Quando pensamos em alternativas aos combustíveis fósseis para mover carros, normalmente o que vêm à cabeça é energia elétrica e energia à base de hidrogênio, mas pouco se fala a respeito da energia solar. Sendo o Sol uma imensa fonte de calor, por que não aproveitar as emissões solares para dar vida aos motores de carros, motocicletas e caminhões?
A resposta curta para essa pergunta é bem simples: porque o aproveitamento de energia solar ainda é baixo. Atualmente, existem drones e aeronaves leves posicionadas em órbita na Terra que se alimentam de energia solar para continuar funcionando, mas replicar isso em carros seria bem complicado porque veículos maiores consomem mais energia e seriam bem mais caros para o consumidor final.
Startup alemã Sono Motors criou um veículo movido exclusivamente a energia solar e promete autonomia de 250 km. (Fonte: Sono Motors)
Por que não?
O professor de engenharia mecânica Jeremy Michalek, da Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, explicou ao site Quartz porque essa mudança é inviável no momento.
Segundo ele, um metro quadrado de superfície terrestre pode captar no máximo 1 quilowatt (kW) de ao longo de um dia inteiro, mas nem toda essa energia pode ser convertida em energia elétrica. A startup alemã Sono Motors, fabricante do carro movido energia solar Sion, garante ser capaz de transformar um quarto disso em eletricidade, portanto, no melhor dos cenários, um veículo com 4 m² de painéis e células de captação produziria cerca de 8 kW/h diários.
Essa quantidade de energia poderia manter o elétrico Nissan Leaf rodando por cerca de 40 km, distância razoável para muitas pessoas que usam carro para ir do trabalho para a casa todos os dias. Porém, mesmo essa taxa de conversão é difícil de ser popularizada porque a produção em larga escala desse tipo de chip é cara.
Os equipamentos atuais mais em conta conseguem converter no máximo 33% da luz captada em eletricidade, revela o Quartz. Para chegar a 44% com materiais mais inovadores, a produção se tornaria ainda mais cara, ou seja, economicamente inviável. Em suma, seria necessário um movimento combinado da indústria para baratear a produção desse tipo de veículo a fim de torná-lo acessível e popular.
Fonte: TecMundo
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