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BRDE é o primeiro banco do país a operar o Fundo Clima

Maior demanda do Paraná tem sido por sistemas fotovoltaicos.


O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é o primeiro banco do país a operar o Fundo Clima, com recursos do BNDES, para financiamento de projetos de pessoas físicas e jurídicas destinados à instalação de sistemas de geração fotovoltaico e de aquecimento solar, além de outros equipamentos cadastrados no subprograma do Fundo Clima “Máquinas e Equipamentos Eficientes”.

No Paraná, diversos projetos estão em análise, sendo a maior demanda por sistemas fotovoltaicos. A primeira operação aprovada foi o financiamento para a empresa Cerealista Coradini, do município de Bagé (RS) no valor de R$ 3,5 milhões, destinados à implantação de uma planta fotovoltaica de 1 MW, equivalente ao consumo residencial de 300 casas. 

O investimento total da Cerealista Coradini, que desde 2006 atua nos segmentos de beneficiamento de arroz e comercialização de grãos, será de R$ 6,5 milhões, contemplando as instalações e o projeto de eficiência energética. Em Santa Catarina, o BRDE aprovou financiamentos para sistemas geradores fotovoltaicos das empresas Arcari, Ferronato & Cia Ltda, de Xanxerê, e Kaliska Textil, de Guabiruba. A agência do BRDE de Santa Catarina protocolou a primeira operação de pessoa física do Fundo Clima.

Fundo Nacional

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, ou Fundo Clima, é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Constitui-se em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de apoiar projetos ou estudos e financiar empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. O subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes do Fundo Clima permite financiar 80% dos itens apoiáveis, ao custo final de 4,03% ao ano, para beneficiárias finais com renda bruta de até R$ 90 milhões. Para beneficiárias finais com renda bruta acima R$ 90 milhões, o custo é de 4,55% ao ano.

O financiamento de fontes energéticas renováveis contribui para a estruturação de uma nova cadeia industrial brasileira, além de reforçar o compromisso com a sustentabilidade. “Trata-se de mais uma ação com recursos do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia”, afirma Orlando Pessuti, diretor-presidente do BRDE.

Fonte: Revista Amanhã

ENGIE terá laboratório em Santa Catarina

A Engie Brasil vai instalar um centro global de pesquisas e inovação em Florianópolis. Este será o primeiro Engie Lab do Brasil e estará concluído no final do segundo semestre deste ano.

Para o projeto, a Engie assinou um um memorando de entendimento com a Apex-Brasil, o governo do Estado de Santa Catarina e a Prefeitura de Florianópolis.

O Engie Lab vai se dedicar, inicialmente, a projetos de novas tecnologias nas áreas de energias eólica e solar, cidades inteligentes, biogás e hidrogênio.

Com o laboratório, a empresa pretende alavancar seus investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil, que somam atualmente cerca de R$ 15 milhões ao ano.

“A maioria dos projetos será executada em parceria, com entidades de pesquisa, empresas e startups. Os recursos aportados vão privilegiar projetos que contribuam com novos negócios da Engie ou aprimorem soluções já oferecidas pelo grupo no Brasil e no mundo. Há a perspectiva exportar inovações e tecnologias desenvolvidas no Brasil”, diz Maurício Bähr, CEO da Engie Brasil.

O centro de pesquisa em Florianópolis será o segundo do grupo no Hemisfério Sul e terá uma aceleradora de startups. No mundo, a Engie mantém unidades em países como França, Bélgica, Singapura e China.

A instalação do laboratório conta com parcerias com o governo federal, o Governo de Santa Catarina, a Prefeitura de Florianópolis e a Universidade Federal de Santa Catarina.

Do governo federal, os incentivos virão da parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina e o enquadramento do Engie Lab na Lei do Bem e na Lei de Informática.

Já o governo de Santa Catarina iniciou as tratativas para atrair o laboratório há dois anos.

“Reforçamos a política catarinense de inovação. Temos investido na inovação para manter nossa economia forte, equilibrada e, sobretudo, competitiva diante o cenário internacional”, declara Eduardo Pinho Moreira, governador de Santa Catarina.

A Prefeitura de Florianópolis apoiou o projeto por meio da Lei Municipal de Inovação – que permite obter dedução de até 20% do ISS e do IPTU devido de contribuintes incentivadores estabelecidos no município.

O grupo Engie, fundado na França, atua no ramo de energia. A companhia conta com mais de 150 mil colaboradores em todo o mundo e obteve receitas de € 69,6 bilhões em 2016.

Presente em mais de 70 países, a Engie é líder em fornecimento de serviços de eficiência energética e responsável pelo gerenciamento de mais de de 1,5 milhão pontos de iluminação pública em todo mundo e pelos sistemas de segurança de mais de 60 cidades.

Além disso, possui 55 redes de transporte equipadas com seus sistemas e opera mais de mil estações de recarga para carros elétricos e 228 redes de aquecimento e refrigeração em 13 países.

Fonte: Baguete

Geração Distribuída pode receber isenção de ICMS em SC

Incentivo é visto como estratégia para impulsionar novos investimentos no setor, gerando mais empregos e desenvolvimento em diversas regiões. Proposta seguirá para aprovação na Assembleia do estado.

Em Santa Catarina, os interessados em gerar a própria energia a partir de fontes renováveis agora terão como incentivo a isenção do ICMS sobre a microgeração e minigeração distribuída, com limite de 1 MW. A proposta foi acatada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) na última quarta-feira, 16 de maio.

O governador Eduardo Pinho Moreira comentou que a desoneração vai impulsionar um setor estratégico para o crescimento do estado: “Ao abrirmos mão dessa tributação, estaremos promovendo o desenvolvimento de um segmento de enorme potencial”.

Para a Absolar, a medida irá garantir maior estabilidade e segurança jurídica e tributária para consumidores e empresários catarinenses interessados em gerar a própria energia a partir das fontes limpas, seja solar, hídrica, eólica e biomassa. Com a iniciativa, residências, comércios, indústrias e produtores rurais terão maior competitividade e menos impostos ao gerar energia em seus telhados e fachadas a partir de painéis fotovoltaicos.

O secretário de Estado da Fazenda (SEF) Paulo Eli, entende que o incentivo é pertinente para a busca de matrizes energéticas mais limpas e baratas, “fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado”, definiu.

O próximo passo é o encaminhamento do projeto de lei para aprovação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A expectativa é de que a adesão incentive novos investimentos no setor, gerando mais empregos e desenvolvimento em diversas regiões. Segundo dados da Associação de Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc), para cada megawatt (MW) instalado, há geração de aproximadamente 30 empregos diretos em toda a cadeia produtiva, que envolve desenvolvimento de projetos, instalação, fabricação, vendas e distribuição. Desde 2015, com o lançamento do SC+Energia, o governo catarinense vem apoiando ações para geração renovável.

Fonte: Canal Energia

Investimento em energia solar traz esperança ao Brasil


A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e a busca pela diversificação da eletricidade, associadas ao desenvolvimento da indústria, têm impulsionado a geração de energia a partir de fontes renováveis no mundo.

O uso da energia solar, um dos principais objetivos da 21ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), realizada em 2015, é uma das tendências no mercado brasileiro e ganhou novo fôlego depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, decidiu mobilizar US$ 1 trilhão para o setor até 2030, em benefício de países emergentes.

“A iniciativa é bem interessante, valoriza um pouco mais o mercado da energia solar no Brasil, principalmente porque o país está crescendo cada vez mais”, explicou à ANSA Luis Gustavo Li, gerente da LGL Solar Treinamentos.

Para o empresário, “o potencial para energia solar no Brasil é enorme”. “O que eu tenho visto, inclusive entre nossos alunos, é que as pessoas estão falando muito mais sobre o setor, e isso também acrescenta para o mercado”, disse.

O pedido de entrada do Brasil na Aliança Solar Internacional (ASI), encaminhado pela Presidência ao Congresso Nacional no dia 26 de fevereiro, trouxe uma certa “esperança” para o setor no país, que já tem demonstrado certo crescimento.

Em janeiro deste ano, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) anunciou que o país superou a marca recorde de 1 gigawatt de capacidade instalada em projetos de energia solar.

Segundo a entidade, este número foi alcançado por apenas 30 países no mundo e deve-se aos leilões realizados pelo governo entre os anos de 2014 e 2015.

Para o presidente da Absolar, Rodigo Sauaia, “o Brasil está mais de 15 anos atrasado no uso da energia solar fotovoltaica, mas temos condições de ficar entre os principais países do mundo nesse mercado”.

De acordo com relatório divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a expectativa para este ano é de que a produção de energia solar no Brasil dobre de número, já que, em 2018, a maioria das 67 usinas solares previstas para até 2021 entrará em operação.

O tema será um dos assuntos presentes na EnerSolar + Brasil, feira organizada pela Cipa Fiera Milano, que ocorrerá entre 22 e 24 de maio, no São Paulo Expo, na capital paulista. A exposição apresentará os últimos lançamentos da indústria de fontes energéticas sustentáveis. (ANSA)

Fonte: Jornal Floripa

ARQUITETURA SUSTENTÁVEL: INTEGRAÇÃO ENTRE AMBIENTE, PROJETO E TECNOLOGIA


A arquitetura sustentável procura compreender as necessidades de seus clientes e apresentar soluções criativas através do uso de materiais e tecnologias inovadoras.

O território da arquitetura sustentável ainda é muito novo, entretanto as aplicações de técnicas sustentáveis na construção civil são cada vez mais recorrentes.

Suas práticas são vistas como essenciais para a manutenção e a renovação de recursos encontrados no meio ambiente, já que o foco da arquitetura sustentável é ser econômico e ecológico, além de estrutural.

Arquitetura Sustentável

Materiais, energia e água fazem parte das variáveis que vêm sendo exploradas. No intuito de formular propostas de menor impacto ambiental, são analisadas todas as possibilidades de utilização ou reutilização dos recursos naturais para causar menor desperdício.

Cabe lembrar que, além do desempenho ambiental, é necessário conhecer o desempenho estrutural, de segurança contra o fogo e todos os demais itens especificados na ISO 6241 – Performance standards in building – Principles for their preparation and factors to be considered. Isso porque, caso o material não responda a tais exigências, sua utilização é inviabilizada.

Sistema Solar no Centro Cultural de Jaraguá do Sul/SC

Green Buildings

O tema da sustentabilidade vem influenciando projetos na arquitetura contemporânea e conta com iniciativas e exemplos nas mais diversas condições urbanas e ambientais.

Além de ser uma preocupação pelo futuro do planeta, a arquitetura sustentável também sofre pressão do mercado. Por ter se tornado uma tendência em grandes centros que buscam se reconectar com a natureza, de certa forma, é um nicho essencial para os profissionais da área.

Construção Civil

As cidades são as grandes responsáveis pelo consumo de materiais e recursos, por isso é natural que a sustentabilidade assuma, gradualmente, uma posição de cada vez mais importância neste cenário.

Principalmente porque muitos destes impactos negativos são gerados pelo setor da construção civil, que é responsável por 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água utilizada no mundo.

De acordo com dados do Worldwatch Institute, a construção de edifícios consome 40% das pedras e areia utilizados no mundo por ano, além de ser responsável por 25% da extração de madeira anualmente.

Sistema Solar no Centro Cultural de Jaraguá do Sul/SC

Ficou interessado e quer implementar diretrizes mais sustentáveis nos seus projetos? Acesse o Guia Sustentabilidade na Arquitetura, produzido pelo AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, disponível online. Ou veja aqui outros artigos sobre o tema.

Empresas de SC apostam na energia solar para diminuir custos

Investimento nas placas ainda é alto, mas tende a se tornar bom negócio.
Placas de energia solar instaladas em prédio de empresa em Florianópolis (Foto: Reprodução/NSC TV)

A laje do prédio virou uma usina. Foram instaladas mais de 400 placas chamadas fotovoltaicas. Cada uma tem algumas dezenas de plaquinhas menores. Elas são feitas principalmente de silício, metal abundante no planeta.

Quando a luz do sol entra em contato com o silício, os elétrons começam a se mexer e surge uma corrente elétrica, a mesma que anda pelos postes de luz.

As placas fotovoltaicas conseguem produzir energia só com a luminosidade do sol que passa pelas nuvens. A produtividade delas fica em 40% em relação a quanto elas produziriam em um dia de tempo aberto.

Se as placas não derem conta de todo o consumo, a energia das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) entra para compensar. De noite, é a mesma coisa, quando a escuridão é total. Agora, a empresa só paga por essa energia que vem de vez em quando.

“Pelos cálculos, nós vamos ter uma economia de quase 100% da nossa despesa mensal com energia”, afirmou o diretor comercial.

O contrário também ocorre: quando o sol está forte e as placas produzem mais do que o consumo, a energia que sobra não tem como ficar armazenada. Por isso, ela se mistura à eletricidade da Celesc. Vai alimentar casas, empresas e indústrias que não têm o mesmo sistema. Na prática, a Celesc compra a energia, e o valor pode ser abatido da conta de luz em cinco anos.

Destaque nacional

Santa Catarina é destaque nacional em energia produzida pelo sol. Dividindo suas 2,2 mil unidades consumidoras solares pelo número de habitantes, fica em primeiro lugar no país.

Mas ainda representa pouco para a Celesc. “Não chega a 0,07% do número de consumidores da Celesc. Mas nós sabemos que, num futuro muito próximo, este número vai aumentar e vai começar a se tornar significativo para o sistema elétrico”, afirmou o chefe do Departamento de Eficiência Energética da Celesc, Marco Aurélio Gianesini.

Placas de energia solar instaladas em telhado de casa em SC (Foto: Reprodução/NSC TV)

Construir uma usina em casa tem um custo. Na casa do servidor público aposentado Walter Miguel, as 10 placas custariam R$ 18 mil. Como ele se inscreveu num programa de incentivo da Celesc, ganhou desconto e pagou R$ 6,8 mil. A economia não passa de 20% da conta de luz.

“É uma necessidade que a gente, a curto prazo, gostaríamos de ampliar. A grande dificuldade está no custo do sistema”, disse Walter Miguel.

Atualmente, o orçamento pode mesmo desanimar. Mas o presidente do Instituto Ideal, que divulga a energia do sol, acha que isso já está mudando. “A tendência natural, e isto não só no Brasil, mas no mundo inteiro, é de os preços caírem ainda mais. Para se ter uma ideia, nos últimos três ou quatro anos, os preços caíram quase 300%”, afirmou Mauro Passos.

Por isso, quem pensar no futuro pode colher muitos benefícios para o bolso e para o planeta. “É uma atitude ecologicamente correta, sustentável, e vai trazer um benefício muito grande pra população”, disse Walter Miguel.

Fonte: G1

Governo tem bilhões para geração caseira de energia, mas exclui Sul e Sudeste

Plano com R$ 3,2 bilhões para financiar placas fotovoltaicas, que será lançado nesta quarta (4), vale apenas para Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


O Ministério de Integração Nacional lança nesta quarta-feira (4) a principal iniciativa para difundir a microgeração de energia solar no Brasil até o momento. Trata-se da oferta de R$ 3,2 bilhões para financiar a instalação de placas fotovoltaicas em residências e estabelecimentos comerciais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. O que se espera é que com a facilitação do pagamento, cresça o número de pessoas que geram a própria energia, reduzindo em até 90% as despesas com energia elétrica.

No entanto, essa medida não chega aos estados do Sul e do Sudeste, visto que os recursos do financiamento vêm dos fundos constitucionais destinados ao desenvolvimento socioeconômico das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, além do Norte de Minas Gerais e do Norte do Espírito Santo. Os fundos constitucionais não chegam ao Sul e ao Sudeste porque têm como objetivo, justamente, diminuir a disparidade de desenvolvimento entre as cinco regiões do país.

De acordo com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, a iniciativa do governo federal é extremamente estratégica e relevante para o setor, visto que o acesso ao crédito seria o grande gargalo para o avanço da energia solar no país.

“A instalação das placas fotovoltaicas contribui diretamente na redução dos gastos com energia elétrica, geração de empregos de qualidade e com a sustentabilidade ambiental, por ser uma energia limpa”, pontua Sauaia. Segundo dados do presidente, a tecnologia permite a redução de 80% a 90% dos gastos mensais com energia.

O investimento para a instalação das placas em uma residência tem diminuído, e hoje é de cerca de R$ 15 mil para qualquer região do país. De qualquer forma, segundo Sauaia, o investimento é recuperado em, aproximadamente, cinco anos, sendo que a tecnologia tem vida útil de 25 anos. “Nem todo o brasileiro tem esse recurso disponível para investir. Por isso o financiamento é tão importante”, reforça.

As linhas de crédito serão oferecidas pelo Banco do Nordeste, Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Brasil com juros muito abaixo das taxas de mercado e prazos mais longos de pagamento. Até então, o financiamento para viabilizar o uso da energia fotovoltaica só era permitido para pessoas jurídicas e agricultores.

Números desanimadores

Apesar do imenso potencial, o Brasil está atrasado quando se trata de geração de energia solar. Existem cerca de 82 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no país, das quais menos de 30 mil – 0,04% do total – podem gerar de energia solar fotovoltaica, o que representa 0,04% do total.

O governo federal estima que em 2026 cerca de 770 mil consumidores terão adotado os sistemas fotovoltaicos, totalizando 3,3 gigawatts (GW), o equivalente 0,6% do consumo nacional de energia.

Mas a Absolar acredita que este número está subestimado. E diz que com apoio dos governos e de políticas públicas, seria possível ultrapassar um milhão de consumidores de energia solar ainda em 2025, o que representaria 4,5 GW, ou 1% do consumo do país.

A situação do Paraná

Com a restrição legal da área de abrangência dos fundos constitucionais, o financiamento não chega às regiões Sul e Sudeste do Brasil. Por isso, a Absolar tem trabalhado junto ao BNDES, à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil para que essas instituições passem a oferecer linhas de crédito a preços competitivos, de modo que os brasileiros que morem nessas regiões possam investir em energia solar, passando a produzir a própria energia em suas residências.

Além do trabalho junto às instituições financeiras públicas, os próprios estados têm tomado ações para incentivar a população a gerar energia renovável. Neste sentido, uma das principais medidas diz respeito ao Convênio ICMS 16, de 22 de abril de 2015, que autoriza que os estados isentem de ICMS as residências e empresas que produzam a própria energia. Vinte e quatro estados brasileiros já aderiram a este termo. Apenas três não finalizaram a adesão, são eles: Paraná, Amazonas e Santa Catarina.

“O Paraná ainda precisa fazer sua lição de casa no que diz respeito à energia solar”, critica Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da Absolar. Para reverter essa situação, está marcada para o próximo dia 10, terça-feira, às 9h, a audiência pública “Otimização pública das energias solar, eólica, biomassa e outras no estado do Paraná”, na Assembleia Legislativa do Paraná.

Durante o evento, serão discutidos o incentivo ao uso das energias renováveis no Paraná e as ações públicas que precisam ser desenvolvidas para o avanço dessas tecnologias.

Estados com maior capacidade de geração de energia solar

Minas Gerais – 50,7 megawatts (MW) de capacidade instalada
Rio Grande do Sul – 30,2 MW
São Paulo – 26,8 MW
Ceará – 12,8 MW
Santa Catarina – 12 MW
Paraná – 11,4 MW
Rio de Janeiro – 11,1 MW

Fonte: Gazeta do Povo

Que tal comprar créditos de energia solar e ganhar desconto na conta de luz? Conheça a CartãoSolar

Alex, Silmar e Marco, os sócios da Cartão Solar, que surgiu em 2016 como a primeira startup brasileira a vender créditos de energia solar que se revertem em desconto na conta de luz.

Nunca subestime a pergunta de uma criança, pois ela pode te levar a criar um modelo de negócio disruptivo. Soa como moral de fábula, mas assim começou a jornada de Alex Lang, 37, catarinense de Ipumirim – cidade de apenas 7 220 habitantes. Em 2016, do alto de seus 4 anos, o primogênito do empreendedor perguntou por que eles não tinham energia solar em casa. Ao adulto, a pergunta soou estranha, já que eles moravam em um apartamento, onde há limitações para se montar uma estrutura de captação de energia solar. Já para o pequeno, nada parecia impossível. E não era mesmo.

Hoje, Alex é CEO da CartãoSolar, startup que viabiliza o fornecimento de energia solar em imóveis residenciais (mesmo que sejam apartamentos), a partir da venda antecipada de assinaturas de cotas de energia. Neste modelo, o cliente não precisa investir em um equipamento individual fotovoltaico (células que produzem eletricidade a partir da luz solar), que custa, em média, 30 mil reais. Quando contrata um plano da CartãoSolar, passa a ser como um locatário de uma parte do parque de geração de energia, compartilhado por outras pessoas — e ganha descontos diretos na conta de luz. É o que Alex chama de “condomínio solar”.

Os parques de geração de energia renovável administrados pelo negócio são financiados e construídos por parceiros especializados para um número de clientes pré-definido pela startup em cada projeto. Para se ter uma ideia de valores, a construção da mais recente planta comercializada pela empresa, a Usina Solar de Arcos (MG) – com capacidade de gerar 5 MW (megawatts) e atender 1.200 clientes – exigirá 5 milhões de reais de investimento. Até o dia em que esta entrevista foi concedida, já tinham sido vendidas 30% de suas cotas e o plano era atingir 100% até julho, para que a planta seja ativada no início de 2020.

O desenho acima mostra como a CartãoSolar atua: ela viabiliza a construção de usinas de geração de energia solar e distribui os créditos dessa energia direto na conta de luz de quem compra o “cartão solar”.

A CartãoSolar fica em Itapema (SC) e tem, além do co-fundador Marco Aurélio Silva de Souza, 37, COO, também o sócio Silmar Costa, 26, chefe de vendas. Alex conta como funciona o dia a dia das negociações: “De um lado, vou até o cara que faz a geração de energia e proponho: ‘Põe o parque ali que eu consigo clientes para toda a energia produzida’. Do outro lado, vou para o cliente e digo: ‘Administro um parque de energia renovável e você pode alugar uma parte dele.”

COMO FUNCIONA COMPRAR ENERGIA SOLAR

O cliente paga uma taxa de adesão de 675 reais, dividida em 18 parcelas. Estes recursos são retidos pela startup para investimento em marketing e custeio da operação. Depois, quando o parque de energia começa a funcionar, ele passa a pagar uma assinatura mensal e recebe créditos de desconto na conta de luz. Sobre a assinatura mensal, a CartãoSolar retém uma porcentagem – não divulgada pelo CEO – e repassa o restante ao operador do parque que é, de fato, quem fornece a energia. Por exemplo, para uma cota de 100kW/mês, a assinatura é de 68 reais e o desconto na conta de luz, de 17 reais (como mostra a tabela abaixo).


A prospecção, o contato e a argumentação de venda é toda feita no “contact center” (segundo Alex, uma evolução do call center, com mais canais de atendimento) da própria CartãoSolar, que tem dez funcionários.

Uma parte do caminho de vendas é digital: as pessoas chegam até a empresa pelo site, mídias sociais etc. Depois, são informadas sobre os benefícios do produto e só recebem uma ligação quando são consideradas prontas para ouvir a proposta. “Somos bem agressivos neste processo. Aprendemos assim e é assim que fazemos”, diz o CEO:

“A gente vai atrás do cliente, manda informação e liga, se for o caso”

A CartãoSolar é, portanto, um elo entre geradores e distribuidores de energia e o usuário final. Isso consumiu tempo, inteligência e 700 mil reais – de recursos dos próprios sócios – no desenvolvimento de um software capaz de conectar múltiplas unidades de geração (há plantas espalhadas por todo o Brasil), inúmeros clientes e várias distribuidoras. “Temos três lados cheio de especificidades e precisamos fazer todo mundo conversar. O nosso processo ajeitou a parte legal e técnica de como fazer as pessoas receberem a energia renovável e de como fazer a venda dela”, conta Alex.

EMPREENDER VÁRIAS VEZES ANTES DE ACERTAR

O diálogo-estopim entre pai e filho aconteceu no início de 2016, quando Alex começava o mestrado (atualmente trancado) e pensava qual seria o tema de sua dissertação. “Sempre quis operar no mercado de sustentabilidade. Também me questionava: o que eu queria fazer por 10 anos seguidos?”.

Ele é formado em Administração pelo Senac de Florianópolis e fez MBA na FIA, mas começou a carreira desenvolvendo softwares, ainda no interior de Santa Catarina. “Em Ipumirim não havia muitos recursos. Então, eu tinha que comprar o livro e estudar sozinho. Na época, como não era necessário ter faculdade, eu fechava projetos, desenvolvia e entregava os produtos.” Foi lá também que ele abriu a primeira empresa, aos 18 anos, na qual desenvolveu um tarifador de telefonia, algo parecido com um medidor de água. “Não deu certo. Essa empresa quebrou, assim como outras”, diz, entre risadas.

Como muitos empreendedores, Alex alternava períodos em que tinha um negócio próprio e, quando sofria algum revés, voltava ao mercado como funcionário. Chegou a ser gerente de tecnologia na Atendebem, empresa de call center que não existe mais. Em 2009, montou a UNICA, que se transformou em um conglomerado de sete empresas de contact center.

Nela, Alex percebeu que, com este modelo, então em vigor em bancos e empresas de cartão de crédito, tinha em mãos uma base de dados de potenciais clientes. Só lhe faltava ter um produto próprio e aprender a cobrar por ele. Assim, inflado pelo desejo de mudança, em 2014, vendeu sua parte ao sócio. Mas ainda não era chegada a hora da real transição, por isso, voltou para a área de assistência e fundou a Revolução, empresa que vendia seguros.

Quando, finalmente, em 2016, partiu para o estudo do mercado de energia renovável, descobriu que no país o setor é bem dividido entre três tipos de players: os geradores de energia (especializados em financiamento e investimento ou, nas palavras de Alex, “o cara que faz e põe para rodar a hidrelétrica, o parque eólico ou o condomínio solar”), os que fazem a transmissão e outros que distribuem a energia. A CartãoSolar veio para trazer uma quarta vertente, diz:

“No começo, ninguém sabia do que a gente estava falando porque fomos pioneiros no Brasil, tivemos o papel de educar este mercado”

Isso se explica também porque, até 2011, as residências não podiam ter nenhum tipo de energia renovável em conexão com a rede pública. Se alguém quisesse ter o benefício, tinha que instalar as próprias placas fotovoltaicas e se virar de forma independente. Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulou a possibilidade de ter energia solar em casa e também de se estar conectado à rede pública.

Mas segundo Alex, não era nada simples conseguir que a distribuidora fizesse a vistoria e liberasse a conexão. Só em novembro de 2015, saiu uma resolução normativa que instituiu regras para o custo de colocação do relógio-medidor especial, prazos para as vistorias nas residências e, o que mais encantou Alex, a possibilidade de fazer projetos de geração e distribuição de energia compartilhada.

HORA DE CRIAR ALGO NOVO E QUE FOSSE FINANCEIRAMENTE VIÁVEL

A base legal estava pronta. Faltava criar um modelo para que o cliente não tivesse impedimento de entrada (leia-se: falta de recurso financeiro) e gerasse retorno à operação. A partir de março de 2016, Alex e o amigo de infância Marco começaram a desenvolver a empresa que não gera energia diretamente, mas vende. Segundo eles, trata-se da primeira solução do mercado que reduz a conta de luz sem impor restrição de consumo.

Condomínio solar ou condomínio de geração compartilhada: a base da CartãoSolar para que o pequeno consumidor gere sua própria energia.

Sete meses depois, foi inaugurada a primeira usina-modelo, na cidade de São José (SC). Este parque gera 50kW e atende a 30 clientes da CartãoSolar.

Alex conta que a fase de operação beta precisava testar o modelo de divisão com diferentes distribuidoras. Por isso, um segundo parque-modelo foi montado, em fevereiro de 2017, em Minas Gerais, perto de onde será a Usina de Arcos. Ele produz 50kW e atende outros 15 clientes.

Segundo previsão da ANEEL, até 2024, 15% da matriz energética brasileira será solar. A startup está atenta a isto e também a outros tipos de energia renovável. Já desenvolve, em Santa Catarina, um projeto de uma usina com biogás junto a agricultores que criam porcos, cujos dejetos são transformados em energia dentro de um biodigestor. “Estamos em fase de estudo para definir onde o parque tem de ficar para ser viável. Devemos começar a comercialização a partir do meio do ano”, afirma Alex.

Ele conta que não está em busca de rodadas de investimento e prevê o break-even para daqui quatro meses. Neste sentido, 2017 foi rico para a CartãoSolar: em julho, a empresa participou do programa de TV Shark Tank, do Canal Sony, o que lhe rendeu muita projeção nacional (mas nenhum investimento até agora). Ela foi acelerada pelo programa EDP Starter e venceu o Company Creation Brasil, em que startups inscreveram projetos para integrar a construção da primeira cidade inteligente social do mundo: a Smart City Laguna, no Ceará. A CartãoSolar apresentou um projeto de uma usina de 5MW e a definição de como se dará a implantação acontecerá em breve, na cidade italiana de Turim, quando Alex se reunirá com a construtora que idealizou a cidade.

A confiança no modelo de negócio criado é total: “A adesão faz o nosso negócio se movimentar e a assinatura faz a perpetuidade do modelo financeiro. A partir do momento em que o cliente tem 20% de desconto mensal na conta de luz, dificilmente ele sai porque tem um retorno real do que investiu”, diz Alex, enquanto arruma as malas para as negociações na Itália.

Fonte: Draft

Energia solar avança em Santa Catarina

Foto: Marco Favero / Diário Catarinense

Mesmo sem estar entre os Estados mais ensolarados do país, Santa Catarina se destaca, cada vez mais, na produção e consumo de energia solar. Já é o quarto colocado em unidades de geração distribuída – casas ou empresas com alguma fonte própria de energia. Das 24,7 mil unidades do país, 24,6 mil são de fonte solar e 2,2 mil ficam aqui. É um número dinâmico, que cresce dia a dia desde 2012, quando foi feita a regulamentação do setor. O Estado só perde para unidades da federação muito mais populosas. Em termos per capita, SC é o líder nacional.

Um conjunto de fatores faz os catarinenses saírem à frente. Segundo o diretor do Instituto Ideal, organização que promove o uso de fontes limpas de energia, Mauro Passos, ao longo da última década o Estado construiu um contexto favorável que hoje começa a dar resultados.

— Fora o próprio instituto, que tem sede aqui e já faz um trabalho há 10 anos, a UFSC é referência neste setor, com o primeiro laboratório solar do Brasil. Muitas pessoas vêm para cá conhecer essas novas tecnologias. Além disso, tem a própria Engie, que é global, mas a sede é aqui, a Weg, o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), o Badesc (Agência de Fomento). Então, temos Estados em melhores condições de sol que nós, mas criamos esse “caldo” que faz com que a gente se destaque — explica Passos.

Incentivos beneficiam empresas e pessoas

Os programas de incentivo à aquisição de tecnologia são parte fundamental nesse contexto. E a alta procura por eles mostra que há espaço para avançar muito mais. Neste mês, o projeto Indústria Solar, da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), em parceria com a Engie e a Weg, que oferece condições facilitadas a indústrias e pessoas físicas para adquirir sistemas de captação solares, atingiu a marca de 2,3 mil inscritos após quatro meses de programa. O número se igualou à quantidade de unidades consumidoras de energia solar que já existem em SC. Ou seja, quando os sistemas estiverem instalados, dobrará o número dos que usam fontes solares.

Tanto pessoas físicas quanto indústrias se beneficiaram do projeto. O grande estímulo, em especial para empresas, é reduzir o custo da energia elétrica, que em micro e pequenas indústrias representa a terceira maior despesa, conforme levantamento da Fiesc. A economia com a conta pode alcançar 90%.

Outro programa, o Bônus Fotovoltaico, da Celesc, recebeu 11 mil inscrições em uma semana – a meta para Florianópolis, de 200 pedidos, foi batida em apenas sete minutos. Lançada no ano passado, a iniciativa oferecia subsídio de 60%, cerca de R$ 6 mil, para instalação de pouco mais de mil equipamentos solares em residências.

— Por lei, as distribuidoras devem investir 0,5% da receita operacional líquida em projetos de eficiência energética, então desenhamos esse projeto, que nesse formato de bônus (subsídio) é inédito no país. Agora, vamos avaliar o programa para estudar uma segunda edição — diz o gerente do programa de eficiência energética da Celesc, Thiago Jeremias.

A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) também aderiu à energia solar ao lançar, há um ano, seu próprio programa de incentivo em parceria com a Engie e com o BRDE, que criou linha de financiamento específica. De acordo com a Associação, a energia elétrica já representa o segundo maior custo dos supermercados, atrás apenas da folha de pagamentos.

No Brasil, a energia solar instalada é de 1 gigawatt (GW), longe dos chineses, líderes mundiais, que têm 34 GW. Mas a expectativa é de um avanço considerável nos próximos anos. O Ministério de Minas e Energia estima que em 2026 cerca de 770 mil brasileiros tenham adotado os sistemas fotovoltaicos, totalizando 3,3 GW.

— Hoje temos todos os pré-requisitos para isso: o custo (para instalação de sistema solar) caiu, e tem linha de crédito — afirma diretor da Engie Solar, Rodrigo Kimura.

Segundo o diretor do Instituto Ideal, além do consumo em residências e empresas, o avanço dos carros elétricos deverá ser um incentivo adicional para a difusão da energia solar nos próximos anos. Mais um ponto a favor para o Estado: SC já conta com uma montadora de carros elétricos, a Mobilis, de Palhoça, na Grande Florianópolis. Caso seja confirmada a vinda da britânica Velfera para Joinville, Santa Catarina terá duas montadoras no segmento.

Foto: Marco Favero / Diário Catarinense

Administração pública de olho em fontes alternativas

Em março, Santa Catarina deu outro passo para popularizar esse tipo de fonte energética. Atendendo a pressões dos últimos anos, o governador Eduardo Pinho Moreira autorizou a isenção de ICMS para microgeração de energia distribuída. A medida abrange, além da geração solar, a hídrica, eólica e de biomassa.

Nesse cenário, até mesmo a administração pública começa a olhar para as fontes alternativas. A prefeitura de Imbituba, no Sul do Estado, encomendou um estudo, a ser apresentado no mês que vem, para implantar um sistema de captação solar na cidade. A intenção é utilizar a estrutura de uma escola para fazer uma usina, que geraria energia suficiente para abastecer as 24 unidades municipais de ensino. Hoje, a despesa anual com luz por unidade varia entre R$ 120 mil e R$ 180 mil.

Na visão do diretor da Engie Solar, Rodrigo Kimura, todas essas iniciativas consolidam Santa Catarina como precursora de ações para massificação da fonte solar.

— Diversos outros Estados estão interessados em levar esse modelo daqui para replicar — afirma Kimura.

Custo de instalação ainda é alto, mas tende a cair

Embora o custo da instalação de um sistema solar ainda não seja acessível a todos – para uma casa sai, no mínimo, R$ 10 mil –, caiu ao longo dos anos, uma tendência mundial. O valor do equipamento fotovoltaico passou de US$ 76 dólares por watt no mundo, em 1977, para US$ 0,30 por watt, em 2015, conforme a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSolar).

— Até sob o ponto de vista do consumidor individual você tem um tempo de retorno bastante atrativo. São no máximo seis anos de retorno do investimento para um equipamento com vida útil de 25 anos. Além disso, a energia solar traz sentimento de que você gera o que precisa, então as pessoas são simpáticas a essa fonte — diz o diretor do Instituto Ideal, Mauro Passos.

Para empresas, o tempo de retorno pode ser maior. Em Florianópolis, a Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal concluiu neste mês a instalação de pouco mais de 300 painéis solares. O retorno do investimento de R$ 375 mil deve vir em oito anos. A estimativa é que a conta de luz reduza em 40%.

— É um investimento alto, mas tem um retorno — conclui o presidente da associação, Marco Antonio Zanardi.

O que é a geração distribuída 

É a geração de energia elétrica, em casas ou empresas, para consumo próprio. Quase sempre é de fonte solar, com painéis fotovoltaicos instalados em telhados, que captam a radiação do sol. Qualquer excedente é depositado na rede elétrica e se transforma em créditos junto à distribuidora, com validade de até cinco anos, para abatimento na conta de luz. Esses créditos são utilizados nos momentos em que a unidade estiver consumindo mais energia do que gerando, como em dias de chuva ou à noite.

A geração distribuída foi regulamentada no Brasil apenas em 2012. A legislação foi atualizada em 2016, quando houve aumento da capacidade de geração por unidade. Tem vantagem sobre a geração central porque economiza investimentos em transmissão e reduz as perdas nestes sistemas, melhorando a estabilidade do serviço de energia elétrica.

Fonte: Engie e Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE).

O ranking nacional 

Unidades consumidoras com geração distribuída no Brasil por Estado. Em termos per capita, SC é líder nacional.

MG: 5.206
SP: 4.759
RS: 2.890
SC: 2.230
RJ: 1.831
PR: 1.643
CE: 840
ES: 712
GO: 552
BA: 542

Fonte: DC

Energia fotovoltaica se torna opção para empresas do varejo

Além de sustentável, produzir a própria energia é uma solução econômica.
Foto: DINO

Sustentável e econômica, a energia renovável está cada vez mais na pauta de empresas do varejo. Prova disso é que muitos empreendedores estão apostando na força do sol em favor de seus negócios. A rede de farmácias Pague Menos, por exemplo, fechou um acordo com a ForGreen Energia Renovável para o abastecimento de 160 lojas da marca com energia fotovoltaica. As lojas contempladas estão nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

Os projetos estão em fase de pré-execução e, em breve, começará a instalação das usinas. Os painéis são capazes de converter a energia solar em elétrica para suprir 100% do consumo das lojas. A potência total das usinas será de 4MW e o projeto vai demandar 476 mil kWh por mês. O excedente será transmitido para a rede de distribuição de cada concessionária de energia local para compensação do consumo quando o sistema fotovoltaico não estiver produzindo.

O desafio é grande, uma vez que uma usina para cada área de concessão nos quatro Estados terá que ser construída. Assim, serão quatro usinas em São Paulo (Eletropaulo, CPFL, EDP e Elektro), uma no Espírito Santo (EDP energia), uma no Paraná (Copel) e uma em Santa Catarina (Celesc).

O projeto engloba 12 mil painéis e pode ser ampliado. A economia projetada para a Pague Menos na conta de energia elétrica é de R$ 310 mil por mês com a iniciativa. “A tarifa de energia é uma preocupação para grandes empresas e a rede viu na geração própria uma oportunidade de contrapartida para seus investidores. Esse é um caminho que deve ser seguido por muitas empresas em um futuro próximo”, avalia Antônio Terra, diretor da ForGreen. A empresa foi fundada em 2013 e atua na geração de energia renovável, sobretudo a energia solar fotovoltaica, se destaca como referência na produção de energia limpa.

A rede Pague Menos é de Fortaleza (CE) e está entre as maiores redes de farmácia do país, com cerca de mil lojas e plano de expansão para 400 novas unidades neste ano. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a rede Pague Menos figura na terceira colocação na categoria “maior faturamento no varejo farmacêutico”.

Fonte: Terra

Aprovada em Blumenau lei que incentiva uso do telhado verde

Com a nova lei, parte da área permeável do lote poderá ser substituída por coberturas vegetais.


Sancionado no mês de fevereiro pelo prefeito de Blumenau (SC), Napoleão Bernardes, o projeto “Telhado Verde”, que tornou-se a Lei Complementar nº. 1.174/2018, tem como intuito fomentar o uso de coberturas vegetais sobre lajes e edificações na cidade de Blumenau. A matéria foi proposta pelo vereador Gilson de Souza.

Atualmente, o Código de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei Complementar nº. 751/ 2010) prevê que 20% da área do terreno sejam permeáveis, ou seja, que permita a infiltração das águas no solo. Com a nova lei, no entanto, essa área poderá ser reduzida pela metade, desde que a edificação utilize o telhado verde em igual proporção e vinculado a uma caixa de retenção das águas pluviais.

Os benefícios do telhado verde

O telhado verde, considerado uma alternativa sustentável em relação às coberturas e lajes convencionais, oferece diversas vantagens como a ampliação da área verde útil, o aumento da área permeável, o controle do escoamento superficial, a absorção do ruído e a manutenção de horta caseira para cultivo de vegetais.

De acordo com o diretor de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Roger Danilo Schreiber, a cobertura verde também ajuda na proteção interna do ambiente, das oscilações de temperatura, bem como dos imóveis do entorno, diminuindo as ilhas de calor causadas pelo reflexo da irradiação solar das coberturas tradicionais.

Conforme o arquiteto e urbanista, o teto da edificação é a parte mais exposta à radiação solar, transmitindo essa carga térmica aos ambientes, o que tem influência direta sobre o consumo de energia devido ao condicionamento e à ventilação artificial do ar para conforto dos usuários. “Quanto maior for a área verde do ambiente, menor será a intensidade do calor”, avalia Roger.

O projeto de telhado verde mais conhecido de Blumenau está situado na sede da Cia. Hering e foi idealizado por Burle Marx, um dos principais paisagistas que já atuaram no país. | Foto: Prefeitura de Blumenau

As vegetações indicadas para utilização em coberturas verdes são as adaptadas ao clima da região, entre as quais gramíneas, grama amendoim, verbena e capuchinha.

Fonte: blumenau.sc.gov.br

Programa Indústria Solar vai reduzir gastos na indústria brasileira

O Programa tem tudo para se tornar a maior ação de popularização da energia solar já realizada no Brasil.
A primeira etapa do programa foi focada nas placas solares residenciais – Marco Santiago/ND

A matriz fotovoltaica já é a terceira principal fonte de energia renovável no planeta, atrás da hidráulica e eólica, e experimentou em 2017 um crescimento extraordinário – acima de mil por cento apenas no Brasil. Agora, Santa Catarina sai na frente ao focar em uma área essencial como a indústria, com um programa que pretende fornecer sistemas de geração a 50 mil pequenos e médios empreendimentos até o final deste ano. 

A segunda etapa do Programa Indústria Solar, voltada para estes segmentos, foi lançada sexta-feira (23) na Fiesc (Federação das Indústrias do Estado), em Florianópolis. A fase anterior, iniciada em novembro passado e que mirou os funcionários das empresas e entidades que desenvolveram o programa (Engie, WEG e Fiesc), teve 1.250 inscritos.

O principal argumento da Fiesc, da Engie e da WEG (as duas últimas fornecem e instalam os sistemas) é o de que já no início do segundo ano de uso da energia fotovoltaica as indústrias terão pago o investimento feito na instalação dos geradores solares. O programa foi criado com três modelos de sistemas, de forma a atender empresas de diferentes portes e com distintos volumes de demanda de energia. 

Assim, um microempresário pode desembolsar R$ 73 mil, com entrada de R$ 7.300 e 96 parcelas de R$ 999,70, enquanto outro, com demanda superior, gastará R$ 204 mil, assumindo 96 parcelas de R$ 2.793,68, além de entrada de 10%. No meio termo está o industrial com consumo médio que financiará R$ 116 mil, assumindo parcelas de R$ 1.588,57.

“Além de reduzir os gastos com energia, que estão entre os três maiores na operação de uma indústria, o programa vai gerar empregos e renda, porque criará uma forte demanda sobre as empresas especializadas na prestação dos serviços”, diz Rodrigo Kimura, superintendente de operações da Engie. Poucos segmentos vão experimentar uma expansão tão significativa nos próximos anos. 

E Santa Catarina pode chegar a responder por 10% da geração de energia fotovoltaica no país, além de inspirar outros Estados a adotar programas semelhantes – a busca por informações já começou, adianta o presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Lopes Sauaia. A tecnologia viu os custos caírem 80% em uma década, com as vantagens extras de dispensar as linhas de transmissão e de não emitir gases do efeito estufa.

Rodrigo Kimura, da Engie, mostrou detalhes do programa solar na Fiesc – Fernando Willadino/Divulgação/ND

Geração fotovoltaica vai estimular rede de serviços 

O Programa Indústria Solar tem tudo para se tornar a maior ação de popularização da energia solar já realizada no Brasil. No evento de sexta-feira, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, pediu aos vice-presidentes da federação que estimulem as pequenas indústrias de suas regiões a aderirem ao programa, que “pode construir um futuro mais sustentável e tornar o setor produtivo catarinense mais moderno, eficiente e competitivo”. 

Além de inédito, ele considera o programa “a maior ação do setor no país”, capaz de proteger a indústria dos reajustes no preço da energia elétrica. Também o caráter de autofinanciamento que diferencia o programa – já que o valor economizado na fatura de energia poderá ser próximo ao da parcela do financiamento dos sistemas fotovoltaicos – foi destacado pelo empresário.

O Brasil conta hoje com 22.700 sistemas em operação, sendo 2.200 em Santa Catarina. A cadeia fotovoltaica será beneficiada porque a Engie e a WEG vão buscar parcerias locais, abrindo oportunidades para uma rede prestadora de serviços cuja amplitude ainda não pode ser medida. Haverá também a necessidade de treinamento e contratação de professores e de certificação dessas empresas, pelo Senai. Se houver excedentes, eles poderão ser transformados em crédito junto à concessionária de energia.

O superintendente de operações da Engie, Rodrigo Kimura, explica que o primeiro passo é conhecer o perfil da empresa interessada em aderir ao programa (o cadastro é feito pelo site www.programaindustriasolar.com.br). Depois, uma equipe especializada fará uma avaliação das necessidades e do local mais adequado para a colocação das placas solares. Uma análise de crédito é o passo seguinte, culminando com a assinatura de um protocolo com a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) para a regularização da usina solar. As instituições financeiras envolvidos no programação são o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e a Cecred (Cooperativa Central de Crédito Urbano).

Fonte: Notícias do Dia

Campanha contra bitucas de cigarro é lançado em SC e recolhe quase 10 mil resíduos no primeiro mês


A Ilha de Porto Belo possui uma das mais incríveis paisagens do litoral catarinense, sendo especialmente conhecida por sua fauna rica — formada por tartarugas, cardumes de peixes e aves comuns da Mata Atlântica. Apesar disso, este é (mais) um santuário natural que se acostumou a dividir o espaço de suas belas praias com o lixo: são diversas embalagens plásticas, chicletes, tampas de garrafas, latinhas e, principalmente, bitucas de cigarro.

Preocupada com a situação, a administração da ilha vem trabalhando na criação de projetos para remoção de resíduos descartados em locais inapropriados. Em outubro de 2015, foi lançada uma iniciativa com foco na eliminação de canudos plásticos e, no início deste ano, outra que visa recolher as bitucas de cigarro espalhadas pelas ruas de Porto Belo.

Trata-se da campanha “Bitucas não são sementes”, que pretende retirar os restos de cigarro das praias locais, de modo a evitar a geração de micro lixo e amenizar os prejuízos causados pelo resíduo ao meio ambiente. A iniciativa faz parte de uma série atividades conjuntas que já vêm de um trabalho de mais de 10 anos dos moradores da ilha que, em 2007, concordaram em estabelecer que nenhum bar ou restaurante de Porto Belo vendesse um maço de cigarro sequer.

De acordo com dados da equipe de preservação local, a ingestão dos pequenos detritos sintéticos é hoje a segunda maior causa da morte de animais marinhos no mundo — atrás apenas da pesca comercial. Levando em conta essa informação, a importância do projeto fica ainda mais em evidência, reforçando a necessidade de colaboração das pessoas para resolução do problema.

Em entrevista exclusiva para a equipe do portal Pensamento Verde, o administrador da ilha, Alexandre Stodieck, explicou que entre as principais dificuldades do projeto, “Mudar o hábito das pessoas, neste caso os fumantes [é o mais difícil]. Lançar a bituca em qualquer lugar, automaticamente, como uma coisa natural, é o problema principal”.

Segundo Alexandre, a campanha se desenvolve por meio do esforço de uma equipe de 13 pessoas, que são responsáveis por fazer a coleta de bitucas e de toda espécie de micro lixo existentes na ilha, contando também com o apoio de uma agência publicitária que elabora e distribui materiais de conscientização (placas, adesivos etc.) por toda Porto Belo.

“Garçons, monitores e atendentes passaram por treinamento para comunicar aos visitantes a importância do descarte correto. A campanha “Bitucas não são sementes” é mais um passo em busca da conscientização dos visitantes e da comunidade do entorno sobre a importância de cuidar do meio ambiente”, explana o administrador.

Até o momento, a campanha já coletou cerca de 9.109 bitucas de cigarro, sendo 6.928 destas recolhidas nas bituqueiras, enquanto as outras 2.181 foram encontradas no chão da cidade. A expectativa do projeto é melhorar a relação da região com o descarte de resíduos e, consequentemente, a qualidade de seu repertório natural (meio ambiente) como praias e áreas verdes, já que a região é um importante reduto de tartarugas-verde.

Movimento luta para isentar cobrança do ICMS no Paraná

Cascavel – O Paraná é um dos três estados que cobram imposto sobre a energia solar. Junto dele, estão Santa Catarina e Amazonas. Por conta disso, surge um levante em prol da derrubada dessa cobrança. No Paraná, o imposto é de 29% sobre os créditos de energia gerados.

Para o Estado avançar nessa questão, basta formalizar um convênio com a Secretaria da Fazenda, isentando o ICMS da energia injetada na rede proveniente do excedente de micro e minigeração de energia solar. O governo federal ofertou o convênio em 2015 e nos últimos dois anos a maioria dos estados brasileiros aderiu. Mesmo não tendo uma política estadual de incentivo, o Paraná está entre os seis estados do Brasil com mais pedidos de orçamento para instalação dos equipamentos, de acordo com informações captadas no Portal Solar.

Levantamento atualizado mostra o Paraná com 1.396 homologações de equipamentos em pleno funcionamento. Desse total, ao menos 35% são de investimentos feitos pela região oeste, conforme revela o diretor-executivo da Biowatts Energia Solar, Pedro Tochetto. No Brasil, há pouco mais de 20.278 sistemas homologados.

Por meio de normativa, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) deu prazo até o fim de 2018 para os estados aderirem ao programa de isenção e incentivo. O Paraná é um dos únicos a postergar a adesão.

Para se ter uma ideia da disparidade em relação aos investimentos e o impacto causado pela tributação, Minas Gerais, estado que aboliu a cobrança, são 4.800 instalações homologadas, colocando-o no topo do ranking nacional.

Tochetto considera um retrocesso essa cobrança: “Essa cobrança é totalmente incorreta, pois você está pagando ao Estado uma conta por gerar energia limpa e preservar o meio ambiente”.

De acordo com Tochetto, há uma mobilização estadual em torno da derrubada desse tributo, com articulações com deputados estaduais. No fim do ano passado, o governador do Paraná, Beto Richa, chegou a admitir que o Paraná está no caminho para acabar com o ICMS sobre a energia solar, mas a cobrança continua.

O especialista diz que o Estado precisava dar exemplo, por ser uma fonte inesgotável de recursos renováveis e de geração de energia limpa: “O Paraná é um dos estados com uma das maiores arrecadações do Brasil e um celeiro de empreendedores. Nada mais justo que abrir novos horizontes para a expansão da energia solar”.

Onde se aplica

A energia solar pode ser aplicada em residências, indústrias e comércios. Pedro Tochetto faz uma rápida conta da diferença do tempo de retorno dos estados que isentaram a cobrança. No Paraná, o playback é de no mínimo cinco anos, contra quatro anos do estado do Mato Grosso, que não cobra o tributo. “Em uma indústria que gasta R$ 100 mil ao mês de energia, esse payback prolongado em um ano no Paraná leva o empresário a economizar até R$ 1,2 milhão ao longo de um ano com energia”.

A tributação

Ao gerar a energia limpa e injetar na rede concessionária, no caso do Paraná, a Copel, automaticamente já passa a ser tributado 29% na alíquota. Essa energia excedente gerada é transformada em créditos revertidos pela concessionária e que podem ser usados em horários de maior pico de consumo.

O custo de investimento para uma residência com consumo mensal de energia de R$ 200 é de até R$ 16 mil, totalizando oito placas fotovoltaicas. “Como no Paraná há a tributação e outros fatores que encarecem a adoção do projeto, o payback de um investimento para atender a essa consumo é de seis anos”, explica Pedro Tochetto. 

Fonte: O Paraná

Pequeno agricultor tem crédito para energia solar


Agricultores familiares podem gerar energia solar suficiente para suas propriedades e ainda fornecer ao sistema elétrico nacional.

Eles contam com linhas especiais de crédito fornecidas por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros abaixo do valor do mercado e até 10 anos para pagar.

Atenta a esse mercado ainda muito pouco atendido uma empresa de Florianópolis, solicitou e acaba de obter cadastro no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para fornecer essas usinas solares, que podem ser financiadas pelos agricultores com recursos do Pronaf.

A geração solar é nova no Brasil, especialmente no meio rural onde há um grande potencial de investimentos. Com juros especiais – no caso do Pronaf a taxa é de 2,5% ao ano – é possível pagar a usinas com valores mensais baixos e cobrir todo o custo mensal da conta de luz.

Quem já conta com projeto assim é a Erva Mate Gheno, no interior de Concórdia. A empresa instalou sua usina solar que passou a operar no final do ano passado.

Ela gera 98% da energia consumida na propriedade e ao invés de pagar a conta de luz de R$ 2,5 mil por mês da empresa, agora paga o financiamento do sistema fotovoltaico junto ao Banco do Brasil.

Para a Celesc, paga apenas um pequeno valor mensal para seguir conectada caso enfrente falta deenergia solar. O projeto da Gheno foi instalado pela mesma empresa e é o primeiro na América Latina para uma ervateira. O valor investido será pago em cinco anos e meio.

Para conceder o registro de produtos financiáveis, o Ministério do Desenvolvimento Agrário exige preço adequado, produto nacionalizado para ser financiado via Finame e que a empresa faça parte da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

A energia solar é um recurso plenamente disponível e viável que veio para impulsionar ainda mais o agronegócio brasileiro – avalia Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da empresa.

País com forte potencial na geração solar, o Brasil registra uma acelerada expansão no número de sistemas fotovoltaicos. Somou em janeiro deste ano 20 mil unidades, quase quatro vezes mais frente às 7,7 mil de janeiro de 2017.

Cooperativas rurais e grandes propriedades também começam a investir nessa fonte de energia limpa. Pode ser alternativa de energia barata para o resfriamento de grãos em silos, com o objetivo de preservar a qualidade dos produtos.

A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc) solicitou ao governo do Estado isenção do ICMS da energia pelo sistema de compensação para o uso de geração fotovoltaica, a exemplo do que ocorre em outros Estados. Esse pleito ainda não foi atendido.

Fonte: ABSOLAR

Primeira fazenda de erva-mate com 100% de energia solar é de Concórdia


A Gheno Erva-Mate, de Concórdia (SC), se tornou a primeira ervateira brasileira autossustentável em energia, ao investir quase R$ 100 mil em um sistema de eletricidade produzida a partir da luz do sol. Com isso, a empresa garantiu abastecimento de todo o parque de máquinas, além de economizar em conta de luz e reduzir impactos ao meio ambiente.

“Nós não pensamos no barateamento do custo (da produção), mas sim na melhoria do processo. Já que ficamos do lado de uma reserva florestal buscamos uma forma de gerar menos impacto”, disse Gilnei Ghenson, diretor da Gheno Erva-Mate.

Os 32 módulos de painéis fotovoltaicos instalados na propriedade dão uma capacidade total de 16,743 kWp. Já no primeiro mês após a instalação, ainda sem operação completa do sistema, a empresa economizou 77% na conta de energia. De acordo com o diretor, a média mensal do valor da conta de energia elétrica da empresa girava em torno de R$ 2,2mil, com apenas 15 dias de funcionamento do sistema o valor da conta caiu para R$ 500. “Nossa meta é de nos próximos meses zerar o custo com energia”, disse o diretor. A produtora de erva-mate financiou 80% do investimento, com parcelas que serão cobertas pelo dinheiro que será economizado.

O uso da energia solar em uma produção como a da Gheno, que gera de 80 mil a 100 mil kg mensais de erva-mate processada, pode, ao longo de 25 anos de operação, evitar a emissão de 308.185 kg de CO2 na atmosfera, o que equivale a um carro 1.0 rodado 174.116 km, 566 árvores terem sido plantadas ou a “Pegada de Carbono” de seis pessoas. (Globo Rural)

Fonte: Michel Teixeira

Equipe Hurakan da Udesc Joinville conquista bicampeonato no Desafio Solar Brasil

Estudantes conquistaram o primeiro lugar na categoria Catamarã e ainda receberam o prêmio ISO 9000 pela qualidade da embarcação utilizada- Foto: Divulgação

Entre os dias 18 e 22 de dezembro de 2017, a equipe Hurakan da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Joinville, participou da competição Desafio Solar Brasil. Os estudantes conquistaram o primeiro lugar na categoria Catamarã, tornando-se bicampeões da competição, e ainda receberam o prêmio ISO 9000 pela qualidade da embarcação utilizada.

As provas para testar a eficiência do barco foram realizadas em Angra dos Reis -RJ. O Desafio é uma competição nacional de barcos movidos a energia solar, onde 18 equipes de universidades de todo o Brasil marcam presença.

A equipe faz parte de um projeto de ensino do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), que reúne 23 alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Elétrica no desenvolvimento de um barco solar. Durante o ano, os alunos buscam melhorias e desenvolvimento de novos projetos na construção do barco.

FONTE: UDESC

Projeto da Celesc vence prêmio nacional de sustentabilidade

Celesc subsidiou 60% da instalação de 1.000 painéis solares, com investimento de R$ 17 milhões.

O projeto, inédito no país, oportunizou a instalação de 1000 sistemas fotovoltaicos em residências de Santa Catarina. Foto: Divulgação/Engie Solar

O programa Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica, desenvolvido pela Celesc em parceira com a Engie, acaba de conquistar o Prêmio Eco 2017, promovido pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AMCHAM).

O projeto, inédito no país, oportunizou a instalação de 1.000 sistemas fotovoltaicos em residências de Santa Catarina, com investimento total de R$ 17 milhões, sendo R$ 11,3 milhões do Programa de Eficiência Energética da empresa e R$ 6,7 milhões como contrapartida dos clientes que adquiriram o sistema. Assim, a distribuidora catarinense subsidiou 60% da instalação dos painéis solares, oferecidos por cerca de 40% do custo praticado no mercado.

“Receber um prêmio de âmbito nacional é, sem dúvida, um importante reconhecimento para esta ação que vai além do estabelecido pelo Governo Federal e oferece um produto de valor, com um preço mais acessível ao consumidor interessado. Porém, mais que oferecer o desconto, o que se quer é estimular o uso racional da energia elétrica e contribuir de forma efetiva com a economia doméstica, com a redução do carregamento das redes e com a diversificação da matriz energética brasileira”, explica Cleverson Siewert, presidente da Celesc.

As instalações dos sistemas inicialmente previstos foram concluídas em novembro pela Engie. “A iniciativa, que já demonstrou ser sucesso pela grande procura que teve por parte dos consumidores, recebe agora esse importante reconhecimento nacional”, afirma Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da Engie Solar.

Além da satisfação de gerar sua própria energia limpa e renovável, os participantes podem ter uma economia na conta de energia elétrica de até R$ 2 mil por ano. “O retorno do investimento para o cliente da companhia é de três a quatro anos, com a vida útil dos equipamentos de 25 anos”, destaca Sousa Pinto.

Lançado em fevereiro deste ano, o bônus Fotovoltaico obteve mais de 11 mil interessados cadastrados já nos primeiros dias. O projeto atende a Resolução Normativa da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº 482/2012 e também contempla o processo de Geração Distribuída, quando a energia excedente produzida pela unidade consumidora é fornecida para a rede de distribuição.

Como funciona


– Um sistema de energia solar fotovoltaico é capaz de gerar energia elétrica por meio da radiação solar. Os sistemas isolados são utilizados em locais remotos ou onde o custo de se conectar à rede elétrica é elevado, como casas de campo, refúgios iluminação, telecomunicações, bombeio de água etc. Já os sistemas conectados à rede substituem ou complementam a energia elétrica convencional;

– Enquanto um sistema isolado precisa de baterias e controladores de carga, sistemas conectados à rede funcionam somente com painéis e inversores, já que não precisam armazenar energia;

– Na instalação do sistema, os medidores existentes nas unidades consumidoras são substituídos por medidores bidirecionais, que permitem registrar a quantidade de energia gerada por meio das placas fotovoltaicas injetada no sistema Celesc;

– Vencedora do Edital, a ENGIE é a empresa responsável por instalar os sistemas fotovoltaicos, monitorar o desempenho e prestar assistência técnica especializada.
História do Prêmio Eco

O Prêmio ECO, um dos mais importantes do país na área de sustentabilidade empresarial, é promovido há 35 anos pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AMCHAM). A entidade, fundada em 1919, visa o aprofundamento das relações bilaterais Brasil-Estados Unidos e reúne cerca de cinco mil empresas associadas do país e exterior. Os encontros e debates sobre tendências e perspectivas que promove reúnem mais de 90 mil executivos anualmente.

Edição de 2017

A edição do Prêmio ECO 2017, realizada em conjunto com o Estadão, teve número recorde de 102 inscritos nas duas categorias que premia: ‘Sustentabilidade em Processos’ e ‘Sustentabilidade em Produtos ou Serviços’. A escolha dos vencedores é feita por uma comissão que analisa os cases e faz visitas aos finalistas para conhecer de perto os projetos. A CELESC venceu na categoria Produtos – Empresas de Grande Porte juntamente com CDHU, Itaú, Rhodia, Ambev, Vibria e Arcos Dourados. A cerimônia de premiação será dia 13 de dezembro, em São Paulo, na sede da AMCHAM.

Fonte: Economia SC

Programa de energia solar beneficiará mais 250 residências


Concretizando a maior ação já realizada para popularizar o uso da energia solar no Brasil, o programa Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica completou nesta semana a fase de instalações. O sucesso da iniciativa, que atraiu mais de 11 mil interessados, fez com que o projeto ganhasse uma ampliação de 25%, beneficiando outros 250 consumidores. O projeto é uma parceria da Celesc e da Engie que subsidiou em 60% a aquisição de 1000 sistemas fotovoltaicos por residências catarinenses.

Lançado em fevereiro, o Programa tinha até o fim do ano para terminar as 1000 instalações, mas a cooperação entre a Celesc e a Engie permitiu que as atividades acabassem com mais de um mês de antecedência.

“Foi um trabalho coordenado e que exigiu bastante dos profissionais envolvidos. É uma parceria que está dando certo e que pode servir de exemplo para outras ações futuras. O Bônus fotovoltaico é uma ação de eficiência energética inédita em território nacional, colocando Santa Catarina na vanguarda da microgeração distribuída de energia”, declarou Cleverson Siewert, presidente da Celesc.

“Foi um desafio, mas conseguimos ultrapassar as expectativas. Foram 1.000 sistemas fotovoltaicos instalados em menos de um ano, é um grande feito. Seguiremos monitorando o desempenho dos equipamentos, que têm garantia de 25 anos”, afirmou Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da Engie Solar.

Ampliação de 25%

Os novos 250 sistemas fotovoltaicos serão disponibilizados para os consumidores que estão na lista de espera desde o início do Programa. A distribuição geográfica dos clientes contemplados respeitará as regras da primeira fase, com o estado sendo dividido em seis regiões e o número de sistemas em cada uma delas seguindo a proporção populacional.

“Como foi enorme a procura, consideramos fundamental ampliar a oferta. Os catarinenses se mostraram muito interessados em gerar sua própria energia limpa e renovável”, declarou Cleverson Siewert, presidente da Celesc.

O Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica utilizou R$ 13,9 milhões provenientes do Programa de Eficiência Energética ANEEL/Celesc para subsidiar a compra de sistemas de energia solar residenciais. Ao aderir à iniciativa, os consumidores adquiriram equipamentos fotovoltaicos de 2,6 kWp pagando apenas R$ 6.682,33, 40% do custo total praticado no mercado.

Economia e Sustentabilidade

Os participantes do Programa, além da satisfação de passarem a gerar sua própria energia limpa e renovável, terão uma economia na conta de energia elétrica que pode chegar a R$ 2 mil por ano. Com isso, o investimento individual no sistema pode ser recuperado em pouco mais de três anos.

“Já recebemos nossa primeira conta de energia após a instalação e a economia foi de quase R$ 150. Pagávamos R$ 160 por mês em média e agora a tarifa foi de apenas R$ 14,65”, afirmou Joice Mara da Cunha, moradora de Florianópolis.

O criciumense Jorge Luis Isidoro, participante do Programa, destaca que deveriam existir outras ações como esta. “Eu já havia pesquisado e até ido em feiras sobre energia solar, mas não tinha concretizado o desejo de ter um sistema em casa. Porém, quando vi o desconto de 60% dado pelo Bônus, não tive dúvida. É um tipo de iniciativa que o governo também deveria promover, já que representa um grande ganho para o meio ambiente e reduz o consumo de energia, diminuindo o risco de apagões.”

Fonte: Correio do Norte