Em dezembro de 2003, ao que tudo indica, será inaugurada uma nova era na aviação. Pelo menos é o que promete a Boeing, que porá nos ares o primeiro avião funcionando a pilhas de hidrogênio.
Para atingir a velocidade de decolagem a aeronave se valerá de baterias. Uma vez em vôo, entra em ação uma pilha a combustível, de 25 kilowatts, que fornecerá a eletricidade que alimentará a hélice.
A Intelligent Energy foi a companhia eleita pela Boeing para fornecer a pilha a combustível. Um planador modificado, informa um dos engenheiros da Intelligent Energy, permitirá que o piloto plane até o solo para aterrissar, caso haja algum problema.
A propulsão de aviões de maior tamanho, via pilha a combustível, parece, no entanto, estar excluída. E isso não pelas pilhas a combustível em si, as quais não constituiriam problema, mas sim pela armazenagem do combustível, o hidrogênio, esta sim, problemática.
Aeronaves de grande porte não teriam possibilidade de transportar quantidade de hidrogênio necessária à sua propulsão, conforme informa um dos membros da Lynntech, companhia americana responsável pela construção de drones - aviões de controle remoto -, que funcionam graças a pilhas a combustível.
Fontes auxiliares, durante o vôo, são necessárias para fornecer energia destinada ao aquecimento e iluminação dos aviões. Estas, conforme o objetivo da Boeing, poderão ser substituídas por pilhas a combustível. Trata-se de uma energia que, atualmente, é fornecida por baterias, as quais são recarregadas quando as turbinas do avião estão em funcionamento.
Além de diminuir a carga de trabalho dessas turbinas, o uso da pilha a combustível poderá vir a beneficiar o meio ambiente, na medida em que evitará a emissão de gases poluentes, quando dos vôos.
FONTE: Financial Times / Intelligent Energy / New Scientist
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