Ainda que a roda se pareça com aquela de uma bicicleta comum, seu eixo superdimensionado, de um vermelho vivo, é "cheio" de eletrônica e de novas funções.
"Ao longo dos últimos anos, assistimos a um renascimento da bicicleta que debutou em Copenhague, a seguir se propagando a Paris, Barcelona e Montreal", explica Carlo Ratti, diretor do MIT SENSEable City Lab e do projeto "Copenhague Wheel". "É um pouco como uma bicicleta 2.0 - na qual a eletrônica de baixo custo nos permitiu realizar melhorias e torná-la mais flexível, sob encomenda".
Assim, a roda foi pensada para estocar energia cada vez que seu usuário aciona o freio, oferecendo dessa forma uma prestação de assistência, seja nas dificuldades seja em velocidade.
"A roda utiliza uma tecnologia similar àquela do KERS (Kinetic Energy Recovery System), que agitou a corrida de Fórmula 1 no decorrer dos dois últimos anos", precisa Ratti. "Quando você freia, a energia cinética é recuperada por um motor elétrico e, a seguir, estocada por baterias situadas na roda, de sorte que você pode obtê-la de novo, quando tiver necessidade.
A roda da bicicleta contém todo o necessário a fim de que nenhum equipamento ou aparelho eletrônico suplementar deva ser acrescentado. Assim, uma bicicleta clássica pode ser equipada em um piscar de olhos".
O eixo é equipado com uma série de sensores e com uma conexão Bluetooth que lhe permite se comunicar com um IPhone. O usuário pode, em função disso, obter informações sobre a velocidade da bicicleta, a direção, a distância percorrida e a poluição do ar. A conexão permitirá também comunicação com os ciclistas próximos.
A bicicleta é igualmente provida de um "cadeado a chip". Assim, se alguém tenta roubá-la, ela entra em um modo no qual o freio gera tanta eletricidade quanto for necessária para transmitir um texto a seu proprietário.
Detalhe da bicicleta concebida pelo MIT.
Créditos: MIT.
O protótipo da roda foi desenvolvido com a Ducati Energia e o Ministério Italiano do Ambiente. Ela deverá entrar em produção no próximo ano, com um preço similar àquele de uma bicicleta elétrica padrão (entre 1.000 e 2.000 euros, ou seja, 2.600 e 5200 reais.
FONTE: Enerzine
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