. Iran ajudou a trazer as Usinas So­lares para Minas Ge­rais de­pois de um longo pe­ríodo de tra­balho junto à Se­cre­taria Es­ta­dual de Meio Am­bi­ente para fle­xi­bi­lizar a le­gis­lação que clas­si­fi­cava os em­pre­en­di­mentos como de alto im­pacto, algo si­milar às usinas nu­cle­ares. Agora, Várzea da Palma con­tará com R$2,5 bi­lhões em in­ves­ti­mentos pri­vados, 4mil em­pregos di­retos e in­di­retos e mais renda, pro­por­ci­o­nados pela ins­ta­lação da Usina Solar.

O Pre­si­dente da So­latio, Pedro Va­quer, apre­sentou metas de in­ves­ti­mento da em­presa no mu­ni­cípio, re­latou que a cons­trução da Usina em Várzea es­taria or­çado em R$ 2,5 bi­lhões. A usina terá a ca­pa­ci­dade de gerar 650 MW e será a maior da Ame­rica La­tina, po­dendo em um fu­turo pró­ximo chegar a ca­pa­ci­dade de gerar 1600 MW e conseqüen­te­mente será maior usina fo­to­vol­taica do mundo.

A Ce­rimônia contou com pre­sença do pre­feito Edu­ardo Mon­teiro, Sócio-di­retor da So­latio Pedro Va­quer, Se­cre­tário de Pla­ne­ja­mento de Di­a­man­tina Léo Sil­veira, Pre­si­dente da Tra­dener Wal­frido Ávila, Pre­si­dente da CMU Walter Fróes , Pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal Thales Emilio, De­pu­tado Es­ta­dual Iran Bar­bosa, Pre­feito de Di­a­man­tina Jus­ce­lino Roque, Pre­feito de Las­sance Paulo Elias, di­versas pes­soas no mu­ni­cípio e re­gião en­vol­vendo vá­rios se­tores da so­ci­e­dade e au­to­ri­dades pú­blicas.

O Se­cre­tário Léo Sil­veira com o uso da pa­lavra falou dos be­ne­fí­cios e a im­por­tância da energia solar não causa ne­nhum tipo de im­pacto am­bi­ental e foram muitos os de­sa­fios para im­plantar as usinas no Brasil de­vido as bu­ro­cracia .O Se­cre­tário Léo Sil­veira afirmou que o in­ves­ti­mento em Várzea da Palma é o maior o in­ves­ti­mento re­a­li­zado nos úl­timos anos no es­tado de Minas Ge­rais . Na opor­tu­ni­dade Léo Sil­veira agra­deceu o Pre­feito pela ho­me­nagem de re­co­nhe­ci­mento dos es­forços re­a­li­zados para im­plan­tação da usina no mu­ni­cípio .


O pre­feito Edu­ardo Mon­teiro disse que a ins­ta­lação desta em­presa será um di­visor de águas para Várzea da Palma, pois vai co­la­borar de forma sig­ni­fi­ca­tiva na ge­ração de em­pregos di­retos e in­di­retos e renda. “Estou muito feliz, sendo um im­pulso econô­mico para o mu­ni­cípio e re­gião” afirma o pre­feito.

Energia solar é alternativa para preservar meio-ambiente e diminuir valor da conta de luz

Com instalação correta e manutenção em dia equipamento pode gerar energia por 25 anos.Foto: Arquivo/Solary Energy do Brasil

A energia solar é considerada hoje uma das formas mais baratas de gerar eletricidade em uma casa ou empresa por meio da conversão da radiação solar em energia elétrica. De acordo com o diretor-presidente da empresa Solar Energy do Brasil, Hewerton Martins, a energia elétrica a partir da luz solar além de contribuir com o meio ambiente, pode reduzir a conta de luz em 20% no período que se paga o financiamento da Usina Solar, gerando caixa positivo desde o primeiro mês de uso e posteriormente chegando a quase 100% de economia, ficando apenas o custo de tarifa mínima da rede da concessionária.

Ainda, de acordo com Hewerton Martins, Há um movimento da ABRADE (Associação das distribuidoras de energia) atribuindo os aumentos na conta de luz ao uso intensivo de da energia solar. “Isso não tem fundamento, pois o aumento do preço na conta de energia se deve entre outros motivos, principalmente a cota de desenvolvimento energético (CDE), que carrega subsídios que oneram o consumidor na ponta. Ao invés de informar que o aumento se deve a esses subsídios, insinuam que quem usa energia solar contribui para o aumento da conta de luz,” relata.

Levando em conta que a energia solar representa menos de 1% da matriz elétrica do país, hoje considerando os 36.018 sistemas entre empresas e residencias conectados a rede por meio da energia fotovoltaica distribuídos, segundo Hewerton, temos menos de 0,30% da matriz que usam um valor ínfimo dos 18 Bilhões do orçamento da CDE. “Ainda assim se considerarmos que haja um incremento exponencial no numero de residências conectadas a rede até 2027 e atingirmos o numero de 2.4 milhões de residências conectas, esse valor não cegaria a 2.5 GW, ou seja 1,39% da matriz.”

Mato Grosso do Sul ocupa a quarta posição per capita no ranking nacional de quantidade de sistema instalados, ficando atrás de Santa Catariana, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Para o diretor-presidente da Solary Energy do Brasil, com a instalação correta e manutenção é possível gerar energia por 25 anos com o mesmo equipamento. ” Levando em conta que um financiamento tem data para acabar, já a conta de luz não. Vale muito a pena Gerar sua própria energia, relata.”

Fonte: Midiamax

Com queda de preço da energia solar, estados buscam atrair investimentos

Locais com forte irradiação ainda são pouco explorados; transmissão é um dos maiores gargalos.

As grandes hidrelétricas, como Furnas (foto), são as responsáveis pela produção de energia elétrica do país (60,26%); entre as usinas que estão em construção, esse o valor diminui: as novas hidrelétricas de grande porte correspondem a 12,68% da energia que será gerada pelas novas construções

A energia solar ainda representa uma parcela mínima da geração elétrica do Brasil, mas, com a queda nos preços, ganha a atenção de governos estaduais em busca de investidores.

Hoje, a fonte responde por apenas 0,8% da potência instalada de todo o país.

Desse total, 80,8% se concentra em três estados: Bahia, Piauí e Minas Gerais, segundo a Absolar (associação da indústria solar fotovoltaica).

Nos próximos anos, com a entrega de usinas que estão em construção, essa concentração deverá cair para 68%.

Ainda assim, muitas regiões com forte irradiação e alto potencial de geração seguem pouco exploradas, e seus gestores têm buscado se estruturar para atrair grandes projetos de companhias da área.

Tocantins, por exemplo, acaba de lançar um mapeamento indicando as áreas com maior potencial de geração no estado.

Há dois anos, quando começaram a se intensificar as visitas de empresários do setor ao estado, para analisar potenciais empreendimentos na região, o governo não tinha dados, afirma Rubens Brito, subsecretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

O objetivo do estudo é facilitar a atração desses investidores. A meta é que, até 2030, 25% da energia consumida no estado seja de fonte solar.

“O Tocantins é um estado novo, no passado as prioridades eram outras. Temos uma usina em construção e queremos ampliar esse número”, diz o secretário Leonardo Cintra.

Um dos principais gargalos é a disponibilidade de linhas de transmissão para levar a energia aos centros consumidores, afirma Antonio Celso de Abreu Jr., subsecretário de energias renováveis do estado de São Paulo —que representa 9,4% da potência atual.

“O fato de estados terem forte insolação não significa que há escoamento”, diz.

Na Paraíba, cujas primeiras usinas de grande porte ainda estão em construção, o problema deverá ser resolvido em 2021, quando linhas de transmissão contratadas em 2017 deverão ficar prontas, segundo Robson Barbosa, secretário-executivo de energia do estado.

Segundo ele, as usinas solares demoraram a avançar devido a seu alto custo, que só começou a cair recentemente.

“A fonte solar vive hoje o que viveu a eólica no passado: um barateamento e uma maior maturação. É uma alternativa que vai disparar, e o estado está pronto para receber esses empreendimentos”, diz.

No leilão de energia de 2015, o preço médio da energia solar negociada foi de R$ 297 por MWh (megawatt-hora). Neste ano, os valores ficaram entre R$ 117 e R$ 118 por MWh.

Além da construção de grandes usinas, que depende da realização de leilões pelo governo, outro propulsor da fonte solar tem sido a chamada de geração distribuída —em que consumidores geram a energia em casa, com painéis fotovoltaicos em seus telhados.

Esses geradores domésticos somavam 270,9 MW (megawatts) de potência instalada em maio deste ano, contra 13,8 MW no fim de 2015, segundo a Absolar.

Nesse segmento, os fatores que impulsionam o mercado são distintos: mais até do que a irradiação, pesa a economia que o gerador doméstico consegue, já que a energia gerada dá descontos na conta de luz.

Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul concentram 50,3% da potência total desse tipo de geração.

“Quanto maior a tarifa da distribuidora, maior o incentivo para buscar formas de baratear a conta”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.

Outro fator é a renda da população, que influencia na capacidade de fazer o investimento inicial dos painéis, diz Barbosa. “Não é uma questão estadual, e sim de classe.”

Fonte: Folha de S. Paulo

Comércio investe em energia solar para cortar despesas

Empresários apostam em painéis solares para reduzir custos e se tornar mais competitivos no mercado. Minas lidera ranking de potência instalada no país.
“Em vez de pagar a mensalidade para a concessionária de energia, economizo o dinheiro, que vai para o meu negócio”, diz Theodoro Peluso, dono de restaurante
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

A conta de energia elétrica sempre representou um dos custos elevados dos estabelecimentos comerciais e para prestadores de serviços. Esse encargo está sendo aliviado devido ao investimento no aproveitamento da energia gerada pela luz solar. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil acaba de atingir a marca de histórica de 300 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de geração e minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica. Trata-se da energia gerada em painéis instalados em miniusinas em telhados de residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com 22,9% da potência instalada no país, Minas lidera o ranking nacional.

O crescimento da geração e consumo da energia solar no comércio e prestação de serviços é vertiginoso. De acordo com a Absolar, a potência instalada do setor, que era de 72MW no fim de 2017, agora atingiu 132MW. Considerando que a potência instalada no segmento em 2016 era de apenas 24MW, chega-se ao impressionante índice de aumento de 450% em dois anos. Os consumidores dos setores de comércio e serviços aquecem a economia na liderança do uso da energia solar fotovoltaica, com 44% da potência instalada no país, seguidos por consumidores residenciais (38%), indústrias (8,4%), consumidores rurais (5,6%) e poder público (3,5%). Além do alívio na conta de luz, os investimentos também são favorecidos por linhas de financiamento a longo prazo, voltadas para a instalação das miniusinas solares.

Em Belo Horizonte, o uso da energia limpa atraiu a atenção do empresário Theodoro Peluso, dono do Restaurante Anella, na Pampulha. Ele montou uma miniusina com 230 painéis fotovoltaicos para suprir a demanda de seu estabelecimento. “Em vez de pagar a mensalidade para a concessionária de energia, economizo o dinheiro, que vai para o meu negócio”, comenta Theodoro, ressaltando também os benefícios para a natureza. A previsão do empresário é reaver o investimento em três anos.

CORTE DE GASTOS 

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, ressalta que a instalação dos sistemas solares fotovoltaicos virou uma grande alternativa de redução de despesas e de melhoria dos lucros para comerciantes e prestadores de serviços. “O setor de comércio e serviços tem a energia elétrica como o seu segundo ou terceiro maior gasto operacional. O uso da energia solar fotovoltaica ajuda a aliviar esse custo e vem trazer maior previsibilidade e maior independência energética para o planejamento financeiro das empresas.”

Ele ressalta que as empresas têm percebido que a cada ano o aumento da tarifa da energia elétrica tem ficado acima da inflação. “Esse gasto vem pesando no bolso dos pequenos empresários, em especial do comércio, assim como dos serviços. O uso da energia solar permite à empresa economizar por volta de 80% a 90%”, diz o presidente da Absolar, acrescentando que o capital investido na geração própria de energia é recuperado entre três e sete anos.

Sauaia destaca que, além do ganho financeiro, a energia oriunda do sol agrega valor aos negócios por ser uma energia limpa e não causar impactos à natureza. “O investimento contribui para a melhoria da qualidade do meio ambiente, fator que interfere na decisão dos consumidores na hora de comprar e contratar serviços. Então, a energia solar traz para os empresários o valor do posicionamento de sua marca junto ao consumidor, mostrando sua preocupação com a sustentabilidade”, diz o presidente da Absolar.

Fonte: em.com.br

Empresas reduzem conta de luz com geração própria de Energia Solar

De pequenas a grandes companhias, como Honda, Oi e MRV, criam soluções para driblar o aumento de custo da energia elétrica e garantir um modelo sustentável de operação.
Painéis solares instalados no alto dos prédios do Residencial Spazio Parthenonm da construtora MRV, em Belo Horizonte, garantem economia para os moradores - (foto: MRV/Divulgação)

A tranquila cidade de Xangri-Lá, no litoral gaúcho, com seus 14.650 habitantes, ganhou uma atração que vai além das praias, dos resorts ou dos passeios no calçadão à beira-mar. É lá que funciona o maior parque eólico privado do Brasil, administrado pela Honda Energy, subsidiária da montadora japonesa Honda.

Desde que entrou em operação, em janeiro de 2015, seus nove cataventos gigantes – que alcançam uma altura de 150 metros e pesam cerca de 15 toneladas cada – geraram 221 mil MWh, eletricidade equivalente à produção de 403 mil carros da montadora japonesa na fábrica de Sumaré, no interior de São Paulo.

Com a força dos ventos gaúchos, a Honda supriu também a demanda do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento de Automóveis, do escritório administrativo da empresa na capital paulista e do centro logístico em Paulínia (SP). Além de reduzir quase pela metade seu custo de energia, a Honda transformou a operação brasileira em uma das mais sustentáveis do mundo, já que as atividades do parque evitaram a emissão de 19 mil toneladas de CO2 ao meio ambiente.

“Esse é nosso primeiro parque eólico no mundo e tem sido um aprendizado diário”, diz Carlos Eigi, presidente da Honda Energy do Brasil. “Além do indiscutível ganho econômico, estamos orgulhosos de ver os nossos automóveis serem produzidos a partir do uso de energia 100% limpa e renovável.”

O investimento da Honda faz parte de um movimento crescente na estratégia de empresas de diferentes setores, da indústria ao comércio, passando pela prestação de serviço. Entre as que optaram por alternativas energéticas estão, por exemplo, Magazine Luiza, Ambev e Vivo.

30% DE ECONOMIA - A operadora de telefonia Oi adotou uma ousada política de autogeração, com o objetivo de aliviar o peso da eletricidade em seus balanços. A companhia está investindo R$ 30 milhões para criar fazendas solares, que poderão fornecer eletricidade para 8 mil unidades consumidoras, como antenas de transmissão, torres de telecomunicação ou mesmo para os escritórios da empresa em todo o Brasil.

Inicialmente, até setembro deste ano, a Oi colocará em funcionamento duas microusinas, em Capitão Enéas e em Januába, ambas no interior de Minas Gerais. A capacidade de geração de cada uma é de 5MWh. O plano da companhia é ter, nos próximos 12 meses, 15 usinas. Em operação, elas reduzirão em 30% os custos de energia, atualmente em R$ 750 milhões por ano. “Quando todas as fazendas solares estiverem funcionando, poderemos chegar a uma economia de até R$ 550 milhões”, afirma o diretor de patrimônio e logística da Oi, Marco Antonio Vilela. “Vamos avaliar projetos eólicos, pequenas centrais hidrelétricas, as PCHs, e até geração por biogás.”

CONTA NAS ALTURAS - Pelos cálculos da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), o custo da energia para a indústria subiu 20 pontos percentuais acima da inflação em 12 meses. Em uma perspectiva mais longa, a situação é ainda mais alarmante. No acumulado de 2014 a 2017, a tarifa média acumulou alta de 31,5% no país.

Até o fim de 2018, estima-se que o encarecimento chegue a 44%. Como comparação, a inflação acumulada no período de quatro anos é de 28,86%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). “O Brasil passou a ter o segundo maior custo de energia para a indústria no mundo e o quarto no segmento residencial”, afirma o presidente da Abrace, Edvaldo Santana (leia mais na entrevista ao lado). “A saída tem sido cada um procurar formas de gerar sua própria energia”.

É nesse cenário de forte alta da energia que a construtora mineira MRV enxergou uma oportunidade. A empresa está instalando no telhado de seus prédios placas fotovoltaicas de geração de energia. Além de ajudar a cobrir a demanda de eletricidade de sua operação, a tecnologia garantirá uma economia na conta de luz de cerca de R$ 90 por mês para cada morador.

DESDE A PLANTA - Cada projeto de geração fotovoltaica em um conjunto habitacional terá um investimento médio de R$ 1,5 milhão, mas o plano total prevê um orçamento de R$ 800 milhões nos próximos quatro anos, com a construção de cerca de 220 mil apartamentos quase autossuficientes. Até o fim deste ano, 60% do total de empreendimentos lançados, cerca de 75, serão equipados com placas solares. O objetivo é que todos os lançamentos da companhia tenham a tecnologia a partir de 2019. “Não é uma política temporária, mas uma mudança importante do modelo de operação”, garante Rafael Menin, copresidente da MRV.

Tanto sob a ótica ambiental quanto sob a perspectiva financeira, o Brasil tem um gigantesco potencial de autogeração para todos os portes de empresas e residências. A mais recente estimativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostra que, desde 2012, o setor privado investiu no mercado de geração própria de energia.

“O Brasil tem umas das melhores condições em incidência de luz para geração de energia e um custo elevado de energia, combinação que leva as empresas a buscar cada vez mais a geração solar para alimentar suas instalações”, diz Victor Kodja, presidente do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE).

Essa afirmação é endossada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desde junho de 2013, o número de conexões de microgeração de energia subiu de 23 mil para 30,9 mil. Um terço desse total responde por instalações de pequenas e médias empresas.

Entrevista/Evaldo Santana – presidente da Abrace

“É preciso uma profunda reforma no setor elétrico”

Com hidrelétricas que há pelo menos quatro anos não têm condições de atender à demanda por energia, a alternativa nos últimos anos tem sido complementar o abastecimento com as termelétricas. Essa decisão reflete no encarecimento do custo de geração, que é repassado aos consumidores. Edvaldo Santana, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), diz que problemas como esse têm levado indústrias para países vizinhos, como o Paraguai, e afugentado investimentos. Na sua opinião, o país precisa com urgência de uma “postura agressiva de redução dos custos de energia e de aprimoramento da eficiência energética”. Do contrário, continuará a perder competitividade.

Por que o Brasil tem hoje um das tarifas de energia mais caras do mundo?

O setor elétrico brasileiro tem um sério problema estrutural. Nossa principal matriz energética, a hidrelétrica, não atende à demanda desde 2014. Isso faz com que sejam ligadas as termelétricas, que têm alto custo de operação. O gás natural é caro demais e está nas mãos do monopólio da Petrobras.

E as alternativas de geração solar e eólica?

Ambas são opções, mas geram apenas 50% do tempo. Não há vento nem luz o dia todo. Precisaríamos ter mais hidrelétricas com grandes reservatórios, mas isso tem ficado cada vez mais difícil no Brasil.

Esse cenário tem afugentado investimentos?

Com certeza. Não só afugentado, como está fechando empresas e empurrando importantes setores produtivos para países vizinhos, como o Paraguai. A fabricante de alumínio Alcoa, por exemplo, fechou uma fábrica em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, e outra unidade no Maranhão. Mais de 5 mil pessoas perderam o emprego.

Mas o setor elétrico não é altamente regulado?

Sim. Mas, curiosamente, a energia regulada é mais cara do que a energia livre. O custo chega a ser 25% menor. Trata-se de uma contradição que tem prejudicado demais as empresas e incentivado a busca por aquisição de energia no mercado livre.

O governo está consciente dessa situação?

O governo reconhece o problema, mas não está reunindo condições para resolver o problema. A solução dessa questão afeta interesses já consolidados e, aparentemente, o governo está evitando o embate.

O que dizem os pré-candidatos à Presidência?

Até agora, nada. Nenhum pré-candidato apresentou um discurso sobre o grave problema do setor elétrico. Nos últimos anos, o Brasil passou a ter o segundo maior custo de energia para a indústria no mundo e o quarto no segmento residencial. A saída tem sido cada um procurar formas de gerar sua própria energia.

Qual é a saída?

Não existe uma solução fácil. Ou o Brasil adota uma postura agressiva de redução dos custos de energia e de aprimoramento da eficiência energética, ou continuará perdendo investimento, perdendo empresas e condenando o crescimento da economia a patamares baixos.

Fonte: em.com.br

Energia solar abastecerá rede de farmácias Drogaria Araújo


Reconhecida pelo seu pioneirismo e inovação, a Drogaria Araújo, foi a primeira farmácia a criar o plantão 24 horas, o serviço de telemarketing do Brasil e o Drive Thru. Atualmente a empresa direcionou seu olhar para o consumo de energia eficiente, e está investindo na energia solar.

A rede de farmácias que está entre as 5 maiores da categoria no Brasil, em parceria com AES Tietê, receberá energia elétrica gerada por meio do sol para alimentar suas unidades. A energia virá da locação de uma planta solar de 5MW de potência, situada na divisa de Minas Gerais com São Paulo, próxima à usina de Água Vermelha, e deve entrar em operação no último trimestre de 2018.

Ao todo, serão instalados cerca de 16 mil módulos fotovoltaicos, com geração média mensal de aproximadamente 930 MWh de energia limpa, que será injetada na rede elétrica local, gerando créditos que atenderão as 145 unidades da rede de farmácias.

“O projeto possibilita a geração própria de energia para nossas lojas. Isso permite que a Drogaria Araujo reforce seu compromisso com os clientes e comunidade, colaborando para um futuro mais sustentável, priorizando como benefício a energia renovável. O resultado é uma solução de consumo responsável aliada à redução de custos”, defende Modesto Araujo, presidente da Drogaria Araujo.

Não é a primeira vez que a rede de farmácias procura por alternativas em energia. Segundo o executivo, em 2010, adotou-se a iluminação LED em todas as suas lojas, que tem metragens acima de 400 m² (o dobro da média do setor). “Investir em um projeto de geração distribuída é mais uma iniciativa importante para nosso negócio. Junto com a AES Tietê, vamos garantir um consumo mais eficiente, reduzir custos e contribuir com a produção de energia renovável”, diz Araújo.

A energia solar já está no centro dos negócios e tem se tornado mais atrativa por causa do barateamento de sua tecnologia, do aumento das tarifas de energia elétrica e dos avanços regulatórios da Aneel. Além disso, a escolha por produzir sua própria energia gera diversas vantagens, tanto para o consumidor, quanto para o meio ambiente, através da redução da fatura de energia, da valorização do imóvel e da diminuição da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.

Energia solar no campo cresce com usinas flutuantes


Energia Solar no campo:

O uso de energia solar fotovoltaica no Brasil vem crescendo e batendo recorde ano após ano. Surpreendentemente o meio rural já atinge quase 16 megawatts de utilização operacional de energia solar fotovoltaica. Só em 2017 o uso da energia solar no campo já havia crescido em nove vezes com relação ao ano passado, e só neste ano já dobrou este número.

“Os agricultores descobriram a energia solar fotovoltaica. Aliás, são eles os responsáveis por levar o alimento do campo para as áreas urbanas, e passam, agora, a também ter uma complementação de renda, gerando energia elétrica para abastecer áreas urbanas e reduzir os seus gastos especificamente”, disse à Agência Brasil o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.

Tem projetos mais tradicionais de bombeamento e irrigação em Minas Gerais, quando começa o dia, o pivô é ligado e quando some o sol ele deixa de irrigar a plantação.

Semelhantemente tem indústria de sorvete no Ceará. O período que vende mais sorvete é no verão, assim também pode gerar energia para garantir melhor custo-benefício nesta estação do ano quando gastam mais para refrigerar o sorvete e do mesmo modo economizar o ano todo.

Além do custo mais baixo, outra vantagem apontada por Rodrigo Sauaia para o uso desta tecnologia no campo é a de ela ser mais limpa. “Muitos desses produtores rurais, às vezes para levar irrigação para uma área produtiva distante da rede elétrica, tinham que levar um gerador a diesel barulhento e poluente no meio da plantação para gerar e poder irrigar.

Era péssimo para o meio ambiente, caro para o produtor, mas ele precisava fazer isso. Agora, pode fazer isso com o sol, com um sistema móvel e com energia limpa e sem combustível, sem dor de cabeça para o produtor”, observou.


Usinas Flutuantes:

A utilização da área de açude amplia a conservação da região e dá melhor destinação a terras que estejam impactadas. Em suma, o uso das placas flutuantes permite ainda ao produtor aproveitar mais a propriedade e manter o solo para as plantações.

“Ele não está tirando parte agricultável para botar uma usina. A flutuante libera a área usada para a solar, para continuar fazendo desenvolvimento econômico da atividade do agronegócio e, por outro lado, reduz a evaporação que é um ativo, hoje, importante.

Como está faltando muita água, principalmente, em algumas regiões como a do Rio São Francisco, se consegue ter algo em torno de 20% a mais de água por ano.

Deixa de tirar água dos rios, ou tem melhor produtividade na irrigação dele fazendo reduzir a evaporação. É econômico, ambiental e ao mesmo tempo em maior volume de água nos açudes”, apontou.

Orestes Gonçalves Júnior destacou ainda que o produtor tem mais uma forma de lucrar com a solar flutuante em açude, que pode ser usado por mais de um produtor da região. Mais uma alternativa para o produtor é usar os açudes para desenvolver projetos de piscicultura.

Redução de Custos:

Na visão do presidente da Absolar, a redução de custos para a instalação de um sistema de energia fotovoltaica tem sido um atrativo para o aumento de consumidores neste tipo de fonte. “Em dois anos, a tecnologia barateou em 25%.

Nos últimos dez anos, a energia solar fotovoltaica ficou entre 60 a 80% mais barata, com isso hoje em dia já é possível na maior parte do Brasil gerar e produzir a sua própria energia através do sol do seu telhado e no solo do que comprar a energia da rede, por exemplo.

Não por acaso, o que mais leva as pessoas a investirem em energia solar fotovoltaica não é só pelo meio ambiente, mas pela economia no bolso que a tecnologia traz”.

Parque de Exposições em minas instala energia solar e vai economizar 92% do custo de energia elétrica

Sociedade Rural diz que com a implantação do sistema, o custo mensal de energia vai passar de R$ 14 mil para R$ 1.000.

Placas foram montadas no telhado do Clube dos Fazendeiros (Foto: Solon Queiroz/ Arquivo pessoal)

O Parque de Exposições João Alencar Athayde aderiu ao sistema fotovoltaico, que converte a luz solar em energia elétrica. O projeto foi implantado nesse mês e já deve ser usado durante a 44ª Expomontes, que começa na próxima sexta-feira (29). A estimativa da Sociedade Rural é que sejam economizados 92% do custo de energia mensal. “Considerando a média do ano, o parque gasta em torno de R$ 14 mil por mês, com a implantação, a despesa será na ordem de R$ 1.000”, explica Leonardo Vasconcelos, diretor de patrimônio da sociedade rural.

De acordo com a Sociedade Rural, o projeto viabiliza o pagamento da taxa mínima de energia limpa. Ao todo, o sistema é composto por 446 placas, com capacidade de 260 w cada uma. Elas ocupam um espaço de 724,1 m², montado no telhado do Clube dos Fazendeiros. A estimativa é que sejam gerados 191.495 kWh por ano.

“O consumo médio do parque é de 15.000kwh/mês. Com as instalações, é previsto a produção de 17.000kwh/mês. Isso deve atender 106% da demanda prevista do parque durante todo o ano”, destaca Leonardo.

Além da economia, o Presidente da Sociedade Rural, José Luiz Veloso Maia ressalta que a implantação do projeto também tem o viés de sustentabilidade, uma vez que a energia fotovoltaica elimina a emissão de carbono e a necessidade de hidrelétrica. “Esse contrato é o primeiro passo para que o Parque de Exposições se torne autossustentável, porque o futuro é esse. Existe a necessidade urgente de que as entidades que formam opinião demonstrem, de maneira concreta, qual é o caminho a ser seguido”, afirma.


O projeto

O diretor de patrimônio Leonardo Vasconcelos explica que antes da instalação o projeto ambiental precisa seguir alguns parâmetros, que vão desde a análise técnica, passando pela captação da luz solar, até a conversão para energia elétrica. Tudo de acordo com as regras ambientais.

“O projeto é encaminhado para a concessionária, passa por uma análise, e só depois é feita a implantação. Tudo isso é auditado pela CEMIG, que libera para que a energia produzida durante o dia seja injetada na rede. Esse processo leva em torno de seis meses. Em junho fizemos a interligação com a rede pública”.

O diretor comenta ainda que a demanda durante o ano passa por oscilações, por isso, é feito um controle do volume gerado. “O parque tem picos de consumo muito alto na época da exposição e nos demais meses têm consumo relativo médio. A energia gerada é acumulada e tem prazo de 60 meses para utilizar. É como se fosse criado uma ‘conta corrente’, na qual é usado o crédito já produzido”, finaliza Leonardo.

Fonte: G1

Alunos de BH desenvolvem kit de energia solar com placas que acompanham o sol

Projeto será apresentado na França, em julho

Cinco alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Elétrica e de Controle e Automação da faculdade Newton Paiva, de Belo horizonte, foram selecionados para apresentar o projeto de um poste de iluminação operado com energia solar, desenvolvido por eles, no 14º Encontro Internacional Fab Lab, que acontecerá em julho, em Paris, na França.

O grupo foi selecionado para apresentar o protótipo do poste econômico na categoria ‘Inovação e Tecnologia’ do encontro. “O poste solar é uma alternativa que potencializa uma solução sustentável já existente no mercado e pode acabar com o problema dos altos gastos com energia pública em áreas urbanas e rurais”, explica Andréia Sant’Anna, uma das professoras orientadoras do projeto e coordenadora do Smart Campus da Newton Paiva.

O poste de luz foi idealizado pelos alunos Davino Neto, Hugo Nascimento, Ítallo Fernando Amaral, André Mattioli e Marley Luciano. O equipamento opera por meio de painéis solares. Seu grande diferencial é a movimentação da placa fotovoltaica, que possibilita seguir o sol, potencializando o ganho de energia que é armazenada nas baterias de lítio.

Em conversa com o portal Bhaz, a professora, Andréia Sant’Anna, explicou que o poste pode custar de R$ 150 a R$ 200 e traria muita economia na iluminação de estradas e áreas de comunidades carentes. Ela ressalta que dependendo da quantidade de baterias e placas instaladas no equipamento, ele pode iluminar um ambiente por até 30 horas.

Agora, os alunos devem finalizar o projeto e fazer os testes que comprovem sua eficácia. “Estamos discutindo com a Cemig e possibilidade de implantar os protótipos na Vila Vicentina, na cidade de Sete Lagoas. No loca,l já existe um programa de geração de energia solar”, explica Andréia.

Ainda segundo a professora, futuramente, o projeto pode ser aplicado em rodovias, estradas rurais, monumentos públicos e outros locais. “A proposta é melhorar a vida de quem vive nas regiões mais carentes e colaborar com o meio ambiente”, finaliza.

Fonte: BHAZ