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Série 'Rostos da Energia Renovável' - Episódio 1 - Kristina Groves


A visão da SkyFire é trazer a magia da energia solar para o mundo para uma comunidade global mais forte, saudável e sustentável. Como parte dessa grande visão, gostaríamos de inspirar você compartilhando histórias de heróis ecológicos locais em suas comunidades.

Esta série "Faces of Renewable Energy" ("Rostos de Energia Renovável") vai esclarecer a diferença que a energia renovável está causando nas vidas das pessoas no oeste do Canadá. Estaremos apresentando os membros da equipe SkyFire, clientes e parceiros da comunidade.

Em nosso primeiro episódio, apresentamos Kristina Groves, que é quatro vezes medalhista olímpica, M. Sc. em Desenvolvimento de Energia Sustentável graduado e repita o cliente SkyFire. Assista ao vídeo para saber mais sobre sua jornada conosco e por que ela escolheu investir em energia solar.

“A razão pela qual queríamos instalar a energia solar nesta casa foi porque estamos tentando realizar uma meta maior de apenas criar a casa mais sustentável e eficiente em energia que pudéssemos. E nós somos uma casa totalmente elétrica que é algo que muitas casas nesta parte do mundo são, mas foi uma maneira de simplificarmos todos os sistemas e aproveitarmos esse recurso solar que temos aqui em Alberta. o que é realmente notável em comparação com muitos outros lugares do mundo ”.

Como você escolheu o SkyFire como seu provedor solar?

“Eu conheci Dave Kelly em uma feira há alguns anos. Eu comecei a aprender sobre o que a SkyFire fez e sobre o que a empresa deles era. Quando estávamos construindo a casa, isso era algo que sabíamos que queríamos fazer desde o começo. Então eu acho que foi pela associação que nós conhecíamos o SkyFire e sabíamos o tipo de trabalho que eles faziam e queríamos aproveitar, eu também penso na experiência deles. Como, obviamente, eles tinham feito muitos projetos antes e não eram apenas novos para a indústria. ”

Como foi sua experiência com o SkyFire?

“Nossa experiência geral foi extremamente positiva. Nós tivemos um ótimo relacionamento desde o início - desde o projeto até a instalação e eles fizeram um trabalho tão bom. Muito profissional, chegou na hora certa, na verdade eu acho que eles vieram cedo porque era um sistema pequeno, então eles poderiam se encaixar muito facilmente. Então foi uma experiência muito positiva. E então apenas facilitando o desconto também. Era automático - não precisávamos de nenhum trabalho extra. Foi tão fácil de fazer. Acabamos com um sistema com o qual estamos muito felizes e isso nos proporcionará anos, anos e anos de eletricidade para alimentar essa casa ”.

Quais são seus pensamentos sobre o desconto solar provincial?

“O programa de incentivo foi uma grande razão pela qual expandimos o sistema para a garagem em primeiro lugar e acho que essa é a razão pela qual muitas pessoas em Alberta já adotaram a energia solar em suas casas. O setor existe há muito tempo, mas esse programa de incentivo realmente estimulou muito mais a adotá-lo. Os efeitos de gotejamento são enormes; emprego, educação e, claro, o impacto real da redução da geração de energia a partir de recursos não renováveis ​​... ”

Por que você mudou para solar?

“Quando estávamos construindo a casa, em vez de comprar uma cozinha personalizada e gastar dinheiro em algumas das outras coisas que sabíamos que seriam muito caras. Nós dissemos que tudo bem, vamos colocar o dinheiro em algo que é um investimento que vai nos devolver ao longo do tempo. Além disso, recebendo o crédito em sua conta todo mês, isso é realmente emocionante de se ver. Há o aspecto financeiro de ser um retorno e também apenas saber que temos um sistema que está nos levando na direção certa em termos de onde a energia que usamos para impulsionar nossas vidas vem. Precisamos nos afastar do carvão. Precisamos nos afastar do petróleo e isso não vai acontecer da noite para o dia. Mas precisamos fazer isso e isso é apenas uma gota no balde e é um pequeno passo na direção certa ”.

A sustentabilidade do carro elétrico

A recente decisão da General Motors – GM de fechar fábricas nos Estados Unidos e Canadá vai ao encontro da tendência mundial de substituição dos carros movidos por combustíveis fósseis por veículos elétricos.


Segundo declarações de dirigentes da GM, a medida foi adotada como parte do plano da empresa em deixar de investir nos modelos movidos a combustão para concentrar recursos em veículos elétricos e, nesse sentido, duplicar os recursos destinados às tecnologias de propulsão elétrica nos próximos dois anos, acompanhando as mudanças na indústria automobilística.

Neste final de ano, a Volkswagen do Brasil anunciou o lançamento do primeiro caminhão elétrico nacional, que será comercializado a partir de 2022. A fabricante de bebidas Ambev já fez uma pré-reserva para aquisição de 1600 unidades.

Em todo o mundo cresce o número de países que anunciam uma futura proibição da produção e comercialização de veículos a diesel e gasolina. Na Europa, vários países já anunciaram as datas limites. Na França e no Reino Unido a partir de 2040, na Escócia em 2032 e na Noruega e Holanda a partir de 2025.

A China anunciou estar trabalhando num plano estratégico nacional de abandonar a produção e a comercialização de automóveis dependentes de combustível fóssil, e embora não defina uma data específica, dirigentes chineses antecipam que 2025 será o ano chave para o setor automotivo.

A adoção de veículos elétricos é um passo importante no caminho da diminuição dos gases de efeito estufa responsáveis pelo aumento do aquecimento global. Mas para ser realmente sustentável, a medida deve vir acompanhada de outras ações que viabilizem o veículo elétrico como verdadeiro carro ecológico.

Um veículo movido por bateria não contamina o meio ambiente quando em circulação, mas a energia consumida durante sua fabricação, no processo de extração dos materiais utilizados e na produção de eletricidade consumida para sua movimentação pode ser contaminante.

A produção de eletricidade continuará tendo impacto ambiental significativo caso a energia da rede elétrica não tenha origem em fontes renováveis. O Brasil nesse aspecto encontra-se numa boa situação porque a matriz elétrica brasileira é a mais renovável do mundo. Isso porque grande parte da energia elétrica gerada no país vem de usina hidrelétrica. Além disso, está em curso um incremento da obtenção de energia a partir de fontes renováveis como a eólica e a solar.

A matriz elétrica mundial é em sua maioria composta por fontes não renováveis, como o petróleo, carvão mineral e gás natural. Essas fontes não renováveis geram 77% da energia produzida no mundo, provém de usinas que utilizam combustíveis fósseis que geram o CO2, um dos principais gases do efeito estufa. Ou seja, somente 23% da energia elétrica mundial tem origem em fontes renováveis. Na matriz elétrica brasileira, 82% da energia obtida tem sua origem em fontes renováveis e somente 18% é gerada a partir de combustíveis fósseis, como as centrais termoelétricas.

Nesse aspecto, a produção de energia elétrica no Brasil contribui para acentuar as características ecológicas do veículo elétrico gerando menos CO2 não só em sua circulação, mas também na utilização da eletricidade da rede pública. Em termos globais, a tendência é que o impacto no meio ambiente da produção de energia elétrica seja cada vez menor na medida que aumenta a importância da utilização de fontes renováveis, como a eólica e a solar.

Há que se considerar ainda, que além das questões relacionadas ao consumo de energia elétrica existem os problemas associados às baterias dos carros elétricos, que geram impacto ambiental tanto no processo de fabricação das baterias quanto na extração de materiais da natureza e no seu descarte.

Em suma, qualquer planejamento de mobilidade urbana não pode desconsiderar a adoção dos veículos elétricos, especialmente no Brasil, pelo potencial de sustentabilidade propiciado pela matriz elétrica baseada essencialmente em fontes renováveis.

Existem muitas razões para que se adote cautela na decisão pelos carros elétricos, pois envolve muitos outros aspectos além da circulação, que sem dúvida, é sustentável na medida que zera a emissão de gases e torna mais saudáveis as concentrações urbanas.

A tendência na adoção de autos elétricos e híbridos é irreversível e provavelmente em menos de dez anos seu custo será competitivo em relação aos carros movidos exclusivamente por combustão de materiais fósseis. Não se trata de futurologia. A limitação para o aumento do uso de veículos elétricos sempre foi a vida útil da bateria, problema que vem sendo estudado e promete ser resolvido com rapidez. O custo de produção de um carro elétrico é inferior aos carros convencionais, pois tem um menor número de componentes.

Como é uma tendência facilmente verificável não faz sentido nenhum planejamento de mobilidade urbana sustentável não considerar o aceleramento da adoção de veículos elétricos, principalmente no Brasil pelas razões expostas neste artigo.

Por Reinaldo Dias/Pensamento Verde

As melhores formas de reduzir o consumo de energia


Reduzir o consumo de energia é um dos primeiros passos que podemos dar em direção à sustentabilidade. Ajude a sua carteira ao mesmo tempo que ajuda o ambiente.

Nós sabemos que ajustar a temperatura ambiente, utilizando as cortinas, abrindo as janelas ou usando produtos eletrônicos, tais como os ar condicionado, tem um impacto sobre o consumo de energia nas habitações. Mas, um novo estudo olha para qual destas é a melhor forma de reduzir o consumo de energia.

“Eu estava interessado em saber as tendências do consumo de energia nas habitações normais e entender o comportamento do consumidor e as razões por detrás dos altos e baixos consumos de energia. Tenho uma forte convicção de que, se a sociedade investir mais na conservação de energia (bem como de os outros recursos), teremos menos desafios para enfrentar no futuro”, explicou o Dr. Gabriel Kamiel.

Kamiel, Wei Yang e Yaolin Lin, professores da Wuhan University of Technology na China, desenvolveram um modelo global e integrado, que considerou o recinto do edifício, os sistemas mecânicos, o ambiente externo, a proporção de abertura da janela e o fator sombra com base em dados recolhidos em 270 famílias, bem como diferentes métodos de aquecimento. Todas as casas estavam localizadas na cidade de Oshawa, Ontário, que está localizada a 55km a leste de Toronto, Canadá.

Para calcular o consumo de energia do edifício, os pesquisadores simularam possíveis atividades dos ocupantes em dias diferentes para vários tipos de habitações enquanto utilizavam uma série de métodos de aquecimento e arrefecimento. Estas atividades incluíram acender as luzes, usar aparelhos eletrônicos e ajustar constantemente o termostato.

Os resultados mostram que a abertura da janela teve o maior impacto sobre o consumo de energia durante os períodos em que o aquecedor foi usado para aquecer a casa, e usar cortinas nas janelas teve o maior impacto sobre a redução do consumo de energia durante as temperaturas quentes.

Os pesquisadores recomendam pendurar cortinas apropriadas para ajudar a reduzir o consumo de energia. Para uma maior redução do consumo de energia, os proprietários devem manter as janelas fechadas no inverno, adicionar painéis solares para reduzir os consumos de energia relativos ao aquecimento da casa, mexer o mínimo possível na temperatura do termostato e desligar as luzes quando não são necessárias.

“O estudo é o primeiro do seu gênero onde se relaciona o consumo de energia nas habitações normais com as tendências e os hábitos de consumo de energia do consumidor. Este último foi obtido através do levantamento aos habitantes das casas que monitorizamos”, disse Kamiel.

Para garantir um alto nível de confiabilidade nos estudos futuros, os fatores como zonas climáticas, as atitudes dos ocupantes, os comportamentos financeiros, sociais e culturais serão integrados na simulação do desempenho do edifico existente.

Os pesquisadores acreditam que este modelo poderia ser usado para a criação de projetos de construção eficiente e para a análise retrofit que leve em conta fatores como a construção, os materiais utilizados, a sombra e o controlo sobre o aquecimento e o arrefecimento.

“Uma vez que podemos classificar com precisão o tipo de consumidores em termos de alto, médio ou baixo consumo, os municípios e os governos podem efetivamente desenvolver programas destinados a esses segmentos”, disse Kamiel.

Acho que estas são talvez as formas mais fáceis de reduzir o consumo de energia. Aproveite para fazer algumas mudanças na sua habitação e desfrutar de uma redução no consumo de energia.

Célula solar biogênica gera o dobro de energia mesmo com céu nublado

O segredo da biocélula está no licopeno, a mesma substância responsável pela cor do tomate. [Imagem: S. K. Srivastava et al. – 10.1002/smll.201800729]

Célula solar biogênica

Pesquisadores descobriram uma maneira barata e sustentável de construir uma célula solar usando bactérias que convertem luz em energia – uma biocélula solar.

A biocélula gerou uma corrente mais do que o dobro mais forte do que qualquer outro dispositivo desse tipo até agora, e funcionou de forma eficiente tanto sob uma luz equivalente ao brilho do Sol, quanto sob uma penumbra mais forte do que em um dia chuvoso.

Com o desenvolvimento necessário que deverá se seguir, essas células solares – chamadas de “biogênicas”, porque são feitas de organismos vivos – têm potencial para se tornar tão eficientes quanto as células fotovoltaicas usadas nos painéis solares convencionais.

Esforços anteriores para construir células solares biogênicas se concentraram na extração de um corante natural que as bactérias usam para a fotossíntese. É um processo caro e complexo, que envolve solventes tóxicos e pode causar a degradação do corante.

Sarvesh Srivastava, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, decidiu deixar o corante nas bactérias.

Corante coletor de energia

Srivastava modificou geneticamente bactérias E. coli para produzir grandes quantidades de licopeno, um corante que dá aos tomates a sua cor vermelho-alaranjada e é particularmente eficaz na colheita de luz para conversão em energia. As bactérias foram revestidas com um mineral que funciona como um semicondutor e, em seguida, a mistura foi aplicada a uma superfície de vidro.

Com o vidro revestido agindo como um anodo, a célula biogênica alcançou uma densidade de corrente de 0,686 miliamperes por centímetro quadrado – uma grande melhoria em relação aos 0,362 obtidos pela melhor abordagem anterior.

“Nós registramos a mais alta densidade de corrente para uma célula solar biogênica. Esses materiais híbridos que estamos desenvolvendo podem ser fabricados econômica e sustentavelmente e, com uma otimização suficiente, podem funcionar com eficiência comparável às células solares convencionais,” disse o professor Vikramaditya Yadav, coordenador da equipe.

A economia de custos é difícil de estimar, mas Yadav acredita que o processo reduz o custo da produção de corantes para cerca de um décimo em relação aos métodos atuais. O “santo graal” nesse campo, disse ele, seria encontrar um processo que não mate as bactérias, para que elas possam produzir o corante indefinidamente.

Fonte: Inovação Tecnológica

Empresa quer transformar lixo marinho em biocombustíveis


A Enerkem é uma empresa que aposta na utilização de resíduos para fabricar biocombustíveis. Com sede em Montreal, no Canadá, ela acaba de anunciar que agora vai explorar oportunidades para fazer o mesmo com os resíduos de plástico oceânico e lixo marinho.

A companhia discutiu com a The Ocean Legacy Foundation, uma organização canadense sem fins lucrativos que realiza expedições periódicas de limpeza costeira, para explorar formas de recuperar os plásticos dos oceanos para produzir combustíveis aproveitando a tecnologia que já usa em sua operação atual.

“Nossa tecnologia de resíduos para biocombustíveis e produtos químicos já está abordando as questões relacionadas ao lixo urbano, incluindo plásticos. Através dessa colaboração, estamos comprometidos em analisar iniciativas locais concretas para transformar resíduos de plástico oceânico em produtos valiosos”, afirma Marie-Helene Labrie, vice-presidente sênior de assuntos governamentais e comunicações da Enerkem.

O novo investimento vem após o sucesso da primeira instalação de resíduos para biocombustíveis, lançada em Edmonton, capital da província canadense de Alberta. Por lá, diversos resíduos domésticos não recicláveis ​​e não compostáveis, além de plásticos irrecuperáveis, são transformados em ​​metanol, etanol e produtos químicos de baixo carbono.

O compromisso foi assumido durante a Reunião Ministerial do G7 sobre Meio Ambiente, Energia e Oceanos, que acontece no país. Durante o evento, foi ressaltada a importância de engajar e apoiar formas de enfrentar a mudança climática, melhorar a saúde dos oceanos do mundo e transformar a maneira como produzimos, transportamos e usamos energia.

Pesquisadores criam painéis de energia solar que funcionam com bactérias

Pois é, os cuidados com o meio ambiente são um dos assuntos mais comuns atualmente — e mais ainda quando o assunto é energia. É aí que entra a energia solar, que possui uma boa reputação justamente por ser renovável e não liberar poluentes na atmosfera do nosso planeta.

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, criaram uma espécie de placa absorvente de luz solar que pode transformar a luz em energia até mesmo quando o tempo está nas piores condições possíveis. Até aí, sem grandes novidades, certo? Bom, a diferença está justamente na composição do produto: ao contrário dos painéis de luz solar convencionais, esses vão utilizar certo tipo de seres vivos.

Os pesquisadores perceberam que as células solares — as partes dos painéis que são responsáveis por converter a luz solar em energia — funcionam melhor em dias ensolarados. Assim, eles trabalharam com bactérias E. coli geneticamente modificadas, que produzem uma substância chamada licopeno, capaz de converter a luz em energia. Você pode não conhecer esse nome, mas com certeza já viu os efeitos desse pigmento — ele dá o tom vermelho à casca dos tomates.

Assim, os pesquisadores transformaram as bactérias em produtoras dessa substância que age como um semicondutor e aplicaram essa mistura em uma superfície de vidro. No final, os testes mostraram que esse experimento obteve resultados melhores do que as células solares convencionais. Esses materiais biogenéticos poderiam ter usos que vão além dos painéis solares, como em explorações em grandes profundidades, onde realmente não há luz alguma.

Yadav Vikramaditya, professor do Departamento de Engenharia Química e Biológica da Universidade, apontou que o processo custa aproximadamente um décimo dos modelos convencionais. Entretanto, os pesquisadores ainda estão verificando alguma forma de manter as bactérias vivas, para que o pigmento possa ser produzido sem restrições.

Fonte: tecmundo

Células solares vivas produzem energia, mesmo em mau tempo

Representação seqüencial da síntese de materiais bio-PV de célula inteira destacando: a) clonagem molecular de E. coli para expressão de licopeno; b) ligação superficial não covalente de nanopartículas de TiO 2 resultando em morfologia core @ shell-like; c) implantação de material fotovoltaico biogênico na fabricação de DSSC.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica (UBC) demonstrou como as células solares feitas de organismos vivos podem gerar energia mesmo com a luz solar limitada. Conhecidas como células solares "biogênicas", essas células poderiam oferecer uma alternativa às células sintéticas usadas atualmente em painéis solares convencionais, fornecendo uma fonte de energia apesar do mau tempo. Um artigo detalhando a pesquisa foi publicado este mês na revista Small.

"Este é o primeiro estudo demonstrando materiais biogênicos geneticamente modificados para a fabricação de células solares", disse à Digital Trends Sarvesh Kumar, engenheiro químico e biológico da UBC e um dos principais autores do estudo. “Utilizamos uma bactéria inofensiva e reprojetamos sua maquinaria interna para produzir um pigmento fotoativo chamado licopeno.”

No passado, os pesquisadores desenvolveram células solares biogênicas através da extração de corantes naturais que as bactérias usam para gerar energia na fotossíntese. Isso provou ser um processo caro, no entanto.

Num golpe de sorte, os cientistas da UBC identificaram uma rota potencialmente mais barata enquanto manipulavam geneticamente E. coli, de modo que produzissem muito licopeno, o corante que dá aos tomates sua cor, o que se demonstrou ser uma efetiva colheitadeira leve. Notando que o licopeno estava degradando (liberando elétrons), eles se perguntaram se a taxa dessa degradação era suficiente para gerar uma corrente utilizável. Eles revestiram as bactérias produtoras de licopeno com um semicondutor mineral, aplicaram-nas em uma superfície de vidro onde puderam coletar luz solar e examinaram o que aconteceu.

Padrões de DRX de difração de A) células @ TiO 2 ; b) corante licopeno revestido sobre TiO 2 ; c) TiO 2 NPs.

A corrente que geraram atingiu uma densidade de 0,686 miliamperes por centímetro quadrado, o que foi 0,324 miliamperes maior que os estudos anteriores. É difícil dizer que economias de custo podem resultar se essa tecnologia for desenvolvida em escala, mas os pesquisadores estimam que a produção de corantes, usando seu processo, custa cerca de um décimo dos métodos atuais.

Outro aspecto promissor da tecnologia é que as células funcionaram tão bem com pouca luz quanto na luz brilhante, o que significa que o método pode ser útil em lugares no extremo norte ou sul, onde os céus são frequentemente encobertos.

“Não vemos nossa tecnologia como concorrente de células solares convencionais. Pelo contrário, eles são um complemento”, disse Vikramaditya Yadav, engenheiro químico e biológico da UBC e outro dos principais autores do estudo. “Ainda assim, as células que desenvolvemos são um dispositivo de 'geração um' que precisa de melhorias significativas e otimização antes que possa atingir os níveis de células solares de silício. 

No entanto, mesmo em sua infância, a tecnologia já lançou algumas aplicações promissoras. A exploração de ambientes com pouca luz, como as minas, requer o uso de sensores que poderiam ser alimentados com células biogênicas, como a que desenvolvemos.

Morar perto de turbinas eólicas afeta negativamente a saúde humana?


Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto e Ramboll, uma empresa de engenharia que financia o trabalho, começou a investigar como a distância residencial das turbinas eólicas – dentro de uma faixa de 600 metros (1.968,5 pés) a 10 quilômetros (6,2 milhas) – – afeta a saúde das pessoas.

Eles reanalisaram os dados coletados para o “Estudo sobre Ruído e Saúde da Comunidade”, de maio a setembro de 2013, pelo Statistics Canada, o escritório nacional de estatística. A equipe relata sua nova análise no Journal of the Acoustical Society of America .

“O Estudo de Ruído e Saúde da Comunidade gerou dados úteis para estudar a relação entre a exposição de turbinas eólicas e a saúde humana – incluindo incômodos e distúrbios do sono”, disse Rebecca Barry, autora do estudo. “Seus resultados originais examinaram o ruído modelado da turbina eólica baseado em uma variedade de fatores – fonte de potência sonora, distância, topografia e meteorologia, entre outros.”

A nova avaliação da equipe confirmou as descobertas iniciais do Statistics Canada. “Os entrevistados que vivem em áreas com níveis mais altos de valores sonoros modelados (40 a 46 decibéis) relataram mais aborrecimentos do que os entrevistados em áreas com níveis mais baixos de valores sonoros modelados (<25 dB)”, disse Barry. Sem surpresa, os entrevistados da pesquisa que vivem mais perto das turbinas “tinham mais probabilidade de relatar estarem irritados do que os entrevistados que moram mais longe”.

O estudo anterior do Statistics Canada não encontrou ligação direta entre a distância dos residentes às turbinas eólicas e os distúrbios do sono (medidos pelas avaliações do sono e pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh), pressão sanguínea ou estresse (auto-relatado ou medido pelo cortisol capilar). No entanto, o estudo mais recente mostrou que os respondentes da pesquisa mais próximos das turbinas eólicas relataram classificações mais baixas para sua qualidade de vida ambiental. Barry e seus co-autores observam que seu estudo transversal não consegue distinguir se esses entrevistados estavam insatisfeitos antes da instalação das turbinas eólicas.

“Turbinas eólicas podem ter sido colocadas em locais onde os moradores já estavam preocupados com sua qualidade de vida ambiental”, disse Sandra Sulsky, pesquisadora da Ramboll. “Além disso, como é o caso de todas as pesquisas, os entrevistados que escolheram participar podem ter pontos de vista ou experiências diferentes daqueles que escolheram não participar. Os entrevistados da pesquisa podem ter participado precisamente para expressar sua insatisfação, enquanto aqueles que não participaram poderiam não tem preocupações sobre as turbinas “.

O estudo mais recente da equipe não encontrou evidências de que a exposição às turbinas eólicas realmente afeta a saúde humana, mas no futuro, “medir as percepções e preocupações da população antes e depois da instalação das turbinas pode ajudar a esclarecer quais efeitos – se houver – a exposição às turbinas eólicas pode ter na qualidade de vida “, disse Sulsky.

Fonte: Sciencedaily

Linha de crédito impulsiona construção de edifícios verdes


Os arquitetos Guido Petinelli e Sandra Pinho Pinheiro montaram um escritório de engenharia há oito anos. Com experiência no Canadá, Guido queria trazer para a região sul do Brasil o conceito de green buiding (construção sustentável).

“Nunca foi tão barato construir um prédio energeticamente eficiente, com painéis solares e otimização do gasto de energia”, diz ele. A Petinelli Engenharia elabora estudos e presta consultoria para planejar a construção de uma edificação de forma integrada, para que não gaste nada de energia elétrica depois de pronto, reduzindo inclusive o impacto ambiental.

A empresa hoje é responsável por metade dos empreendimentos certificados no Brasil pelo Green Building Council, principal plataforma utilizada para construções sustentáveis no mundo.

O objetivo da Petinelli é planejar a viabilidade econômica de um prédio sustentável, focando em eficiência energética, sem aumentar o custo das obras. E nada melhor do que ter um estudo de caso para ilustrar essa ideia. Foi assim que eles conheceram a Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado.

Os empreendedores instalaram painéis de energia solar no telhado da sede da empresa, localizada no bairro Rebouças, em Curitiba, e captaram um financiamento da linha Fomento Energia, como reembolso do custo de implantação, para manutenção do capital de giro.

“Queremos oferecer este crédito barato e com prazo de carência para nossos clientes. A disponibilidade de crédito como esse da Fomento Paraná é fundamental para que indústrias e outras empresas invistam em green buildings”, afirma o arquiteto.

“Na medida em que o mercado financeiro se envolve, em especial a Fomento Paraná com esse produto excelente, vai beneficiar o cliente final”, explica Sandra.

EDIFÍCIOS VERDES – “Pensamos na integração do projeto como um todo, desde o tamanho das janelas, número de lâmpadas até a cor do piso, para termos eficiência energética”, afirma Guido. Segundo ele, o painel fotovoltaico (que transforma energia solar em energia elétrica) tornou-se uma commodity, o que reduziu muito os custos para se montar uma estrutura de captação, geração e consumo da energia.

“Temos clientes que são autossuficientes em energia. Ou seja, em menos de três anos já pagaram o investimento porque os painéis já geram energia suficiente para todo o gasto do prédio e o consumo de energia vem zerado”, destaca Rafael Sabetzki, engenheiro eletricista da Petinelli.

A título de comparação, para a cidade de Curitiba, um empreendimento comercial que consome 1.000 kWh por mês de energia, gasta aproximadamente R$ 700,00. Para utilizar energia solar, necessitaria de um sistema de aproximadamente 10 kWp ou 38 módulos fotovoltaicos, que representa uma área de 63 m².

FOMENTO ENERGIA – É uma linha de financiamento do Governo do Paraná para a aquisição de equipamentos para geração de energia a partir de fontes renováveis ou para substituição de lâmpadas e equipamentos para melhoria da eficiência energética. Permite financiar a aquisição e a instalação de todos os componentes de sistemas de micro e mini geração de energia elétrica fotovoltaica, eólica ou de biomassa.

MAIS CRÉDITO – Desde 2011, a Fomento Paraná contratou quase 29 mil operações de crédito com os empreendedores paranaenses da indústria, do comércio e do setor de serviços. Isso representa mais de R$ 960 milhões liberados para apoiar empresas de micro, pequeno e médio porte em todas as regiões do Estado.

Fonte: Diário dos Campos

Brasil supera Canadá e sobe no ranking de produção de energia eólica

Apesar de potencial, Minas Gerais ainda não conta com operação no setor.
Brasil aumentou sua produção de energia eólica e subiu para a oitava colocação no ranking global, superando o Canadá

Sopram bons ventos para o Brasil, pelo menos para a geração de energia eólica. Tanto que o país subiu uma posição no ranking mundial que afere a capacidade instalada de produção desse tipo de energia, passando o Canadá, e agora ocupa o oitavo lugar, conforme o Global Wind Statistic 2017, documento anual com dados mundiais de energia eólica produzido pelo Global Wind Energy Council (GWEC).

Em 2016, foi a vez do Brasil superar a Itália no ranking e, dessa forma, passou ocupar a nona posição. Atualmente, a capacidade de energia instalada no país é de 12,76 gigawatts (GW), contra os 12,39 GW do Canadá. Na lista, a China lidera, com 188,23 GW; seguida pelos Estados Unidos, com 89,07 GW; e a Alemanha, com 56,132 GW de capacidade instalada. A Índia, Espanha, Reino Unido e a França completam o ranking dos sete primeiros.

O fundador da Energia Pura – que atua nos segmentos de energia eólica e solar fotovoltaica, com sede em São Paulo –, Ronald Thomé, aposta na expansão do setor. “Aliás, eu vi o segmento crescer. Quando comecei, em 1993, praticamente não se falava em energia limpa no país e a geração era muito pequena”, observa.

Os números confirmam a análise do especialista. O segmento é responsável por 8,3% da energia produzida no país, percentual ainda distante dos 60,9% produzido pelas hidrelétricas, mas já próximo dos 9,3% da produção das usinas de biomassa, que ocupam o segundo posto no ranking nacional, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), que reúne empresas do setor.

A energia produzida pelas usinas eólicas chegou a ser responsável por 64% da energia consumida na região Nordeste do Brasil, no dia 14 de setembro do ano passado. Aliás, essa região é que lidera a capacidade de produção de energia a partir dos ventos, sendo o Rio Grande do Norte o Estado que mais produziu energia usando ao força dos ventos. São 3.678,85 MW de capacidade instalada distribuída em 135 parques eólicos.

Em Minas Gerais, não há nenhuma operação que produza energia eólica, conforme o engenheiro de tecnologia e normalização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Marcio Eli Moreira de Souza. “No nosso Estado existe o potencial, mas os custos de implantação ainda não apresentam viabilidade econômica”, diz.

Ele explica que o Atlas Eólico, elaborado pela Cemig em 2010, identificou um potencial de 39 MW em Minas Gerais. Nas imediações da Serra do Espinhaço, no Norte do Estado, é a localidade que apresenta as melhores condições para a geração desse tipo de energia. “No nosso Estado, a logística de implantação é o grande impeditivo, pois os ‘bons ventos’ estão no alto das montanhas e o acesso inviabiliza a instalação de parque eólicos”, observa. E acrescenta que no litoral nordestino, que é líder no Brasil, o custo é menor.

Para a Abeeólica, Minas tem potencial, que acaba esbarrando na produtividade dos ventos da região Nordeste, que é bem maior que no resto do país, o que faz com que os parques acabem concentrados na região. (Com agências)

País terá 252 novos parques até 2023

A energia eólica no país começou em 1992, com o início da operação comercial do primeiro aerogerador instalado no Brasil, fruto de uma parceria entre o Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE) e a Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), por meio de financiamento do instituto de pesquisas dinamarquês Folkecenter.

Essa turbina eólica, de 225 kW, foi a primeira a entrar em operação comercial na América do Sul, em 1992, localizada no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco.

Em Minas Gerais, a usina eólica de Camelinho, em Gouveia, no Vale do Jequitinhonha, construída em 1994, foi a primeira ligada ao Sistema Interligado Nacional. De propriedade da Cemig, essa usina acabou sendo doada para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para fins acadêmicos. Atualmente, a estatal tem parques eólicos na região Nordeste do país.

Em todo o país, há cerca de 500 parques eólicos, conforme a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Considerando os contratos já assinados, serão mais 252 novos parques eólicos até 2023, num total de mais 5,8 GW.

No ano passado, em média, 18 milhões de residências por mês foram abastecidas com esse tipo de energia no país. A entidade estima que o Brasil, cuja capacidade instalada é 12,76 GW, tenha potencial eólico superior a 500 GW. (Com agências)

Fonte: O Tempo

Habitantes do Ártico vão adotar energia solar


Populações isoladas são as que vão ter mais dificuldade em adotar energias alternativas. Vivendo a uma grande distância dos principais centros populacionais, a substituição dos seus equipamentos representa um grande investimento financeiro. Mesmo assim, há uma procura destas populações por formas mais eficientes de obter eletricidade, e a energia solar é a melhor hipótese.

No entanto, talvez seja motivo para pensar duas vezes no uso de energia solar quando se vive junto ao Círculo Polar Ártico e quase não há luz durante seis meses do ano. Mesmo assim, a cidade de Kuujjuak, localizada no território canadiano de Nunavik (a parte do Québec que fica acima do paralelo 66), adotou o uso de painéis solares para poder reduzir a dependência em geradores alimentados por gasóleo.

A comunidade, que é a mais populosa do território, tem apenas 2375 habitantes, quase todos de origem Inuit. Apesar disso, a corporação local Makivik investiu 557 mil dólares canadianos (372 mil euros) na instalação de painéis solares, e já conseguiu reduzir o consumo de gasóleo em 400 litros, gerando 1100 kWh de energia. O projeto também pretende verificar a eficiência do painéis em períodos com pouca luz solar diária, o que poderá ser importante para o desenvolvimento de painéis solares mais eficientes.

Fonte: Motor24

Califórnia está prestes a cumprir lei de 50% renováveis, uma década antes do prazo

Quando a Califórnia estabeleceu as suas regras agressivas de emissões de automóveis, as pessoas foram avisadas de que os automóveis se tornariam muito caros. Quando a Califórnia estabeleceu metas arrojadas de renováveis ​​para centrais de energia, as pessoas foram avisadas que haveriam apagões e contas extremamente elevadas, e que era cedo demais.

Agora, os serviços eléctricos públicos e privados da Califórnia já estão praticamente a alcançar o objectivo para 2020 de 33% de renováveis. Em vez disso, estes objetivos foram revistos para alcançar a meta de 2030 – 50% de renováveis ​​- até 2020. Isso sem sequer contar os aproximadamente 13% derivados de grandes hidroelétricas, nem energia nuclear importada.

Em um Sábado de Maio a energia renovável representou 42% do consumo da rede da Califórnia, 67% se incluirmos as grandes hidroelétricas.

A Califórnia mostrou que é possível aumentar o PIB ao reduzir a pegada de carbono. Os californianos reconhecem – mesmo mais de 50% dos republicanos – que os combustíveis fósseis que a Califórnia vem extraindo, queimando e vendendo também, estão a destruir o futuro. Há uma compreensão de que os humanos esperaram muito e que os efeitos – incluindo incêndios violentos e secas na Califórnia – já estão em andamento e apenas pioram.

Políticas federais

As políticas federais e estaduais permitiram um crescimento rápido de energia solar, eólica, hidroelétrica e geotérmica. Agora, a administração Trump e a legislatura republicana em Washington, DC fazem os possíveis para sustentar os combustíveis sujos, em vez disso. Desde ameaças aos subsídios existentes até à destruição de monumentos naturais nativos americanos para exploração de urânio, petróleo, gás e carvão, até considerar tarifas de importação de painéis solares.

No entanto, existem muitos estados conservadores de Idaho ao Texas que beneficiam da energia eólica, por exemplo. Além disso, o custo do ciclo de vida do vento e da energia solar caiu tanto em menos de 10 anos até se tornaram competitivos com os combustíveis fósseis. Trump pode ser má notícia para o meio ambiente, mas os seus até 8 anos de políticas não alteram a matemática de investimentos de longo prazo para o combustível fóssil.

Uma excepção que permanece, em um ambiente anti-nuclear, é o gás natural – ainda abundante – que fornece a carga básica para compensar a variabilidade do vento e da energia solar. Pode ser mais limpo, mas as fugas podem libertar quantidades rápidas de metano e as faltas ameaçam a estabilidade da rede.

Para aproximar-se de 100%, a Califórnia está a explorar a regionalização, fazendo o planeamento da transmissão de energia conjuntamente com vários estados ocidentais, de Baja Califórnia até ao Sudoeste do Canadá. Quando há excesso de recursos renováveis numa área, estes podem ser usados noutro lugar.

Há também pesquisas sobre tecnologias de armazenamento de energia, com a esperança de que o preço caia. Com essas e outras inovações, os líderes da Califórnia acreditam que vão alcançar emissões de gases de efeito estufa negligenciáveis até 2045, junto com transportes eléctricos e a hidrogênio.

Fonte: Jornal Tornado

Uma única rede elétrica capaz de resolver o problema das energias renováveis


A energia solar e a eólica sofrem ambas com problemas relacionados com o armazenamento. A solução pode passar por uma única rede elétrica.

Muitas vezes, este tipo de centrais produzem energia elétrica em abundância. O armazenamento de toda essa energia produzida é uma possível solução, mas não compensa devido ao seu alto custo. Como alternativa, já foi apontada a criação de uma rede elétrica de grandes dimensões.

O sol leva muito tempo para percorrer todo o planeta e, por exemplo, países grandes como o Canadá podem beneficiar com isso. A vantagem é que quando o sol está a brilhar nos parques solares de Ontário, a energia elétrica excedente pode ser utilizada para fazer o pequeno almoço na Colúmbia Britânica e o almoço em Newfoundland.

É um ótima ideia, mas o problema é que não tem como conseguir fazer chegar a essa energia de um ponto ao outro do Canadá. A Colúmbia Britânica está ligada com Alberta por uma linha principal e pára aí. Não existe linha entre Alberta, Saskatchewan, Manitoba e Ontário. Uma linha liga com Ontário, Quebec e as Províncias Marítimas, mas nenhuma liga com Newfoundland.


Embora existam poucas linhas a unir interiormente todo o Canadá, existem 34 linhas que ligam o Canadá e os EUA. O problema com as conexões norte-sul é que o sol brilha em ambas as zonas ao mesmo tempo, não sendo possível distribuírem entre si os excedentes.

Estes problemas nas linhas do Canadá criam um grande desafio para as energias renováveis, ainda mais para a eólica do que para a solar. Enquanto a energia solar é bastante previsível, o vento pode ser um problema. Tempestades súbitas podem causar estragos numa rede elétrica, ao despejar enormes quantidades de energia no sistema sem ter para onde ir. Algumas empresas do setor energético vêem-se obrigadas a pagar aos clientes para eles consumirem a energia, apenas para conseguirem livrar-se dela.

As alterações climáticas estão a levar a diferenças drásticas de temperaturas, onde num local está muito quente e no outro já estão a ocorrer tempestades. Uma grande rede elétrica seria capaz de levar a energia renovável para onde ela fosse mais necessária.

Uma grande rede elétrica iria absorver toda a energia que conseguisse ser bombeada para ela, mas iria requerer relatórios meteorológicos. Precisamos de saber onde o sol está a brilhar e onde o vento está a soprar para melhor conseguirmos determinar onde estão as fontes de energia. Mas, já conseguimos ter acesso a essa informação. O Departamento de Energia dos EUA e o Laboratório Nacional de Energia Renovável mapeiam as áreas potenciais de energia em 4 quilómetros quadrados a cada cinco minutos ao longo de todo o ano. Juntando estas informações e uma grande rede elétrica, seria possível enviar a energia excedente para onde é necessária.

O que precisamos é de um projeto de rede inteligente, conduzida pela meteorologia e com linhas de transmissão de longa distância que possam ultrapassar as inconsistências do tempo. Um sistema como este poderia enviar grandes quantidades de energia renovável para ligar a oferta e a procura, independentemente do clima num determinado local.

Turbina portátil instalada no rio pode prover energia elétrica para sua casa


Uma empresa chamada Idénergie, com sede em Quebec, usa uma mini turbina no rio para converter essa energia natural em eletricidade. O equipamento fornece energia constante 24 horas por dia para atender as necessidades elétricas, produzindo 4 a 12 kWh / dia, dependendo da velocidade da água.

Como funciona?

A turbina deve ser instalada em um rio raso com uma profundidade de água mínima de 60 cm. A velocidade da água deve variar entre 1 m/s e 3 m/s para melhores resultados. A distância máxima entre o rio e a localização final da potência não deve ser superior a 1 km.

Como a corrente do rio permite o movimento de fiação das turbinas, o gerador impermeável sem eixo é ativado. Este novo tipo de gerador elétrico é altamente eficiente em baixas velocidades.

A turbina converte energia cinética em eletricidade através de um conversor bidirecional inteligente incorporado. Este conversor de monitoramento remoto vem com recursos adicionais, como modo de auto-partida, otimização de energia contínua e um freio de emergência.

Através de um cabo elétrico, a energia convertida é armazenada em uma bateria. Um inversor transforma a corrente contínua (24-48 VDC) em corrente alternada (120 VAC) para alimentar os dispositivos elétricos. No entanto, a produção de energia depende da velocidade da água. Assim, quanto mais forte a corrente, maior a produção de eletricidade.

(Imagem: Idénergie)

Características:
  • Fácil instalação – Para a instalação, você precisa de três pessoas e o manual de instalação. Os usuários não precisam de guindastes ou obras civis.
  • Portátil – O equipamento fornecido internacionalmente vem como um pacote de peças desmontadas, que podem ser facilmente montadas usando chaves allen.
  • Networking – Ligue uma pequena comunidade. No mesmo banco de baterias, desenvolva uma mini-fazenda de turbinas conectando várias turbinas juntas para maior capacidade. É um sistema ideal para países muitos lugares chuvosos.
  • Meio ambiente – A fim de minimizar o impacto sobre os animais aquáticos e do habitat natural, a turbina é feita de metais nobres, como alumínio. Os materiais impermeáveis utilizados são recicláveis.
  • Energia – A turbina do rio gera energia equivalente à energia produzida por 12 painéis solares, reduzindo assim os 50% do custo operacional.
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Tubulação movida a energia solar transforma 1,5 bilhões de galões de água do mar em potável


O projeto é basicamente, uma usina de energia solar que implanta dessalinização eletromagnética para fornecer água potável para a cidade e filtra a salmoura resultante através de banhos termais de bordo antes de ser reintroduzido no Oceano Pacífico. A tubulação já é finalista da 2016 Land Art Generator Initiative design competition.

Elizabeth Monoian, co-fundadora da Iniciativa Land Art Generator afirma: “A infra-estrutura sustentável que é necessário para atingir as metas de desenvolvimento e crescimento da população da Califórnia terá uma profunda influência sobre a paisagem. O acordo de Paris uniu o mundo em torno de um objetivo de limitação da elevação da temperatura para 1,5 – 2 °C, o que exigirá um investimento maciço em infraestrutura de energia limpa “.


Para esta competição particular, a LAGI pediu para apresentar propostas que incorporam tanto energia quanto água limpa, uma vez que estão inextricavelmente interligados. Khalili Engineers do Canadá escolheu um projeto para alimentar um dispositivo de dessalinização eletromagnética usando a energia solar.

E – de acordo com a arte pública e aspecto educativo da cruzada ambiental e social global da LAGI – a tubulação é um projeto bonito que permite que as pessoas interagem perfeitamente com a sua fonte de água potável, sem nenhum dos efeitos colaterais desagradáveis tipicamente associados com a geração de energia.

“Acima, painéis solares fornecem energia para bombear água do mar através de um processo de filtragem eletromagnética abaixo do deck da piscina, oferecendo banhos termais e produzindo água potável”. Segundo a equipe de desenvolvimento do projeto, “A tubulação representa uma mudança no futuro da água.”


De acordo com Khalili Engineers, a sua concepção, essa coisa longa brilhante visível do píer de Santa Monica, é capaz de gerar 10.000 MWh por ano, o que por sua vez irá produzir 4,5 bilhões de litros (ou 1,5 bilhões de galões) de água potável. Dada a atual situação de seca em toda a Califórnia, e a escassez de água em geral, uma variedade de microgeradores urbanos como este pode complementar a geração de energia e água.

“O resultado são dois produtos: água potável pura, que é dirigida para a rede de tubulação de água principal da cidade, e água clara com 12% de salinidade. A água potável é canalizada para a costa, enquanto a água salgada fornece os banhos termais antes de ser redirecionado de volta para o oceano através de um sistema de liberação inteligente, mitigando a maioria dos problemas habituais associados com o retorno de água salgada do mar “.

Os vencedores da LAGI 2016 serão anunciados no dia 06 de outubro de 2016.

Silício transforma CO² em combustível líquido


Wei Sun, da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriu uma forma de utilizar o silício para capturar a luz do Sol e transformar as emissões poluentes de CO² em precursores para produzir combustíveis líquidos com alto valor energético. 

Há um desafio mundial para descobrir um material que consiga converter a luz solar, dióxido de carbono e água ou hidrogênio em combustível. No entanto, a estabilidade química do CO² está dificultando encontrar uma solução prática e eficiente.

Sun descobriu uma abordagem utilizando o silício, que é abundante e barato. O pesquisador desenvolveu nanocristais de silício cuja extremidade possui um composto hidreto.

Esses hidretos nanoestruturados de silício têm um diâmetro médio de 3,5 nanômetros, o que lhes dá uma área superficial enorme, que é utilizada para absorver os raios do Sol na faixa do infravermelho próximo, luz visível e ultravioleta.

Em conjunto com um agente de redução química colocado na superfície do material, o sistema converte de forma eficiente e seletiva o dióxido de carbono gasoso em monóxido de carbono. Outras equipes já demonstraram a viabilidade da conversão do monóxido de carbono e do hidrogênio em combustível para aviões.

Atualmente, a equipe trabalha na otimização do processo e no seu escalonamento, com vistas à construção do projeto-piloto de uma "refinaria solar".


GRUPO ESTRANGEIRO COMPRA USINAS EÓLICAS NO NORDESTE


A Cubico, uma empresa formada pelo Banco Santander e dois fundos de pensão canadenses, fechou a compra de duas usinas eólicas no Nordeste do Brasil por R$ 2 bilhões, incluindo assunção de dívidas.

Segundo o chefe da companhia para o Brasil, Eduardo Klepacz, o negócio envolve 392 megawatts de parques em Pernambuco e no Piauí, que já estão em operação e foram negociados junto à desenvolvedora Casa dos Ventos.

A Cubico, criada no ano passado para investir em energia renovável e saneamento na América Latina e na Europa, herdou ativos de energia do Santander, o que faz com que a transação leve a companhia a um portfólio total no Brasil de 615 megawatts em usinas eólicas, todas já em funcionamento.

Klepacz disse a jornalistas que o foco da companhia será o investimento em novos projetos, com participação em leilões de energia promovidos pelo governo federal, e em aquisições pontuais, como a fechada com a Casa dos Ventos.

No alvo da empresa estão empreendimentos eólicos, principalmente, mas também solares e de pequenas hidrelétricas - todas fontes com as quais o Santander já trabalha ou trabalhou em outras oportunidades.

O chefe da Cubico para o Brasil destacou que os três sócios da companhia possuem força financeira, o que será "um diferencial" no atual momento do mercado brasileiro de energia elétrica, em que as empresas sofrem com dificuldades para captar recursos.
"Estamos fazendo uma aposta de longo prazo", disse.

Além do Santander, a companhia tem como acionistas o fundo de pensão dos professores de Ontario e o administrador de fundos de pensão do Canadá.

FONTE: PORTAL G1

Nova usina captura gás carbônico e o transforma em combustível


Esta semana marcou a abertura de um projeto “piloto”de abastecimento de combustível na cidade costeira de Squamish, British Columbia. A nova usina não é como qualquer outra forma de geração de combustível verde. Esta usina é responsável pelo pioneirismo, uma indústria completamente nova de refino de combustíveis utilizando o dióxido de carbono capturado do ar.

Ela não foi projetada para ou capaz de reduzir os gases mensuráveis do efeito estufa na atmosfera. Em vez disso, a motivação da criação da usina é a produção de combustíveis para serem aplicados em transportes pesados, como aviões, caminhões e ônibus.

David Keith, o fundador da Carbon Engineering, empresa que construiu a usina piloto afirma que uma vez que a usina está em sua plena eficiência, o sistema será capaz de retirar cerca de uma tonelada de dióxido de carbono por dia. Também professor de Harvard em Física Aplicada, disse não ser novidade para conceitos de fontes de reengenharia do combustível e essas abordagens é crucial para a diminuição do aquecimento global.

Cerca de dois anos atrás, Keith foi um grande defensor público, pedindo mais pesquisas sobre geoengenharia e explorar a ideia de irrigar a baixa estratosfera com ácido sulfúrico para refletir a luz solar e compensar os efeitos de aquecimento.


Keith também explica que o seu sistema de captura de carbono não utiliza qualquer nova tecnologia, mas combina os processos industriais que já são utilizados em indústrias atuais. No entanto, o processo parece um pouco mais complicado do que o fabricação de papel. 

Essencialmente para o projeto, ventiladores puxam o ar para um líquido que reage com o CO² para criar uma solução rica em carbono. A solução concentrada é então purificada através de um processo em que é então transformada num gás CO² e o mesmo líquido é reutilizado no início do processo de extração do ar.

Isso é apenas a primeira parte deste processo, a parte 2 na verdade ainda está em fase de construção, porque requer que a usina instale um eletrolisador para recolher o hidrogênio para criar os combustíveis de hidrocarbonetos necessários para abastecer veículos de transporte.


Tais como painéis solares, o processo precisa ser bem implementado para que a usina seja economicamente valiosa. Mas, apesar de alguns ajustes aqui e ali para garantir a eficiência de desempenho, este é um enorme passo na produção de combustível.

Fonte: Technology Review e Carbon Engineering

Misturar lixo orgânico e reciclável é crime no Canadá

Fonte: The Green Post

Por muitos anos, a prefeitura de Vancôver tem recomendado o descarte do material orgânico no green bin (lixo verde, em português), mas agora a coisa é para valer. Desde o começo do ano é lei: os moradores não podem mais misturar lixo orgânico com recicláveis. Depois de seis meses de “aviso”, quem não seguir a regra será punido.

A medida foi tomada pela prefeitura, junto com a ONG Metro Vancouver. Segundo Greg Moore, diretor da organização, todos serão impactados pela nova medida. “Nós precisamos pensar diferente. Precisamos pensar sobre como separamos nossos resíduos orgânicos, recicláveis e nosso desperdício sólido”, explica.

Atualmente, cerca de 60% do lixo da cidade é reciclado. A meta é que até o fim deste ano o número suba para 70% e até 2020 para 80%. O resíduo orgânico da cidade será coletado e encaminhado para compostagem industrial e tudo será transformado em biocombustível e adubo, ajudando no cultivo de hortas.

Além de reduzir a dependência dos lixões, diminui a emissão de gases de efeito estufa e ajuda a combater o desperdício. Ao separar o lixo, as pessoas passam a reparar na quantidade de comida que está sendo jogada fora e, quem sabe, repensam seus hábitos.

Spray torna objetos capazes de produzir energia solar


Uma borrifada de spray e o teto do seu carro, o telhado de casa ou a janela do escritório se tornam capazes de produzir energia solar. Pelo menos é o que garantem pesquisadores da Universidade de Toronto.

Depois de muito pesquisar, eles desenvolveram uma técnica de revestimento por pulverização que, basicamente, consiste em borrifar minúsculas células solares – quase invisíveis a olho nu – em superfícies rígidas, como telhas, latarias de carros e até as asas de um avião. Já pensou?

A base da substância borrifada pelo spray são os Pontos Quânticos Coloidais – também conhecidos pela sigla CQD, em inglês -, partículas minúsculas que são sensíveis à luz e tão eficientes quanto os painéis solares convencionais na hora de produzir energia a partir do sol, garantem os pesquisadores.

A vantagem é que a técnica é mais barata e também muito mais fácil de ser aplicada. Basta uma borrifada e pronto! Os mais diversos objetos já são capazes de produzir energia limpa. Nós vamos torcer para o spray começar a ser comercializado em grande escala o mais rápido possível e você?

Foto: juantiagues/Creative Commons