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Principais Incentivos para Energias Renováveis no Brasil

Chamada Pública (CP) ANEEL – De 2014 a 2016 entraram em operação as plantas FV da CP nº 013/2011 - Projetos Estratégicos: “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira” (24,6 MW contratados, ao custo de R$ 396 milhões). 

Isenção de IPI - De acordo com o Decreto nº 7.212, de 15/06/2010, são imunes à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais.

Isenção de ICMS - Pelo Convênio ICMS 101/97, celebrado entre as secretarias de Fazenda de todos os estados, há isenção do imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para as operações com equipamentos e componentes para o aproveitamento das energias solar e eólica, válido até 31/12/2021. 

Desconto na TUST/TUSD - A RN ANEEL 481/2012, ampliou para 80% o desconto na tarifa de uso do sistema de transmissão/distribuição (TUST/TUSD) para empreendimentos com potência inferior a 30 MW. 

Isenção de ICMS, PIS e Cofins na Geração Distribuída – Praticamente todos os estados isentam o ICMS sobre a energia que o consumidor gera. O tributo se aplica apenas sobre o excedente que ele consume da rede, e para instalações inferiores a 1 MW. O mesmo vale para o PIS e Cofins (Lei 13.169, de 6/10/2015). 

Redução do Imposto de Importação – A Resolução CAMEX 22, de 24/03/2016, prorroga até 31/12/2017 a manutenção de 2% para a alíquota incidente sobre bens de capital destinados à produção de equipamentos de geração solar fotovoltaica. 

Inclusão no programa “Mais Alimentos” - A partir de novembro de 2015, os equipamentos para produção de energia solar e eólica passaram a fazer parte do programa “Mais Alimentos”, o que possibilita financiamentos a juros mais baixos. 

Apoio BNDES - pela Lei 13.203, de 8/12/2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, foi autorizado a financiar, com taxas diferenciadas, os projetos de geração distribuída em hospitais e escolas públicas. 

Plano Inova Energia – Fundo de R$ 3 bilhões, criado em 2013, pelo BNDES, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e ANEEL, com foco na empresa privada e com o objetivo de pesquisa e inovação tecnológica nas áreas de: redes inteligentes de energia elétrica, linhas de transmissão de longa distância em alta tensão; energias alternativas, como a solar; e eficiência de veículos elétricos. 

Indústria eólica nacional quer expandir atuação e se tornar hub exportador


A indústria nacional dedicada à energia eólica esta em busca de uma nova forma de atuação, a de colocar a capacidade instalada local como um polo exportador, principalmente para a América do Sul e Caribe. Um dos motivadores para esse movimento é a dificuldade em se ter os 2 GW anuais de demanda para a manutenção da indústria local e a busca por manter-se atualizado tecnologicamente ante os equipamentos que são encontrados em outros países, resultado dos investimentos de fabricantes que investem em seu desenvolvimento.

Segundo a avaliação da presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoum, o Brasil apresentou um plano de nacionalização ambicioso e implementou-o com competência para cumprir as metas no tempo em que foram estabelecidos esses marcos. Mas, a questão agora que enfrenta é a volatilidade de demanda. Por isso que o setor precisa minimizar as variações e buscar novos mercados quando se pensa no fornecedor de aerogeradores.

“Do lado de quem compra essas máquinas é importante que as empresas estejam prontas para fornecer a tecnologia mais recente e uma política de nacionalização como a nossa tende a ter um bloqueio de desenvolvimento por fechar o mercado nacional”, comentou a executiva em um workshop que a Casa dos Ventos promoveu em São Paulo. A entidade, comentou, formou um grupo de trabalho no sentido de buscar alternativas para o produto nacional ganhar competitividade e nesse caminho a adoção do PPA em dólar poderia trazer benefícios importantes para a cadeia.

Hoje, continuou a representante do segmento, os fabricantes não veem mais como uma barreira a questão cambial desde que haja um processo de transição para que se adaptem. Com o PPA em dólar abre-se uma janela de oportunidade de importação de alguns componentes para serem montados localmente e com vistas a uma política de apoio à exportação. Dessa forma, continuou, poderia ser alcançada maior competitividade e o país tornar-se o hub de exportação em função de toda a cadeia que existe por aqui com as seis fabricantes que somam 4 GW de capacidade de produção anual.

Élbia lembrou que a política dolarizar passou ao largo do setor por conta desse processo de nacionalização da indústria eólica. Contudo, o BNDES não tem mais os recursos que teve no passado e que a atuação dos últimos 14 anos em termos de incentivar os investimentos não deverá se repetir. Por isso, os investidores tem que buscar no exterior esses recursos e aí vem a importância dessa ideia de ter o PPA em dólar. E ainda, da parte dos produtores, a maior competitividade vem da redução do custo Brasil. E que esse conceito de ficar fechado para a tecnologia não traz evolução nem escala para o mercado.

Esse posicionamento de abertura parcial encontra ressonância na Casa dos Ventos, que já defendeu essa alteração. Recentemente a empresa vendeu seus dois últimos projetos operacionais à britânica Actis para buscar fôlego financeiro e assim não depender do BNDES para implantar novos projetos. À época, o diretor de Negócios Lucas Araripe, afirmou que capitalizada a empresa consegue recorrer a linhas de financiamento mais baratas que a oferecido pelo banco de fomento federal uma vez que essas se encontram no exterior. E, ao mesmo tempo, trazer máquinas mais eficientes e a um valor menor que o encontrado localmente.

De acordo com o patriarca da família e fundador da Casa dos Ventos, Mário Araripe, hoje as máquinas nacionais estão em um degrau tecnológico mais abaixo do que o estado da arte que se encontra no exterior em função desse fechamento nacional, que associado à baixa demanda por equipamentos leva as fabricantes a postergarem os investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

“Precisamos ver se vale a pena restringir o conteúdo nacional. A evolução tecnológica é grande e, cada vez mais rápido, os aerogeradores estão sendo aperfeiçoados. No Brasil as máquinas ofertadas estão em degrau tecnológico menor por não ter a escala que tínhamos alguns anos atrás. Assim, há uma janela de oportunidade de desenvolver a eólica a colocar o PPA em dólar como Chile e Argentina e ter acesso ao que está sendo produzido no mundo”, afirmou o executivo. Araripe destacou que a companhia já analisou mais de 50 máquinas para uma mesma área e relatou que é possível obter ganhos de produtividade de até 10%, o que ajudaria a baratear a energia.

Élbia, da ABEEólica, disse que a avaliação de que adotar uma parcela do PPA atrelado ao dólar já não é mais um tema que preocupa economistas, inclusive alguns ligados ao Plano Real e que afastavam a indexação como forma de proteção da moeda nacional. Mas ainda assim, admite e necessário que se realize encontros com BNDES, Ministério da Fazenda e de Minas e Energia para mudar essa situação. Por isso, em um leilão de reserva que se espera para meados do segundo semestre não seria possível de implementar a novidade, mas que para um eventual A-5 em dezembro seria possível.

Fonte: Canal Energia

A Eficiência Energética em Edifícios


As mudanças do clima têm dado alertas contínuos dos riscos de não se cuidar do meio ambiente. Pensar na racionalização e consumo dos recursos, desenvolvendo propostas que melhoram a qualidade de vida e propor a reutilização e a reciclagem de materiais, a redução na emissão de poluentes, o reuso e racionalização do uso da água, a geração de energia limpa e a melhoria da mobilidade urbana se faz necessário atualmente.

A urbanização tem imposto desafios que devem ser enfrentados desde já. O mundo consome hoje, 50% a mais dos recursos naturais que a Terra é capaz de repor. A construção civil tem um importante papel por ser um dos setores que mais impactam o meio ambiente, responsável por 40% do consumo de energia mundial e, ainda, 50% das emissões de CO2, tornando-se a maior fonte geradora de resíduos de toda a sociedade. 


Alcançar esse objetivo exige uma revisão de atitudes e procedimentos de todos os responsáveis, públicos e privados. A construção civil tem muito a contribuir com soluções para o futuro sustentável, mas a busca por construir edificações para cidades mais sustentáveis demanda um trabalho coletivo que precisa e deve ser aperfeiçoado continuamente.

A preocupação com edificações mais eficientes e sustentáveis cresce exponencialmente nos dias atuais. Empregando estratégias bioclimáticas e a otimização de recursos naturais é possível projetar edificações com baixo consumo energético, e que ao mesmo tempo possa proporcionar conforto ao usuário. Além de atitudes ecologicamente corretas, uma planta sustentável reduz os custos operacionais do edifício e os custos em sua manutenção e, além disso, agrega valor ao imóvel. 


Segundo dados do Balanço Energético Nacional 2014, o consumo de energia elétrica nas edificações comerciais, públicas e residenciais, corresponde a 48,5% da energia consumida no Brasil, sendo 24,2% deste total de consumo em edificações residenciais, seguidas das edificações comerciais (16,3%) e públicas (8%), o que não ocorria a 10 anos atrás, quando as indústrias ocupavam a primeira posição do ranking.

O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) é coordenado pelo INMETRO e se caracteriza por promover informações sobre o desempenho dos produtos de modo que possa influenciar a decisão de compra do consumidor, utilizando a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), para que este possa considerar também, características além do preço, estimulando a competitividade através de produtos cada vez mais eficientes.


Desde 2009, o país conta com o Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica), ferramenta de avaliação do potencial de desempenho energéticos de uma edificação, obedecendo normas e regulamentos específicos, com a finalidade de promover a eficiência energética.

O PROCEL tem o objetivo de promover a racionalização da produção e do consumo de energia, combatendo seu desperdício. O Selo Procel de Edificações, lançado em 2014, tem como objetivo promover o desenvolvimento de sistemas eficientes de iluminação, climatização, envoltória, aquecimento de água e força motriz, dos prédios do país com a finalidade de motivar o consumidor a adquirir e utilizar imóveis mais eficientes.

A partir do PBE Edifica, foram criados os Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais de Serviços e Públicos (RTQ-C), que tem como objetivo especificar os requisitos técnicos a serem avaliados e os métodos de classificação quanto a sua eficiência energética, para a obtenção da ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) que pode ser outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construída.

Publicada em 2014, a Instrução Normativa nº 2 da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, torna obrigatória a etiquetagem de prédios públicos novos ou que passem por reforma (retrofit). Já os prédios de serviços e comerciais privados são voluntariamente avaliados.

Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos, são avaliados três principais sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. Já nas Unidades Habitacionais são avaliados: a envoltória e o sistema de aquecimento de água.


A interferência no consumo de energia pode ser relacionada à algumas variáveis como: elementos da envoltória, orientação dos compartimentos, tamanho de vãos de aberturas, números e tipos de lâmpadas, condicionamento de ar e demais equipamentos, utilizando-os adequadamente e mantendo sempre em boas condições.

Ponto avaliado pela etiquetagem, a envoltória e seus elementos construtivos, quando dispostos de maneira errada na região geográfica onde se encontra, podem permitir um ganho excessivo de calor. É fundamental a preocupação com o isolamento térmico e seus componentes, assim como também com a proteção à insolação direta nos locais mais quentes.

Já a iluminação, outro ponto avaliado na etiquetagem, deve ter como principal objetivo, reduzir sua potência instalada por meio de substituições de equipamentos de eficiência energética e com maior vida útil, assim como também, o aproveitamento da luz natural difusa durante o dia.

Responsável pela maior parte do consumo de energia em edifícios públicos, de serviços e comerciais, o sistema de condicionamento de ar, deve ser projetado de maneira que os usuários tenham conforto térmico com o menor consumo possível, utilizando equipamentos eficientes energeticamente. 

É possível a aquisição da etiqueta de forma parcial que pode ser concedida a partir da avaliação de um ou dois sistemas, sendo a envoltória sempre inclusa. Já na etiqueta geral, são avaliados os três sistemas, gerando uma classificação final de “A” para mais eficiente e “E” para menos eficientes. Projetos que tem como iniciativa aumentar ainda mais a eficiência energética, são consideradas bonificações e ajudam a melhorar a classificação na etiqueta.

Uma edificação que possui classificação classe “A”, permite com que o edifício possua um valor agregado superior aos demais, reduz as emissões de carbono e estimula a competitividade dos edifícios, transformando o mercado de construção civil. O programa de etiquetagem conta com linhas de crédito do BNDES disponíveis para pequenas e médias empresas dos setores de comércio, serviços e turismo que queiram investir em atividades de eficiência energética. 


A maioria das edificações brasileiras ainda geram um grande desperdício de energia, entre eles, prédios públicos e comerciais.Os prédios podem ser projetados para aproveitar os recursos naturais, exigindo um menor uso de aparelhos artificiais. Já existem grandes avanços na área como o desenvolvimento de materiais e tecnologias que permitem o uso da eletricidade, de maneira eficiente, sem abrir mão do conforto dos usuários.

A etiquetagem de eficiência energética é uma ferramenta objetiva e eficaz para atestar o nível de eficiência de um projeto de edificação e permite aos profissionais ligados à construção e ao consumidor final, uma forma inovadora de se pensar em edificações no Brasil, com atitudes mais sustentáveis e conscientes.

MME trabalha para desonerar a cadeia tributária da indústria solar

Meta é incluir os insumos e maquinários do setor na mesma regra do PADIS.

Por Wagner Freire

O Ministério de Minas e Energia está elaborando uma proposta de desoneração tributária que pode acelerar o desenvolvimento da indústria fotovoltaica no Brasil. Hoje a tributação que incide sobre os insumos e maquinários produzidos no país faz que com o painel solar nacional seja até 30% mais caro que o produto acabado importado, desestimulando a produção local e a vinda de novas empresas.

Segundo o secretário de Planejamento e Política Energética do MME, Eduardo Azevedo, estão em estudo duas propostas: ou incluir os insumos e maquinários do setor fotovoltaico no atual Padis ou criar um segundo Padis específico para o setor solar. A ideia é que a desoneração seja implementada ainda este ano. “Sabemos que quando se mexe com arrecadação, mesmo que ainda não esteja acontecendo, isso é algo que tem que ser visto com calma”, ponderou o representante do governo, que falou com jornalistas nesta terça-feira, 23 de agosto, em São Paulo.

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) é um conjunto de incentivos federais estabelecidos com o objetivo de contribuir para a atração de investimento e ampliação da cadeia existente. O Padis trabalha redução da alíquota de IPI, PIS e Cofins sobre insumos produtivos e maquinários, e na redução de imposto de renda da pessoa jurídica.

Hoje o governo brasileiro tem o desafio de atrair a indústria fotovoltaica para o país. O primeiro passo já foi dado com a realização de leilões regulares para a contratação da fonte. Para que os projetos saiam do papel, contudo, são necessárias fontes de financiamento. O BNDES exige para a liberação de recursos que o empreendedor compre equipamentos nacionais. Ocorre que, por conta da carga tributária, o equipamento nacional não tem competitividade para disputar com o importado. Reflexo disso é o aumento das importações desses produtos e o atraso na instalação da indústria solar brasileira.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia, explicou que 90% dos custos de uma indústria solar são gastos com os insumos produtivos. “Se o seu insumo produtivo é tributado, a sua competitividade é afetada pela vida útil da fábrica e isso vai ser refletido no preço final dos equipamentos. Esse ajuste é fundamental para trazer a competitividade para os fabricantes [nacionais], principalmente porque o Brasil está inserido num mundo cada vez mais globalizado, em que a fabricação vai ter uma competição recorrente [de fora].”

Azevedo disse que o ministério também trabalha em outras frentes para trazer “isonomia tributária” para o setor fotovoltaico na compra dos equipamentos. De acordo com Sauaia, essa medida adicional poderia reduzir em mais 10% o custo de compra dos módulos, que somada a redução de 30% esperada pelo Padis, colocaria o equipamento nacional em condições de competir com o importado, desenvolvendo a indústria local e criando empregos de qualidade.

Governo estuda ampliar para 30 anos contratos de energia solar

Para Absolar, medida vai tornar a fonte mais competitiva, reduzindo preço médio e melhorando retorno sobre investimento

Por Wagner Freire

O secretário de Planejamento e Política Energética do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, afirmou nesta terça-feira, 23 de agosto, que o governo estuda ampliar de 20 para 30 anos os prazos dos contratos de fonte solar. O anúncio feito durante a Intersolar, em São Paulo, foi bem recebido pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da entidade, essa mudança vai tornar a energia solar mais competitiva, reduzindo o preço médio de contratação da energia nos leilões e melhorando o retorno sobre o investimento.

Isso seria possível, explicou Sauaia, porque o financiamento do BNDES poderia ser alongado de 16 para 20 anos. “Isso ajuda a reduzir os custos financeiros”, disse. O segundo ponto é que um contrato mais longo permite que o empreendedor oferte energia a um preço menor no leilão e, de quebra, melhore o retorno sobre os empreendimentos. “Por conta desde dois fatores, a mudança de prazo é um sinal muito positivo...É uma mudança muito objetiva, um aprimoramento fácil de ser realizado”, avaliou Sauaia.

BNDES financia R$ 254 mi para usinas eólicas no Ceará


Os municípios cearenses de São Gonçalo do Amarante e Amontada deverão receber a construção de cinco novas centrais geradoras de energia eólica. Isso deverá ocorrer em breve, pois o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou um financiamento de R$ 254 milhões para aa obras civis. As usinas – que serão controladas pela Ventus Energia Renováveis S.A, vencedora do leilão de energia de reserva de 2009 –, têm capacidade instalada de 121,8 MW. O BNDES financiará 50,2% do valor total dos investimentos, de R$ 503 milhões, e os recursos movimentarão de maneira significativa as economias dos dois municípios e, até mesmo, do Estado.

Os cinco parques eólicos contarão com 58 aerogeradores, fornecidos pela Suzlon Energia Eólica do Brasil, e são divididos em dois complexos: o Complexo Icaraí (Central Geradora Eólica Icaraí I S/A e Icaraí II S/A) e o Complexo Taíba (Central Geradora Eólica Taíba Águia S/A, Central Eólica Geradora Taíba Andorinha e Central Geradora Eólica Colônia S/A). Além do grande volume de recursos que estarão circulando nas áreas onde as usinas serão instaladas, haverá a geração de centenas de postos de trabalho, muitos deles qualificados.

CAPACIDADES


O Complexo Icaraí, em Amontada, tem capacidade geradora de 61,5 MW e o Taíba, localizado em São Gonçalo do Amarante, de 57,6 MW. Ambos estão conectados ao sistema de distribuição da Companhia Hidro E létrica do São Francisco (Chesf). Com o apoio, o BNDES contribui para a diversificação da matriz energética brasileira, com uma fonte limpa e renovável, e para a redução das emissões de gases de efeito estufa por MW/h de energia gerada no sistema interligado. Além disso, os investimentos trazem benefícios econômicos e sociais aos municípios cearenses, estimulando o desenvolvimento da região.

CARTEIRA

O BNDES possui, atualmente, uma carteira com 51 projetos de financiamento de geração eólica, totalizando 5,5 mil MW e investimentos totais da ordem de R$ 25 bilhões. Trata-se de um setor prioritário para a diretoria de assuntos estratégicos do banco. O aumento de seu peso na matriz energética brasileira tem contribuído para a instalação de uma indústria de fornecedores nacionais de aerogeradores, além de permitir aumento da oferta de energia, a partir de fonte renovável e limpa, contribuindo de maneira significativa para o meio ambiente.

Equipamentos de energia solar serão incluídos no Finame

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) criou regras específicas para incluir fabricantes da cadeia de geração de energia elétrica solar no cadastro da Finame, linha de financiamento para bens de capital. As regras foram anunciadas nesta terça-feira, 12, junto das condições de financiamento para os empreendedores vencedores do primeiro leilão de geração de energia elétrica solar, marcado para 31 de outubro.

Em nota, a instituição de fomento destaca que a entrada da fonte solar na matriz energética brasileira também abre caminho para o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores locais de equipamentos, e o BNDES quer aproveitar a oportunidade para desenvolver essa indústria. Para isso, o BNDES criou a Metodologia de Credenciamento e Apuração de Conteúdo local de Módulos e Sistemas Fotovoltaicos. Segundo o banco de fomento, as regras específicas para o credenciamento de equipamentos de tecnologia fotovoltaica incluem exigência de nacionalização progressiva de componentes e processos específicos, ao longo do período de implementação do plano.

Essa flexibilização se dará de 2016 a 2019, prazo para que todos os fabricantes produzam células fotovoltaicas no país. Até lá, o BNDES reduzirá a exigência de conteúdo local dos equipamentos para concessão do financiamento. Quanto mais equipamentos e insumos forem comprados no Brasil, maior será a participação do banco no financiamento. O máximo de participação do BNDES no custo total da usina solar será de 70%.

Já as condições de financiamento aos empreendedores vencedores do futuro leilão serão as oferecidas na linha BNDES Finem, com custo financeiro baseado na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, atualmente em 5% ao ano). Parte dos recursos virá do Fundo Clima, cujo custo financeiro é de 0,1% ao ano. Além disso, o custo final do empréstimo inclui a remuneração básica do BNDES (1,0% ao ano); a taxa de risco de crédito, que varia de 0,4% ao ano a 2,87% ao ano, em função do risco do crédito do cliente; a taxa de intermediação financeira (0,5% ao ano); e a remuneração do agente financeiro, quando a operação é indireta.


Fonte: O ESTADO DE S. PAULO 

BNDES deve lançar linha de financiamento de longo prazo para solar.

Percentual mínimo de conteúdo local dos projetos, atualmente de 60%, deverá ser flexibilizado.


O setor solar aguarda até setembro o lançamento de uma nova linha de financiamento de longo prazo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com condições mais flexíveis do que as atuais, especialmente no que tange à questão do conteúdo local dos equipamentos. A expectativa é que o crédito já possa ser tomado pelos empreendedores que licitarem seus projetos no Leilão de Energia de Reserva (LER), marcado para 31 de outubro.

De acordo com Rodrigo Lopes Sauaia, diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a questão da redução do percentual de conteúdo local para equipamentos ainda está sendo analisada internamente pelo banco de fomento. A única certeza é que a meta atual, de 60%, não é alcançável. “O nosso papel é dar subsídios à essa discussão, indicando quais áreas da cadeia produtiva teriam mais facilidade de se viabilizar com a flexibilização”, disse, durante o IV Ecoenergy, realizado nesta quarta-feira (16/07), em São Paulo.

Sauaia aponta que o Brasil já possui know-how no segmento de cabos e conectores e poderia iniciar a estruturação da cadeia produtiva pelos equipamentos acabados, fazendo a montagem com equipamentos importados até que se consiga fazer toda a produção nacionalmente.

Essa nova linha de crédito deverá atender especificamente os empreendedores, mas o setor pleiteia ainda a criação de um modelo de financiamento para a compra de equipamentos industriais, praticamente inexistente no momento.

O LER deverá ajudar nesse processo. Expectativas de mercado apontam de 500MW a 1GW de contratação no certame, o que deverá representar “uma quebra de paradigmas, a virada de mesa para o setor fotovoltaico”, avalia Sauaia, que acredita que o preço-teto deverá ficar na casa dos 250/MWh.

O sucesso deste primeiro certame, aliado ao cumprimento dos planos de governo, de contratar 3,5GW de solar até 2018, podem dar o sinal necessário para que a indústria se desenvolva. “Uma fábrica de módulo fotovoltaico precisa de uma demanda mínima anual de 500MW para se viabilizar. Todo país que começa a desenvolver sua cadeia, começa pelo módulo porque requer um volume menor”, explicou.

Fonte: Jornal da Energia