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EPE-Empresa de Pesquisa Energética apoia reforma do mercado de gás

A Abraceel participou, em 09.10, de reunião das entidades ligadas ao setor de gás com o presidente da EPE, Luiz Barroso, e equipe, para discutir as mudanças no setor de gás natural que foram definidas no programa Gás para Crescer do MME.


O grupo reúne 14 instituições do setor de gás: Abraceel, Abrace, Abiape, Abiquim, Abividro, Anace, Abraget, Apine, CNI, Petrobras, Aspacer, Anfacer, Abal e Anfaeva. Durante a reunião, o grupo de instituições defendeu a agenda mínima de consenso das instituições para as reformas do setor de gás, que é dividida em três grupos:

1) Aperfeiçoamento da Estrutura Tributária
- Desvinculação do fluxo físico e contábil na incidência de tributos

2) Livre Acesso ao Mercado
- Gestão Independente do sistema de Transporte
- Acesso não discriminatório aos dutos de escoamento, UPGNs e terminais de GNL
- Diretrizes Federais para a abertura do mercado nos Estados
- Previsão para as atividades de contabilização e liquidação de diferenças

3) Estímulo à Competitividade
- Medidas de estímulo à competitividade e mitigação do self-dealing 
- Fomento ao Mercado de Curto Prazo com formação de preços transparente e eficiente
- Interligação entre o setor elétrico e de gás, buscando a otimização global

As entidades também reforçaram a importância do programa Gás para Crescer e da abertura do mercado de gás para o desenvolvimento do setor e para o sucesso das novas rodadas de licitação. As instituições também defenderam, de forma unânime, a criação de um mercado nacional de gás, com regulamentação federal para a abertura do mercado e regulamentação da atividade de comercialização, tema que foi incluído pelo MME na proposta final do Gás para Crescer.

A EPE demonstrou entendimento favorável à criação do mercado nacional de gás, reconhecendo a importância da abertura do mercado e do estímulo à competição para a evolução do setor e a atração de novos investimentos. Além disso, também foi discutida a importância da existência do livre mercado para possibilitar a revenda do GNL importado por termelétricas não despachadas pelo ONS. 

O grupo de instituições deverá se reunir novamente com o Ministro Fernando Coelho Filho para reforçar o posicionamento conjunto das 14 instituições para a reforma do setor de Gás Natural, cuja agenda mínima já foi discutida com o MME e está contemplada na versão final do Gás para Crescer.

Brasil constrói ponte para a eficiência com novas usinas solares

Em 2017, o Brasil deve ter a capacidade de produzir seu primeiro gigawatt de energia solar fotovoltaica, estima a ABSolar (associação do setor).

O montante seria suficiente para atender a cerca de 800 mil residências, de acordo com Rafael Kelman, diretor da consultoria PSR.

Se confirmado, o marco vai representar um salto gigantesco sobre os 84 MW (megawatts) registrados em 2016 pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia. O número, contudo, continua tímido se comparado aos 9,65 GW de capacidade das usinas hidrelétricas em 2015, último dado disponível.

Reforço para o segmento, a EGPB (Enel Green Power Brasil), subsidiária da italiana Enel, deve colocar em funcionamento neste ano quatro parques solares, adicionando 807 MW à capacidade instalada no país.

Três das estações ficam na Bahia e uma no Piauí. As plantas de Nova Olinda (PI), com 292 MW, e Ituverava (BA), de 254 MW, serão, segundo a empresa, as maiores da América Latina. A EGPB estima que, juntas, as quatro plantas serão capazes de gerar o suficiente para atender ao consumo anual de 845 mil famílias.

A empresa venceu leilões em 2014 e 2015 e investiu cerca de US$ 980 milhões nos projetos. “A vantagem do Brasil em relação à Europa é que o maior potencial solar está em áreas semiáridas do Nordeste não aproveitáveis para agricultura”, diz Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil.

DESAFIOS

O Brasil assumiu objetivos ambiciosos dentro do Acordo de Paris, ratificado no ano passado. A contribuição do setor energético inclui expandir a participação de energias renováveis na geração elétrica, além da hídrica, para pelo menos 23% até 2030. Em 2015, a oferta hídrica representava 64% da matriz brasileira; a solar não passava de 0,01%.

Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê, diz que a empresa tem um investimento pronto para uma planta solar de 150 MW em Ouroeste (interior de São Paulo), mas que está em espera. Isso porque o governo cancelou o leilão para energia de reserva em dezembro último, após a EPE concluir que não havia necessidade.

“Com a entrada de megaprojetos e o derretimento da demanda pela crise, o governo pode esperar para avançar com novos leilões, o que desanima o mercado no curto prazo”, diz Kelman, da consultoria PSR.

Rodrigo Sauaia, presidente da ABSolar, ressalta que a manutenção dos leilões é fundamental. “Sem eles, nada vai avançar. É preciso ter um calendário que planeje o setor por, pelo menos, cinco a dez anos.”

Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que está sendo estudada a realização de um leilão de reserva de fontes renováveis ainda neste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo | Bruno Benevides e Anaís Fernandes

EPE habilita 64 projetos para o 1º Leilão de Reserva


A Empresa de Pesquisa Energética habilitou 64 projetos dos 133 cadastrados anteriormente para o 1º Leilão de Energia de Reserva, que deve acontecer no dia 23 de setembro. Do total, 47 são Pequenas Centrais Hidrelétricas e 17 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs). Essa é a primeira vez que a energia das CGHs será comercializada em leilões do governo.

Ao todo, segundo a EPE, foi habilitada uma oferta de 641 MW, mas o total de energia disponível no leilão dependerá ainda do depósito das garantias de participação, que será feito na Agência Nacional de Energia Elétrica até 13 de setembro de 2016. A energia comercializada terá início de suprimento em 1º de março de 2020 pelo prazo de 30 anos. O preço-teto estabelecido para o leilão foi de R$ 248/MWh.

Pela primeira vez, a EPE está publicando os motivos que levaram à inabilitação de projetos. No documento também é explicada a metodologia de contabilização, antes aplicada apenas às usinas eólicas e fotovoltaicas e agora estendida às PCHs e CGHs, com o objetivo de minimizar o risco do negócio. Por essa metodologia, o empreendedor terá maior flexibilidade na geração de energia, sendo possível compensar períodos de baixa e alta produção.

Fonte: Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão

EPE: produção de energia eólica cresce 77,1% em 2015

Capacidade total instalada de geração no Brasil alcançou 140.858 MW no período.

Por Carolina Medeiros 

A produção de eletricidade a partir da fonte eólica alcançou 21.626 GWh em 2015, equivalente a um aumento de 77,1% em relação ao ano anterior, quando atingiu 12.210 GWh, superando a geração nuclear. No ano passado, a potência instalada para geração eólica expandiu 56% e a solar, 40%. 

Os dados constam do Balanço Energético Nacional 2016, com base em dados de 2015, divulgado nesta segunda-feira, 29 de agosto, pela Empresa de Pesquisa Energética. Segundo o documento, a capacidade total instalada de geração no Brasil alcançou 140.858 MW no período, o que revela um aumento de 6.945 MW em relação a 2014.

Na expansão da capacidade instalada, as centrais hidrelétricas contribuíram com 35,4%, enquanto as centrais térmicas responderam por 25%. As usinas eólicas e solares foram responsáveis pelos 39,6% restantes, mostrando que o Brasil está cada dia com uma matriz mais limpa. 

De acordo com o BEN, a oferta interna de energia a partir das fontes não renováveis representou 58,8% em 2015, abaixo dos 60,6% registrados em 2014. Por outro lado, a oferta interna de energia renovável subiu de 39,4% para 41,2% no mesmo período.

A oferta interna de energia elétrica apresentou um recuo de 1,3% em relação a 2014. Pelo quarto ano consecutivo, devido às condições hidrológicas desfavoráveis, houve redução da energia hidráulica disponibilizada. Em 2015, segundo o BEN, o decréscimo foi de 3,2% comparado ao ano anterior. 

Apesar da menor oferta hídrica, ocorreu um avanço da participação de renováveis na matriz elétrica de 74,6% para 75,5%, explicado pela queda da geração térmica a base de derivados de petróleo e ao incremento da geração a base de biomassa e eólica.

O consumo final energético e não energético recuou 1,9% em relação ao ano anterior, destaque para a queda significativa de 3,1% e 2,6% nos consumos dos setores industrial e de transporte, respectivamente. Pelo relatório, o consumo final de eletricidade no país em 2015 registrou queda de 1,8%. Os setores que mais contribuíram para a redução foram o residencial, com decréscimo de 0,7%, e o industrial, com retração de 5%.

O BEN incorpora a partir do ano base 2015 as estatísticas referentes à micro e minigeração distribuída. O crescimento desse tipo de geração ganhou impulso a partir das recentes ações regulatórias, com destaque para a compensação da energia excedente produzida por sistemas de menor porte. 

Em 2015, a potência instalada desta modalidade de geração totalizou 16,5 MW, liderada pela fonte solar fotovoltaica, que atingiu 13,3 MW. Nas edições anteriores, a energia solar estava incorporada em Outras Renováveis. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui.

Primeiro leilão de reserva terá preço inicial de R$ 248/MWh para PCHs e CGHs

Certame destinado a PCHs e CGHs está previsto para 23 de setembro de 2016.

Por Sueli Montenegro

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o edital do primeiro leilão de reserva de 2016, que será destinado exclusivamente a pequenas centrais hidrelétricas (até 30 MW) e a centrais geradoras hidrelétricas (até 3 MW). O preço teto dos contratos por quantidade desses empreendimentos será de R$ 248/MWh.

O certame está previsto para o dia 23 de setembro, quando serão negociados contratos com início de suprimento em 1º de março de 2020. Estão inscritas para leilão 73 PCHs com 889 MW de potência total e 60 CGHs, com 96 MW.

No caso da CGHs, a novidade é que será exigida a outorga para eventuais vencedoras do leilão. Pelas regras atuais, esses empreendimentos precisam apenas de um registro simplificado na Aneel para produzirem energia.

O governo planeja um segundo leilão de reserva para 16 de dezembro. Ele vai incluir empreendimentos de fontes solar e eólica. A Empresa de Pesquisa Energética cadastrou 1.260 projetos no total para os leilões deste ano.

Leilão do tipo A-1 pode ser feito este ano

O governo federal estuda promover um leilão de energia existente, do tipo A-1 (para entrega em 2015), para permitir a contratação, pelas distribuidoras, de parte da energia que estará descontratada no fim deste ano. O volume total de energia com contratos que vencem no fim de 2014 é da ordem de 4.500 megawatts (MW) médios.

O tema é considerado complexo até mesmo pelo governo. Parte desse montante de energia é referente a usinas cujas concessões terminarão em meados de 2015 e, portanto, serão automaticamente transformadas em cotas, para entrega às distribuidoras, no âmbito da Medida Provisória 579.

Outro problema, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, é o risco de judicialização envolvendo algumas das usinas, cuja energia estará descontratada no fim do ano.

O executivo participará de uma reunião esta semana no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, para tratar do assunto. Segundo Tolmasquim, a questão deve ser resolvida o quanto antes, para que possa haver a contratação da energia. "Não está decidido, mas é uma tendência [fazer o leilão A-1]. É justamente isso que a gente tem que resolver. O normal é ter o A-1", afirmou, após participar de evento sobre infraestrutura, no Rio.

Geração de energia eólica cresce 154% em relação a julho de 2013

As fontes de energia renováveis registraram nova expansão dentro da matriz energética nacional. No mês de julho, as usinas eólicas responderam pela geração de 2,75% do total gerado no Sistema Interligado Nacional (SIN): 1.594 MW médios. O crescimento é de 154% em relação a julho do ano passado.

Além das eólicas, tiveram destaque no mês as térmicas a óleo e bicombustíveis, que geraram 2.601 MW médios, representando 368,8% de acréscimo na variação anual (entre julho de 2013 e julho de 2014). Se comparada com junho, a produção dessas usinas apresentou alta de 13% .

Os dados constam do Boletim de Operação das Usinas, publicação mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) que apresenta os principais resultados de capacidade, garantia física e produção das usinas elétricas do País.

INVESTIMENTOS

De acordo com declarações recentes do presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Elbia Melo, o setor de energia eólica vai investir cerca de R$ 15 bilhões em 2014 e a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos, incluindo a participação nos leilões de energia promovidos pelo governo. 

Em dez anos, a energia eólica deve corresponder a 11% da matriz energética brasileira, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Fonte: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

Empresa de Pesquisa Energética e Ministério de Minas e Energia publicam Plano Decenal de Energia até 2023. 70% dos investimentos da próxima década serão em combustíveis fósseis.

NA PRÓXIMA DÉCADA, 70% DOS INVESTIMENTOS NO SETOR DE ENERGIA SERÃO DIRECIONADOS PARA OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS ENQUANTO AS FONTES RENOVÁVEIS FICARÃO APENAS COM 10% (©ROGÉRIO REIS/TYBA)


JUS BRASIL (Gerry Marcio Sozza) - O Plano de Expansão Decenal de Energia que prevê os rumos energéticos do país para a próxima década – no caso, entre 2014 e 2023 – e que é atualizado anualmente foi publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). E, como quase sempre, faltou ambição por parte do governo brasileiro: dos R$1,263 trilhões previstos até 2023, 71% irão para os combustíveis fósseis, enquanto as fontes renováveis – como PCHs, eólica, solar e biomassa – ficaram apenas com 9,2% do montante.

“Há um aumento considerável de investimentos nas renováveis quando comparado com os 3% que estavam previstos no plano de 2013, mas o desequilíbrio ainda é grande”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

Um dos principais pontos negativos em relação ao plano apresentado no ano passado é o aumento da previsão do consumo energético na próxima década que passou de 63 GW para 71 GW. Para efeito de comparação, o número representa uma nova usina de Itaipu instalada a cada dois anos. Este crescimento foi muito puxado pela previsão exagerada do PIB médio, entre 4,1% e 4,5%, apesar da experiência recente mostrar que esse crescimento dificilmente será alcançado.

Com as projeções otimistas para a economia, a previsão do aumento da participação das termelétricas fósseis dobrou e ainda inclui a conclusão da usina nuclear de Angra 3 em 2018. Além disso, as hidrelétricas seguem como a fonte que mais vai contribuir com esse crescimento totalizando 31 GW, sendo que 90% desse total será alocada na Amazônia.

Para as fontes renováveis, a energia solar foi incluída pela primeira vez no plano, com uma projeção de 3,5 GW até 2023 quando poderia ser o dobro pela previsão do cenário Revolução Energética. As eólicas são as que mais vão crescer, já que a consolidação da indústria contribuiu para uma visão mais otimista em relação aos planos anteriores, que minimizavam o potencial dos ventos no Brasil. Por outro lado, a expansão da biomassa se retraiu para 4 GW, como reflexo das dificuldades ainda enfrentadas para a contratação dessas usinas em leilões.

A redução de consumo de energia em decorrência de ações ou programas de eficiência energética também diminuíram e chegaram ao nível de 5,2%, um patamar baixo se considerarmos o potencial superior a 10% nos setores comercial, industrial e residencial.

“Se por um lado, o novo Plano Decenal de Energia traz finalmente a inclusão da fonte solar, por outro lado, aumenta a participação das termelétricas fósseis e mantém um baixo nível de ambição para medidas de eficiência energética”, concluiu Baitelo.

O relatório está disponível para consulta pública até o próximo dia 5 de outubro. Basta enviar um email para pde2023@mme.gov.br ou pelo endereço PDE 2023 Consulta Pública - SPE/MME - Esplanada dos Ministérios, Bloco U, 5o andar, CEP 70065-900, Brasília-DF.

Leilão de energia A-5 terá oferta de 1.115 unidades

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou nesta quinta-feira, 18, que mais 74 projetos foram cadastrados no Leilão de Energia Elétrica A-5, após a decisão da EPE de adiar o prazo de cadastramento. Juntos, esses projetos adicionam oferta superior a 3.000 MW. O leilão deverá ocorrer no dia 28 de novembro.

Foram cadastrados, após a conclusão do novo prazo, 1.115 empreendimentos, os quais possuem capacidade instalada de 53.869 MW. As termelétricas a gás natural lideram o ranking, com a oferta de 20.607 MW em 39 projetos. Na sequência aparece a energia eólica, com potência de 18.760 MW em 763 projetos. Projetos fotovoltaicos ofertarão 6.068 MW a partir de 224 usinas. Há ainda 10 termelétricas a carvão, com capacidade de 4.490 MW.

O levantamento da EPE mostra também termelétricas a biomassa, com 1.917 MW em 32 usinas; os projetos hidrelétricos,com 1.261 MW em nove usinas; as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 30 projetos e 526 MW de capacidade; e os projetos heliotérmicos, com 240 MW em oito empreendimentos.

O leilão A-5 estava programado inicialmente para ocorrer no final de setembro, porém o governo federal decidiu postergá-lo na expectativa de que fossem cadastradas as usinas Itaocara I, Apertados e Ercilândia. A EPE não informou hoje se os três projetos aparecem entre aqueles cadastrados. Todos os empreendimentos cadastrados ainda passam por uma fase de habilitação.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

Governo de Pernambuco compra energia solar


O Centro de Convenções e os Portos do Recife e Suape, entre outros 119 prédios públicos do governo estadual, a partir de 1º de julho que vem começarão a comprar eletricidade de usinas solares instaladas do litoral ao Sertão. É o novo uso para o primeiro leilão dessa fonte de energia no País, realizado por Pernambuco em dezembro passado. A compra direta desatou um nó do leilão, que deu certo no incentivo aos produtores de energia, mas estava travado na venda.

A compra pelo governo, comenta o secretário de Infraestrutura, João Bosco de Almeida, vai reduzir o subsídio a essa energia, que seria de R$ 8 milhões por ano, e pode até ter um benefício inesperado. O Brasil inteiro já sofre altas elevadas na energia, como os 17,5% das residências em Pernambuco este ano, fruto do uso intensivo das usinas térmicas, caras e poluentes. Segundo Bosco, enquanto a conta de luz deve subir ainda mais nos próximos dois ou três anos, a energia solar, que tem descontos no transporte, subirá em ritmo menor, reajustada pela inflação oficial, hoje acumulada em 6,51%.

“O volume de energia solar que o Estado vai comprar corresponde a 18% do total consumido pelo governo”, diz Bosco. O subsídio às fontes limpas de energia existe no mundo todo e vai do grande ao pequeno produtor, como na líder da área, a Alemanha. Nos Estados Unidos, onde 37% da eletricidade vêm do carvão, a soma de incentivos estimulou até fazendas de energia solar na Carolina do Norte. Os EUA querem ser líder no setor até 2020.

Como toda tecnologia nova custa mais caro, a estratégia é estimular o ganho de escala até a queda gradativa de preços. Assim o Brasil incentivou as usinas eólicas, que até 2022 passarão de 2% para 9,5% da capacidade do País.

Apesar do sucesso com a eólica, no Brasil a fonte solar ainda é basicamente para pesquisa e até o ano passado sequer tinha preço de referência. As novas fontes são impulsionadas nos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com preço máximo para a compra da eletricidade e prazo para as vencedoras construírem as usinas.

Mas até hoje a Aneel não fez um leilão específico para a fonte solar. Com objetivo de virar referência para investidores, em dezembro de 2013 Pernambuco se antecipou e fez o primeiro leilão estadual de energia e o pioneiro com luz solar. O preço foi de R$ 228,63 o megawatt-hora (MWh) – o total baixou para 92 megawatts em cinco usinas, pois um dos grupos não cumpriu as exigências. Segundo Bosco, a ideia foi repetir o estímulo a uma cadeia de produção de componentes para gerar energia, como na eólica, em que Suape atraiu R$ 351 milhões em fábricas.

Mas sequer o investimento nas usinas solares estaria assegurado sem a venda de energia: comercializadoras repassariam essa eletricidade para clientes finais, incentivados com créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O problema é que o risco ficaria para as comercializadoras, pois compradores inadimplentes perderiam o crédito de ICMS.

“Como é o próprio Estado que vai comprar a energia, sequer há incidência de imposto”, diz Bosco.

LEILÃO FEDERAL

Após o pioneiro estímulo no Brasil, Pernambuco aguarda um leilão federal em que a energia solar não vai concorrer com outras fontes. Em 31 de outubro a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai realizar o chamado Leilão para Energia Reserva (LER), com novas energias alternativas. Além de solar e eólica, haverá inclusive térmicas a biogás, gás que se desprende da decomposição de matéria orgânica e até de resíduos sólidos urbanos. De 400 projetos solares com capacidade somada de 10,7 gigawatts (GWs) inscritos para a disputa nacional, 1,153 GW, em 43 projetos cadastrados estão localizados em Pernambuco, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O governo federal ainda não divulgou os preços, que no caso da energia solar devem girar próximo à tarifa do leilão ocorrido em Pernambuco. “O Estado tem espaço para novos leilões. Mas se o LER for um sucesso, já teremos atingido nosso objetivo”, comenta Eduardo Azevedo, secretário executivo de Energia. Ele conta que um dos objetivos de Pernambuco foi estimular projetos de usinas locais para a disputa nacional - clique aqui para conhecer os números por Estados.

Segundo Eduardo, os contratos com as usinas solares serão assinados até o fim do mês que vem e a primeira energia solar comercial do Brasil será fornecida em 1º de julho de 2015: uma das duas unidades de 5 megawatts da Enel Greenpower em Tacaratu, no Médio São Francisco. A compra da energia será feita pela Agência Estadual de Desenvolvimento Econômico (AD Diper), que terá uma comercializadora. Quanto aos preços, Eduardo explica que o que se projetava serem R$ 8 milhões em subsídios deve se transformar em um custo adicional de apenas R$ 1,5 milhão para a compra, considerando o desconto de 80% no custo de transporte da energia solar e impostos como PIS/Cofins. Caso se confirme uma alta de 20% a 30% na energia da Celpe, em 2015, sequer haverá sobrecusto.

“Pesquisamos o perfil de consumo dos órgãos públicos e quais eram os casos em que compensa sair do ambiente regulado (a energia da Celpe, regulada pela Aneel) e ir para o mercado livre (a compra direta, a curto prazo)”, diz.

“É possível que no próximo ano o custo da nossa energia solar fique na mesma ordem de grandeza do mercado regulado. E mesmo que a situação não fosse favorável, a atração de investidores já compensaria o leilão”, afirma Eduardo.

PARAÍBA PERDE ESPAÇO EM ENERGIA EÓLICAS

A imagem pode conter: céu, oceano, atividades ao ar livre e natureza

Sem atlas do potencial eólico concluído, a Paraíba perdeu espaço na captação de investidores para a construção de parques de energia gerada por vento. O leilão para a construção de parques eólicos, que acontece às 10h de hoje na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, teve apenas o segundo menor número de investidores interessados, segundo a lista de projetos habilitados pela Empresa de Pesquisa Enérgica (EPE) para o leilão de reserva.

De um total de 377 empreendimentos habilitados tecnicamente pela EPE, somente nove projetos serão da Paraíba, que terão a capacidade de produção de 264 megawatts (MW). É o segundo menor número e ficou à frente apenas do Estado do Maranhão, que teve dois projetos habilitados. Em primeiro lugar ficou a Bahia, com 123 projetos habilitados. Em seguida o Rio Grande do Sul, com 94. O terceiro lugar ficou para o Ceará, com 63 investidores. Completam a lista o Rio Grande do Norte (41), Piauí (31) e Pernambuco (14).

Com preço inicial de R$ 117 por megawatts/hora (MWh), serão escolhidos os projetos dos empreendedores que ofertarem o menor preço de venda da energia. Estes firmarão Contratos de Energia de Reserva (CER), com início de suprimentos em 1º de setembro de 2015. A quantidade de investidores escolhida vai depender da demanda de cada região, número não divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Por exemplo: se determinado Estado demanda 100 MW de energia, será leiloada a empresa que forneça o menor valor pelo volume de energia demandado. Caso um empreendimento não atinja o quantitativo, serão escolhidas duas empresas que abasteçam 50 MW de energia cada, somando o número necessário naquele Estado. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é quem regula a distribuição da energia no país.

PB é referência

Apesar da baixa demanda em projetos, a Paraíba é um dos Estados com maior número de empreendimentos deste segmento de energia. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), são 13 usinas em operação, destas, 12 localizadas no município de Mataraca e uma em Alhandra. 

Somadas, as usinas têm capacidade para produção de 58.800 MW de energia.

De acordo com o professor Gilberto Augusto Moreira, do Centro de Energia s Alternativas e Renováveis (Cear), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a baixa procura no leilão que acontece hoje pelo governo federal pode ser explicado pela especulação econômica dos investidores.

"A Paraíba ficou de fora da análise do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Isso pode deixar o investidor inseguro para apostar no Estado. Como outras regiões foram analisadas, o investidor prefere enviar projetos para onde já tem um conhecimento prévio, para não perder dinheiro", explicou.

O projeto Atlas do Potencial Eólico da Paraíba, lançado desde fevereiro de 2010 pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em parceria com Eletrobras, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e Associação Técnico Científica Ernesto Luiz de Oliveira Junior (Atecel), seria uma das alternativas para mostrar aos investidores o potencial eólico da Paraíba.

OUTRO LADO

O coordenador do Atlas do Potencial Eólico da Paraíba e professor de Engenharia Elétrica da UFCG, Maurício Beltrão, confirmou que a publicação deveria ser concluída no ano passado, entretanto, sofreu contratempos e atrasos no cronograma devido a "um somatório de fatores" que incluem a cessão de terrenos, autorizações e licenças dos órgãos públicos para a instalação das seis torres de medição da velocidade do vento em diversas regiões do estado. "As torres já estão instaladas, mas agora será necessário um ano de estudo para concluir as pesquisas [que serão a base para a confecção do atlas]", declarou Maurício, que vai precisar de pelo menos mais um ano para concluir o estudo e não quis informar onde as torres estão localizadas.

Contudo, o coordenador do atlas na Paraíba negou que a ausência da conclusão deste impeça a captação de novos investimentos no Estado para a construção de novos parques eólicos. "Outros parques foram construídos na Paraíba como os de Mataraca e Alhandra sem a necessidade do atlas. A decisão de atrair investidores e projetos de parques eólicos depende de outros fatores como custo, logística para trazer aerogeradores [turbinas] aos locais e pesquisa in loco dos investidores. O atlas funciona apenas como uma orientação e facilitador, mas é o único para atrair investimentos", revelou. Ele informou que outros estados do Nordeste como Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco já possuem atlas eólico.

ATLAS DEVERIA TER SIDO CONCLUÍDO NO ANO PASSADO

Em nota, a Eletrobras informou que a previsão inicial para conclusão era outubro de 2012. Devido a atrasos ocasionados pela montagem das torres anemométricas, atrasou-se também o início das medições. O problema foi registrado nos relatórios de acompanhamento e fiscalizado pelo órgão, com o apoio da Chesf. Este cenário levou à necessidade de um aditivo ao convênio, estendendo o prazo para entrega dos resultados para outubro de 2014.

De acordo com a nota, a Eletrobras investiu R$ 2,346 milhões em recursos financeiros, enquanto a UFCG e Atecel investiram R$ 186 mil e R$ 90 mil, respectivamente, em contrapartidas não-financeiras. Já a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) atua apenas como interveniente.

O coordenador do Atlas do Potencial Eólico da Paraíba, Maurício Beltrão, revelou que não houve atraso dos investimentos previstos para o projeto de confecção do atlas pela Eletrobras, principal financiadora do projeto.

O Atlas Eólico da Paraíba vai identificar locais ou regiões com ventos com velocidade média para a instalação de novos parques eólicos.

Fonte: Jornal da Paraíba

Energias renováveis e Eficiência energética

Ações de eficiência podem gerar uma economia de 3% no consumo energético

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Economia de eletricidade por meio da arquitetura bioclimática pode chegar a 30% em edificações existentes readequadas e modernizadas, e a 50% em prédios novos, que contemplem essas tecnologias na fase de projeto

O setor industrial é o maior consumidor de energia elétrica brasileiro, respondendo por cerca de 46% do consumo, segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Por sua vez, as edificações dos setores residencial, comercial e público são responsáveis por cerca de 45% do consumo de energia elétrica no Brasil, principalmente em forma de iluminação artificial e climatização de ambientes.

De acordo com a Eletrobrás, a economia de eletricidade conseguida por meio da arquitetura bioclimática pode chegar a 30% em edificações já existentes (se passarem por readequação e modernização) e a 50% em prédios novos, que contemplem essas tecnologias desde a fase de projeto. O Brasil dispõe hoje de um potencial de eficiência energética da ordem de 29,7 bilhões de kWh/ano, equivalentes a R$ 3,9 bilhões. Na indústria, o potencial de eficiência energética com eletricidade chega a 9,2 bilhões de kWh/ano ou R$ 1,193 bilhão.

Energia é um dos principais desafios da economia brasileira para crescer. Com a expectativa de retomada da indústria brasileira, impulsionada principalmente pelo PRÉ-SAL, é possível prever uma forte pressão na demanda de energia nos próximos anos, reforçada pelas políticas de expansão de infraestrutura em andamento e pela continuidade do processo de melhoria da renda e da qualidade de vida da população.

Nesse contexto, a implementação de ações de eficiência energética assume caráter estratégico e, segundo estudos da EPE, poderão contribuir, nos próximos anos, com uma economia de 3% no consumo energético, o que corresponderia a 21 mil GWh em 2018. Este número significa evitar a instalação de uma hidrelétrica de 4.500 MW (1,5 vezes a capacidade da usina de Jirau, no Rio Madeira).

Essa discussão está no eixo central dos debates do 3º Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética - Desafios e soluções para o Brasil produzir mais com menos, que acontece no próximo dia 20 de agosto, no Centro Empresarial Rio, no Rio de Janeiro.

O debate é organizado pela Planeja & Informa Comunicação e pela Casa Viva Eventos com o objetivo de apresentar e discutir experiências, soluções e novas tecnologias para reduzir o custo da energia na indústria, comercio e edificações (públicas e residenciais), reduzindo o consumo ou substituindo fontes tradicionais no processo de produção e racionalizando o uso deste insumo no dia a dia das empresas.

O evento pretende reunir lideranças empresariais, gestores públicos e privados, técnicos e executivos do setor de energia; concessionárias de energia; empresas de engenharia industrial, construção e serviço; empresas de projetos e desenvolvimento tecnológico; fornecedores de equipamentos e materiais para engenharia elétrica, empresas e órgãos governamentais, nas três esferas, além de entidades de classe de engenharia, universidades, institutos de pesquisa e consumidores comuns.

Energia eólica tem futuro promissor no Nordeste


Roberto Temperini - Região que registra ventos fortes e constantes, o Nordeste brasileiro tem um futuro promissor na oferta de energia eólica. Abrigando mais de 70% da potência instalada em operação da fonte, outros 2.796 MW - quase uma usina de Santo Antônio, no rio Madeira - estão em construção.
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A transmissão vinha sendo o calcanhar de aquiles do desenvolvimento eólico na região. Um descasamento no cronograma de obras que iriam escoar energia eólica para o sistema interligado nacional criou a estranha situação de se ter parques eólicos prontos para funcionar, mas sem ter como transmitir a energia. Mas isso é passado.

"A entrada da SE Igaporã no último dia 29 foi um grande passo para resolver essa questão. Em 2013, o governo mudou a metodologia do leilão, transferindo a responsabilidade da transmissão para os donos dos parques e esse descasamento não vai mais ocorrer", comemora a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Melo.

Outra questão que foi alvo de discussão foi o meio ambiente. Apesar de ser uma fonte limpa e renovável, a energia eólica sofreu restrições ambientais sobretudo para instalação em regiões litorâneas, rota migratória de aves. Em razão disso, as usinas estão indo para o interior, onde os ventos são tão bons ou até melhores do que os do litoral.

A ida para o interior nordestino, para áreas geralmente pouco desenvolvidas economicamente, está levando investimentos para lá. A construção dos parques exige toda uma cadeia de suprimento e de mão de obra que está rendendo dividendos para essas regiões. "A interiorização das eólicas é bem vinda", avalia Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará.

Fabricantes de equipamentos, transporte, refeição, operação e manutenção dos parques, escolas técnicas, tudo isso traz desenvolvimento às regiões onde as eólicas são instaladas, sobretudo empregos. "Cada megawatt produzido pode abastecer com energia até mil famílias, gera dez empregos diretos e 15 indiretos na fase de construção e gera de 2 a 3 empregos diretos e indiretos nas fases de operação e manutenção dos parques", mostra o diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean-Paul Prates, que calcula que o segmento já tenha gerado 50 mil empregos no país e que vai gerar mais 3 a 4 mil ao ano.

Para continuar levando desenvolvimento às regiões, entretanto, alguns gargalos precisam ser resolvidos. Um deles é a infraestrutura. Estradas sem capacidade de receber equipamentos de grande porte ou mal conservadas, pontes estreitas e falta de ferrovias são fatores que encarecem os projetos, pois exigem soluções alternativas.

A Abeeólica montou um grupo de trabalho para pensar essas questões e trazer soluções. A associação espera apresentar em três meses um estudo sobre os custos e a competitividade da cabotagem para transporte de equipamentos eólicos. Outras questões também são analisadas. "Na Bahia identificamos que não havia escolta pública suficiente para acompanhar o transporte dos equipamentos. O governo da Bahia então permitiu o uso de escoltas privadas, agilizando o processo", conta Élbia.

As 105 usinas em construção na região estão localizadas na Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A maior parte é de usinas de alta ou média viabilidade, segundo o relatório de fiscalização mensal da Agência Nacional de Energia Elétrica. Isso significa que esses projetos estão com questões cruciais como início das obras e licença ambiental equacionadas ou com obras não iniciadas ou licenciamento ambiental em andamento, respectivamente.

O Estado que abriga a maior potência instalada em empreendimentos eólicos em construção é o Rio Grande do Norte, com 1.300 MW, distribuídos em 43 projetos. Conta com outros 1.200 MW em funcionamento e é também o primeiro nesse quesito. "Somos a maior matriz eólica do Brasil, com 45,49% da energia produzida a partir da fonte", diz Prates.

Os potiguares também têm os dois maiores parques do país - Santa Clara e Ventos Potiguares, com 188 MW e 169,6 MW, respectivamente - mas devem perder esse posto entre julho e agosto para um parque da Renova, na Bahia, de 294,6 MW.

A Bahia também tem se destacado e disputa com o Rio Grande do Norte a liderança no segmento. O Estado tem o maior número de projetos inscritos no leilão A-5 - entrega da energia cinco anos à frente - que o Ministério de Minas e Energia vai promover no dia 12 de setembro. São 255 eólicas, uma capacidade de 6.291 MW. O Rio Grande do Norte, 3.427 MW. Esses projetos ainda vão passar pelo crivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O ambiente do segmento eólico é muito competitivo, tanto entre os investidores quanto entre os Estados. Nesse último caso, a fórmula que deu certo foi a atuação do governo estadual no sentido de resolver os principais gargalos.

LEILÃO DE ENERGIA DE RESERVA SERÁ DIA 10 DE OUTUBRO

Leilão contratará energia de fontes solar fotovoltaica, eólica e biomassa a ser entregue a partir de 1 de outubro de 2017.


Por Anna Flávia Rocha

Energia solar: leilão poderá ajudar na entrada definitiva dessa fonte na matriz elétrica do país.

São Paulo - O Ministério de Minas e Energia marcou para 10 de outubro o leilão de energia de reserva, no qual contratará energia de fontes solar fotovoltaica, eólica e biomassa a ser entregue a partir de 1 de outubro de 2017.

As fontes disputarão o leilão em produtos separados, ou seja, não irão competir entre si, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.

Isso poderá ajudar na entrada definitiva da energia solar na matriz elétrica brasileira.

O leilão ainda permitirá que empreendimentos de geração que utilizam biomassa de resíduos sólidos urbanos, biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, incluindo lodos de estações de tratamento de esgoto, participem da competição.

O prazo dos contratos assinados será de 20 anos e a energia será contratada na modalidade por quantidade.

Os empreendimentos interessados em participar do leilão terão até 10 de julho para entregar de documentos na Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Não serão habilitados pela EPE os projetos com capacidade instalada inferior a 5 MW.

A contratação de energia de reserva é destinada a aumentar a segurança no fornecimento de energia elétrica do sistema interligado nacional, por meio da oferta da energia de usinas contratadas especialmente para esse fim.

A portaria ainda não define os preços-teto que poderão ser praticados pelas fontes no leilão.

Também nesta segunda-feira, a EPE informou que o leilão de energia A-5, que será realizado em 12 de setembro, tem 50.906 megawatts (MW) de 1.041 projetos cadastrados para participação, sendo que as térmicas a gás natural e as usinas eólicas são a maioria.

O LEILÃO A-3 VAI CONTRATAR ENERGIA SOLAR PARA CADASTRO DE RESERVA

Afirma Tolmasquim Presidente da EPE, afirma que certame será histórico, pois marcará a entrada da fonte fotovoltaica na matriz brasileira.

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O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou nesta segunda-feira (19/05) que o próximo leilão para contratação de Energia de Reserva (LER) será histórico, pois marcará a entrada da fonte fotovoltaica na matriz elétrica brasileira.

“O grande destaque desse leilão será à entrada da fotovoltaica em grande escala na nossa matriz”, afirmou categoricamente o executivo da EPE, durante participação em evento de infraestrutura em São Paulo, o LETS, promovido pela Fiesp. “Vamos contratar solar nesse leilão”, cravou.

Segundo Tolmasquim, a estruturação do certame está em fase final. A previsão é que seja realizado no segundo semestre deste ano. Haverá três produtos distintos: eólica, solar (térmica e fotovoltaica) e resíduos sólidos.

“Tivemos reuniões com vários agentes para modelar o leilão. Também tive uma reunião com a diretoria do BNDES para discutir formas de financiamento (para fonte solar)”, informou o executivo. O LER tem como data de entrega da energia em setembro de 2017.

A-5 - Para o leilão A-5, Tolmasquim mandou um recado para investidores termelétricos: “Nesse leilão contrataremos térmica a carvão ou a gás.” O certame está previsto para 12 de setembro, com entrega de energia definida em janeiro de 2019.

O que justifica a vontade do governo em contratar térmicas é o valor do Custo Variável Unitário (CVU), definido em R$250,00. Em outras ocasiões, o CVU variava entre R$100,00 e R$150,00. A elevação do CVU, disse Tolmasquim, foi justamente para tentar atrair os projetos termelétricos. Ele explicou que a atual conjuntura o setor ajuda a justificar a elevação, dado a necessidade de se manter a expansão dessa fonte para garantir a segurança do sistema.

Para o A-3, a ser realizado no dia 6 de junho, Tolmasquim sinalizou para a contratação de pequenas centrais hidrelétricas e, principalmente, de usinas eólicas. “Apesar de estarem todas as fontes nesse leilão, nós devemos contratar no produto quantidade basicamente PCH, e no disponibilidade, a eólica é imbatível”, disse. Para o A-3, se cadastraram 527 usinas, que totalizam 16,6GW de potência. A entrega da energia está definida para janeiro de 2017.

Fonte: Jornal da Energia

Energia eólica no Brasil: 338MW instalados e um potencial de 140.000 MW

Na próxima quarta-feira, começará a visita de três dias à Espanha de uma importante delegação brasileira, chefiada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e incluirá deputados e senadores, responsáveis ​​pela energia de vários estados e empresários, para Conhecer o modelo de desenvolvimento da energia eólica na Espanha, considerada referência mundial.


O Brasil, uma das potências emergentes, também quer apostar na energia eólica, da qual já possui 338,5 MW instalados (dos 667 MW que existem no total instalados em toda a América Latina), e nesta opção, as empresas O espanhol pode desempenhar um papel muito importante. Fruto desse interesse de conhecer as chaves do sucesso do modelo espanhol é a composição da delegação importante, quantitativa e qualitativa, que chega em Madri na próxima terça para começar no dia seguinte o programa oficial preparado pela AEE e que também tem a presença de Edison Lobão, com a do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) - entidade encarregada do planejamento energético -, Mauricio T. Tolmasquin, senador e sete deputados,

O Brasil tem um potencial eólico de 140.000 megawatts, mas até agora existem apenas 338,5 MW instalados (dos 667 MW em toda a América Latina), um pequeno número se você olhar para o potencial. A produção local é cara e a taxa básica atual deve ficar em torno de US $ 92 por MWh, enquanto o último leilão ficou em torno de US $ 54 por MWh. É por isso que o governo brasileiro busca alternativas. Promete um plano estadual e quer superar a alta taxa de nacionalização de componentes (65%). O Brasil exige um programa de licitações que duram entre três e 10 anos com o objetivo de conseguir a contratação de 1 GW de energia eólica por ano. 

não EDP Renewables português não esconde que quer ser um líder no eólico brasileiro, com a compra, por meio de sua subsidiária brasileira, 100% dos projetos Elebrás, subsidiária da InnoVent alemão, por cerca de dois milhões de euros. A Elebrás possui um portfólio em projetos que atingem 532 MW, dos quais 70 MW no projeto Proinfa e o restante, 452 MW, em diferentes estágios de maturação. Esses projetos estão localizados no Rio Grande do Sul, uma das regiões mais favoráveis ​​ao desenvolvimento da energia eólica. Com esta aquisição, a EDP Renováveis ​​expande sua presença no mercado brasileiro, onde já tinha Cenaeel Park, no estado de Santa Catarina, com 14 MW em operação. Além de dois projetos em estudo, um em Santa Catarina de 70 MW e outro em Espiritu Santo com 216 MW. Agora, adicione este 532 MW. 

A empresa italiana Enel, que recentemente assumiu a totalidade da Endesa, e a alemã Sowitec, de energia renovável, concordaram em construir projetos eólicos no Brasil com uma capacidade total de cerca de 1.000 megawatts. A empresa italiana através de suas empresas no Brasil, Enel América Latina e Enel Brasil Participações adquiriu direitos exclusivos oito projetos de gestão ea capacidade de comprá-los, depois de serem realizadas pela subsidiária brasileira da SoWiTec. Os novos parques eólicos terão capacidade entre 56 e 200 megawatts e estão localizados na região noroeste do Brasil, nos Estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe. A Enel já está presente no Brasil desde 2006, onde administra 20 usinas hidrelétricas com capacidade de 92 megawatts.

A empresa argentina Impsa também investirá 1.200 milhões de reais (cerca de 750 milhões de dólares) na construção de dez usinas de geração de energia eólica no Brasil. Os parques eólicos estarão localizados em dois municípios do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, e terão capacidade para gerar 218 megawatts. O primeiro dos projetos começou a ser construído no município de Bom Jardim da Serra, que terá quatro dos dez parques. Outros seis parques serão construídos em uma segunda etapa no município de Água Doce. A previsão é de que os geradores eólicos entrem em operação ainda este ano. O grupo argentino Impsa, com sede em Mendoza, é um dos maiores projetos de energia eólica do Brasil. Além dos parques em Santa Catarina,

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do Brasil assinou um acordo com o banco alemão de desenvolvimento KfW há alguns dias para financiar usinas eólicas. O acordo, no valor de 135,6 milhões de dólares, permitiria ao banco de desenvolvimento brasileiro utilizar esses recursos no financiamento de projetos de geração de energia eólica por empresas privadas brasileiras. O acordo é um produto da política do banco brasileiro de financiar formas alternativas de geração de energia, especialmente levando em conta o regime privilegiado de ventos disponíveis para o Brasil.

O governo do Brasil definiu para 25 de novembro seu primeiro leilão de energia eólica, que visa multiplicar os investimentos nesse tipo de renováveis. Os vencedores dos lances serão determinados com base no menor preço, uma regra que o governo geralmente segue em todos os leilões de energia. O executivo calcula que, com as tecnologias atuais, o Brasil tem potencial para gerar 140 mil megawatts de energia eólica, dez vezes o que a usina de Itaipu, que compartilha com o Paraguai, produz e que é a maior usina hidrelétrica do mundo. A região com maior potencial de crescimento é o nordeste do país, que possui ventos generosos e, até o momento, concentra a maior parte dos parques eólicos instalados.

Até agora, apenas dois grandes projetos foram desenvolvidos, um na costa do Rio Grande do Norte e outro no extremo sul do país, para o uso dos ventos como fonte de energia. Alguns outros projetos de pequena escala também foram testados, inclusive no Rio de Janeiro, mas a dificuldade de obtenção de financiamento limitou-os até o presente.

Um dos maiores potenciais de energia eólica do Brasil concentra-se no estado do Ceará (nordeste), onde um novo parque eólico foi inaugurado em Paracuru. As instalações - executadas com investimentos privados e estaduais - possuem 12 turbinas eólicas que gerarão energia suficiente para abastecer 384 mil pessoas. As projeções indicam que o Ceará poderá ser auto-suficiente em geração de energia em 2010 e começará a exportar parte do produzido. O potencial dos ventos da região tornou-se uma das maiores atrações para investimento. ; Canoa (10,5 MW); Beberibe (25,2 MW); TAIBA (5 MW); Prainha (10 MW); Praia Mansa (Lagoa do Mato (3,2 MW de energia: em sete parques de estado e trabalho 2,4 MW), ao qual Paracuru (23,40 MW) já aderiu.

Este é o primeiro dos quatro parques planejados pela empresa francesa Siif Énergies em parceria com o governo estadual. O desenvolvimento desses planos é realizado com financiamento de 70% pelo Programa de Recursos de Energia Alternativa (Proinfa), enquanto o restante é financiado pelas empresas norte-americanas Citi (C: NYQ), Black River Asset e Liberty Mutual Insurance Company. . O restante das instalações será em Beberibe, Amontaba e Comocim. Juntos, eles adicionarão uma capacidade de 207 MW. Além desses parques, a Siif inaugurará a Quintilha Machado nas próximas semanas em Arraial do Cabo, no estado do Rio de Janeiro, com capacidade de 135 MW. A instalação de parques eólicos no Ceará faz parte do programa de incentivo a fontes alternativas de energia elétrica do Governo Federal. Os ciclos de vento na área tornaram o astro do vento no Brasil, já que dos 500 MW que o Brasil deve gerar, um terceiro está lá. Com o parque eólico de Paracuru, que consumiu 48,3 milhões de dólares, o Ceará vai gerar 79,40 MW de energia eólica, tornando-se o segundo maior produtor de energia renovável do país, atrás do Rio Grande do Sul.