Dieter Ihrig, da Fachhoschule de Iserlohn (Alemanha), quer fazer uso da alga verde, "chlorella vulgaris", para produzir energia elétrica limpa. Para tanto, está desenvolvendo um bioreator que permite aproveitar o processo fotossintético dessa alga unicelular.
As algas, em suspensão em um meio aquoso, são encerradas nos compartimentos de vidros cilíndricos do reator. Sob efeito da luz, produzem, então, a energia necessária a seu crescimento e reprodução. A biomassa assim produzida é recolhida graças a um filtro, que não retém senão as células maiores, enquanto as menores continuam a alimentar o reator. A "colheita", engarrafada, é submetida à ação de bactérias anaeróbicas, para produzir um biogás: mistura de metano e CO2. A mistura poderia ser queimada para obter a energia desejada mas, por um cuidado ecológico, Dieter Ihrig vai além!
Seu modelo previu elevar, em uma câmara metálica, a mistura gasosa a uma temperatura de 500°C, depois de degradá-la em CO2 e hidrogênio, por meio de catalisadores. O CO2 (gás do efeito estufa) é reinjetado no bioreator para alimentá-lo. O hidrogênio - produto final, é dirigido para uma pilha (célula) a combustível para a produção de energia elétrica.
A técnica não está ainda suficientemente pronta para ser utilizada. O pesquisador estima que a mesma poderá ser comercializada num prazo de cinco a dez anos. É o que se espera! Sabe-se que um quilo de alga seca poderia produzir mais de 6 quilowatts/hora, e que o único resíduo desse procedimento é água.
FONTE: Der Stadt Anzeiger
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