Andando de bicicleta sem pedalar

Uma empresa japonesa propôs uma bicicleta elétrica sem bateria, alimentada por uma pilha a combustível que se recarrega com um cartucho que permite rodar 45 quilômetros. Ultratendência, mas preço não revelado. Aliás, está bike não está à venda...

A empresa japonesa Iwatani já apresentara, em outubro de 2009, um protótipo da bicicleta elétrica carregada com uma pilha a combustível, no lugar do porta-bagagens traseiro, com uma potência de 50 watts. A bicicleta elétrica acaba de reaparecer na exposição FC Expo 2010, em Tóquio. (FC de Fuel-Cell, pilha a combustível, em inglês).

A idéia não é - ainda - comercializá-la, mas demonstrar o interesse dessa solução técnica com uma pilha a combustível. A eletricidade é produzida por essa pilha, na qual se opera uma reação entre o hidrogênio colocado num reservatório e o oxigênio do ar, tendo água como resíduo final.

As pilhas a combustível são bastante utilizadas, mas busca-se atualmente empregá-las em tudo: nas casas; carros; telefones celulares, aviões ou nas nanotecnologias. Uma vez fabricado o hidrogênio (em uma central), ele se torna assim um bom vetor de energia, que elimina a poluição em nível da utilização, como a eletricidade, mas com a vantagem de um armazenamento mais denso.

Há décadas, múltiplas soluções técnicas foram experimentadas para fabricar pilhas de todos os tamanhos. As maiores dificuldades são encontradas com as pilhas pequenas, porque o hidrogênio, esse gás ultraleve, é "rabugento", reluta em se deixar aprisionar em um reservatório. Daí o interesse em mostrar um dispositivo capaz de ser instalado em uma bicicleta.

Um cartucho contém, sob a forma de um hidreto metálico, 7 gramas de hidrogênio, uma quantidade suficiente para alimentar a pilha a combustível durante três horas.
Créditos: Nikkei Electronics.

Uma alternativa interessante à bateria.

A pilha concebida pela empresa Iwatani (pesando 1,1 quilograma) utiliza um eletrólito sólido de polímero. Entre as numerosas famílias de pilha a combustível, esta, bem conhecida, é batizada como PEMFC (ou PEFC, Photon-Exchange Membrane Fuel, ou seja: pilha a combustível com membrana trocadora de prótons). A eletricidade produzida (entre 30 a 35 volts) carrega uma pequena bateria de íon lítio (de 4 ampères-hora) e alimenta o motor com 26 volts.

O hidrogênio é armazenado sob a forma de um hidreto metálico, ou seja, uma liga de titânio e de zircônio e contido em uma caixa plástica. No interior dessas 750 gramas, de volume de um quarto de litro, ela contém 7 gramas de hidrogênio, seja: o equivalente a um volume de 80 litros de hidrogênio gasoso (a uma pressão de uma atmosfera e a 0oC.)

O pequeno reservatório tem a forma de um cartucho facilmente destacável, fácil, portanto, de ser recarregável. Esta recarga, anuncia a empresa Iwatani, permite produzir eletricidade durante três horas. Esta bicicleta original, de 31 kg, pode assim rodar sem a ajuda dos pés do ciclista por 45 quilômetros.

Essa bicicleta elétrica, de cerca de trinta quilogramas, obtém sua energia do hidrogênio armazenado em um cartucho recarregável e do oxigênio do ar.
Créditos: Nikkei Electronics.

No momento, a utilização é ainda limitada. Os cartuchos, não encontráveis no comércio, podem somente ser recarregados, e isso em um único lugar no mundo: O Aeroporto Internacional de Kansai, na Baia de Osaka... O protótipo não existe senão em estado de demonstração. Aliás, em relação às bicicletas elétricas tradicionais, o protótipo é pesado e pouco potente. A Iwatani quer, principalmente, mostrar que sua pilha a combustível PEMFC funciona bem e que é suficientemente leve para se adaptar a todo tipo de utilização.

Fonte: FuturaScience

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