Nove em cada dez brasileiros economizam energia elétrica


Pesquisa encomendada ao Ibope em todo o País pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) revela também que 65% da população, dentre os quais já realizam restrições, pratica economia para evitar contas de luz muito elevadas.

Na prática, nove de cada dez brasileiros já economizam kilowatts em suas residências. O medo de ficar sem energia elétrica responde por 21% das respostas dos entrevistados que adotam medidas de restrição. As eventuais campanhas governamentais, ou por parte das distribuidoras de energia, respondem por apenas 4% das respostas.

A região Sul do País é a campeã entre os moradores que dizem economizar eletricidade, com um índice de 74%. Já na região Sudeste estão os cidadãos mais conscientes, que afirmam restringir consumo para evitar desabastecimento futuro. A população mais idosa e menos instruída são os contingentes mais propensos a poupar. “Na prática, a realidade tarifária do mercado cativo foi o fator preponderante para a expansão da eficiência energética nas residências”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.

A pesquisa foi encomendada como subsídio para a campanha A Energia para Voltar a Crescer é Livre, promovida pela Abraceel, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e mais 60 empresas e organizações da sociedade civil. A iniciativa tem como objetivo promover a liberalização do setor elétrico brasileiro, por meio da aprovação do projeto de lei da Portabilidade da Conta de Luz.

“O Congresso Nacional já se sensibilizou para conceder o direito da liberdade de escolha de fornecedor de energia para o cidadão, como já ocorre nos países da União Europeia, dos Estados Unidos, do Canadá e até mesmo nações latino-americanas, como a Colômbia”, explica Medeiros.

Atualmente, os poucos consumidores brasileiros que podem escolher seu fornecedor, sobretudo grandes indústrias e empresas, contam com tarifas 20% menores do que as praticadas no mercado cativo. Para o presidente da Abraceel, isso é um sinal inequívoco de como a ampliação da liberdade de escolha para todos os consumidores, inclusive os residenciais, pode contribuir para a queda dos preços. "Isso vai significar, além de maior competitividade para a indústria, um fator determinante para reduzir a indexação dos contratos no setor, contribuindo assim para a queda nas taxas de inflação”, complementa Medeiros.

A pesquisa Ibope sobre o setor de energia elétrica contou com 2.002 entrevistas realizadas em todo o Brasil, com pessoas acima de 16 anos. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro meariam estimada é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo sobre os resultados encontrados na amostra.

FONTE: Investimentos e Notícias -

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