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Usinas de cana têm R$ 500 milhões a receber por eletricidade entregue

O bagaço é a fonte de biomassa da cana mais empregada para gerar eletricidade 
(Foto: Arquivo/JornalCana)

Usinas de cana-de-açúcar têm R$ 500 milhões a receber por eletricidade entregue e não paga.

Esse valor é divulgado pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) a partir de dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Qual o motivo desses R$ 500 milhões não serem pagos?

O motivo é que o valor está bloqueado em função de uma série de liminares movidas por geradoras de energia, em sua maioria usinas hidrelétricas.

Por que essas geradoras moveram as liminares?

Elas entraram com as liminares para evitar o pagamento de valores da eletricidade adquirida com base no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).

O PLD tem custos mais elevados ante os contratados.

E por que elas compraram a valores acima dos contratados?

Compraram porque desde o fim de 2014, devido a escassez de chuvas, os geradores hidrelétricos reduziram sua capacidade de geração.

Para compensar a produção menor, devido a falta de água nos reservatórios, as geradoras recorreram ao mercado de curto prazo com os preços lastreados pelo PLD.

Além dos R$ 500 milhões da eletricidade não paga para as usinas de cana, há mais valor bloqueado?

Sim. Segundo valor divulgado pela Cogen a partir da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a dívida ultrapassa R$ 7 bilhões.

Este impasse está no fim?

O impasse gira em torno do Generation Scaling Factor (GSF).

Ele faz a relação entre o volume de energia efetivamente gerado pelo Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) e a Garantia Física total do mecanismo.

É aí que entra a eletricidade gerada pela biomassa da cana-de-açúcar.

Como assim?

A eletricidade de biomassa acima da garantia física do empreendimento foi entregue, baseada no PLD, mas o valor ficou retido por liminares.

Tem como resolver esse impasse?

Esse impasse pode ser resolvido, segundo a Cogen.

Como assim?

A Cogen propõe a edição de uma Medida Provisória (MP) para resolver o imbróglio.

“Uma alternativa seria o Governo editar uma MP, buscando uma solução para que todo mundo volte a pagar”, afirma o presidente da Cogen, Newton Duarte.

Só agrava

Segundo o presidente da Cogen, o problema só se agrava.

Por que?

A demanda de energia tende a ser cada vez maior com o crescimento da economia e as dívidas estão crescendo, destaca a Cogen.

Além disso é preciso que o Congresso repense o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).

É preciso mitigar os riscos inerentes aos fatores hidrológicos e superando as instabilidades para o futuro.

“O setor de geração a biomassa é bastante impactado porque ele tem uma possibilidade de gerar acima da garantia física com muita rapidez. Pelas regras, tudo que é gerado acima da garantia física obrigatoriamente tem que ser liquidado no mercado de curto prazo. Às vezes, para gerar mais energia, uma usina da região de São José do Rio Preto, por exemplo, faz o esforço de adquirir cavaco de madeira do norte do Paraná. Ele precisa pagar esse fornecedor, mas, ao liquidar no PLD, às vezes recebe 3% a 5% do valor total. É inviável”, completa o gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar de Souza. 


Garantia física

Uma das propostas da Cogen e da UNICA para solucionar essa conjuntura é a ampliação da garantia física declarada das usinas que cogeram a biomassa.

A garantia física de uma usina é publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e representa o montante de bioeletricidade que pode ser comercializado, na forma de contratos nos ambientes livre ou regulado.

“Precisamos encontrar uma forma aceitável de regramento para que a usina possa vender essa produção a mais no mercado livre”, explica Leonardo Caio Filho, Diretor de Tecnologia a Regulação da Cogen.
“Nossa proposta é de uma garantia física declarada, que possa ser medida naquele e prazo e passe a valer. Hoje, não há nenhum sentido econômico para que as usinas gerem além da garantia física”, relata.
“Elas vendem o excedente pelo PLD, não recebem e prefeririam vender em contratos bilaterais, de forma que tudo que elas possam receber por tudo que produzam”, conclui.


Nova regra

Segundo Caio Filho, uma nova regra poderia impulsionar a geração de bioeletricidade em até 10% no período da safra de cana (de abril a novembro), poupando quase dois pontos percentuais dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste.

Em 2018, a a eletricidade gerada a partir da biomassa canavieira contribuiu para uma importante economia de recursos hídricos.

Isso evitou uma redução de 15 pontos percentuais nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste.

Atualmente, estes reservatórios estão em 44,5% da sua capacidade.

Mas no auge do período seco esse nível costuma baixar para a casa dos 20%.

Cartilha traz informações sobre o mercado livre de energia


Documento foi lançado em 16/04 em Sertãozinho

“A bioeletricidade da cana e o mercado livre de energia elétrica no Brasil” é o nome de recém-lançada cartilha.

Ela foi lançada na terça-feira (16/04) em Sertãozinho (SP).

O que traz a cartilha?

A cartilha traz informações sobre a participação da bioeletricidade no mercado livre de energia elétrica e as principais características daquele mercado.

Quem elaborou o documento?

A elaboração da Cartilha foi uma iniciativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE BR), da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN) e da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL).

A Replace Consultoria ficou responsável pela impressão da Cartilha.

30% de toda a energia

Que informações têm a Cartilha?

A Cartilha mostra, por exemplo, que o consumo de energia no mercado livre em 2018 foi de 19.084 MWmed.

Esse montante representa 30% de toda a energia elétrica consumida no País.

Quanto representa esse volume?

Esse volume representa um aumento de 4,2% no consumo em relação aos 12 meses anteriores.

Liderança no ranking

De acordo com a Cartilha, em fevereiro deste ano, a bioeletricidade liderou o ranking do quanto da energia gerada pelas renováveis é vendida no mercado livre (76%).

Em segundo lugar vêm as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs (65%) e depois as eólicas (45%).

Em fevereiro de 2019, tínhamos 5.819 consumidores no mercado livre de energia elétrica.

A Cartilha foi divulgada oficialmente durante o 1º Seminário “Dia do Mercado Livre de Energia”, ocorrido em Sertãozinho (SP), e organizado pelas Associações responsáveis pela Cartilha. Mais de 100 pessoas participaram do Seminário discutindo temas relevantes para a bioeletricidade e o mercado livre de energia elétrica no Brasil.

BAIXE AGORA SUA CARTILHA:


Cartilha "Bioeletricidade II"

Desde o início do ano, a produção de energia renovável na Ucrânia aumentou em 30%


Em janeiro-fevereiro, a geração alternativa - eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e biogás - aumentou a geração de eletricidade em comparação com o mesmo período de 2018 em 31,5%, para 465,62 milhões de kWh.

Isto é evidenciado pelos dados da filial "Comprador garantido" da SE "Energorynok", relatórios expro.com.ua. 

Em particular, em janeiro, foram produzidos 214,5 milhões de kWh e, em fevereiro, 251,12 milhões de kWh.

Em janeiro-fevereiro, 56,3% ou 262,1 milhões de kWh de eletricidade foram produzidos por parques eólicos, 24,1% (112,4 milhões de kWh) - SES, 10% (46,8 milhões de kWh) - HPS, 6% - biogás e 3,6% - biomassa.

CAROÇO DE AÇAÍ VIRA FONTE DE ENERGIA DESCOBERTA POR ESTUDANTES DA ESCOLA PÚBLICA


Dá um baita orgulho da educação pública quando sabemos de notícias como esta: três estudantes e um professor do Curso Técnico em Florestas do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) - Campus Imperatriz - desenvolveram uma solução para o uso do caroço de açaí descartado em pontos de venda do produto na cidade.

O açaí é uma fruta bastante abundante nessa região amazônica, assim como, claro, o seu caroço. Pensando numa solução viável para o amontoado de caroços espalhados por Imperatriz, o grupo de pesquisadores testou o uso do material no lugar da lenha como fonte de energia na queima para a produção de tijolos de cerâmica.

A pesquisa “Caroço de açaí como fonte de energia alternativa na produção de tijolos nas olarias da cidade de Imperatriz-MA” foi liderada pelo professor e químico Roberto Peres da Silva e desenvolvida pelos estudantes Daniele Barros, Higor de Amorim e Karollyne Lima.

Os caroços de açaí, em Imperatriz, são armazenados em sacolas recolhidas pela coleta de lixo. O destino desse material é o aterro ou o descarte irregular em terrenos baldios. Cientes do problema ambiental, o grupo decidiu testar os caroços na fabricação de tijolos de cerâmica, já que Imperatriz é um polo de fabricação do produto.

Os resultados da pesquisa foram satisfatórios, já que o caroço de açaí teve um desempenho 20% mais eficiente do que a lenha. Segundo Daniele Barros:

“O poder calorífico dele é bem maior. Conseguimos produzir um milheiro de tijolos com apenas 0,82m³ de caroço de açaí, enquanto que para produzir a mesma quantidade de tijolos, gastamos mais, 1m³ de lenha”.

Outra descoberta resultante do trabalho de investigação foi a incorporação das cinzas da queima do caroço de açaí aos próprios tijolos.


“O tijolo com cinza de caroço de açaí se mostrou mais resistente em testes de prensa. Acreditamos na viabilidade, pois a produção artesanal poderia garantir a absorção dos caroços descartados e ainda baratear o custo da fabricação”, explica Higor de Amorim.

A pesquisa dos estudantes do Instituto Federal do Maranhão mostra a importância de serem desenvolvidas soluções para a conservação do ecossistema, bem como a valorização da pesquisa e da educação pública para o país.

A estudante Daniele destacou, em entrevista para a Rádio EBC, a importância do curso técnicopara a sua vida e para a pesquisa ambiental:

“Está tendo muito desmatamento, então, [o curso] é muito importante que a gente tenha esse conhecimento, para a gente poder utilizar melhor os recursos florestais, que estão sendo usados de maneira muito inapropriada”.

Já Higor de Amorim disse que a maior experiência do curso foi ter-lhe despertado a conscientização e a sensibilização ambiental.

Que mais jovens tenham a oportunidade de estudar em uma escola pública de qualidade e antenada às necessidades contemporâneas de nossa sociedade!

No Paraná, município poderá “zerar” conta de energia com uso do biogás


Uma pequena cidade que conta com pouco mais de 4,2 mil habitantes, mas com mais de 245 mil suínos e 390 mil aves, pode dar um exemplo para o Brasil. O município de Entre Rios do Oeste, em breve, poderá transformar essa grande geração de dejetos animais – e um passivo ambiental preocupante – em produção de energia elétrica por meio do biogás.

Com essa energia, a cidade pretende “zerar” as contas de energia os órgãos municipais e da iluminação pública por meio do biogás local. Inicialmente, 17 propriedades serão responsáveis pela produção de biogás, interligadas por meio de um gasoduto com cerca de 22 quilômetros de extensão.

O investimento de R$ 17 milhões é fruto de recursos de P&D aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O projeto envolve o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a Prefeitura de Entre Rios do Oeste e o Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás), com financiamento da Copel.

“No início muitas pessoas duvidavam da eficácia desse projeto, porém com o passar do tempo esses produtores começaram a dar depoimentos sobre os benefícios financeiros e ambientais que isso trazia”, destaca Rejane Vogt Anderle, assessora pedagógica e gestora de Educação Ambiental pela Rede de Educação Ambiental da Itaipu.

Além dos benefícios ambientais, o projeto pode proporcionar uma renda extra aos produtores, que poderão comercializar o biofertilizante resultante do processo.

Cientistas russos sugerem o uso de resíduos, como combustível

Cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk (TPU) desenvolveram um método eficiente, econômico e ambientalmente amigável o destino dos resíduos sólidos urbanos (RSU), queimando-os como aditivos para combustíveis líquidos compostos. 


Mais de 50 milhões de toneladas de RSU são produzidos na Rússia anualmente que poderiam ser usadas pela indústria, como combustível.

De acordo com Dmitry Glushkov, um professor associado da Escola de Pesquisa de Física de Alta Energia da TPU, adicionar resíduos a um combustível composto de usinas termelétricas pode reduzir grandemente a quantidade total de RSU enterrado, e potenciar o desenvolvimento de tecnologia de tratamento de RSU relacionada, tendo como grande vantagem reduzir o consumo de carvão térmico para produção de energia elétrica.

Ele explicou que a equipe de pesquisa havia estudado as dependências e características de ignição e combustão de combustíveis líquidos compostos contendo partículas finas de RSU (madeira, borracha, plástico e papelão) nos grandes fornos das caldeiras.

Também foi verificado que os combustíveis com RSU têm muito menos​​ concentrações de óxido de nitrogênio e óxido de enxofre nos gazes de escape, em comparação com combustíveis ditos normais. A diferença máxima nas concentrações de NOx e SOx para esses combustíveis atinge 70% e 45%, respetivamente.

Os investigadores acreditam que suas descobertas servirão de base para elaborar uma tecnologia de reutilização amiga do ambiente e econômica para os tipos de RSU que não podem ser processados ​​agora. Essa tecnologia pode ser introduzida em usinas termelétricas a carvão durante um período de transição de 10 a 15 anos, enquanto o sistema de eliminação de resíduos é atualizado. Será uma transição do armazenamento e enterro dos RSU para reciclagem e reutilização quando a construção de instalações de incineração de resíduos não for viável.

Em 2017, os investigadores da TPU desenvolveram um conjunto de combustíveis líquidos compostos com base em resíduos industriais (carvão de baixa qualidade, água e líquido inflamável) cuja temperatura de combustão é comparável à do carvão térmico com menos emissões de gases de efeito estufa.

Fonte: SputnikNews

NO BRASIL, LIXO ORGÂNICO E ESGOTO JÁ GERAM ENERGIA!

Já pensou o quanto seria bom para o meio ambiente e para a sociedade se todo o lixo que produzimos virasse energia?


Esse “sonho” vem se tornando realidade, pouco a pouco, graças a ações isoladas que vêm sendo feitas no país. Uma delas é uma usina, no Paraná, que opera um processo chamado biodigestão.

O projeto paranaense: lixo e esgoto geram energia

A CS Bioenergia, formada pela estatal Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e pelo grupo Cattalini Bio Energia, recebeu no ano passado, a Licença de Operação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para gerar biogás.

O biogás é gerado através da biodigestão, processo que se inicia com a chegada de lodo à estação de esgoto de tratamento e o seu armazenamento em um tanque, ao mesmo tempo em que chegam, também, os resíduos sólidos. Estes são separados e os plásticos são deles retirados. A parte orgânica é limpa para, então, o material ser enviado ao tanque de biodigestão, onde o lodo será adicionado.

O lodo é um material cheio de bactérias, que se alimentam, por sua vez, de material orgânico, que produz um gás com abundância de metano. O diretor da Cattalini Bio Energia, Sérgio Vidoto, explica que: “Essa é a combinação perfeita para gerar o biogás de excelente qualidade”.

A capacidade de geração de energia elétrica da usina é de 2,8 megawatts, quantidade suficiente para abastecer duas mil residências populares.

São várias as vantagens do biogás produzido no Paraná:

  • Primeiramente, ele ajuda a reduzir o lixo urbano, já que 1000 metros cúbicos (m3) de lodo de esgoto e 300 toneladas de resíduos orgânicos são totalmente aproveitados na usina - lixo que seria descartado diariamente no meio ambiente.
  • Em segundo lugar, a eletricidade gerada pelo lixo e pelo esgoto será fornecida para moradias populares, ou seja, a tecnologia está sendo empregada para o uso social.
  • Em terceiro lugar, além do biogás, com as sobras dos resíduos orgânicos são produzidos biofertilizantes.
  • Sem falar no plástico que chega à indústria junto com o lixo que é reciclado para a produção de sacolas.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A EcoAmbiental atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/2010, que busca enfrentar os desafios de uma gestão comprometida com questões ambientais, sociais e econômicas com o uso de tecnologia.

A lei prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos sólidos através de propostas sustentáveis que visem à reciclagem e à reutilização, bem como a destinação adequada dos rejeitos.

Tendo isso em mente e visando atender à PNRS ao atuar nas fases definidas pela própria Política, como:

  • Não geração;
  • Redução da geração;
  • Reutilização;
  • Tratamento;
  • Disposição.

O lixo que gera energia no Ceará

Em Caucaia, na grande Fortaleza (CE), está um dos cinco maiores aterros de lixo que atende aos cerca de 2,6 milhões de habitantes da capital cearense, o qual recebe três mil toneladas de resíduos domiciliares diariamente.

Todo esse lixão vem sendo reaproveitado pela usina GNR Fortaleza, gerando 80 mil metros cúbicos de biometano – com previsão de chegar a 150 mil metros cúbicos por dia.

A energia aproveitada está abastecendo os dutos de gás utilizados pela indústria local, mas é capaz de abastecer, também, automóveis convertidos a GNV (gás natural veicular). “Essa produção do Ceará seria capaz de abastecer 10 mil veículos com gás natural por dia”, segundo Carlos Martins, diretor-executivo da Ecometano, empresa de inovação na cadeia do biometano.

Martins vê, ainda, potencial para a conversão dessa energia em eletricidade: “O Brasil tem opções de geração de energia biorrenovável como a solar e a eólica com parques muito competitivos, e o gás natural é uma dessas nobres alternativas”, destaca.

O executivo estima que o Brasil poderia economizar 20% do gás importado da Bolívia caso aproveitasse os cerca de três mil aterros sanitários do país para a geração de biometano.

Essa seria uma saída para cumprir a PNRS, reduzir as emissões e as fontes de energia fóssil, como o petróleo. Sem falar nos ganhos sociais e econômicos da expansão de usinas, como as do Ceará e Paraná, para todo o Brasil.

O futuro do Biogás no Brasil

A participação do biogás na matriz energética brasileira é extremamente tímida, já que ainda somos o país das hidrelétricas e das termelétricas.

A sua cota é contabilizada junto com outros itens como o bagaço e a palha de cana, sendo tratados como biomassa. Dados de 2016 do Ministério de Minas e Energia afirmam que à biomassa corresponde 8,8% da energia gerada no Brasil.

De acordo com Gustavo Ribeiro, diretor-técnico da Marca Ambiental, o futuro da energia está na valorização do lixo. Essa forma de geração de energia poderia ser mais eficiente se houvesse, no Brasil, uma coleta seletiva universal, já que ela, hoje, corresponde a apenas 2% do total da coleta de lixo. Isso porque é inviável economicamente fazer a separação do lixo quando ele já está no aterro.

A Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás) calcula que existem aproximadamente 125 plantas de biogás no país. Esses empreendimentos geram 1.344.206 m3/dia.

Portanto, apesar de o nosso país já gerar energia através do lixo orgânico e do esgoto, chegou a hora de o Brasil instituir como política prioritária de produção energética, a valorização do lixo, tal como ocorre em países com a Áustria e a Alemanha, onde políticas públicas promovem o reaproveitamento de resíduos e, como consequência, a desativação dos lixões.

Empresa brasileira usa esgoto como fonte de energia


ma empresa ainda na década de 1990, tornou-se responsável pelo tratamento do esgoto doméstico de Ribeirão Preto, São Paulo. Gerando água, lodo e gás, como é esperado em estruturas desse tipo, a estação de tratamento oferecia um potencial que a empresa gostaria de ver transformado em realidade: tornar-se fonte de energia para abastecer a própria operação.

A empresa, chamada AMBIENT trata em média, 135 milhões de litros de esgoto por dia, gerados por uma população de aproximadamente 700 mil habitantes.

Ao lado dos investimentos em tecnologia diretamente relacionada ao tratamento do esgoto coletado, a AMBIENT sempre percebeu, em sua própria matéria prima, uma oportunidade de melhoria operacional. Em 2011 então, ela implantação um sistema que utiliza o produto do tratamento do esgoto como fonte de energia. A solução encontrada foi um sistema de cogeração de energia.

O projeto é duplamente ecológico. Primeiro, porque usa o biogás como combustível nos motores, evitando emissão de metano para a atmosfera. Em segundo, porque o biogás é fonte de energia cujo uso não desgasta os recursos naturais, permitindo a produção de energia limpa. Com a implantação do projeto, a empresa hoje gera cerca de 50% da energia utilizada pela estação de tratamento.

Em termos bastante simplificados, o projeto conta com a utilização da água de resfriamento dos motores para o aquecimento do lodo através de trocadores de calor, este sistema faz com que o lodo do digestor fique aquecido a aproximadamente 35ºC, melhorando assim a eficiência da degradação da matéria orgânica, além de contribuir para a geração de mais biogás.

Para executar o projeto, a AMBIENT adquiriu dois geradores da Siemens que fornecem 1,5 MW de energia. A eletricidade gerada, a partir do biogás produzido no esgoto, é usada para atendimento da própria estação de tratamento, possibilitando uma redução dos gastos com a eletricidade da rede.

Fonte: Engenharia é.


Sacolas Plásticas 100% Orgânicas que podem biodegradar e virar ração animal


A startup indiana EnviGreen criou um novo processo sustentável para fabricar sacolas plásticas 100% orgânicas feitas de produtos alimentícios naturais que podem biodegradar em menos de um dia ou se tornar ração animal depois de descartadas, o que as torna verdadeiros produtos orgânicos. As sacolas EnviGreen se dissolvem em água quente e não contém produtos tóxicos para o ambiente.

O empresário indiano Ashwath Hegde, fundador da EnviGreen, estava à procura de um substituto ambientalmente amigável para as poluentes sacolas plásticas feitas de polímeros petroquímicos usadas no varejo em todo o mundo. Ele passou quatro anos trabalhando em uma solução usando uma combinação de 12 ingredientes incluindo batata, tapioca, milho, amido natural, óleo vegetal, banana e óleo de flor, para criar sacolas 100% orgânicas, comestíveis e naturalmente biodegradáveis.

Todas as matérias-primas são primeiro convertidas na forma líquida para, em seguida, passarem por seis etapas de produção antes do produto final estar pronto.Uma vez descartadas no solo, as sacolas se decompõe em três meses mas com o uso de água, elas podem ser eliminadas em um dia ou até mesmo em segundos, se for utilizado água fervente. Mas as sacolas quando em uso são super resistentes. A produção em larga escala começou em Bangalore, e a empresa pretende expandir-se para outras cidades indianas antes de iniciar a distribuição aos pequenos comerciantes.

As sacolas orgânicas estão atualmente sendo utilizadas por várias grandes redes de varejo na Índia, Abu Dhabi e Qatar e a abordagem sustentável da EnviGreen inclui trabalhar com os agricultores locais que fornecem as fontes das matérias-primas. Com mais de um milhão de sacolas plásticas sendo usadas a cada minuto, ainda há um longo caminho a percorrer para reduzir substancialmente os resíduos de plástico petroquímico.

Felizmente, projetos de todo o mundo estão encontrando maneiras de fazer a diferença como o plástico biodegradável criado por pesquisadores brasileiros que é feito de frutas e comestível e a embalagem comestível que pode ser cozida ou frita com os alimentos. Mais informações na página da empresa no facebook.


Insetos e animais se banqueteando com as sacolas orgânicas sem produtos tóxicos da EnviGreen seguindo os conceitos de bioeconomia e economia circular. Fantástico!

Fonte: Stylo Urbano

Planta-piloto que gera energia a partir de lixo é inaugurada no Rio


Uma tecnologia nacional para tratamento e aproveitamento energético do lixo orgânico começou a ser testada no Rio de Janeiro. Instalada na Estação de Transbordo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) no bairro do Caju, a planta-piloto foi inaugurada no início do mês e pode extrair de 100 a 150 metros cúbicos de biogás por tonelada tratada, com 50 a 60% de concentração de metano.

A tecnologia, que produz adubo e gás natural a partir dos resíduos, foi desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Methanum Tecnologia Ambiental Ltda. e a Comlurb. Ligada à UFMG, a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), recebeu apoio não reembolsável de R$ 10,36 milhões do Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir no projeto, que obteve também uma contrapartida de R$ 11,66 milhões em recursos próprios da Methanum, empresa interveniente da operação.

A operação da planta-piloto permitirá testar os parâmetros de eficiência da tecnologia de metanização por compostagem anaeróbia e ampliar a escala. Com capacidade de tratamento de 30 toneladas por dia, a planta tem produção mensal estimada de biogás capaz de abastecer uma frota de mil carros ou gerar energia suficiente para pouco mais de mil casas.

Como funciona

A unidade é composta por módulos com o tamanho aproximado de um contêiner, que recebem o lixo e ficam lacrados por um período de duas a três semanas, enquanto as bactérias introduzidas no compartimento degradam a matéria orgânica e produzem metano. O gás é armazenado, enquanto o material remanescente é retirado e usado como fertilizante.

Os micro-organismos são pulverizados nos módulos por uma tubulação, com uso intensivo de eletrônica. Sensores e medidores permitem controlar e otimizar a produção de biogás. A planta conta ainda com um gerador para a produção de energia elétrica a partir da combustão do gás.

“Um dos méritos dessa tecnologia é ser adequada à realidade do lixo produzido no país”, observou a gerente Odette Campos, do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do BNDES. “Diferentemente do que ocorre em outros países, onde tecnologias semelhantes são empregadas em larga escala, no Brasil e na maioria dos países da América Latina, não temos uma boa separação do lixo. Na grande maioria das cidades, não há um sistema de coleta seletiva abrangente, e o lixo orgânico chega para tratamento misturado ao lixo reciclável”. Isso impede que se importe uma tecnologia europeia ou americana, por exemplo.

Experimentações

A estação da Comlurb no Caju foi escolhida por receber resíduos sólidos de bairros distintos, com diferentes padrões de consumo e produção de lixo, oferecendo diversidade suficiente para simular as condições de diferentes municípios brasileiros. Além disso, a Comlurb já tem usina de compostagem convencional com digestão aeróbia no local, permitindo a comparação do resultado das duas tecnologias.

Empresa brasileira transforma lixo em biocombustíveis


O fato de os aterros sanitários serem uma ideia ultrapassada já é disseminado e conhecido por aqueles interessados em assuntos ligados ao meio ambiente. O necessário agora é encontrar alternativas para o destino final do lixo, que não o vejam como apenas algo a ser descartado, mas saibam aproveitar suas potencialidades. Exemplo disso é a iniciativa Bnpetro, do brasileiro Jonny Kurtz, presidente da empresa. “O lixo que é visto apenas como algo passivo ambiental poderá se transformar em um ativo financeiro”, comenta sobre a matéria-prima de sua empresa.

Seu trabalho consiste em retirar o lixo que está nos aterros e levá-lo para usinas, nas quais os resíduos, tanto plásticos quanto orgânicos, serão transformados em biocombustíveis. O produto final pode ser utilizado como diesel, gasolina e também matéria-prima para a indústria química e farmacêutica.

Kurtz vem trabalhando no projeto há aproximadamente 25 anos. O empresário vem de uma família de metalúrgicos e começou a pensar em como manejar o lixo enquanto procurava por formas de extração do alumínio. Atualmente, a empresa é financiada pelo setor privado e possui uma usina piloto, no oeste do estado de Santa Catarina, com capacidade de processamento de 100 quilos por hora. De acordo com Jonny, a unidade já comprova a eficácia do projeto. Seus próximos passos são buscar a implementação em escala industrial, com capacidade para o processamento de 700 toneladas de lixo por dia.

Lixo e aterros no Brasil

O trabalho da Bnpetro não beneficia apenas o meio ambiente, mas também a população. No Brasil, de acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe) de 2017, o Brasil tem quase três milhões de lixões ou aterros irregulares que impactam a vida de 77 milhões de brasileiros. Dessa forma, quando são pensadas outras alternativas para o descarte de resíduos sólidos, a saúde da população do Brasil é impactada também. O empresário também pretende com a empresa capacitar os catadores de lixo dos aterros. “A gente quer mudar a vida destas pessoas a partir da parceria de capacitação profissional com a Federação das Indústrias do Estado de Rio de Janeiro, a FIRJAN. Não temos que escravizá-las no lixo”, explica.

Os resultantes das usinas da Bnpetro também são menos prejudiciais ao meio ambiente em comparação aos combustíveis extraídos pela indústria petrolífera, pois não são fósseis. “Não tem enxofre no processo, o combustível fóssil tem. Como nós fazemos essa reação dentro do reator que é de aço inoxidável não ocorre a oxidação com o minério de ferro, logo, não tem o enxofre suspenso dentro, nem em formato de gás nem em formato de derivados do petróleo”, explica o presidente da empresa.

Atualmente o que Kurtz procura é expandir seus negócios para o mundo e mostrar como a iniciativa brasileira pode ser viável e introduzida em diferentes locais. O empresário foi a COP 24 para divulgar seu trabalho e também buscar por financiamento. Também sofre com a regulamentação de seu trabalho e com a concorrência com os setores petroquímicos, uma vez que o que propõe, uma ideia de economia circular para produzir combustível e dar um fim correto ao lixo, vai contra ao que a indústria do petróleo vem fazendo. “É uma mudança de paradigma neste setor na questão ambiental”, conclui.

Por Pedro Garcia e Rafaela Bonilla são correspondentes do CicloVivo na COP 24, Conferência Mundial do Clima que acontece em Katowice, na Polônia.

Ilhas Mauricias geram 14% da sua energia com recurso á biomassa


As Ilhas Maurícias têm muito poucos recursos naturais e tal como muitas ilhas do mundo importa petróleo para gerar eletricidade, mas deram um passo em frente para ficar cada vez menos dependentes deste combustível caro e poluente.

Depois de um grande investimento na criação de sistemas energia solar, eólica e hidroelétrica, está também aproveitando uma cultura abundante na ilha, a cana-de-açúcar, que através da biomassa fornece 14% da energia da ilha.


As ilhas Maurícias, situadas a leste de Madagascar, aproveitam o chamado bagaço, que nada ,mais é que as sobras do processamento da cana de açúcar para a produção de energia.

Este material tem um potencial para o uso como combustível de caldeiras que fazem acionar turbinas que produzem energia, sendo uma fonte renovável e muito econômica.

As inovações energéticas das Maurícias podem pressagiar o futuro de muitas outras áreas do mundo, uma vez que as áreas dependentes de energia fóssil, outrora barata, começam a sentir o custo dos combustíveis fósseis que estão sempre a subir.

O objetivo do governo é aumentar a cota de energia renovável no plano energético para 35% até 2025", disse o vice-primeiro-ministro e ministro da Energia das Maurícias, Ivan Collendavelloo.

Fonte: ScienceAlert

Dispositivo transforma fezes em gás de cozinha para populações de baixa renda


Usar o banheiro pode parecer a coisa mais natural do mundo, mas para algumas pessoas isso é um verdadeiro luxo.

Era essa a realidade da população de Jalpatagua, na Guatemala. As pessoas da comunidade eram obrigadas a fazer suas necessidades na mata, mas tudo mudou após a implantação de um dispositivo inovador, de acordo com informações do Ciclo Vivo.


O sistema HomeBiogas foi desenvolvido através de uma cooperação entre os governos guatemalteco e israelense. Trata-se de um sanitário semelhante ao utilizado em embarcações, que usa uma válvula para bombear água. O diferencial, no entanto, é o que acontece depois disso. O aparelho transforma resíduos orgânicos, incluindo fezes humanas, em gás de cozinha.


Com isso, resolvem-se dois problemas: há uma melhoria no saneamento básico e a população ganha comodidade ao cozinhar com um fogão a gás, visto que não necessita mais colher lenha para aquecer os alimentos. Além disso, a saúde da comunidade é preservada, visto que não é inalada mais a fumaça oriunda da queima de madeira, considerada tóxica.


Felizmente, não é só na Guatemala que o equipamento vem sendo usado. Ele já melhora a vida de pessoas em mais de 90 países, incluindo o Brasil. Entretanto, o custo de instalação do sistema ainda impede que seu uso doméstico ganhe escala. Cada HomeBiogas sai por R$ 6.900 no Brasil, para mais contato: EcoAmbiental.EngAmb@gmail.com.








Como reinventar uma usina gigante movida a carvão para produzir energia verde?

O Reino Unido planeja acabar com a eletricidade a carvão até 2025. O que acontecerá com as enormes fábricas deixadas para trás? Uma instalação é pioneira na conversão para a energia verde.

A conversão da usina de energia Drax – de carvão em biomassa – custou R$ 3,8 bilhões — Foto: Chris Baraniuk

No trem em direção a um dos últimos locais do Reino Unido que ainda queimam carvão para produzir energia, passo por três fazendas solares. Também passo pela usina de carvão de Eggborough, que parou suas operações. Não há fumaça saindo de suas gigantes torres de resfriamento. Ela será fechada em setembro.

Mas a usina que vou visitar é diferente. Seu nome é Drax, por causa de um vilarejo de mesmo nome, e trata-se da maior usina de energia da Europa Ocidental. Em 2023, seus donos vão parar completamente de queimar carvão. Eles esperam que, em vez disto, a instalação consumirá apenas gás natural e biomassa – no caso, aglomerados de madeira triturados.

A União Europeia tem metas para reduzir a poluição nas próximas décadas e há a previsão de se fechar as usinas de energia a carvão em vários países para cumprir os objetivos. No Reino Unido, o governo planeja interromper a geração de eletricidade por carvão até 2025.

Uma história parecida ocorre em vários lugares no mundo. Muitas nações, incluindo os Estados Unidos, estão se afastando da energia a carvão à medida que outras fontes de energia se tornam mais baratas e as regulações ambientais esfriam o mercado de combustíveis fósseis.

Mas isso deixa uma grande questão: o que fazer com todas as antigas usinas?

No último século, essas unidades tiveram grande importância para o mercado global de energia. As usinas têm conexões caras a redes nacionais – e simplesmente derrubá-las pode não ser a medida mais inteligente. Muitas pessoas, incluindo os administradores da Drax, insistem que há outras saídas.

A dimensão da Drax é imponente. De cada lado das enormes construções que abrigam suas caldeiras e turbinas, estão seis torres de resfriamento. Um vapor branco segue em direção ao céu. No centro da instalação, está uma chaminé de 259 metros. E nos fundos, uma enorme pilha de carvão – o volume do depósito, no entanto, já é menor do que em tempos passados, segundo a equipe da usina.

O carvão é deixado ali até que seja levado para a estação de energia em correias transportadoras. Depois, é moído e queimado em altíssimas temperaturas. O forno aquece a água, transformando-a em vapor, que passa por um complexo sistema de tubulações e gira as turbinas a uma velocidade constante de 3.000 rotações por minuto. É uma maneira fácil de produzir eletricidade. Mas é uma maneira suja.

Mudança energética

Os dias do carvão na geração de eletricidade estão contados. Em abril, o Reino Unido ficou mais de três dias seguidos sem nenhuma energia produzida por carvão – uma redução que aconteceu muito mais rápido do que o esperado. Essa tendência significa que desde o início de 2018, o país tem conseguido um total de 1.000 horas sem energia a carvão, ultrapassando o nível do ano passado.

“Em 2012, a geração de energia por carvão foi de 45% do total da matriz energética”, disse Matthew Gray, do think tank Carbon Tracker. “Hoje, a quantidade é muito baixa”.

Da perspectiva de um operador da usina, no entanto, substituir o carvão não é fácil. Isso porque a biomassa é mais complexa de se manusear, explica o CEO Andy Koss.

“Ela entope as coisas”, diz Koss, lembrando de como as primeiras tentativas de mover a biomassa em transportadoras de carvão resultou em pedaços de madeira se desintegrando e virando poeira. A biomassa também precisa ser mantida seca o tempo todo, diferentemente do carvão.

O material também pode explodir à medida que se oxida, por isso, as pilhas devem ser constantemente verificadas quanto ao aumento de temperatura. A Drax gastou £700 milhões (R$ 3,8 bilhões) para garantir que a biomassa pudesse ser transportada por trajetos protegidos da chuva na usina.

E a estação de energia já investiu em quatro cúpulas, cada uma com 50 metros de altura, para depositar a biomassa. Todos os dias, 16 trens chegam lotados e depositam novos pedaços de madeira para garantir que o abastecimento da instalação permaneça no nível máximo.

Os vagões passam por galpões que se abrem automaticamente por meio de um mecanismo magnético. Os aglomerados de madeira passam por uma grade e são jogados em um depósito antes de serem levados para as cúpulas para o armazenamento temporário.

Em termos de operações de biomassa, “eu diria que é a maior do mundo”, afirma Koss. Na minha visita, a Drax tinha capacidade de produção de 2 gigawatts tanto com carvão quanto com biomassa. Ela agora completou sua quarta unidade de geração de energia por biomassa. As duas restantes vão, ao fim da adaptação, queimar gás.

A Drax tenta se apresentar como uma alternativa do que pode ser feito com as velhas usinas de carvão – nos lugares onde houver muita vontade e, de fato, dinheiro para pagar pelas conversões. Muitas unidades pequenas de carvão nos EUA recentemente se converteram para queimar gás – uma forma mais barata de transição do que para a biomassa.

E a Drax quer construir grandes baterias no local para estocar eletricidade. Há outros projetos semelhantes ao redor do mundo. Uma empresa canadense, a Hydrostor, desenvolveu projetos para transformar as antigas usinas de carvão em baterias de compressão de ar. O ar pode ser liberado para forçar a turbina da usina a se mover quando a eletricidade for necessária.

Há muitas outras ideias para reinventar antigas unidades de carvão. Em 2016, a China anunciou seus planos de converter algumas de suas instalações em estações de energia nuclear – embora não existam muitas notícias sobre o desenrolar das propostas desde então.

Na Dinamarca, a usina de carvão de Copenhagen será transformada em uma unidade 100% de biomassa. E no telhado de um incinerador, está sendo construída uma área de lazer com uma pista de esqui artificial.

Nem todas as conversões de usinas de carvão estão servindo à produção de energia. O Google está transformando uma unidade antiga no Alabama, nos EUA, em um centro de dados.

Rei do carvão

Também é verdade que, em alguns lugares, o carvão ainda se mantém forte. Embora tenha abandonado mais de cem usinas de carvão, a China ainda se baseia fortemente nos combustíveis fósseis como fonte de energia.

E a Alemanha, que decidiu fechar todas as estações de energia nuclear, atualmente produz mais de um quinto de sua energia a partir do carvão, incluindo o lignito – um tipo de carvão ainda mais poluente.

Um mapa interativo das estações de carvão no mundo do site ambiental CarbonBrief revela grandes usinas fechando nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, mas muitas novas em construção na Ásia.

Enquanto isso, alguns mercados questionaram o carvão e depois retornaram a ele. Em 2015, o governo de New South Wales, na Austrália, vendeu grandes instalações de carvão. Ao mesmo tempo, políticos acreditaram que a unidade seria fechada em dez anos, mas os preços da eletricidade na região escalaram. A usina está agora avaliada em cerca de R$ 2,1 bilhões e seus novos donos não têm planos de fechá-la tão cedo.

No entanto, a fé depositada no carvão pode nem sempre ser recompensada. Na Polônia, a gigante da energia PGE tem investido pesado em infraestrutura de carvão, na esperança de continuar lucrando ainda por muitos anos com o mineral. Mas isso custa centenas de milhões de dólares num momento em que as energias renováveis, principalmente eólica e solar, estão rapidamente barateando.

Também é preciso se questionar o quão verde é, de fato, a conversão de algumas usinas de carvão.

É o caso da biomassa. Embora os pedaços de madeira liberem carbono quando são queimados, a biomassa é promovida como “verde” porque as árvores cortadas podem ser substituídas ao longo do tempo, posteriormente sequestrando o carbono da atmosfera.

Mas nem todos concordam que isso realmente a torne uma fonte de energia neutra em carbono. Até mesmo a página 33 do relatório anual da Drax revela que a biomassa libera mais CO2 por unidade de eletricidade gerada do que o carvão.

Repetindo os principais argumentos a favor da biomassa, um diretor da Drax afirma que isso é compensado pela reposição das florestas que forneceram a biomassa. Diz ainda que, depois de contabilizar as florestas reabastecidas e as emissões da cadeia de suprimentos, o uso de biomassa representa 80% menos CO2 emitido na comparação com o que seria liberado se o carvão tivesse sido usado.

Mas leva décadas até as árvores crescerem. Além disso, em escala global, as florestas estão se reduzindo em tamanho total. A capacidade das florestas mundiais de reabsorver o CO2 atmosférico está cada vez menor, e não maior.

“Concordo que isso seja ruim”, diz Koss. Mas com relação ao desmatamento, ele insiste, isso “está ocorrendo fora de nossas áreas de abastecimento. Não estamos relacionados a nada disso”.

Mas isso não é suficiente para convencer alguns ambientalistas. Especialistas ressaltam que precisamos cortar as emissões já, e não nas próximas décadas quando as árvores crescerem.

A Drax espera mitigar suas emissões de outra forma: com uma tecnologia de um piloto de armazenamento de captura de carbono de bioenergia (BECCS). Nesse caso, gases da queima de biomassa na usina irão, se tudo seguir como previsto, passar por um solvente que reage com o CO2, capturando-o antes que ele entre na atmosfera. Esse CO2 pode, então, ser restaurado para que o solvente possa ser usado na captura repetidas vezes.

Pode haver claramente vida após o carvão. Mas se quisermos aproveitar ao máximo essas velhas instalações, precisamos ser competentes, ter uma mentalidade verde e estar preparados para pagar antecipadamente por resultados importantes.

O carvão produziu energia por muitas décadas no mundo. Foi um símbolo da Revolução Industrial. Em vez de simplesmente varrê-lo para longe, poderíamos nos beneficiar do uso inovador das estruturas que a grande indústria está deixando para trás.

Fonte: G1

Brasil: um país refém do diesel

“Afinal, quando o Brasil vai entrar no século 21?”.

Enquanto dezenas de países, desenvolvidos ou não, de todos os continentes, estão banindo as fontes fósseis, tanto para a geração de energia como para meio de transporte, o Brasil continua apostando no diesel como principal combustível para escoar a produção. Está aí, mais uma vez, o resultado.

Até 2050, toda a Comunidade Europeia, além da Califórnia e outros lugares, terá seus veículos movidos somente com energia renovável. Algumas nações já estão antecipando a mudança para antes de 2030. Além do viés ambiental, como a tecnologia exige muita pesquisa, investe-se fortemente na verdadeira inovação, gerando inúmeras oportunidades de negócios e geração de emprego.

Como exemplo, a energia solar foi responsável por um em cada 50 novos postos de trabalho criados nos Estados Unidos apenas em 2016. Já no Brasil, o país com a maior incidência de sol do mundo, inclusive aqui na região Sul, essa fonte é altamente tributada e tratada com muito preconceito.

Em solo brasileiro, a geração de energia e combustível a partir da biomassa e biometano apenas engatinha e nem devidamente regulamentada está. O Brasil é um país que se orgulha do agronegócio, área que ainda depende de energia proveniente do petróleo para produzir, embora existam agricultores movendo seus tratores e gerando sua energia com dejetos animais.

Ao menos a energia eólica cresce aqui, justamente por ser subsidiada e financiada, apesar de teimarmos em manter viva a produção de carvão em grande escala. Mas, e as demais fontes renováveis e verdadeiramente sustentáveis? Onde estão os ônibus elétricos? E as ciclovias, interligando as cidades e os demais modais de transporte? Sem falar, claro, das ferrovias e hidrovias.

Esses são alguns dos temas que serão abordados gratuitamente no Seminário Cidade Bem Tratada, nos dias 11 e 12 de junho, no auditório do Ministério Público de Porto Alegre. Entre as pautas somam-se ainda os resíduos sólidos e a água.

Será uma oportunidade para discutirmos por quanto tempo ainda continuaremos reféns de energias fósseis. Afinal, quando o Brasil vai entrar no século 21?

Fonte: Gaúcha ZH

Produção de energia renovável criará mais de 24 milhões de empregos no mundo segundo OIT

Energia Eólica e Biomassa são as que mais empregarão segundo relatório.

Um relatório desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e intitulado como “As Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo 2018” destaca que a produção de energia renovável será um dos setores que gerará mais postos de trabalho no decorrer dos próximos anos.

A expectativa é que mais de 24 milhões de novos empregos surjam na área até 2030. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) é considerado emprego verde toda ocupação que tente reduzir os impactos causados ao meio ambiente. Vários profissionais entram dentro deste mercado, desde motoristas de veículos sustentáveis como instaladores de placas solares. 

Várias áreas estão investindo em ações sustentáveis e consequentemente a produção de emprego nestas áreas também. As novas tecnologias estão chegando na agricultura, no turismo, na engenharia entre muitos outros setores. De acordo com o relatório cerca de seis milhões de empregos fazem parte da chamada economia circular, a qual envolve a reciclagem, reparos, aluguéis, etc.

A produção de energia limpa como energia a biomassa, eólica e solar também são responsáveis pela geração de emprego verde. O estudo destaca que de 163 setores analisados, apenas 14 serão prejudicados em relação ao trabalho, uma vez que os mesmos fazem parte do setor que envolvem combustíveis fósseis.

No Brasil os setores que mais empregarão serão a construção civil e também a produção de energia elétrica alternativa. A expectativa é que mais de 180 mil postos de trabalhos sejam criados no país até 2030. O relatório da OIT destaca que a produção de energia que mais criará empregos será a eólica com 79,6% e seguida pela Biomassa, a qual representa 42,5% da produção.

Fonte: Thayssen Carvalho – Biomassa BR

Brasil terá 1ª usina de geração de energia por meio de esgoto e lixo orgânico (incluindo cocô!)

O mérito é todo do Paraná: o Estado será o primeiro do Brasil a colocar em funcionamento uma usina de geração de biogás, que transformará lodo de esgotoe resíduos orgânicos (como cocô) em eletricidade para abastecer as casas da região.


A companhia de geração de energia CS Bioenergia já possui a Licença de Operação do Instituto Ambiental do Paranápara operar. Segundo a empresa, a usina tem capacidade para produzir 2,8 megawatts de eletricidade por meio de lixo, que abastecerá cerca de duas mil residências do Estado.

A matéria-prima para geração de energia virá de estações de tratamento de esgoto e de concessionárias de coleta de resíduos e produzirá biogás e também biofertilizante para a região. Estima-se que com a iniciativa o Estado do Paraná deixe de descartar, todos os dias, mil m³ de lodo de esgoto e 300 toneladas de lixo orgânico em aterros. É ou não é um excelente negócio?

A inspiração vem da Europa (e sobretudo da Alemanha!), onde já existem mais de 14 mil plantas de geração de eletricidade por meio de resíduos orgânicos. Esta será a primeira usina do tipo no Brasil, mas espera-se que seja só o começo e ela também inspire muitas outras pelo país!

Foto: Paulo Szostak/Divulgação

Leilão A-4: eólicas terão preço de R$ 255/ MWh

Aneel aprova edital de certame, que vem com preço de R$ 312/ MWh para solar e R$ 329 para biomassa.
A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o edital para o leilão A-4, que será realizado no próximo dia 4 de abril. No produto disponibilidade, as eólicas vão partir de um preço teto de R$ 255/ MWh; enquanto a fonte solar aparece com preço inicial de R$ 312/MWh e as térmicas a biomassa com preço de R$ 329/MWh. Já o preço Inicial do Produto Quantidade para empreendimento hidrelétrico é de R$ 291/MWh.
Os preços de referência para empreendimentos com outorga de contrato ficaram com a seguinte definição: para o empreendimento Hidrelétrico, de PCH ou CGH, R$ 214,44/MWh; para projetos eólicos, de R$ 168,17/MWh; usinas a Biomassa terão preço de referências de R$ 232,56/MWh, enquanto as solares, de R$ 280,09/MWh.
No certame serão comercializadas PCHs, CGHs, Eólicas, Solares e Térmicas movidas a biomassa. São 1.672 projetos concorrendo, em um total de 48.173 MW de potência. As usinas eólicas representam cerca de 53% da potência de projetos do leilão e a fonte solar fotovoltaica e 41%. De acordo com o diretor da Aneel, Tiago Correia, o destaque vai para o número de projetos na região Nordeste e para usinas solares que estão sediadas nos estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que somam 1,4 GW e 1,1 GW, respectivamente.
No leilão serão negociados contratos por quantidade, com período de suprimento de 30 anos para empreendimentos hídricos (CGH, PCH e UHE menor ou igual a 50 MW de potência instalada) e por disponibilidade, com prazo de suprimento de 20 anos, para projetos de geração de fonte eólica, solar fotovoltaica e termelétrica a biomassa. O início da entrega da energia está marcado para 1º de janeiro de 2022.
Fonte: CanalEnergia

Teles vão liderar a demanda por autogeração de energia elétrica

Vivo confirma para 2018 iniciativas de produção para consumo próprio; Oi planeja 22 usinas até 2021 e Claro espera encerrar este ano com 45 unidades em operação.

Menos convencional que outras fontes renováveis, biogás está nos planos de Oi e Claro para geração de energia para consumo próprio. FOTOS: DREAMSTIME

Empresas de telecomunicações como Vivo, Claro e Oi devem colaborar com um crescimento exponencial da produção de energia para consumo próprio (geração distribuída) nos próximos anos.

Cerca de 32,2 mil unidades consumidoras de energia (UCs) são atendidas via geração distribuída, conforme balanço da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Recém-anunciada, a contratação de duas fazendas de geração de energia solar pela Oi deve adicionar 3 mil UCs à lista ainda neste ano. “Queremos 22 fazendas de fontes mistas até 2021, no máximo 2022”, afirmou ao DCI o diretor de patrimônio e logística da Oi, Marco Antônio Vilela, sinalizando que o movimento deve se intensificar. A companhia está prospectando parceiros para as próximas 20 estruturas; Nordeste e Sudeste são os primeiros alvos.

“Estamos analisando projetos eólicos e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Também há um [projeto] bem avançado de biogás”, afirmou Vilela.

As duas fazendas já contratadas devem iniciar operação em novembro. Localizadas em Minas Gerais e com a GD Solar a cargo da construção, a dupla poderá gerar 1,7 GWh/mês, suficiente para suprir o consumo mensal de 10 mil residências.

A aposta em geração distribuída faz parte da estratégia que também envolve ações de eficiência e compra de energia no mercado livre. Vilela explica que a conta anual de energia da Oi seria de R$ 1,1 bilhão sem o esforço; com ele, o montante cai para R$ 750 milhões. Hoje, as 63 mil UCs da Oi consomem 1,6 mil GWh em um ano.

A meta é que 42,5% da energia consumida pela Oi seja oriunda de fontes limpas em 2019. O cálculo considera o montante comprado no mercado livre (atuais 22,4%) somado à capacidade das fazendas próprias.

Mais ambiciosos são os planos da Claro Brasil, dona das marcas Claro, Net e Embratel: a meta é que 80% das cerca de 55 mil UCs sejam atendidas via geração distribuída até o fim do ano, quando a empresa espera contar com 45 usinas.

Classificado como “agressivo” pelo diretor de suporte financeiro ao negócio da Claro Brasil, João Pedro Correia Neves, o projeto conectaria mais UCs à geração distribuída do que o montante atendido no País atualmente. Segundo Neves, das cerca de 32 mil UCs reportadas pela Aneel, “em torno de 5 mil” pertencem à Claro.

A estratégia do grupo prevê quatro parques eólicos (um está pronto e outros dois, em fase bem adiantada) e 20 solares. Capazes de atender uma cidade de 250 mil casas, três deles entraram em operação em Minas Gerais ano passado. Boa parte dos restantes “já tem terreno e parceiros contratados”, afirmou Neves.

No fim de janeiro também foi inaugurada a primeira central geradora hidroelétrica (CGH) para uso da empresa, localizada na região Centro-Oeste. A Claro Brasil ainda planeja três usinas de cogeração qualificada e seis baseadas no uso do biogás. “Em lugares onde há abundância de lixo essa opção é interessante”, diz.

Neves conta que o gasto anual com energia da Claro Brasil ronda os R$ 800 milhões; a demanda da empresa bate os 750 GWh/ano, bem menor que a da Oi, mas superior a da TIM (722 GWh/ano). No caso desta, os primeiros esforços no campo ocorreram em 2017, quando 5 CGHs foram arrendadas para suprir a demanda de cerca de mil UCs. Já a Algar informou que usa a modalidade desde 2014.

Maior grupo de telecom do País, a Vivo confirmou à reportagem que “está prospectando iniciativas de geração distribuída que devem ser anunciadas ao mercado ainda em 2018”, mas sem entrar em detalhes. A companhia também informou que 26% da energia consumida é limpa e oriunda do mercado livre; a meta é atingir 60% até 2020.

Outros setores

De acordo com especialistas ouvidos pelo DCI, o movimento por autogeração de energia também ocorre em outros setores da indústria. Em 2014, a Honda inaugurou um parque eólico na cidade de Xangri-lá (RS) para suprir a demanda energética da empresa em território nacional.

Segundo a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Gannoum, outras empresas do setor automotivo tinham projetos similares, mas as iniciativas foram freadas pela crise. “Desde o ano passado houve uma retomada . Outros setores da economia estão interessados na autoprodução”.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, aponta que os setores da construção civil, agronegócio e do comércio têm investido em autogeração. “É uma ferramenta de redução de custos e também um diferencial de sustentabilidade.”

Sauaia também explica que, além de abastecer a demanda energética de suas operações, as empresas podem comercializar energia excedente. “O modelo de mercado livre permite a compra e produção de energia pelo consumidor”, completa Gannoum. “Essa regulamentação propicia iniciativas.”

Outro fator que explica o crescente interesse por projetos de autogeração são incentivos fiscais. Atualmente, 24 unidades da federação oferecem isenção de imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre energia solar. As exceções são Amazonas, Paraná e Santa Catarina.

Minas Gerais se destaca como líder nacional na geração solar distribuída. Além da alta incidência solar, o amplo número de projetos decorre de um programa estadual de incentivos a fontes renováveis. “É o único estado do Brasil que isenta projetos até 5 MW”, explica Sauaia. “O estado tornou-se referência nacional para o incentivo tributário para energia fotovoltaica, o que traz maior segurança jurídica e atrai investimentos.

” O executivo afirma que os projetos de energia solar também são atraentes por se tratar de uma tecnologia versátil e de fácil aplicação. “Também pesa o baixo custo de manutenção e operação. Os preços vêm caindo, o mercado crescendo e tornando-se mais competitivo”, finaliza Sauaia.

Fonte: DCI