Foi extraído do fundo do Mar da China Meridional uma quantidade considerável de hidrato de metano, ou mais conhecido como gelo combustível, que é tido por muitos como uma das promissoras fontes de energia do futuro.
A tarefa de extrair este gelo combustível é extremamente complexa, o Japão e Estados Unidos já tentaram, mas não obtiveram sucesso.
“Parecem cristais de gelo, mas quando se olha mais de perto, a nível molecular, veem-se as moléculas de metano dentro das moléculas de água”, explica à BBC Praven Linga, professor do Departamento de Engenharia Química e Biomolecular da Universidade Nacional de Cingapura.
Conhecidos como hidratos de metano, formam-se a temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada. São encontrados em sedimentos do fundo do mar e ou abaixo do permafrost, a camada de solo congelada dos polos.
O gás encapsulado dentro do gelo torna os hidratos inflamáveis, mesmo a baixíssimas temperaturas. E por isso o apelido “gelo de fogo”.
Quando se reduz a pressão ou se eleva a temperatura, os hidratos se decompõem em água e metano. Um metro cúbico dessa substância libera cerca de 160 metros cúbicos de gás – ou seja, trata-se de um combustível de grande potencial energético.
O problema, no entanto, é que extrair esse gás é um processo que, por si só, consome muita energia.
Mas, mesmo assim pesquisadores acreditam que os hidratos de metano têm o potencial de se tornar uma fonte de energia revolucionária que poderia ser fundamental para suprir necessidades energéticas no futuro.
O grande perigo é se o metano “escapar”, e isso teria consequências graves para o aquecimento global, já que se trata de um gás com um potencial de impacto sobre as mudanças climáticas muito maior do que o dióxido de carbono.
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