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Escola de reserva extrativista do AM é iluminada com energia solar


Fornecer energia limpa e gratuita para comunidades ribeirinhas do Amazonas e promover o treinamento em tecnologias sociais foi o foco do curso realizado entre os dias 5 e 9 de julho, na Comunidade Cassianã, Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Lábrea (AM).

A energia elétrica está tão presente em nosso cotidiano que dificilmente imaginamos como é não ter acesso a ela, mas, para quase 2 milhões de brasileiros isso ainda é uma realidade que aos poucos vem se transformando por meio da energia solar fotovoltaica.

Uma parceria firmada pela WWF-Brasil juntamente com o instituto Mamirauá e a Usinazul (Energia Sustentável e Serviços Ambientais), com o apoio institucional da Schneider Eletric, J.A. Solar, UEA e da Prefeitura de Lábrea, promoveu na comunidade oficinas ministradas pelos técnicos do Programa Qualidade de Vida do Instituto Mamirauá de Tefé/Amazonas. 


Participaram do curso moradores das duas Resex de Lábrea, além de eletricistas da prefeitura e estudantes da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). As aulas teóricas abordaram os princípios básicos da eletricidade, fontes renováveis e não renováveis, os componentes do sistema fotovoltaico autônomo e como planejar e projetar esses sistemas, seus conceitos básicos e a gestão dessas tecnologias.

Após as atividades teóricas, os participantes foram submetidos a instalação de um sistema fotovoltaico para a geração de energia da própria escola. A escola, que atende cerca de 60 alunos, poderá ter aulas noturnas e ventilador, além disso, será possível fazer pesquisa pela internet e economizar no combustível, que antes era utilizado pelo gerador, que somente para as aulas noturnas, gastavam em média 3 litros de diesel, o que chegava a um gasto de R$ 450 por mês.

O professor de Educação de Jovens e Adultos, Cicleude Barroso, celebrou: “Só em pensar que agora não vamos mais ter o barulho do motor, para gente não tem preço. Tinha noite que faltava a voz”. Ainda, o morador da reserva, Jelsenir Barbosa de Souza, entusiasmado disse: “O curso foi bom demais! Um bom aprendizado! Estou na fé que coisas boas virão”.


A analista de Conservação no WWF-Brasil, Alessandra Mathyas, comentou o esforço de capacitação na comunidade: “Acompanhei vários casos de instalações que se perderam com o tempo porque na época não foi dada capacitação básica para os moradores locais de como cuidar dos seus sistemas. Então, para o WWF não faz sentido levar energia limpa sem capacitar os extrativistas que irão usufruir dessa energia para que ela seja usada da forma mais eficiente possível e com maior durabilidade”, contou.

A chegada da energia elétrica limpa na escola, a partir da energia solar, é apenas o primeiro passo. As instalações continuarão em setembro, com mais uma escola e um sistema de bombeamento de água de rio na Resex Médio Purus. Já na Ressex Ituxi, serão instalados sistemas de bombeamento de água, refrigeração e para equipamentos como despolpadeiras de frutas e extração de óleos vegetais.

ONG Litro de Luz leva energia elétrica em comunidades da amazônia


A “Litro de Luz”, organização não-governamental internacional que atua em 21 países, vem desenvolvendo um lindo projeto de inovação social com objetivo de levar iluminação para comunidades carentes que, seja por não ter acesso ou por não ter condições de pagar, vivem sem luz em suas casas, com isto a Litro de Luz vem, por meio de soluções sustentáveis, melhorando a qualidade de vida destas comunidades, possibilitando sua integração social.

Criada pelo mecânico brasileiro Alfredo Moser, em 2002, durante um apagão, a inovação foi adotada pelo filipino Illac Diaz, criador da My Shelter Foundation - que promove projetos sustentáveis de baixo-custo - que viu na solução criada por Moser, uma oportunidade para ajudar as famílias carentes em seu país, criando o projeto "Um Litro de Luz", em 2012, que devido ao sucesso do projeto, se transformou em uma ONG com maior crescimento no mundo no ramo de energia solar, com objetivo de iluminar comunidades que carecem de energia elétrica e falta de iluminação pública.


Em um intercâmbio para Naióbi, no Quênia, Vitor Belota Gomes, percebeu que a energia elétrica ainda era rara nas casas e escolas e, procurando soluções de baixo custo, encontrou o movimento global Liter of Light, projeto que utiliza garrafas pet para reproduzir suas lâmpadas, a solução para este problema. Ao voltar do intercâmbio, Vitor sentiu a necessidade de disseminar a técnica aprendida no projeto e, em 2013, fundou o Litro de Luz, representante oficial do movimento no Brasil.

O principal diferencial da organização está no empoderamento dos moradores e jovens voluntários, capacitando-os e oferecendo treinamento, estes por sua vez, trabalham para gerar a mudança dentro da sua própria comunidade, mantendo e replicando as fontes de luz. Hoje, a Litro de Luz utiliza quatro tipos de soluções ecológicas e economicamente sustentáveis para combater a falta de iluminação, sendo que para cada uma, há um emprego diferente: 

Lâmpada diurna e lâmpada noturna.

Lâmpada Diurna: Modelo mais comum e de mais fácil acesso, foi criada no Brasil, em 2002, pelo mecânico Alfredo Moser. Composta por uma garrafa de plástico preenchida com uma solução de água e cloro, é colocada em pequenos buracos nos telhados nas casas, de simples instalação e impacto imediato, a luz do sol incide pelo topo da garrafa e pelo efeito de refração se espalha por todo ambiente, o que equivale a potência de uma lâmpada de 55 watts, estima-se que sua vida útil é de aproximadamente 8 anos.

Lâmpada Noturna: Uma solução mais completa para as residências, ilumina tanto durante o dia quanto durante a noite. Para isso, utiliza a energia solar onde uma placa fotovoltaica carrega uma bateria que pode armazenar cerca de 32 horas de energia, acendendo as pequenas lâmpadas de LED acopladas dentro da garrafa. 

Poste e lampião.

Poste: Com tecnologia similar a lâmpada noturna, esta solução tem como objetivo a iluminação de áreas públicas. A lâmpada inserida na garrafa recebe energia de uma bateria estacionária de 12 volts que é abastecida pela energia solar captada pela placa fotovoltaica ao longo do dia. A solução composta por canos PVC, garrafas pet, painel solar, baterias e lâmpadas LED, os postes funcionam por no mínimo 20 anos e contam ainda com um sensor que mantém a lâmpada ligada por toda a noite, visando trazer maior conforto, sociabilidade, lazer e segurança para as comunidades.

Lampião: A mais nova solução da Litro de Luz, que apresenta uma solução móvel, tem como função iluminar os ambientes internos e externos, e diferente dos lampiões convencionais que utilizam fontes de energia fósseis e que poluem o meio ambiente, esta solução utiliza a energia solar, fonte renovável e limpa, garantindo o mesmo desempenho, sem poluir o meio ambiente. 



A ONG já premiada internacionalmente, com o World Habitat Awards 2015, da ONU, é o prêmio NOBEL de Energia Sustentável, o Zayed Energy Prize, recebeu o Prêmio St Andrews Prize For The Environment, da Universidade St Andrews na Escócia, e utilizará o valor recebido, cerca de US$ 100 mil dólares, para financiar soluções ecológicas e de combate a falta de iluminação em áreas que não possuem acesso à rede elétrica na Amazônia.

Segundo um levantamento da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, o Brasil possui mais de um milhão de casas sem acesso à energia, entre as comunidades no norte do país, a região onde há maior dificuldade de acesso à energia, 715 famílias não possuem energia elétrica. 


A comunidade de Dominguinhos, na Amazônia, selecionada pela ONG para participar do projeto, não tem rede de distribuição de energia elétrica, é atendida somente por um gerador que funciona por um curto período, entre 18h e 21h, e que dependem do fornecimento do diesel da prefeitura de Caapiranga. Porém, este combustível só atende a metade do mês, na outra, a comunidade fica no escuro.

O primeiro contato da Litro de Luz com as comunidades ribeirinhas da Amazônia aconteceu nos dias 3 a 7 de setembro de 2016, na comunidade de Dominguinhos, em Caapiranga, quando foram instalados 20 postes e 10 lampiões, impactando cerca de 400 moradores.


Já a segunda ação em Caapiranga, aconteceu nos dias 10 a 18 de março deste ano, e teve como objetivo iluminar mais 7 comunidades ribeirinhas da cidade, com uma instalação de 19 postes e 129 lampiões, impactando mais 800 moradores da região.


A cada poste instalado, são 250 quilos de CO2 que deixam de ir à atmosfera por ano, e segundo o presidente do movimento no Brasil, a intenção é de que durante os próximos três anos o projeto se dissemine e ajude a iluminar as comunidades ribeirinhas da Amazônia.


Amazônia perde o equivalente a 128 Campos de Futebol por hora

Em 2016, o desmatamento amazônico alcançou a maior taxa desde 2008, perdendo 7.989 km² de floresta.


Entre agosto de 2015 e julho de 2016 (calendário oficial para medir o desmatamento), a Amazônia perdeu 7.989 quilômetros quadrados (km²) de floresta, a maior taxa desde 2008, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) a partir de dados oficiais divulgados pelo governo federal no fim do ano passado.

O desmatamento no período equivale à derrubada de 128 campos de futebol por hora de floresta, segundo a entidade. O perfil fundiário dos responsáveis pela devastação teve pouca variação em relação aos últimos anos: a maior derrubada ocorreu nas propriedades privadas (35,4%), seguida de assentamentos (28,6%), terras públicas não destinadas e áreas sem informação cadastral (24%), e pelas unidades de conservação, que registraram 12% de todo o desmatamento verificado nos 12 meses analisados.

De acordo com o Panorama do desmatamento da Amazônia 2016, os estados que registraram maior aumento da taxa de desmatamento foram Amazonas, Acre e Pará, com incremento de 54%, 47% e 41%, respectivamente. Em números absolutos, o estado que mais desmatou foi o Pará, 3.025 km² de floresta a menos; seguido de Mato Grosso, que perdeu de 1.508 km² de vegetação nativa; e Rondônia, com 1.394 km² de derrubadas. Os três estados respondem por 75% do total desmatado em 2016.

Segundo o levantamento do Ipam, o ranking de dez municípios que lideram o desmatamento na Amazônia permanece praticamente inalterado nos últimos anos. Cinco municípios da lista são do Pará: Altamira, São Feliz do Xingu, Novo Repartimento, Portel e Novo Progresso. O ranking também tem dois municípios amazonenses: Lábrea e Apuí; dois de Rondônia: Porto Velho e Nova Mamoré; e um de Mato Grosso: Colniza, que lidera o desmatamento no estado há, pelo menos, quatro anos.

O estudo aponta a necessidade de envolvimento da sociedade no controle do desmatamento “com uma nova estruturação de ações de comando e controle, criação de uma agenda positiva de incentivos à eficiência da produção em áreas já desmatadas e mais apoio para quem mantém seu ativo florestal, bem com participação do mercado e do sistema bancário no controle do desmatamento”.

Histórico

Desde 2004, o desmatamento na Amazônia foi reduzido em mais de 70%, após o segundo pico mais alto da história do monitoramento do bioma, com 27.772 km². De 2009 a 2015, o ritmo da derrubada manteve-se estagnado em um patamar médio de 6.080 km² por ano. Em 2012, foi registrada a taxa de desmatamento mais baixa dos últimos 20 anos na Amazônia, com 4.571 km². No entanto, após essa data, o cenário de desmatamento apresentou sucessivos aumentos e pequenos recuos.

Os dados analisados pelo Ipam são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes).

Fonte: Ciclo Vivo

Sudam: crédito para renováveis deve trazer mais investimentos para região Norte

Uso de financiamento do FNO e FDA vai gerar empregos e melhorar PIB regional.


Por Pedro Aurélio Teixeira

A decisão do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia de incluir o financiamento de pequenas centrais hidrelétricas, parques eólicos e centrais fotovoltaicas, pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, e o investimento em projetos de infraestrutura urbana, pelo Fundo de Desenvolvimento da Amazônia pode trazer um novo ciclo de investimentos para a região. 

De acordo com o Superintendente da Sudam, Paulo Roberto Correia da Silva, as condições oferecidas pelo FNO e FDA vão propiciar que um número maior de empresas se instalem na região, contribuindo para a geração de renda e aquecendo a economia. "O aumento da demanda pelos recursos dos Fundos vai permitir a otimização do uso desses recursos, principalmente no caso do FDA, que por ser um Fundo orçamentário, os recursos não utilizados no exercício retornam para o Tesouro Nacional", explica.

O veto a projetos de energia vigorava desde 2012. Correa da Silva acredita que a linha vai resultar na atração de outras melhorias para os estados da região, uma vez que a implantação dessas usinas traz a reboque mais investimentos. "Sendo o setor energético de capital intensivo, não gera por si só grande número de empregos, a não ser na implantação, porém gera outras externalidades, dentre as quais a atração de novos investimentos geradores de emprego e renda e o aumento do PIB regional", avisa.

As usinas movidas a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas tendem a ser as fontes que mais vão demandar pedidos de acesso às linhas de crédito.

Segundo Correia da Silva, a Sudam tem recebido várias consultas não oficiais para essas fontes. As linhas já estão disponíveis para 2016. Os empreendedores que quiserem ter acesso ao crédito do FDA deverão apresentar consulta prévia à Sudam. Caso a consulta seja aprovada, o investidor vai receber um Termo de Enquadramento e vai negociar com os agentes operadores a apresentação para análise do projeto definitivo. Se o projeto for aprovado pelo agente operador, a Sudam decidirá a participação do FDA no projeto. Para o FNO, o interessado deve ir até a agência mais próxima para receber orientações para elaboração de projeto de viabilidade técnico econômico financeiro e se há enquadramento nos limites institucionais.

O superintendente conta que o financiamento já está disponível. Para acesso ao financiamento do FDA, os recursos deverão ser de no mínimo 20% e o fundo entra com 50% a 60% do investimento total do projeto, sendo 50% se ele estiver em áreas não prioritárias e 60% se forem prioritárias. As áreas prioritárias são as microrregiões de baixa renda, estagnada e dinâmicas definidas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Os encargos financeiros serão de 9,5% ao ano para projetos localizados em áreas prioritárias e 10,5% ao ano para áreas não prioritárias. A carência é de até um ano após o projeto entrar em operação.

Já no caso do financiamento pelo FNO, a participação dele deve chagar até 60% do investimento total do projeto e os juros serão de 11,18% para projetos de pequeno e médio porte e de 12,95% para os de grande porte. O financiado tem até 20 anos para pagar, incluída a carência de até 4 anos, por se tratar de financiamento destinado a empreendimentos de infraestrutura. O crédito das linhas está disponível apenas para projeto de geração de energia. Segundo o superintendente, há a intenção de incluir a transmissão de energia.

Fonte: Investimentos e Finanças

Kyocera inicia trabalho em usina solar flutuante de 13 MW

A Kyocera começou a construção do que diz ser a maior usina solar fotovoltaica flutuante do mundo. O projeto de 13,7 MW está localizado no Japão e deve ser concluído em 2018.

A Kyocera TCL Solar LLC iniciou as obras de construção de uma usina fotovoltaica solar flutuante de 13,7 MW no reservatório da represa de Yamakura, na província de Chiba, no Japão. Quando completa, prevista para 2018, espera-se que seja o maior projeto desse tipo no mundo, diz a empresa japonesa.

De acordo com relatórios em março passado, o Brasil está planejando instalar um enorme painel solar flutuante de 350 MW na usina hidrelétrica de Balbina, na Amazônia, o que o tornaria o maior do mundo, se concluído. Outros projetos semelhantes são muito menores, no entanto, tendem a ter menos de cinco MW.

No geral, a usina solar flutuante de 13,7 MW incluirá cerca de 51.000 módulos fotovoltaicos da Kyocera, instalados sobre uma superfície de água de 180.000 m2. A Kyocera Communication Systems Co., Ltd é responsável pela construção, enquanto a Kyocera Solar Corporation realizará serviços de O & M. A eletricidade gerada está programada para ser vendida à Tokyo Electric Power Company.

Este é o quarto projeto a ser executado pela empresa, que no ano passado realizou projetos solares flutuantes totalizando 1,7 MW e 1,2 MW em março, e 2,3 MW em junho.

GELO PARA AS COMUNIDADES ISOLADAS DA AMAZÔNIA

O tema pode causar estranheza à primeira vista para as pessoas que não conhecem a realidade de algumas regiões do estado do Amazonas. Afinal, por que estes lugares precisariam de gelo? Simples, existem muitas comunidades isoladas da Amazônia que não possuem acesso à energia elétrica e, portanto, têm grande dificuldades para conservar seus alimentos, grande parte produzidos por eles mesmos e que servem também como fonte de renda.


Agora, uma tecnologia inovadora promete ajudar os habitantes dessas regiões a melhorar suas qualidades de vida e aumentar suas rendas. Trata-se da instalação de máquinas de gelo feitas pelo Instituto Mamirauá, cujo funcionamento é garantido pela energia solar.

A tecnologia foi desenvolvida no Projeto Gelo Solar pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP).

"Esse é um dos diferenciais do projeto: transformar a radiação solar diretamente em gelo. Quando o sol nasce, a central já começa a gerar energia e automaticamente a máquina liga. Quando o sol se põe, a máquina desliga. Essa ideia é resultado de uma tese de doutorado na USP e agora a gente está conseguindo levar para o campo. Saiu da academia e agora chegou na comunidade", disse o pesquisador Aurélio Souza.

As primeiras três máquinas foram colocadas na comunidade de Vila Nova do Amanã, no município de Maraã, que já começou a sentir os benefícios com a produção de gelo na própria comunidade. As máquinas possuem capacidade para produzir até 90 quilos de gelo por dia.

O Projeto Gelo Solar foi o finalista do Desafio de Impacto Social Google Brasil e recebeu o prêmio de R$500 mil, permitindo que o Instituto Mamirauá que já está ajudando mais de 60 moradores da comunidade.

Antes das maquinações, os moradores da comunidade (e de muitas outras) precisam viajar até 15 horas de barco para vender seus produtos nos centros urbanos, gastando muito dinheiro pelo gelo que as embarcações vendem e diminuindo consideravelmente os lucros dos produtores. Com a máquina, a tendência é que as perdas caiam e as receitas aumentem.

O Instituto Mamirauá irá promover uma oficina com os moradores da comunidade para promover o uso da máquina até o final de setembro.

PURIFICADOR DE ÁGUA MOVIDO A ENERGIA SOLAR PARA POVOS INDÍGENAS


Água potável para comunidades indígenas e ribeirinhos do Amazonas: Ecolágua, um purificador de água movido a energia solar.

Povos que vivem na beira da maior bacia hidrográfica do mundo e não têm acesso à água limpa e potável. Não tinham, é verdade, mas boa para esse caso de saúde pública. E as comunidades ribeirinhas e as aldeias indígenas da bacia do Amazonas já têm uma esperança de que as doenças originadas da água infectada dos seus rios, não matem mais os seus habitantes.

Um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Roland Vetter inventou uma maneira, prática e rápida, de neutralizar os agentes microbianos ocorrentes nos rios amazônicos, o Ecolágua.

E como funciona? A invenção que consiste de uma caixa com filtro e luz ultravioleta tipo C que sai de um tubo de aço. A luz ultravioleta é usada para purificar as águas dos rios na Amazônia tornando-as potáveis, eliminando os agentes de várias doenças gastrointestinais causadores de mortes nas comunidades indígenas e ribeirinhas.

O purificador é capaz de purificar até 400 litros de água por hora e funciona com energia solar fotovoltaica gerada por 6 painéis solares, 2 delas para puxar a água do rio por uma bomba d’água e acumulá-la em um tanque de onde a água passará pelo filtro. As outras 4 abastecem uma bateria que mantêm acesa a luz violeta tipo C.

O efeito desinfetante da luz violeta tipo C é instantâneo e causa inviabilidade de multiplicação dos micro-organismos pois elimina o seu DNA. “Depois desses processos, a água está potável, livre de germes e pronta para o consumo” Vetter.

A caixa pesa 13 kg e tem um custo de produção de R$ 5 mil. Cada caixa tem potencial para purificar 400 l/h de água, o suficiente para abastecer todo o uso de água de 200 pessoas. Segundo o pesquisador, a duração das lâmpadas de ultravioleta é estimada em 3 anos.

Até o momento já foram instaladas unidades do Água Box em 19 comunidades do Amazonas e 8 aldeias indígenas.

A tecnologia do Ecolágua, anteriormente chamada de Água Box, foi patenteada em 2009 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Sistema de energia solar adaptado ao clima amazônico é instalado no AM

Plataforma foi implementada há uma semana em biblioteca de Instituto.
Modelo funciona em conjunto com distribuição de concessionária de energia.

Sistema contempla duas plataformas móveis; cada uma tem 12 placas solares com capacidade de 200 watts-pico (Foto: Eunice Venturi/Instituto Mamirauá)

Um sistema voltado à captação de energia solar foi implementado no município de Tefé, localizado a 523 km de Manaus. O modelo de duas placas solares é conhecido como Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede. O projeto é resultado de estudo do Grupo de Pesquisa em Inovação Desenvolvimento e Adaptação de Tecnologias Sustentáveis (Gpidats), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. O projeto foi adaptado para as características do clima na região Amazônica. O modelo acompanha a trajetória do sol.

Em entrevista ao G1, o coordenador do Núcleo de Inovações Tecnológicas Sustentáveis (Nits) de Mamirauá, Josivaldo Modesto, explicou que o sistema foi instalado inicialmente na Biblioteca Henry Walter Bates do instituto. "Esse é um sistema que gera energia a partir da radiação solar e alimenta uma determinada carga. Essa energia atende à demanda do local e gera um excedente entregue à rede da concessionária local - no caso, a Amazonas Energia", afirmou.

Segundo Modesto, o modelo instalado em Tefé contempla dois sistemas, cada um com uma plataforma móvel que acompanha a trajetória do sol. Na primeira semana de funcionamento, um dos sistemas gerou 92kw/h, o que representa menos 65kg de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera, de acordo com o pesquisador. "Cada um tem 12 placas solares e cada uma delas tem capacidade de 200 watts-pico. Os dois sistemas fazem o mesmo trabalho. Colocamos mais de um porque a demanda de energia da biblioteca requer um trabalho mais robusto", justificou.

A atuação "dupla" também ajuda os pesquisadores a entender o desempenho desse tipo de sistema nas condições climáticas do Amazonas. Primeira a ser instalada na região Norte, segundo o pesquisador, a estrutura é inspirada em uma metodologia já existente em diversas partes do mundo. "Adaptamos para as características da Amazônia. Temos um potencial solar muito bom aqui. Em contrapartida, a maior parte da energia gerada é por diesel, que polui e é mais nocivo ao aquecimento global", explicou Modesto.

Uma das características climáticas da região, o excesso de chuvas não deve atrapalhar a distribuição de energia na biblioteca. "Caso o tempo feche, o sistema automaticamente dosa a alimentação de energia com a concessionária local. Não tem como eliminar 100% a matriz de diesel. A ideia é que as duas trabalhem juntas e que haja uma equalização", afirmou o pesquisador.

Em funcionamento na biblioteca há uma semana, o sistema deve ser instalado em outro setor do Instituto Mamirauá até o fim do ano. "Agora vamos iniciar um processo de pesquisa que é a aquisição dos dados científicos para quantificar a energia que está entrando na biblioteca e o quanto de Dióxido de Carbono estamos evitando que seja emitido na atmosfera", sintetizou.

Legislação

A implementação desse tipo de sistema já é regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em lei de abril de 2012, a agência reguladora permite ao consumidor a instalação de pequenos geradores e a troca de energia com a distribuidora local. Além da energia solar, a legislação é válida para fontes hídricas, eólicas, biomassa e cogeração qualificada.

Por Camila Henriques
Fonte: G1 Amazonas

Greenpeace adota energia solar em definitivo na unidade de Manaus


O Greenpeace finalizou a instalação de 48 placas fotovoltaicas na sede Manaus. Elas terão capacidade para gerar, em média, 11,52kWp. A expectativa de geração é de cerca de 1000kwh/mês. As placas mostram ainda que a energia solar já é uma realidade e que precisa ser incentivada no Brasil. Com essa instalação, a organização quer apresentar os inúmeros benefícios dessa fonte renovável de energia solar. 

Com baixos impactos socioambientais, há ainda vantagens na geração de empregos verdes e de economia na conta de luz. Há mais de um ano, os brasileiros deixaram de ser apenas consumidores de energia para passarem a ser também geradores. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a resolução 482 que estabeleceu as condições gerais para a geração renovável de pequeno porte permitindo na prática descontos na conta de luz.

Fonte: A CRÍTICA

Turbina marinha na Amazônia

A empresa escocesa MTDS (Mowat Technical and Design Services Ltd.) concebeu um dispositivo singular, capaz de captar a energia de rios de fluxo lento - um mercado ainda inexplorado no mundo -, minimizando o impacto sobre o ambiente.

O protótipo de uma largura de 6 metros e de um peso de cerca de 50 toneladas foi fabricado em Caithness (no norte da Escócia), depois expedido para o Brasil para, enfim, ser instalado sobre um afluente do Amazonas, para um período de 12 meses de teste. Não obstante seu tamanho, este último será o menor e mais leve dos modelos de turbinas marinhas, e isto com o objetivo de facilitar o transporte e instalação.

Três anos de pesquisa foram necessários para desenvolver a turbina hidrocinética, que tem a particularidade de ser provida de pás verticais. Segundo a empresa, as pás da turbina podem se mover na mesma velocidade da corrente, o que faz com que a eficiência seja maximizada e os potenciais impactos à vida marinha sejam reduzidos ou eliminados.

Ilustração da turbina hidrocinética produzida pela MTDS escocesa.
Créditos: MTDS.

As vantagens do protótipo são: capacidade de produzir energia, não obstante às correntes de água relativamente lentas; fabricação barata; instalação fácil; manutenção mínima e conexão à rede simplificada.

"Existe um enorme potencial para as aldeias e cidades ribeirinhas que não têm acesso a uma alimentação elétrica suficiente, ou ainda de energia renovável", declarou M. Mowat, engenheiro da empresa MTDS. "Os mercados promissores estão no Chile, no Uruguai, passando pela China, Índia e Rússia."

FONTE: Enerzine