Segundo especialista, a atitude se caracteriza como um desenvolvimento positivo para o avanço da energia renovável no país.
Incluindo vantagens para o setor de energia solar, um pacote de alívio econômico de US$ 900 bilhões foi aprovado pelo governo dos EUA. Ratificada pelo presidente Donald Trump, a legislação espera um aumento de dois anos para o programa de crédito para investimentos em energia solar (ITC, na sigla em inglês) e para os fundos adicionais direcionados à pesquisa e ao desenvolvimento, englobando não só uma maior facilidade para o acesso aos territórios do governo federal com o objetivo de utilizá-los para propostas de energia renovável, mas também a redução de custos mais graves para instalações de energia distribuída.
Seguindo essa legislação, o ITC irá se manter em 26% para projetos fotovoltaicos, os quais terão suas construções iniciadas em 2021 e 2022. Em 2023, será reduzido a 22% e, em 2024, alcançará os 10% para projetos comerciais e irá zerar para propostas residenciais. Com prazo legal terminando em 1º de janeiro de 2026, as empresas que começarem a construção dos projetos em 2021 contarão com um prazo de quatro anos para se aproveitar do crédito, destinando-os às operações.
“Nos próximos anos, teremos a oportunidade de construir uma economia mais forte, resistente e justa, e essa ação do Congresso é um passo inicial oportuno”, afirmou Abigail Ross Hopper, CEO da Associação das Indústrias de Energia Solar dos EUA (SEIA), qualificando a medida como um desenvolvimento positivo para o avanço da energia renovável no país.
“A SEIA continuará a defender políticas que incentivem fontes renováveis e tratem da crise climática de forma a assegurar a justiça ambiental. Nós trabalharemos para que os benefícios do ITC fiquem disponíveis na forma de pagamento direto, para impulsionar o crescimento solar. Nós também precisamos criar uma política adequada de infraestrutura e garantir fundos que apoiam programas como o SolarAPP, que emite licenças para projetos fotovoltaicos de forma digital”, pontuou Hopper.
De acordo com uma pesquisa recentemente elaborada pela consultoria Wood Mackenzie e pela SEIA, é previsto que, em 2020, os EUA alcancem um crescimento de 43% em nova capacidade instalada de energia solar, ao passo que o setor se recompõe dos reflexos negativos gerados pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo o estudo, esse aumento simboliza um recorde de 19 GW em nova capacidade instalada de energia solar no ano, carregando uma segurança quanto ao setor de geração centralizada que, após meses de incertezas, vem se reestruturando.
O segmento de usinas de grandes dimensões protagonizou o impulsionamento das instalações no período, adicionando 2.7 GW de capacidade, representando 70% do total de 3.8 GW. No segundo trimestre, o mercado residencial passou pelos maiores choques provocados pela pandemia, com instalações sofrendo uma queda para 617 MW. Apesar desse fator, sua recuperação foi parcialmente rápida, já que, no terceiro trimestre, houve um incremento sequencial de 14% devido aos 738 MW adicionados. Entretanto, esses números ainda se encontram abaixo dos valores registrados antes da pandemia.
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