Apresentando ao mesmo tempo sérios contratempos e inconvenientes o biodiesel é, desde agora, utilizado pelo serviço de correios dos Estados Unidos que, sozinho, consumiu 25 milhões de litros em 2001, contra 340.000 litros em 1999. As forças armadas americanas e numerosas empresas de transportes urbanos também têm feito uso desse combustível.
Archer Daniels Midland, especialista reputado no tratamento de soja, acaba de anunciar o lançamento do projeto de construção de uma refinaria de biodiesel em Minnesota (EUA). No momento, o Senado americano examina um projeto visando a, não só favorecer os fabricantes de biodiesel, como também a redução do preço de venda desse combustível.
Comparado ao diesel, o biodiesel permite reduzir 40% da emissão de partículas finas, produzindo um resíduo não-tóxico e biodegradável. Além do mais, seu transporte e sua manutenção são facilitados, sendo o biodiesel menos inflamável que o diesel. Um problema nesse quadro: os Estados Unidos contam atualmente apenas com vinte e uma estações de serviço que distribuem esse combustível.
Alguns experts assinalam que será preciso fazer uso de outras plantas [colza, (variedade de couve comestível, de cuja semente se extrai um óleo), sésamo, ...], uma vez que apenas a produção de soja não é suficiente para assegurar senão uma fração das necessidades de biodiesel.
Um estudo realizado pelo National Renewable Energy Laboratory, de Golden (Colorado), afirma que a recuperação de gorduras oriundas de restaurantes cobriria largamente essas necessidades. O National Biodiesel Board, de Jefferson City (Missouri), estima uma produção de 120 milhões de litros de biodiesel, em 2002.
Resta, agora, encontrar uma solução para escoar o produto secundário, proveniente do refino do biodiesel: a glicerina.
FONTE: New York Times
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