Vivemos em um país tropical onde há sol durante vários meses e na maioria das regiões do Brasil. Logo, o uso de energia solar parece uma obviedade no Brasil, que se trata de um lugar com enorme potencial para esse tipo de produção energética.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), parece que o brasileiro realmente já reconhece a importância de investir na energia solar: ela já ultrapassou o 1,5 Gigawatts de capacidade instalada – marca que deve chegar, ao fim deste ano, aos 2,4 GW, segundo noticiou o UOL: “Casas com energia solar aumentaram 10 vezes em um ano no Brasil”.
Cerca de 60 mil domicílios brasileiros eram abastecidos com energia solar há um ano. Em 2018, a tecnologia já abastece 633 mil residências. O sistema de geração distribuída instalado no Brasil atingiu o número de 30.039, o que representa um investimento de R$ 2,1 bilhões desde 2012.
O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, diz que o Brasil hoje faz parte do grupo dos 30 países com mais de 1 GW de energia solar instalado, ainda que represente apenas 1% da geração enérgica total do país. Mas, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2030 a expectativa é de que esse percentual suba para 10%.
E não é só o meio ambiente que agradece com o investimento em energia solar. A tecnologia é sustentável porque também incorpora o aspecto social, já que cada Megawatt de energia gerado gera, também, de 25 a 30 empregos no país, contabilizando, atualmente, cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos no setor.
A maior demanda pela energia solar vem de consumidores domésticos, segmento que representa 77,4% do total de sistemas instalados. Em seguida estão os setores de comércios e serviços (16%), consumidores rurais (3,2%) e indústria (2,4%).
É importante salientar que, infelizmente, o setor que mais gasta energia é o que menos investe em energia solar. É fundamental criar políticas que mobilizem o setor industrial a investir na energia solar para minimizar os impactos de suas atividades para o meio ambiente.
Segundo a Absolar, o consumidor residencial tem procurado a instalação do sistema de energia solar por causa de dois fatores: a redução de 75% no preço do sistema e o aumento da conta de energia elétrica, que subiu 499%, desde 2012, de acordo com o Ministério de Minas e Energia.
Ainda consoante a Associação, os tetos das residências brasileiras têm o potencial de gerar 28.500 GW com a energia solar, um volume maior do que o da atual matriz energética dominante no país, a energia elétrica, que é de 160 GW instalados.
O BNDES, recentemente, também anunciou uma linha de crédito para pessoas físicas financiarem a tecnologia de energia solar distribuída, política pública que deve incrementar ainda mais o setor. Foram liberados R$ 300 milhões a juros ao redor dos 4% ao ano, a serem pagos no prazo de até 12 anos.
De fato, é fundamental que políticas públicas atuem diretamente no setor em pequena e larga escala. Quando a população recebe informações sobre os benefícios de uma tecnologia para o meio ambiente e, também, para o seu bolso, ela busca soluções que facilitem a sua vida, antenadas ao impacto das suas ações e escolhas para o todo. Resta, agora, que essas políticas atinjam aqueles setores produtivos que mais fazem uso de energia elétrica, a fim de que eles invistam em matrizes energéticas alternativas.
Fonte: GreenMe
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