UFPR terá maior sistema fotovoltaico do Paraná


O Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba vai receber o maior sistema solar fotovoltaico do Paraná. A instalação da usina fotovoltaica faz parte de um conjunto de projetos de eficiência energética e ações de monitoramento de consumo de energia.

Os projetos vêm de recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e do Programa de Eficiência Energética (PEE) do setor elétrico, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que constatou que a energia elétrica nas Instituições Públicas de Ensino Superior representa uma de suas principais despesas, e que parte dos gastos poderiam ser evitados com ações de eficiência energética e implantação de sistemas de geração própria de energia.

De acordo com a Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação, o valor total pago, em 2015, apenas pelas Universidades Federais, foi de cerca de R$ 430 milhões e as despesas com energia elétrica dessas instituições despontam como o 3º maior grupo e representam cerca de 9% dos gastos apurados em 2015. Constata-se, também, que parte considerável desse gasto se refere ao uso de equipamentos ineficientes e altos índices de desperdício de energia.

A expectativa é de que a UFPR economize cerca de R$ 1,5 milhão por ano, além de fomentar a pesquisa em diversos departamentos. O investimento no projeto é de R$ 18 milhões e será financiado com recursos obtidos pelas Chamadas Públicas da Copel.

Os projetos realizados na chamada possibilitarão a troca dos equipamentos ineficientes por outros mais eficientes, além disso, incentivarão a mudança de hábito de consumo de professores, alunos e funcionários e, ainda, promoverão a implantação de mini geração de energia elétrica e a redução nas contas de energia elétrica.

*PMU – Phase Measurement Unit (Do inglês, Unidade de Medida de Fase)

Ao todo, serão 3.160 painéis fotovoltaicos dispostos sobre o telhado da UFPR e em outros prédios, totalizando uma área de cerca de 7 mil metros quadrados. O sistema terá uma capacidade de geração de 1.132 MWh de energia limpa por ano, o que representa uma economia anual de quase R$ 500 mil nas tarifas de energia elétrica. 

O restante da economia virá pela troca das lâmpadas fluorescentes pelas lâmpadas de tecnologia LED, que são mais econômicas e possuem maior vida útil, e da instalação de uma usina solar menor, com 540 painéis solares, de uma chamada da Copel referente a 2016.

O projeto ainda inclui a instalação de medidores em quase 100 edifícios dos campi e a etiquetagem desses prédios para monitoramento do consumo individual de energia elétrica. Essa medida, permitirá ter uma rede totalmente monitorada e uma central capaz de coletar dados para subsidiar análises e pesquisas sobre energia renovável em setores da engenharia, meio ambiente e até mesmo arquitetura.

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