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A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica acaba de lançar um serviço para denunciar distribuidores de energia que quebram as regras e dificultam o acesso dos consumidores à geração distribuída.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) acaba de lançar um serviço para denunciar distribuidores de energia que quebram as regras e dificultam o acesso dos consumidores à geração distribuída.
A entidade criou uma espécie de Ouvidoria on-line para que as empresas do setor possam relatar oficialmente os problemas encontrados pelas empresas durante todo o processo de conexão dos clientes à rede de distribuição de energia local. O endereço do novo serviço da entidade é http://www.absolar.org.br/ouvidoria.
Entre as queixas mais frequentes estão os atrasos na fiscalização e homologação do sistema instalado - muito além dos prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a cobrança excessiva de valores em obras para a conexão com a rede e a exigência de documentos não autorizados pela Aneel.
"São reclamações recorrentes no país, tanto das empresas instaladoras quanto dos próprios consumidores", alerta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar. "Os distribuidores de energia ainda não perceberam que os tempos mudaram e que os clientes não podem mais tolerar o tratamento", acrescenta.
Segundo Koloszuk, o setor de energia está passando por um momento muito semelhante ao da telefonia há vinte anos. "Hoje em dia, a telefonia evoluiu, é digital, o consumidor tem a liberdade de escolher quem comprar o serviço e não está atrelado ao monopólio de uma empresa", afirma.
Segundo a pesquisa exclusiva do Portal Solar, o maior mercado da cadeia de geração de energia solar distribuída no país, os atrasos na aprovação de sistemas fotovoltaicos em residências, empresas e indústrias já geraram perdas de 200 milhões de dólares para os consumidores.
Segundo o estudo, os distribuidores levam em média quatro meses para aprovar cada instalação de um sistema fotovoltaico distribuído, período que deve durar no máximo uma semana. Esse atraso gera cobranças e impede que os consumidores usem os créditos de energia das concessionárias públicas de energia.
Em novembro passado, as distribuidoras brasileiras solicitaram a alteração do regulamento para geração distribuída. Segundo novas estatísticas publicadas pela Absolar, a geração distribuída de energia solar chega a 500 MW no Brasil.
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