Está prevista para novembro a divulgação do atlas solarimétrico do Rio Grande do Sul. O trabalho é desenvolvido pela Secretaria de Minas e Energia. Primordialmente, apontando as regiões do Estado com maiores incidências de radiação solar. Com isso, o projeto visa otimizar a geração de energia distribuída.
Assim, o mapeamento servirá para determinar os pontos mais adequados para a energia elétrica fotovoltaica. Além disso, aproveitará o uso desse recurso como sistema para aquecimento térmico de água.
“Isso, mais o cruzamento das questões ambientais, define as melhores áreas (para investimentos nesse setor)”, frisa a secretária estadual de Minas e Energia, Susana Kakuta.
A dirigente prefere não adiantar, antes da finalização do atlas, os locais mais propícios para o aproveitamento da fonte solar. No entanto, a secretária comenta que o Estado tem índices de radiação solar menores que o Nordeste, por exemplo. No entanto, são maiores que países europeus que exploram essa geração. Em relação à Alemanha, a secretária informa que os gaúchos contam com uma radiação solar média 50% superior.
Susana enfatiza que, assim como os levantamentos feitos pelo governo gaúcho nas áreas eólica e de biomassa (geração de energia a partir de materiais orgânicos), o trabalho disponibilizará dados relevantes para os empreendedores que quiserem investir na geração fotovoltaica.
Geração distribuída
Outro segmento que será beneficiado pelo atlas solarimétrico é o de geração distribuída. Porquanto, a produção de eletricidade no local de consumo, oferece a possibilidade de jogar o excedente na rede elétrica e usufruir de créditos para abater na conta de luz).
O Rio Grande do Sul é o segundo estado no País em potência de projetos de geração distribuída (com 59,6 MW), sendo superado apenas por Minas Gerais (com 119,7 MW). De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Em número de empreendimentos instalados para essa atividade, que recebem créditos das distribuidoras por enviarem energia para a rede elétrica, os gaúchos contam com 5.671 unidades. Atrás, novamente, dos mineiros (17.935) e dos paulistas (8.164) em comparação. Embora, na geração distribuída, encontrem-se projetos de outras fontes, como a eólica, mais de 95% são ligados à produção fotovoltaica.
Já quanto a usinas solares de maior porte, que visam vender a geração de energia em leilões promovidos pelo governo federal para abastecer o sistema elétrico interligado nacional, eventuais projetos gaúchos terão que vencer o mesmo obstáculo que existe hoje na área eólica: a enorme competitividade das iniciativas nordestinas.
Susana argumenta que uma ferramenta que pode ajudar a derrubar essa barreira é a instituição de leilões regionais, o que também implicaria maior segurança energética para o Brasil.
Fonte Ambiente Energia.
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