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Instalação de geradores solares cresce três vezes no Brasil

Em 2019 foram instalados 95,3 mil sistemas, ante os 30 mi registrados em 2018

A instalação de painéis solares para a geração de energia elétrica em residências, comércios e indústrias triplicou no Brasil em 2019, em relação ao ano anterior. Em 2019 foram 95,3 mil instalações, enquanto em 2018 o número era de 30 mil. As informações foram divulgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No total funcionam no país 145,3 mil estruturas que produzem a própria energia por meio da geração distribuída (GD) fotovoltaica.

Ainda segundo o levantamento da Aneel, essa quantidade refere-se somente à produção local de energia solar (quando a geração é próxima ao lugar de consumo). Somando toda a GD, incluindo a produção compartilhada e remota, o total de instalações feitas só no ano passado chegou a 113,2 mil. No acumulado desde 2012, o número de instalações de sistemas fotovoltaicos totaliza 171 mil.

Esse aumento da procura pelo sistema, segundo o CEO Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, deve-se à maior informação sobre o assunto, à queda no preço dos equipamentos e ao peso da conta de luz.

“Os constantes reajustes fazem com que a conta de luz fique cada vez mais cara e, ao mesmo tempo, a tecnologia fotovoltaica vem se tornando cada vez mais acessível aos consumidores de todas as classes sociais”, disse.

Apesar do crescimento observado, o mercado de energia solar brasileiro ainda é embrionário. Segundo Sauaia, hoje existem 84,8 milhões de unidades consumidoras no país e apenas 171 mil, ou 0,2%, geram sua própria energia.

“Enquanto o Brasil tem aproximadamente 2,4 GW de capacidade instalada (somando geração nas casas, fazendas e também nas grandes usinas solares), países menos populosos e menores, como Japão e Alemanha, têm algo em torno de 56 GW e 45 GW, respectivamente”, compara.

A geração de energia solar distribuída no Brasil deve acrescentar em 2020 uma potência de aproximadamente 3,4 GW, gerando R$ 16,4 bilhões de novos investimentos. No acumulado desde 2012, a GD somará potência de 5,4 GW no final do ano.

Já a geração centralizada (composta por projetos de usinas de grande porte), adicionará 0,6 GW, gerando R$ 3,3 bilhões de novos investimentos. No total acumulado, a GC deve somar 3,1 GW de potência adicionada. Sauaia, CEO explica que esse é um ano de baixa de projetos de GC devido ao leilão de reserva ser cancelado, pelo Governo Federal leilão em dezembro de 2016, que contrataria apenas energia vinda de fontes eólicas e solares, para projetos entre 2019 e 2020.

Segundo Sauaia, o carro-chefe para o crescimento do setor solar nesse ano será a geração distribuída. “A perspectiva de curto prazo para o setor é animadora. “Devemos aproveitar a potência gigantesca do nosso mercado neste ano”, disse.

A fonte solar está longe de gerar somente eletricidade. Sauaia acrescenta que a fonte será responsável pela arrecadação de mais de R$ 5 bilhões em impostos e tributos neste ano, já descontadas perdas com energia elétrica. “Somos uma alavanca de novos recursos ao poder público”, afirma.

Em 2020, o mercado de energia solar deve apresentar uma potência de 8,5 GW acumulada desde 2012 entre geração distribuída e geração centralizada, acumulando 250 mil empregos.

Fonte: Portal Solar

Setor solar brasileiro vai demandar 120 mil vagas de emprego em 2020

Seguindo a linha de crescimento iniciada em 2012, a energia solar fotovoltaica deve registrar novos aumentos no volume de investimentos e geração de empregos no Brasil em 2020.

De acordo com as projeções da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), serão 120.000 novas vagas de trabalho criadas neste ano em todas as regiões do país.

As oportunidades de trabalho estão divididas entre os dois segmentos distintos do setor, geração centralizada (grandes usinas) e distribuída (telhados solares residenciais e comerciais).


Independentemente do caminho escolhido, o profissional que almeja uma dessas vagas precisa antes obter uma capacitação técnica na tecnologia através de um curso fotovoltaico.

Segundo a ABSOLAR, estes também crescem no país e, hoje, já são mais de 100 treinamentos oferecidos no Brasil nas modalidades presencial e online.

Impulsionadas pela oferta de linhas de financiamento em energia solar e um marco regulatório favorável, as placas solares se tornam a fonte de energia de mais brasileiros a cada ano.

Ao final de 2019, a capacidade instalada da tecnologia no país era de mais de 4,4 Gigawatts (GW) no Brasil, sendo 2,1 GW em telhados e 2,4 GW em geração centralizada.

Isso representa mais de R$10 bilhões investidos no Brasil somente no segmento de geração distribuída (GD), segundo um levantamento feito pela ABSOLAR.

Para 2020, essa quantia deverá superar R$19,7 bilhões, sendo a grande maioria, mais de 83%, provenientes das instalações domésticas e comerciais.

Assim, a estimativa da ABSOLAR aponta que neste ano a geração distribuída irá ultrapassar a centralizada em capacidade instalada, fechando com 5,4 GW frente à 3 GW das grandes usinas.

Desde 2012, quando foram promulgadas as regras da GD pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o segmento registra crescimento anual médio de mais de 200%.

Somente em 2019 foram mais de 113 mil conexões em todo o país, resultado da demanda dos brasileiros pela economia e proteção na conta de luz obtidas com os sistemas de energia solar.

No total, o país registra mais de 15 mil empresas em todo o setor solar e empregou cerca de 15.600 trabalhadores em 2018, segundo dados da IRENA (Agência Internacional para as Energias Renováveis).
Fonte: EcoDebata

Energia solar diminui tarifa da conta de luz e aquece a economia no País

Imóvel com sistema de energia solar recebe uma valorização média de 10% em relação aos demais. 75% dos projetos desenvolvidos no Brasil já são para áreas residenciais.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com base em dados oficiais dos órgãos do governo, mostra que os benefícios proporcionados pela energia solar na geração distribuída ajudam a economia do País.

“Segundo a entidade, para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes, usados para abastecer residências, condomínios, comércios, indústrias, templos religiosos, propriedades rurais e áreas públicas, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros”, observa a especialista em energia fotovoltaica Krystiane Bergamo, mestre em Governança e Sustentabilidade e representante da Platão Energia, em Curitiba.

Conforme a especialista paranaense, o cálculo considera “investimentos realizados na área desde 2012, levando em consideração os incrementos de arrecadação em impostos, a geração de novos empregos e renda naturais dos projetos realizados”. Nos últimos sete anos, os brasileiros investiram mais de R$ 8,4 bilhões em sistemas de geração de energia solar fotovoltaica.

Confira os benefícios diretos da energia fotovoltaica para o seu condomínio:

1 – Conta de luz quase zerada: além de ser uma energia limpa e focada na sustentabilidade, os projetos suprem quase a totalidade do consumo. Quando bem dimensionados, podem trazer uma economia de até 90% em energia para o condomínio, reduzindo a escalada da conta de luz que varia muito com a presença de bandeiras de consumo.

2 –Geração da própria energia: com um projeto correto, feita a instalação dos painéis solares e do inversor, seu condomínio está apto a gerar a própria energia. As placas solares captam a radiação solar, enviam para o inversor que, por sua vez, faz a conversão da corrente para que a energia possa ser consumida. O excedente vai para a rede elétrica e vira bônus para uso futuro.

3 – Valorização do imóvel: estudos mostram que um imóvel com sistema de energia solar recebe uma valorização média de 10% em relação aos demais. 75% dos projetos desenvolvidos no Brasil já são para áreas residenciais.

Fonte: Paraná Shop

Cresce a produção de energia solar no Brasil

Brasil acaba de atingir 2 gigawatts (GW) em geração distribuída fotovoltaica de potência instalada, mas ainda é pouco.

Cerca de 171 mil sistemas fotovoltaicos estão conectados à rede de energia elétrica

Segundo mapeamento da Absolar, a fonte solar fotovoltaica representa 99,8% das instalações de geração distribuída do país, num total de 171 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de R$ 10 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais. O segmento abrange sistemas de microgeração e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos.

Em número de sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 72,60% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (17,99%), consumidores rurais (6,25%), indústrias (2,68%), poder público (0,43%) e outros tipos, como serviços públicos (0,04%) e iluminação pública (0,01%).

Apesar da marca atingida, o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que ainda é pouco para um país das dimensões do Brasil, que necessita de um marco regulatório para dar maior segurança ao investidor, e “que desfaça a insegurança jurídica que paira sobre o mercado”, afirmou em nota. A energia eólica, por exemplo, já conta com 15GW instalados, mas começou a ser implantada em 2005, bem antes da energia solar (2012).

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estudava mudança nas regras da Resolução Normativa 482/2012, que normatizou a geração distribuída no país, propondo o pagamento da chamada taxa-fio (Tusd) às distribuidoras. Após críticas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não “iria taxar o sol”.

Em queda

O consumo de energia elétrica caiu 2,4% na primeira quinzena de 2020 frente ao mesmo período de 2019, passando de 65,37 mil MW médios para 63,79 mil MW médios, de acordo com informações disponibilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O mercado cativo (distribuidoras) recuou 2,6% no período, de 46,95 mil MW médios para 45,75 mil MW médios, ao passo que o consumo no mercado livre caiu 2,1%, de 18,41 mil MW médios para 18,03 mil MW médios.

No mesmo intervalo de comparação, os dados da CCEE mostram redução no consumo de energia em todas as regiões do País, exceto no Norte. No Sudeste/Centro-Oeste, a queda foi de 4%, no Sul, de 1,5%, e no Nordeste, de 1,8%. Por sua vez, o consumo na região Norte teve alta de 5,1%. No mercado livre, houve retração de 4,7% no Sudeste, de 0,5% no Sul e 2% no Nordeste, com aumento de 16,2% no Norte.

Ainda sobre o ambiente de livre contratação, destaque para o crescimento de 12,3% no consumo de energia dos clientes livres especiais (que só compram energia de fontes renováveis, como eólica e solar), passando 2,99 mil MW médios para 3,36 mil MW médios, movimento influenciado pela migração de novos consumidores nesta categoria. Por sua vez, a demanda por energia dos clientes livres convencionais caiu 2,8%, de 13,01 mil MW médios para 12,65 mil MW médios.

Entre os segmentos da economia que estão no mercado livre, excluindo a migração de novas cargas, os dados da CCEE mostram retração em praticamente todos os setores entre a primeira quinzena de janeiro de 2020 e igual período de 2019. Segundo a CCEE, houve forte redução de 25,7% no consumo de energia das empresas do ramo de extração de minerais metálicos. No setor químico, o recuo foi de 12,2%, no automotivo, de 9,9%, e no de papel e celulose, de 7,9%.

Considerando tanto os clientes livres já existentes na primeira quinzena de 2019 quanto as novas cargas adicionadas ao longo dos últimos meses, os segmentos que registraram maior crescimento de demanda no mercado livre foram: saneamento (18,3%), transporte (13,2%) e comércio (10,6%). O consumo de energia dos autoprodutores teve queda de 17,06%, de 2,37 mil MW médios para 1,97 mil MW médios.

Produção de energia

Os dados da CCEE também mostram que a produção de energia na primeira quinzena de 2020 recuou 2,3% em relação mesmo período de 2019, para 67,10 mil MW médios. Com os reservatórios das hidrelétricas em baixa, destaque para o crescimento de 86,7% na geração termelétrica, passando de 6,55 mil MW médios para 12,23 mil MW médios. Esse aumento se deve ao maior despacho das usinas a gás natural, de 121,3%, de 2,91 mil MW médios para 6,44 mil MW médios, e ao aumento de 730% na geração das usinas a carvão, de 282 MW médios para 2,32 mil MW médios – vale lembrar que a térmica nuclear Angra 1 está parada por 37 dias para reabastecimento do combustível desde o dia 11 de janeiro.

A geração eólica registrou queda de 39,7% no mesmo período de comparação, de 5,83 mil MW médios para 3,51 mil MW médios. Influenciada pelo baixo nível dos reservatórios e pela hidrologia adversa, a geração hidrelétrica caiu 9%, de 55,80 mil MW médios para 50,76 mil MW médios. Com isso, o risco hidrológico (GSF) foi de 87,83% na primeira quinzena de 2020.

Fonte: Estado de Minas

Energia solar gera três vezes mais benefícios do que custos


Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados oficiais dos órgãos de governo, mostra que os benefícios proporcionados pela energia solar na geração distribuída ajudam todos os consumidores brasileiros e a economia do País.

As análises da entidade apontam que, para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes usados para abastecer residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros.

O cálculo foi feito a partir dos dados de investimentos realizados na área desde 2012, levando em consideração os incrementos de arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais decorrentes desses aportes e a geração de novos empregos e renda no País com os negócios e projetos desenvolvidos no período, entre outros importantes indicadores. Tais atributos, ressalta a entidade, foram deixados de fora da conta tanto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto pelo Ministério da Economia.

Desde 2012, os consumidores brasileiros já investiram mais de R$ 8,4 bilhões em sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica. Os investimentos privados da população acrescentaram uma potência de mais de 1,9 gigawatt (GW) operacional, espalhado em mais de 70% dos municípios brasileiros. Só em 2019, a ABSOLAR calcula que o segmento criou 92 postos de trabalho por dia no País. No acumulado, já são mais de 100 mil empregos.

Estes sistemas ajudam a aliviar a operação da matriz elétrica brasileira, economizando água das hidrelétricas e reduzindo o uso de termelétricas caras e poluentes, trazendo economia mesmo aos cidadãos que nunca investiram na energia solar.

“Importante destacar que o dinheiro economizado na conta de luz do consumidor de energia solar é reinjetado na economia e ajuda a movimentar os setores de comércio e serviços, aquecendo a atividade econômica local. Surpreendente que o Ministério da Economia não tenha feito uma conta sequer sobre estes e outros benefícios para a economia do nosso País. A quem interessa este tipo de conta incompleta?”, indaga Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

Caso as regras vigentes sejam mantidas, a ABSOLAR projeta que a geração distribuída solar fotovoltaica pode acrescentar mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para todos os consumidores do setor elétrico até 2035. Os benefícios incluem ganhos pela energia evitada, diminuição de perdas de transmissão e distribuição e redução de contratação de novas usinas de geração.

Por isso, a entidade defende que todos os benefícios da geração distribuída solar fotovoltaica devam ser devidamente valorizados. “É chegada a hora, portanto, do Brasil fazer as contas completas e estabelecer um marco legal transparente, estável, previsível e justo, que acabe com a insegurança jurídica que paira sobre o mercado. O Executivo e o Congresso Nacional se mostraram sintonizados com os anseios de 93% dos brasileiros, que querem gerar energia limpa e renovável em seus telhados”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.

“As análises devem incluir, por exemplo, a postergação de investimentos em transmissão e distribuição de eletricidade, alívio das redes pelo efeito vizinhança, geração de emprego e renda, diversificação da matriz elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa, entre diversos outros benefícios que superam, em muito, quaisquer eventuais custos da geração distribuída”, conclui Sauaia. Absolar

Consumidor pagará 60% a menos pela energia solar daqui há 20 anos, diz estudo

Relatório da Statkraft aponta que 80% da eletricidade mundial será renovável em 2050, sendo a opção mais barata e limpa

Em 2050, o consumidor pagará pelo sistema solar fotovoltaico 60% menos do que hoje. Além disso, a capacidade global da fonte aumentará em 30 vezes até lá. As informações são do relatório da Statkraft Baixas Emissões – Cenário 2019. O relatório é desenvolvido anualmente pela empresa apontando o cenário de baixas emissões e a análise do desenvolvimento do mercado global de energia, com o objetivo de entender de maneira mais profunda as tendências do mercado.

O estudo aponta que 80% da eletricidade mundial será renovável em 2050. Já em 2035, a energia será capaz de atender quase 40% da demanda global de eletricidade, deixando a energia eólica, na segunda posição, com 30%. Diante deste cenário cada vez mais limpo, a fonte vilã das emissões de gases de efeito estufa será o gás natural. Em 20 anos, as emissões serão cerca de 44% menores do que as atuais.

O documento também prevê que quase todos os carros comercializados serão elétricos ou movidos a hidrogênio em 2050. Para o CEO da Statkraft no Brasil, Fernando De Lapuerta, o relatório mostra a tendência mundial de preocupação com o meio ambiente. “Globalmente, as emissões se reduzirão de maneira acelerada para cumprir as metas climáticas. O relatório nos mostra o caminho a seguir. Como é observado, as energias renováveis continuarão a entrar no mercado à medida que se tornarão mais acessíveis, com menor custo e serão a melhor opção em termos econômicos e, naturalmente, ambientais”.

Segundo projeções da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), em 2050, 40% da matriz elétrica mundial será composta energia solar. No Brasil, não será diferente, onde 38% da matriz energética será suprida por energia solar fotovoltaica nesse período.

A estimativa é de que, no país, a fonte ultrapasse a marca de 3.000 MW ainda em 2019, atraindo mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1.000 MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande portes, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Na contramão do mundo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública para a revisão das regras de geração distribuída, com a intenção de reduzir gradualmente os subsídios oferecidos hoje para quem usa o sistema. Na avaliação da Aneel, atualmente a produção desse tipo de energia já tem um custo viável, diferentemente de quando a medida foi implantada.

Elaborada em 2012, a resolução estabelece subsídios para incentivar esse tipo de prática, como a isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica e também do pagamento de outras componentes da conta de energia, como os encargos setoriais (que geram receita para subsidiar a tarifa social, por exemplo).

Para a ABSOLAR, as mudanças na regulamentação da geração distribuída no Brasil, propostas pela Aneel para entrar em vigor já em 2020, estão desequilibradas e seriam muito prematuras, diante do atual cenário brasileiro.

Fonte: Portal Solar

Nova série de leilões de energia solar no Brasil ofereceu muita clareza ao setor

O número de mercados que registram os números de instalação da escala GW a cada ano cresceu de apenas três em 2010 para quase 20 em 2019. Imagem: revista pv / Martin Markstein

O Ministério das Minas e Energia do Brasil (MME) decidiu que a PV pode participar nos dois leilões de energia planejada (os leilões A-4 e A-6) este ano, ao mesmo tempo em que prevê um calendário claro para os leilões a serem realizados em 2019. 2021, para um total de seis leilões. Este é um claro afastamento das decisões anteriores do ministério de permitir que a PV participe em apenas um dos leilões realizados em 2018 - o A-4.

Embora o leilão A-4 deste ano possa ter uma capacidade atribuída menor do que no ano passado, em que cerca de 800 MW de capacidade foram alocados, os dois leilões combinados devem entregar consideravelmente mais de 1 GW de nova capacidade. A associação solar local ABSOLAR recomendou pelo menos 2 GW.

Mas capacidade não é tudo. Ambos os leilões também podem oferecer preços finais mais baixos em comparação aos R$ 118 / MWh (US$ 35,20 na época, agora US$ 30,40) da rodada anterior. O leilão A-6, com prazo de seis anos para o comissionamento de projetos, pode ser particularmente interessante em termos de sinais de preços nos mercados fotovoltaico brasileiro e latino-americano.

Um novo aspecto dos leilões deste ano será o tipo de contratos que a energia solar receberá. O governo brasileiro decidiu que os PPAs serão concedidos “por quantidade” em vez de “por disponibilidade”, como nas rodadas de aquisições anteriores. O contrato de quantidade, diferentemente do contrato de disponibilidade - no qual o risco é assumido pelo comprador da eletricidade - é um acordo financeiro padrão. O contrato de disponibilidade exigirá que os geradores de energia apresentem lances em BRL / kWh. O risco de entrega física, anteriormente assumido pelo despachante central do ONS, será assumido pelos proprietários das usinas. Isso significa que o PV suportará mais riscos, mas isso também pode ser visto como mais uma prova da maturidade da tecnologia.

Boas notícias para os negócios de energia solar em larga escala não vêm exclusivamente do lado do leilão. De acordo com a ABSOLAR, associação local de energia solar, vários PPAs privados para projetos de energia solar em escala pública já foram assinados. Embora a ABSOLAR não forneça detalhes sobre esses PPAs ou sobre as partes envolvidas, a associação alega que existem acordos para centenas de megawatts de capacidade que já foram assinados, com contratos que abrangem de 10 a 15 anos.

Mas este é apenas mais um exemplo das múltiplas opções que o mercado brasileiro de energia pode oferecer aos desenvolvedores e investidores de energia solar no próximo ano. Um modelo de negócios emergente interessante pode estar reservando parte da capacidade de um projeto para venda em leilão, com o restante reservado para negociar eletricidade no mercado livre, presumivelmente a preços mais altos.

Enquanto isso, projetos de geração distribuída, que no Brasil incluem todas as instalações solares de medição líquida de até 5 MW, também continuarão a gerar mais volume e preços de instalação mais baixos. Embora o governo esteja agora planejando reduzir as tarifas líquidas de medição, planeja introduzir limites de capacidade onde a rede está mais congestionada. Se implementadas, essas medidas poderiam estender o período de retorno dos sistemas de GD de cinco para seis anos, de acordo com cálculos feitos pela consultoria local Greener. Isso provavelmente fará pouco para deter o maior crescimento da energia solar nos telhados do Brasil. Enquanto isso, o Brasil se tornou o segundo maior mercado da América Latina em março, depois de atingir o marco de 2,5 GW.

Solar por US$ 17,30 / MWh no leilão do Brasil: é um recorde mundial?

Os analistas examinaram o resultado do recente leilão A-4, que entregou, em teoria, o preço mais baixo do mundo para energia solar a partir de um exercício de aquisição de energia. As duas usinas em questão, no entanto, venderão 70% e 50% de sua produção fora do negócio de energia assinado no leilão.

As vendas de energia fora do PPA negociado turvaram as águas quando se trata de determinar se o Brasil estabeleceu um novo marco.

O mais recente leilão A-4 do Brasil , realizado em 27 de junho, teoricamente produziu a menor oferta de eletricidade já registrada para projetos de energia solar em larga escala em um leilão de energia - surpreendentes US $ 0,0173 / kWh. Esse resultado, no entanto, não teve a mesma ressonância de outros registros registrados na América Latina e no Oriente Médio e suscitou preocupações no setor solar brasileiro.

Associação doméstica PV ABSOLAR disse que o leilão produziu preços médios fora dos níveis de referência para a energia solar no Brasil ea organização também destacou os menores volumes de energia solar contratada garantida pela contratação, em comparação com os leilões anteriores.

A principal razão para questionar a validade do 'recorde mundial' é o fato de os dois projetos fotovoltaicos envolvidos venderem pelo menos metade da energia gerada para o Mercado Livre de Energia Elétrica - o Mercado Livre de Energia Elétrica - onde a eletricidade é comercializada entre os geradores. e offtakers livres das taxas contratadas estabelecidas no leilão. Esse valor recorde se aplica apenas à proporção de energia gerada por cada projeto que é fornecida ao Mercado de Energia Elétrica - o Mercado Regulado de Energia Eléctrica.

Os projetos vencedores

Um dos projetos recordistas foi a instalação solar de 40 MWac Jaibes planejada para o estado de Minas Gerais e de propriedade da fabricante canadense canadense de módulos solares Canadian, que ofereceu uma oferta final de BRL73,60 / MWh (US $ 19,60). Esse preço, no entanto, estará relacionado apenas à metade da energia gerada, com o saldo vendido sob um contrato privado de compra de energia (PPA) de longo prazo para um cliente não especificado - provavelmente a um preço mais alto.

O segundo projeto de manchete - a usina solar de 163 MWm Milagres para o estado do Ceará - foi selecionado em virtude de uma oferta de BRL64,99 / MWh (US $ 17,30). Essa planta venderá apenas 30% de sua produção na tarifa acordada no leilão, o restante será vendido no Mercado Livre de Eletricidade.

Enquanto os beneficiários que recebem energia pela tarifa baixa serão satisfeitos - e o governo se orgulhará de sua conquista -, não está claro se a indústria solar global considerará US $ 17,30 (US $ 0,0173 / kWh) um novo marco genuíno.

Uma combinação de fatores

De acordo com Marcio Takata, CEO da consultoria brasileira Greener, os baixos preços finais foram o resultado de um grande aumento na competitividade observado no leilão, que viu o volume de geração de energia de projetos pré-selecionados subir de 20 GW no ano passado A-4. leilão para 26 GW. Ao mesmo tempo, a quantidade de capacidade de geração de energia solar alocada caiu significativamente, de cerca de 800 MWac para cerca de 200 MWac.

O CEO da Greener, Marcio Takata.

"Esses dois fatores combinados foram muito importantes para a redução de preço que levou a ofertas tão baixas", disse Takata à revista pv . Tais propostas só foram sustentáveis ​​devido à grande proporção de energia gerada que poderia ser vendida no mercado livre de eletricidade, acrescentou o CEO. "Isso está dando aos donos do projeto a oportunidade de trabalhar com níveis de preços que podem garantir a bancarização do projeto", disse ele.

Takata acrescentou, o fato de projetos bem-sucedidos no leilão garantirem a prioridade de conexão à rede também permitiu o registro de tarifas de energia baixas. “Essas instalações têm um prazo de quatro anos para iniciar operações comerciais e agora a prioridade de conexão à rede é muito importante, enquanto os projetos que estão planejados para operar exclusivamente no Mercado Livre [de Eletricidade] nunca recebem essa certeza”, disse ele.

Mas o CEO da Greener não descartou a importância de elevações contínuas na produção de módulos solares cada vez mais eficientes. “A evolução dos módulos solares, mas também da cadeia de fornecimento de energia fotovoltaica, está permitindo a instalação de mais usinas de energia solar [de melhor desempenho] ​​com capex mais eficiente [custos de despesas de capital]”, disse ele. “A competitividade acirrada do leilão e a possibilidade de vender energia fora do PPA do leilão, no entanto, devem ser consideradas as principais razões para as baixas ofertas do exercício de compras.”

Conheça Marcio Takata em nossa Quality Roundtable @ Intersolar South America - terça-feira, 27 de agosto.

Junte-se a Marcio Takata, juntamente com Emiliano Bellini, nosso editor na América Latina e no Brasil, enquanto co-moderam as discussões sobre o desenvolvimento de um caminho prático para projetos solares bem sucedidos, para alcançar o extenso potencial de energia solar na região.

Quando perguntado se o lance mais baixo poderia ser considerado um recorde mundial, Takata disse que o assunto era controverso. "É de fato o menor preço para a energia solar já registrado em todo o mundo e o menor preço já registrado em leilões A-4 aqui no Brasil", disse ele. “Mas também deve ser levado em conta que a maior parte da energia gerada da usina será vendida para o Mercado de Energia Livre a preços mais altos, o que significa que o preço médio de venda do projeto da energia produzida será significativamente maior do que o final do leilão. preço."

Quanto a saber se os dois projetos solares selecionados no leilão seriam bancáveis, a Takata disse que muito dependerá dos preços no Mercado Livre de Energia; a duração dos contratos que os proprietários de projetos poderão garantir; e a qualidade dos compradores. "O rating do comprador da energia será crucial para definir riscos e custos de financiamento", disse ele.

O presidente-executivo da ABSOLAR, Rodrigo Lopes Sauaia. ABSOLAR

Outro fator que pode ter contribuído para a queda do preço da energia foi a possibilidade de os dois projetos não serem inteiramente novos.

“Temos informações de que parte dos projetos contratados será a expansão dos projetos existentes”, disse o diretor executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, logo após o leilão. “ Isso tornou possível que um preço mais ousado na competição fosse possível. ” Em uma entrevista anterior à revista pv, Sauia havia destacado como os desenvolvedores no Brasil foram atraídos pela possibilidade de combinar contratos de leilões com PPAs a preços mais elevados no mercado livre. O CEO ressaltou que essa combinação já havia sido vista na indústria eólica no Brasil. " Isso é ótimo para os financistas, eles adoram isso " , acrescentou Sauaia. "Eles têm uma visão de quanto retorno terão por 20 anos. E isso ajuda a financiar o projeto. "

Os desenvolvedores são criativos

De acordo com Manan Parikh, analista de energia e renovável da empresa de dados de mercado Wood Mackenzie, o fato de os dois projetos venderem 30% e 50% de seu poder através do contrato A-4 colocaria os fatores de capacidade para cada instalação acima de 28%. . “ Ao considerar o fato de que o total de megawatts-hora oferecido é superior a 20 anos - e incorporando um fator de capacidade conservador de 23% - a Jaiba e a Milagres venderiam 66% e 40% de sua produção via o PPA, respectivamente ” , disse Parikh à revista pv.

Com o aumento da eficiência e o uso de módulos bifaciais, os fatores de capacidade totalmente possíveis até 2022/2023 podem chegar a 28% em ambos os projetos, disse o analista da WoodMac, dados os recursos solares em ambos os estados. “ Isso significaria que a Jaiba vende apenas metade de sua produção através do PPA, enquanto cada seção Milagres contribuiria com um terço de sua capacidade para o PPA anual ” , disse ele.

Quando perguntado se $ 0,0173 / kWh constitui um recorde mundial, Parikh foi equívoco. "Sim, no sentido de que é o menor preço contratado que vimos através de uma rodada organizada de aquisições como a A-4", ele disse, "e não no sentido de que nem toda a geração será vendida a esse preço. "

O analista apontou a oferta recorde do México de US $ 18,93 / MWh - feita em um leilão de 2017 - também para um projeto que planejava vender parte de sua energia gerada fora do PPA concedido no exercício de aquisição - o esquema PV da Pachamama de Neoen.

Parikh disse que o resultado final é que o verdadeiro valor de tais projetos não pode ser quantificado com precisão, porque é difícil avaliar as intenções do desenvolvedor até que o ativo esteja operando e os compradores sejam revelados - algo que nem sempre ocorre. "Mesmo assim, os termos de preços de um acordo bilateral podem ser mantidos em sigilo", acrescentou Parikh.

Importação de placas fotovoltaicas aquecem mercado brasileiro de energia solar


O mercado de energia solar fotovoltaica apresenta uma trajetória animadora no Brasil. A energia é a atualmente a sétima fonte mais representativa na matriz energética brasileira, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Aboslar). A mesma entidade projeta um crescimento de até 44% ao ano na capacidade instalada de energia solar no Brasil.

Foto: DINO / DINO

Estimativas como estas estão puxando a importação de placas fotovoltaicas de países como China e Alemanha através da Allog, empresa especializada em logística internacional. Carlos Souza, gerente da divisão de cargas projetos da Allog, explica que as projeções de crescimento do setor são compatíveis com o volume de produto a ser importado. "Os importadores estão voltando os olhos para importação do setor de energia renovável", destaca.

As placas que chegam ao país são distribuídas para todas as regiões do país. De forma geral, as placas que chegam ao país desembarcam nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), de onde são distribuídas para o mercado comprador do país. Elas são transportadas em contêineres de 40 pés, sendo considerada uma carga que os armadores (donos de navios) gostam de trabalhar. Conforme Carlos, as placas fotovoltaicas são movimentadas pela Allog desde meados de 2017, o que coloca a empresa no mercado internacional deste tipo de produto.

De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a partir de dados oficiais, hoje já são mais de 2.000 megawatts (MW) em usinas de geração centralizada solar fotovoltaica em operação no Brasil. O número representa mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados atraídos ao País desde 2014, que viabilizaram a geração de mais de 50 mil novos empregos locais qualificados pelo setor nas regiões onde os projetos foram implantados.

As usinas em operação geram energia elétrica limpa e renovável suficiente para suprir um consumo equivalente à necessidade de mais de 3 milhões de brasileiros. Adicionalmente, há mais de 1.500 MW em novos projetos em fase de desenvolvimento e construção, com início de operação prevista para até 2022.

Energia fotovoltaica não brilha no leilão do Brasil

O setor solar fotovoltaico lamenta o baixo volume de contratações no leilão A-4. Segundo a avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os preços médios do evento estão fora dos níveis de referência da fonte no Brasil.

A planta do Sertão, de propriedade da GPG, subsidiária da Naturgy no Brasil. Foto: Naturgy

Secretário Ministério de Minas e Energia do Brasil, Ricardo Cyrino Energia Elétrica, disse que o leilão 29 Geração A-4, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), juntamente com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta sexta-feira em São Paulo, foi um sucesso. "Foi um leilão exclusivamente a partir de fontes renováveis ​​muito importante na perspectiva de manter a matriz limpa. O resultado representou um nível de investimento de R$ 1,9 bilhão (cerca de 494 milhões de dólares) e serão gerados 4,5 mil empregos ", afirmou.

Segundo ele, "a migração do livre mercado deve ter tido sua colaboração. A maioria dos projetos deixou boa parte - entre 30% e 50% - da energia a ser vendida no mercado livre ", afirmou. O objetivo do leilão foi contratar energia de novas usinas termelétricas hidrelétricas, eólicas, solares fotovoltaicas e de biomassa, cujo fornecimento terá início em janeiro de 2023.

EPE agência brasileira tinha pré-seleccionados um total de 1.829 projetos de energia com uma capacidade total de 100,8 GW em leilão, e que esperava-se que o evento seria um dos maiores em termos de leilões de capacidade nominal e acabar -se com preços mais baixos em comparação com os leilões anteriores.

Projetos em 20 estados foram negociados por um montante de R$ 2.644.783.137,43 (cerca de 687 milhões de dólares), atingindo 17.497.384.800 MWh. O preço médio de venda por MWh foi de R$ 151,15 (US$ 39,2).

O preço inicial da energia fotovoltaica foi de R$ 276,00 / MWh (US $ 71,8) e o preço médio de venda da eletricidade foi de R$ 67,48 / MWh (equivalente a US$ 17,62). / MWh), o que representa um decréscimo de 75,6% em relação ao preço inicial.

Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o concurso resultou em um volume de contratação muito abaixo das expectativas do setor e das próprias necessidades do país. "O valor contratado foi muito baixo comparado ao grande número de projetos que participaram do leilão. Apenas dois distribuidores de eletricidade contrataram projetos no leilão. Isso causou uma alta competição entre os players, produzindo preços médios fora dos níveis de referência para a fonte solar fotovoltaica no Brasil ”, afirma Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.

Os projetos solares fotovoltaicos contratados pela LEN A-4 em 2019 estão localizados nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados do Ceará (163,7 MW) e Minas Gerais (40,0 MW).

"Apenas 30% da energia elétrica que será gerada pelas usinas do Ceará e 50% da energia das usinas de Minas Gerais foi destinada às distribuidoras, no ambiente de contratação regulada (ACR). O restante da energia pode ser vendido no ambiente de contratação livre (ACL), onde os preços são mais altos, o que ajuda a equilibrar a renda dos projetos ", diz Sauaia.

"Temos a informação de que parte dos projetos contratados será a ampliação de projetos existentes. Isso fez com que um preço mais ousado fosse possível na competição ", diz Sauaia, que espera que a energia solar ocupe a faixa de preço correspondente no leilão de outubro:" O mercado tem um volume de contratação muito mais robusto para a concorrência. fonte solar fotovoltaica no leilão A-6 de 2019, prevista para outubro, quando teremos a dimensão real do nível de preços da fonte no país ", acrescenta.

Brasil pode levantar R$ 25 bilhões adicionais (6,5 bilhões de dólares) se as regras de geração distribuída forem mantidas

Se o modelo original da Resolução Normativa nº 482 da ANEEL é mantida, o país deve ter um crescimento de mais de 672.000 novos postos de trabalho única nos segmentos de microgeração fotovoltaica e mini-geração de energia solar distribuída até 2035, de acordo com ABSOLAR.

Uma instalação de geração distribuída. DP World Caucedo

O Brasil pode experimentar um crescimento acelerado da economia se as regras atuais da Resolução Normativa Nº 482 da ANEEL forem mantidas, o que permite que os consumidores gerem e consumam sua própria eletricidade a partir de fontes renováveis. Segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o país poderá arrecadar R $ 25 bilhões (6,5 bilhões de dólares) em recursos públicos adicionais até 2027.

De acordo com a associação, a permanência das regras em vigor ainda pode estimular a geração de cerca de 672.000 novos postos de trabalho único trabalho nos segmentos de microgeração fotovoltaica e mini-geração de energia solar distribuídos até 2035.

Os dados são coletados em um estudo elaborado pela ABSOLAR e enviado à Agência Reguladora em maio de 2019, durante a Audiência Pública nº 001/2019, da ANEEL. A Audiência discutiu e coletou contribuições da empresa sobre a Análise de Impacto Regulatório (AIR) preparada pela Aneel sobre possíveis melhorias nos padrões aplicados à microgeração e minigeração distribuída no Brasil.

O documento ABSOLAR, ao longo de 158 páginas de análises, estudos técnicos, projeções e recomendações, identifica lacunas e pontos de melhoria no AIR da Aneel. A organização recomenda que a discussão sobre a microgeração e solar fotovoltaica mini-geração distribuída é realizada a partir de uma avaliação abrangente dos atributos da modalidade, destacando os benefícios que o segmento oferece a sociedade brasileira como um todo, incluindo o análise a avaliação dos aspectos econômicos, sociais, ambientais, elétricos, energéticos e estratégicos.

Outro dado relevante do estudo é o aumento de R $ 13,3 bilhões (3,5 bilhões de dólares) em benefícios líquidos para todos os consumidores do setor elétrico até 2035 caso o governo decida manter o atual modelo de REN 482. São os ganhos decorrentes de ter que gerar energia de outras fontes, a redução das perdas de transmissão e distribuição e a redução das contratações de garantias de geração e levar em conta na análise a redução do mercado de distribuidoras de energia elétrica.

O estudo mostra também que, graças ao baixo impacto ambiental da tecnologia solar fotovoltaica, o país também evitará a emissão de 75,38 milhões de toneladas de CO2 até 2035.

Em 2019, Brasil deve aumentar capacidade de gerar energia solar em 44%


Com o aumento do uso da energia, Brasil deve gerar investimentos de cerca de R$ 5,2 bilhões 

O aumento do uso da energia deve gerar investimentos de cerca de R$ 5,2 bilhões - Foto: Fotos Públicas/Imagem ilustrativa

Até o final deste ano, o Brasil terá um aumento de 44% na capacidade instalada de energia solar. A estimativa é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O aumento do uso da energia deve gerar investimentos de cerca de R$ 5,2 bilhões, ainda segundo avaliação da Absolar.

A energia eólica é um tipo de energia limpa e renovável, que não emite poluentes, nem se esgota na natureza. Ela é obtida através do vento, que é captado por hélices ligadas a geradores.

O armazenamento desse tipo de energia, no entanto, é um dos grandes desafios no crescimento das energias renováveis liderado pelos parques eólicos e solares. Baterias capazes de estocar a energia são apontadas como a grande solução para este cenário.

Para quem pensa que a ideia faz parte de um futuro distante, está muito enganado. No Agreste pernambucano, mais precisamente na cidade de Belo Jardim, já podem ser “encomendados” conjuntos de baterias modulares que armazenam até 150 megawatts de energia.

Segundo o diretor comercial de baterias industriais e armazenamento de energia do Grupo Moura, Luiz Mello, as baterias disponibilizadas pela empresa podem ser usadas acopladas com parques eólicos, fotovoltaicos ou até substituir os geradores a diesel.

Confira os detalhes na reportagem de Beatriz Albuquerque:

Por enquanto, os clientes que procuram a solução são empresas que querem substituir o gerador a diesel, usado principalmente no horário de pico, das 17h às 20h, quando a energia é mais cara.

Pelos cálculos da empresa, o uso do sistema de baterias pode representar redução que varia entre 50% e 100% nas despesas com o consumo de energia no horário da ponta.

Brasil foi o 11° país que mais investiu em energia solar fotovoltaica em 2018


Em 2018, o Brasil quase entrou na lista dos 10 países que mais investiram em energia solar fotovoltaica. Está em 11º lugar, segundo infográfico da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).

No ano passado, o país investiu em 1,2 gigawatts (GW) de potência instalada de energia solar, acumulando, atualmente, 2,4 GW. Conforme a Absolar, isso significa que a energia limpa a partir dos raios solares por meio de painéis fotovoltaicos já é a sétima maior fonte do Brasil, ultrapassando a nuclear.

Projeções dão conta de que, se seguir nessa velocidade de instalação de painéis fotovoltaicos, no ano que vem, a energia solar terá ultrapassado também a produzida por carvão mineral. Hoje, são 83 mil telhados solares no Brasil.

Vantagens

Além das vantagens ambientais, a energia solar traz benefícios econômicos e estratégicos, de acordo com a Absolar. Para o meio ambiente, a geração solar é limpa, renovável e sustentável, sem emissões de gases de efeito estufa, sem resíduos e sem ruídos. Não precisa de água para operar, aliviando a pressão sobre recursos hídricos escassos e tem baixo impacto ambiental.

Do ponto de vista econômico, promove redução de gastos com energia elétrica para a população, empresas e governos federal e estaduais, trazendo economia para a sociedade. Também lidera a geração de empregos locais de qualidade, adicionando de 25 a 30 empregos por megawatt/ano (MW). Ainda atrai capital externo e novos investimentos privados ao país.

Na esfera estratégica, a diversificação da matriz elétrica brasileira com uma nova fonte renovável aumenta a segurança no suprimento de energia, reduz perdas e postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alivia a demanda em horário diurno, reduzindo custos aos consumidores.

Confira o infográfico da Absolar com dados de 2018


Arranhando a superfície do enorme potencial solar do Brasil

Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, analisa as chances de PV nos dois leilões de energia em que pode competir. Mas não é tudo sobre leilões, diz Sauaia à revista pv , há 2 GW de projetos solares em desenvolvimento para os quais os PPAs bilaterais podem ser assinados e centenas de MW dos esquemas que já garantiram contratos.

As projeções do governo brasileiro para a energia solar são o pior cenário possível no que diz respeito ao setor industrial ABSOLAR. Imagem: Eduardo Luis Olinger / Pixabay

Sr. Sauaia, a solar foi incluída no leilão A-6 depois de ter sido excluída no ano passado.

Sauia: Estamos muito felizes com a inclusão da energia solar no leilão A-6. Nosso ponto foi claramente que era injusto que a energia solar fosse a única fonte de energia renovável que era proibida de participar. Nosso diálogo e negociação com o governo foi baseado em dois princípios simples. A isonomia [justiça] foi a primeira, pois queríamos o mesmo tratamento justo que outras fontes têm. O segundo ponto, que também é muito importante, foi que a energia solar é hoje a segunda fonte mais competitiva do Brasil. Podemos ajudar a reduzir o preço médio de venda para os consumidores finais, tornando a eletricidade mais barata e aumentando a competitividade. Por estas razões acreditamos que a energia solar também pode ter que ser incluída em todos os leilões A-6.

A ABSOLAR disse que a inclusão no leilão A-6 foi necessária, já que volumes menores serão alocados no leilão A-4, que será realizado no final de junho, e no qual a energia solar também pode participar. Por que esse leilão terá menos capacidade de alocação do que o exercício A-4 do ano passado?

O governo atribui capacidade no leilão com base em uma lei que obriga a contratar apenas uma quantidade de energia instalada que seja compatível com os volumes solicitados pelas distribuidoras de energia. Eles projetam sua demanda para os próximos anos e compartilham essas informações confidenciais com o governo, que deve cumprir esses volumes. O governo não pode escolher quanto quer contratar de cada fonte de energia. O governo, por outro lado, tem o conhecimento de quanto a economia vai crescer, o quanto o consumo de eletricidade e o número de consumidores crescerão e, com base nas projeções do PIB e da economia, também está ciente de que a demanda por eletricidade crescerá. O problema é que os volumes que as empresas de distribuição estão compartilhando com o governo estão abaixo das expectativas do governo. As empresas de energia produzem projeções muito conservadoras, porque, se solicitarem mais energia do que realmente precisam, terão que pagar por ela e perderão receita. Se eles pedem menos energia do que o governo precisa, então o governo tem que lidar com o problema. Dessa forma, as empresas de energia repassam os custos.

O leilão de 2018 A-4 terminou com mais de 800 MW de capacidade solar concedida, quanto será este ano?

Eu não sei exatamente quanto, mas pode ser menor este ano. E o governo está preocupado porque suas projeções mostram que precisamos contratar mais.

É por isso que o governo incluiu a energia solar também no leilão A-6?

Não, eu não penso assim. Tem mais a ver com outra preocupação. Os projetos selecionados no leilão A-4 serão entregues em quatro anos. Então, entre o quarto ano e o sexto ano, você tem uma lacuna. Se não houver eletricidade suficiente, os preços podem subir. A Solar tem a vantagem competitiva não apenas de um preço barato, mas também de ser uma fonte de implementação rápida. Então, se o governo precisar de eletricidade daqui a alguns anos, podemos fazer isso. O governo pode convocar um leilão de emergência e colocar energia solar para operar. Mas esta não seria a melhor maneira de fazer isso. A melhor maneira é através de um bom planejamento e para permitir ao governo alguma flexibilidade e contratar não apenas o que as empresas de distribuição pedem.

Chefe executivo da ABSOLAR Rodrigo Sauaia, à esquerda, com os editores da revista pvEmiliano Bellini e Pilar Sánchez Molina. Imagem: revista pv

Quão difícil é desenvolver projetos como os dos leilões A-6, que devem estar online em seis anos? Fornecer um preço agora pode ser difícil.

Para ambos os leilões, a lógica é praticamente a mesma. Você tem uma projeção de redução de custos para a tecnologia. Você tem uma projeção para o valor da moeda. Existem várias restrições que você deve levar em consideração e também há várias incertezas. Mas isso é verdade não apenas para a energia solar. Também se aplica ao vento, biomassa e outras tecnologias.

Mas a energia solar tem mais potencial para reduções de custo adicionais do que qualquer outra tecnologia. Você acredita que veremos preços mais baixos no leilão A-6?

Isso geralmente acontece. Quanto mais tempo você tiver para um leilão, menor será o preço médio de venda. Mas também depende dos volumes alocados e da quantidade de participantes. Para o leilão A-4 já temos 26 GW de projetos enviados. Pela primeira vez a energia solar ultrapassou o vento, que é para nós um marco importante. E isso é apenas arranhar a superfície do potencial da energia solar no Brasil. O potencial técnico total dessa tecnologia no país é de milhares de gigawatts.

Quanto aos preços, no próximo leilão A-4 você espera uma ligeira queda em relação ao ano passado?

Eu não posso colocar essa projeção na mesa. Existe agora um novo tipo de contrato com o qual não temos problemas. Existem alguns aspectos técnicos que precisam ser atendidos, mas a solar é a menos sazonal das energias renováveis. Estamos perto do equador e entre os meses de verão e inverno a geração de energia solar é muito semelhante. É por isso que não nos preocupamos com a sazonalidade. Para hídrica, eólica e biomassa, a variação pode ser enorme.

Quanta energia solar poderia ser alocada nos dois leilões este ano?

Eu não sei o quanto vamos ver, mas eu sei o quanto nós recomendamos - 2 GW a cada ano. Acreditamos que a atual ambição do governo para a energia solar é excessivamente baixa. Isso ocorre porque o governo em seu planejamento para 2027 não levou em conta todas as reduções de preço que a energia solar teve nos últimos anos. Portanto, há espaço para melhorar a modelagem matemática usada para avaliar quantos megawatts de cada tecnologia devem ser incorporados para a expansão da matriz energética.

As primeiras APPs bilaterais para projetos solares de larga escala já foram anunciadas no Brasil. Você pode fornecer uma imagem mais clara desse segmento de mercado?

Isso é algo novo no Brasil. Este ano a ABSOLAR organizou um workshop sobre o tema e reunimos 200 empresas, incluindo produtores de energia solar, investidores, desenvolvedores, empresas EPC [engenharia, compras e construção] e grandes consumidores de energia. Temos visto um interesse crescente em um mercado de eletricidade livre para a fonte solar depois que seus preços caíram como consequência do leilão. O mercado livre de eletricidade representa hoje 30% do mercado de eletricidade no Brasil, e agora há um pipeline de 2 GW de projetos fotovoltaicos já sendo negociados entre proprietários de projetos e consumidores e comerciantes.

Quantos deles têm um PPA assinado?

Há centenas de megawatts [de capacidade] já assinados, com contratos de 10 a 15 anos. São grupos internacionais por trás desses projetos que podem complementar projetos de grande porte no mercado regulado. Neste último, a vantagem é o PPA de longo prazo com o governo. Isso é ótimo para os financistas, eles amam isso. Eles têm uma visão de quanto retorno terão por 20 anos. E isso ajuda a financiar o projeto. E talvez eles possam economizar uma parte do projeto para vender eletricidade no mercado livre a preços mais altos. Assim, eles podem até melhorar o retorno dos investimentos. É uma combinação interessante que o setor eólico já implementou com sucesso no Brasil.

Quais são as projeções de longo prazo da ABSOLAR para a energia solar?

Não estamos fazendo projeções de longo prazo porque ainda estamos modelando nossos parâmetros. Geração distribuída, especialmente, é muito difícil de prever. Fomos muito bem sucedidos no ano passado nas nossas previsões. Fizemos projeções para este ano que sabemos serem conservadoras. Projetamos, no entanto, um futuro muito brilhante para a energia solar no Brasil. No pior cenário, será o que o governo está prevendo, o que significa 1 GW por ano. Mas estamos trabalhando para ter pelo menos o dobro disso. Não apenas do mercado regulado, mas também de PVs distribuídos e bilaterais. E é importante notar que nas projeções do governo os PPAs estão completamente fora de cogitação.

Custos menores para a instalação de projetos para geração de energia solar

Barateamento da tecnologia é reflexo do aumento da competitividade e expansão do mercado no Brasil

Alavancada pela competitividade do mercado chinês e ampliação do setor no Brasil, a instalação de projetos de energia solar se tornam cada vez mais acessíveis. De acordo com levantamento realizado pelo Portal Solar o custo com equipamentos sofreu queda de cerca de 30% no último ano. Já a instalação teve redução de aproximadamente 40%. Vantagens que tornam a energia fotovoltaica ainda mais atraente para empreendimentos de diferentes portes, bem como para uso residencial, e legitimam o salto de crescimento esperado para este ano.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em 2019 o setor deve experimentar uma expansão próxima a 44% na capacidade instalada, alcançando os 3,3 gigawatts (GW). O valor ainda é bastante inferior aos líderes de geração mundiais China (131 GW), EUA (51 GW) e Japão (49 GW). O potencial brasileiro, no entanto, tem capacidade de proporcionar um futuro de produção relevante por meio dessa matriz energética limpa e renovável. Isso por conta da grande incidência de raios solares em todo o território e do clima tropical, que proporciona longos períodos de tempo ensolarado.

Mais fácil para investir

Até poucos anos atrás era difícil ver nos telhados de residências e empresas as placas de energia solar. Isso porque o investimento inicial era um grande impeditivo, com mercado ainda muito tímido no Brasil e poucos países produzindo equipamentos de qualidade. O cenário atual, porém, é de crescimento vertiginoso, com a entrada da China na produção de componentes e abertura de linhas de crédito para consolidar a geração renovável entre os brasileiros.

Investimento lucrativo

O crescimento do mercado de energia solar no Brasil, bem como ocorre com a popularização de qualquer outra área ou produto, tem como efeito direto a diminuição do valor de investimento inicial. Neste caso específico, o barateamento da tecnologia ainda está acompanhado de outro fator muito importante, os consecutivos aumentos da tarifa de energia elétrica, que tornam a escolha por um projeto de geração fotovoltaica ainda mais atrativa.

O encarecimento experimentado por todos os brasileiros nos últimos anos é reflexo direto das mudanças climáticas e da escassez de recursos para abastecer as usinas hidrelétricas, principais fontes geradoras de energia no Brasil. Com os baixos níveis nos rios outros recursos mais onerosos, como carvão e petróleo, passam a ser utilizados, valor que recai diretamente na conta de luz. Essa realidade motiva quem deseja investir conscientemente.

Benefícios para empresas

A versatilidade dos sistemas de energia solar torna possível que o projeto seja adaptado para necessidades em escala residencial ou industrial. No caso de empresas, por exemplo, a geração pode se tornar em um investimento de longo prazo. Com retorno sobre o investimento estimado para ocorrer, em média, dentro de cinco anos é possível ao empresário, após esse período, investir em melhorias, aumentar a margem de lucro ou até mesmo repassar o valor economizado para o produto final, criando um importante diferencial com relação aos concorrentes.

É possível financiar um projeto de energia solar

Uma preocupação frequente entre quem tem interesse em buscar alternativas limpas e renováveis de energia está ligada à necessidade de um investimento inicial. No entanto, seguindo uma preocupação em incentivar este tipo de investimento no País, bancos e instituições financeiras disponibilizam formas de financiamento tanto para projetos residenciais quanto para indústrias e agronegócio. Esses recursos são oferecidos com taxas diferenciadas e podem ser quitadas ao longo de vários meses, dependendo do valor total da execução da obra e aspectos específicos do contratante.

Projetos para demandas específicas

Especialista em energia solar fotovoltaica de todos os portes, a empresa catarinense Topsun aponta para a necessidade de se realizar uma avaliação criteriosa sobre cada projeto para que seja possível desenvolver um sistema que atenda a demanda de geração do consumidor. Dados como consumo, espaço para a instalação das placas e investimento disponível para a realização da obra serão observados pelos especialistas contratados e poderão influenciar no valor final do orçamento. É responsabilidade da empresa além do planejamento também a execução completa do projeto, com a instalação das placas e entrega das licenças para que o sistema seja ligado à rede elétrica externa. De modo geral, após o orçamento ser aprovado leva menos de um mês para concluir a realização de todo o processo.

Instalação de painéis solares — Foto: Pexels

Baixo custo também para a manutenção

Além dos valores estarem mais atraentes para quem busca investir na geração da própria energia, outra boa notícia é com relação à manutenção do equipamento. Caso os produtos adquiridos sejam de qualidade, o sistema exige poucos cuidados, isso porque a própria chuva realiza a retirada da poeira acumulada, sendo preciso apenas fazer a limpeza de folhas caídas sobre as placas e manutenção de árvores próximas podadas, evitando sombras e consequente redução na eficiência do projeto.

PETRÓPOLIS JÁ TEM MAIS DE 100 RESIDÊNCIAS COM ENERGIA SOLAR


A Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou na última semana que, em maio, será adotada a bandeira tarifária amarela, que acrescenta um custo de R$ 1,00 a cada quilowatts-hora consumido. Segundo a agência, a medida foi tomada levando em consideração que o mês costuma iniciar a estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Estas constantes altas têm levado consumidores a procurarem formas de economia.

Segundo a Enel Distribuição, Petrópolis tem hoje 106 residências com ligações de energia solar. É um tipo de eletricidade que a procura tem crescido e causa menos impacto ambiental que outras. Um estudo do site da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) diz que, apesar de precisar de uma grande área para a captação, ainda é mais viável que a energia hidráulica, por exemplo.

– Uma das restrições técnicas à difusão de projetos de aproveitamento de energia solar é a baixa eficiência dos sistemas de conversão de energia, o que torna necessário o uso de grandes áreas para a captação de energia em quantidade suficiente para que o empreendimento se torne economicamente viável. Comparada, contudo, a outras fontes, como a energia hidráulica, por exemplo, que muitas vezes requer grandes áreas inundadas, observa-se que a limitação de espaço não é tão restritiva ao aproveitamento da energia solar – diz parte do estudo.


A procura também tem sido nacional. Segundo dados divulgados pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), em 2017 o Brasil entrou no ranking mundial do setor solar voltaico ficando em décimo lugar na listagem de países que mais investiram neste tipo de energia. O Rio de Janeiro é o sétimo estado no ranking de potência instalada, elaborado pela Aneel e Absolar e divulgado em março de 2019, com 3,6% do total. Minas Gerais lidera com 21,7%.

A Aneel e a Absolar ainda apontam que a solar fotovoltaica corresponde a 1,2% da matriz elétrica brasileira. A hídrica é a principal, com 60,8%. Ainda é apontado pela Absolar que, até 2022, a iniciativa privada deve investir R$ 21,3 bilhões em energia solar.

Se depender dos custos, a energia solar pode crescer ainda mais. A associação aponta uma queda no preço médio da fonte solar voltaica em leilões de energia do mercado regulado foi de 103 dólares/MWh em 2013 para 33,25 dólares/MWh em 2018.

A Absolar também lista nas esferas socioeconômica, ambiental e estratégica os principais benefícios da utilização da fonte solar. A lista contempla, entre outros: a redução de gastos com energia elétrica; atração de capital externo e novos investimentos privados no país; geração de eletricidade limpa, renovável, sustentável, sem emissões de gases de efeito estufa, sem resíduos e sem ruídos; menos impacto sobre os recursos hídricos; e diversificação da matriz elétrica brasileira, aumentando a segurança no suprimento de energia elétrica.

Utilização em Petrópolis


Segundo a Prefeitura, todos os 67 parquímetros instalados na cidade no sistema de estacionamento rotativo de rua funcionam com energia solar. A escola Municipal Monsenhor João de Deus Rodrigues, em Pedro do Rio, mantém no telhado, dezesseis placas solares, o que rende, uma economia de aproximadamente 400 Kwh por mês.

A Concer, concessionária do trecho da BR-040 entre o Rio e Juiz de Fora, iniciou em 2011 o projeto de Iluminação sustentável, contando com 188 pontos de iluminação com energia solar ao longo de 180,4 km da rodovia. Foi a primeira rodovia brasileira a adotar o sistema solar em toda a rede de iluminação, segundo a concessionária.


A Concer aponta ainda que tomou a iniciativa “pensando na segurança para usuários e recursos técnicos capazes de conjugar alta eficiência na prestação de serviços com consumo inteligente”.

– Ao mesmo tempo em que se mantém por meio de uma fonte de energia limpa, gratuita e renovável, sem gerar impacto ao meio ambiente, a rede desonera a matriz energética nacional. Como o sistema dispensa o uso de fiação, sua instalação e manutenção tornam-se mais fáceis – diz a assessoria da Concer.

FONTE – Diario de Petrópolis