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Governo estuda usar recursos da CDE para projetos de energia solar

O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda a utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que totaliza cerca de R$ 2,3 bilhões ao ano, para a contratação de projetos de geração distribuída, principalmente solar, para atendimento de consumidores de baixa renda, afirmou nesta quarta-feira (13) o secretário de planejamento e desenvolvimento energético da pasta, Eduardo Azevedo.

Parte da CDE é utilizada para subsidiar a conta de energia de consumidores de baixa renda. Na prática, a ideia é que parte dessa energia para o consumidor de baixa renda seja atendida por projetos de geração distribuída.

“Na média, pagamos 50 quilowatts-hora (kWh) para cada consumidor de baixa renda. Determinado empreendedor pode produzir 50 kWh mês e disponibilizar [essa energia] alugando aquele ativo para a CDE, por um preço menor do que pagaríamos na tarifa [de baixa renda] para aquela quantidade”, disse Azevedo, durante o Brasil Solar Power, evento do mercado de energia solar, no Rio.

A ideia, explicou o secretário, é lançar, em até três meses, uma chamada pública para discutir o assunto com o mercado. Em seguida, o MME pretende fazer, ainda este ano, uma rodada piloto de contratação de projetos de geração distribuída de fonte incentivada (eólica, solar, pequena hidrelétrica, térmica a biomassa e cogeração qualificada) utilizando os recursos da CDE.

Segundo Azevedo, o lançamento oficial desse programa deve acontecer junto com o lançamento do Plano Safra de Agricultura Familiar, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já que os beneficiários prioritários com a medida são consumidores da área rural. O secretário explicou que a iniciativa é uma parceria dos dois ministérios junto com a Casa Civil e o Banco do Brasil.

Fonte: Valor Econômico - Rodrigo Polito

Governo muda sistemática do leilão A-6; cadastramento é reaberto e Energia Eólica será contratada na modalidade por quantidade

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 15 de maio, a Portaria nº 159, que estabelece a nova sistemática para realização do Leilão de Energia A-6 de 2018. O certame está previsto para ser realizado no final de agosto, com início de suprimento para janeiro de 2024. Agentes poderão rever a participação, pois o cadastramento de projetos foi reaberto até 18 de maio.

O governo decidiu dividir as contratações em três produtos: dois na modalidade por quantidade de energia elétrica para empreendimentos de geração oriundos de fonte hidrelétricas com prazo de suprimento de 30 anos e de fonte eólica com prazo de suprimento de 20 anos, e outro na modalidade por disponibilidade de energia elétrica para empreendimentos de geração oriundos de fonte termelétrica à biomassa, carvão e gás natural com prazo de suprimento de vinte e cinco anos.

“Ressalta-se que será o primeiro certame que a fonte eólica será contratada na modalidade por quantidade, em que os riscos são assumidos pelo gerador. Tal decisão ocorreu considerando a maturidade da fonte e sua consequente competitividade. Outra definição da sistemática se refere à competição dos empreendimentos termelétricos de diversas fontes, à biomassa, carvão e gás natural, ocorrer em um único produto”, informou o MME em nota.

A sistemática do leilão A-6 2018 prevê duas fases. A primeira fase, exclusiva para UHE cuja potência seja superior a 50 MW, é composta por uma etapa inicial de envelope fechado, por uma etapa contínua e por uma etapa discriminatória de envelope fechado. A demanda residual da primeira fase define a demanda a ser contratada na segunda fase. Cabe lembrar que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou apenas 333 MW de capacidade de UHEs, mas há apenas um projeto do tipo com potência superior a 50 MW, localizado no Paraná (118 MW).

A segunda fase do certame será composta por três etapas: uma inicial, em que os vendedores poderão ofertar um único lance de quantidade e preço, associado a cada empreendimento para cada um dos três produtos. A segunda etapa de submissão de lances contínuos, cujo critério de seleção é por menor preço, com três produtos distintos: hidrelétrica, eólica e termelétrica. A terceira etapa, de ratificação, para possibilitar ao vendedor confirmar a contratação parcial do empreendimento marginal, por produto.

Segundo o MME, a sistemática do último leilão A-6 de 2017 resultou em uma sobrecontratação expressiva das distribuidoras participantes, devido à regra que previa a contratação da totalidade do empreendimento marginal, por produto, mesmo ultrapassando a quantidade demandada. Esse fato foi acentuado no produto termelétrico a gás natural, devido à baixa demanda por esta energia e às características atuais desses projetos. Essa regra, adotada em todos os leilões de novos empreendimentos, está relacionada à lógica de viabilizar, economicamente, a implantação de usinas em modelo project finance, com predomínio de contratos de longo prazo, em ambiente de contratação regulada.

Contudo, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em 7 de fevereiro, propôs a reavaliação da metodologia para minimizar o risco de sobrecontratação pelas distribuidoras em leilões futuros. Assim, para o leilão A-6 de 2018, previsto para 31 de agosto, foram avaliadas opções para mitigar a sobrecontratação, dentre elas, o rateio da energia excedente, entre todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica; alternativa que não encontra amparo legal.

Nesse contexto, a Comissão Especial de Leilões de Energia Elétrica (CELEE) indicou como solução possível de ser implementada, a tempo de realização deste certame, a contratação parcial da energia oriunda do empreendimento marginal, por produto. A proposta será de a sistemática do Leilão A-6/2018 dar a opção ao titular do empreendimento marginal, por produto, de contratar apenas parte da energia pelo preço em R$/MWh previamente ofertado evitando, assim, a contratação de energia que exceda o montante declarado pelas distribuidoras.

Ainda, devido às alterações na contratação da usina marginal, o MME reabriu, até 18 de maio de 2018, o cadastro de empreendimentos para participação no certame. Até o presente momento, conforme divulgado pela EPE, em 9 de maio de 2018, foram cadastrados para o certame 1.080 projetos somando 57.959 MW de capacidade instalada, em que a maior parte da oferta cadastrada em termos de potência são, respectivamente, de empreendimentos termelétricos a gás natural, eólicos, hidrelétricos, termelétricos a biomassa e termelétricos a carvão.

Fonte: Canal Energia

Novos empreendimentos solares devem gerar investimentos de R$ 8 bilhões


Os 49 novos empreendimentos solares contratados nos últimos leilões de energia A-4 devem gerar investimentos de R$ 8 bilhões até 2021 e garantir mais 1,8 (GWp) gigawatts-pico de potência no Brasil. Desses empreendimentos, sete já receberam a outorga de autorização para implantação. A previsão é que até o mês de outubro de 2018 todos já estejam com outorga liberada.

Das novas usinas solares, 29 foram contratadas em abril de 2018, demandando investimento de R$ 4,2 bilhões, com previsão de entrada em operação até janeiro de 2022. Os outros 20 projetos foram firmados no final de 2017, movimentando R$ 3,9 bilhões para início de suprimento até janeiro de 2021. Unidades consumidoras com geração distribuída: comercial, iluminação pública, industrial, poder público, residencial, rural, serviço público.

A energia solar também se destaca na geração distribuída, quando o consumidor gera sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis. Só nos últimos doze meses* a fonte evoluiu 1342% na capacidade instalada, passando de 9 mil usinas em 2017 para mais de 25 mil em 2018. Segundo dados da Agência Nacional do Energia Elétrica (Aneel), esse número pode crescer exponencialmente se considerar a projeção total para geração distribuída, estimada para atender mais de 1,2 milhão de pessoas até 2024, equivalente a 4,5 (GW) de potência instalada.

Usina Solar no edifício do MME

No edifício-sede do Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília, o sistema de geração distribuída solar fotovoltaica instalado no telhado compensa parte da eletricidade que consome através de geração própria, por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, incentivo disponível a toda a população brasileira. Foram instalados 154 painéis solares com investimento viabilizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), reduzindo entre 5% e 7% do consumo do edifício.

Fonte: Secretaria de Energia e Mineração

Comissão Senado do Futuro terá debate sobre eficiência energética

Audiência pública acontece na próxima quinta-feira (3) para discutir a atual relevância do tema dentro do setor elétrico e da conjuntura econômica atual.

Buscando debater a atual importância de estudos e projetos de eficiência energética no setor elétrico e dentro da conjuntura atual de retomada econômica, uma audiência pública acontecerá na próxima quinta-feira, 3 de maio, às 17 horas, no Senado. O tema será discutido levando em consideração a Lei 9.991 de 2000, que trata de investimentos em P&D e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor energético.

A sessão será interativa e também abarcara a discussão em torno da Resolução 556 de 2013 da Aneel, que trata dos procedimentos do Programa de Eficiência Energética. Esse programa tem por objetivo promover o uso eficiente da energia em todos os setores da economia, através de projetos que demonstrem a importância e a viabilidade econômica de melhoria e otimização de equipamentos, processos e usos finais de energia.

Quem pediu a audiência foi o senador Hélio José (Pros-DF), presidente da Comissão Senado do Futuro (CSF), que entende que “uma maior oferta de energia elétrica para sustentar uma retomada do crescimento econômico do país passa, necessariamente, pelo aumento dos índices de eficiência energética”.

Foram convidados para a reunião o presidente da Associação dos Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Fonseca Leite; o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia, Alexandre Sedlacek Moana; e o representante da Aneel Ailson de Souza Barbosa.

Também devem participar a representante do MMA, Alexandra Maciel; o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Wanderson Silva de Menezes; e um representante do MME.

Segundo o Senado, qualquer pessoa pode interagir com os participantes da audiência usando o portal do programa e-Cidadania ou pelo Alô Senado. É possível enviar perguntas, críticas, elogios e sugestões para qualquer um dos senadores ou convidados participantes.

Fonte: Secretaria de Energia e Mineração

Energia eólica cresce no país e já pode abastecer 22 milhões de casas

No Brasil, a água é o principal recurso de geração de eletricidade, mas os ventos já têm capacidade de produção semelhante à usina de Itaipu.


A energia gerada pelos ventos tem ganhado força no Brasil. Considerada complementar na matriz de produção elétrica nacional, que conta principalmente com a hidroeletricidade, a geração a partir da fonte eólica já é suficiente para abastecer cerca de 22 milhões de casas por mês no país.

O dado é da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que também informou um fato inédito ocorrido em fevereiro deste ano: o segmento atingiu potência instalada (capacidade máxima de produção de uma fábrica) de 13 gigawatts (GW), volume quase igual ao produzido pela usina de Itaipu (14 GW), a maior hidrelétrica em território nacional.

No Brasil, a água é o principal recurso utilizado para produzir a eletricidade fornecida para residências, comércios e setor industrial. Toda essa energia gerada por recursos hídricos, assim como por outras fontes (eólica, solar, biomassa, gás natural etc.), é transmitida de norte a sul do país por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo a ABEEólica, o crescimento da geração elétrica por meio dos ventos conseguiu abastecer 11% de todo o território nacional no mês de setembro de 2017. Esse resultado tem como base a força de trabalho desempenhada por 518 parques eólicos e mais de 6.600 aerogeradores em operação.

“Além disso, abastecemos mais de 60% do Nordeste em vários momentos, na época que chamamos de ‘safra dos ventos’, que vai mais ou menos de junho a novembro”, explicou, em nota, Elbia Gannoum, presidente executiva da Abeeólica.

De acordo com dados do PDE 2026, publicação do Ministério de Minas e Energia (MME), a potência instalada do segmento eólico no Brasil chegará a 25,8 gigawatts (GW) em 2026 e terá participação de 12,5% na matriz total. Atualmente, o percentual é de 7,6%. Considerado detentor das condições mais favoráveis para esse tipo de produção, o litoral da Região Nordeste deverá registrar 90% da capacidade eólica total, estima a pasta.

Na avaliação do professor aposentado do curso de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) Juan Verdésio, especialista em energias renováveis, as fontes eólica e fotovoltaica podem proporcionar segurança energética de forma complementar ao país, principalmente ao Nordeste, que atualmente sofre com déficit na geração de energia hidrelétrica, pois depende dos recursos hídricos do Rio São Francisco.

“O Nordeste é deficitário. Só tem usina no Rio São Francisco e, daqui a algum tempo, não será possível extrair água de lá para gerar energia. Ocorre, atualmente, o encaminhamento da eletricidade da Amazônia e da Região Sul para o Nordeste. Então, a produção eólica ajuda nesse sentido de dar segurança energética”, explicou.

O especialista também disse que a superfície terrestre é mais utilizada para a implantação de sistemas eólicos, mas o mar apresenta potencial considerável. “Há mais investimentos no litoral, em terra. Poderíamos ter usinas no mar, a turbulência do vento nesse ambiente é maior e acontece de forma mais uniforme. No exterior, existem muitas infraestruturas do tipo, mas requerem mais aplicação de recursos”, concluiu Juan Verdésio.


Ranking eólico nacional

Os líderes na produção de energia gerada pelos ventos em território nacional são: Rio Grande do Norte, primeiro colocado, com potência instalada de 3,7 gigawatts (GW); Bahia, na segunda posição, com 2,5 GW; e Ceará, em terceiro, com 1,9 GW.

Segundo o ranking mundial, divulgado em 15 de fevereiro deste ano pelo Global World Energy Council (GWEC), o Brasil ocupa o oitavo lugar. Em 2012, o país estava na 15ª posição.

Fonte: Metrópoles

Perspectivas da energia solar no Brasil em 2018

(Imagem: RenewEconomy)

Se comparada ao exterior, a geração de energia solar no Brasil é pouco explorada. Em outubro de 2017, o Brasil contava com 438,3 MW de potência instalada, o que corresponde a 15,7 mil instalações.* Para potencializar a geração de energia fotovoltaica, o governo brasileiro implementou leis de incentivo, entre elas a Chamada Pública (CP) ANEEL, a isenção de IPI e ICMS, desconto na TUST/TUSD. Isso quer dizer que a sua empresa pode se beneficiar desses incentivos para poupar. 

Em relação ao futuro, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2026), estima que a capacidade de geração de energia solar instalada no Brasil atinja 13 GW em 2026. Os estudos do Plano Nacional de Energia, elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética, por sua vez, estimam que, em 2050, a potência gerada será de 78 GW.

Isso quer dizer que a sua empresa deve, desde já, ponderar o uso de energia solar, uma vez que ela apresenta, como principais vantagens, uma redução significativa na conta de luz e um certo retorno sobre o investimento.

Instalações Solares no Brasil 

Em 09/10/2017, o Brasil contava com 438,3 MW de potência instalada de geração solar, correspondentes a 15,7 mil instalações. 


Considerando todas as fontes de micro e mini GD, o setor comercial detém a maior participação em potência (37%), o residencial a maior participação em nº de usuários (75%), e o industrial a maior potência média por usuário (81 kW).


Considerando um indicador médio de 143 W/m², a potência instalada solar registrada em outubro/2017, equivale a um quadrado de 2.450 metros de lado (+40% de área de utilidades). A geração estimada é de 650 GWh (0,1% da oferta total de 2016 do Brasil).

Com respeito aos coletores solares para aquecimento de água, as informações indicam a existência de cerca de 13 a 14 milhões de m² instalados. Estimativas mostram uma demanda evitada de energia elétrica próxima de 1.300 GWh, pelo uso dos coletores, o que representa 0,2% da demanda total de energia elétrica de 2016.

Fonte: MME.

Fase de grandes hidrelétricas chega ao fim

Com privatização da Eletrobras e restrição ambiental, pequenas usinas, energia eólica e solar devem ganhar espaço.

Afase de construção das grandes hidrelétricas no país parece ter chegado ao fim. A privatização da Eletrobras — aliada a maiores restrições ambientais e de licenciamento em terras indígenas — significa uma virada de página na expansão da geração de energia no Brasil. Isso porque, além de a liberação de licenças e autorizações para instalações de grande porte estar cada vez mais difícil, haverá menos recursos públicos para tirar os empreendimentos do papel. Esse movimento deve provocar uma mudança na matriz energética nacional, com entrada de mais usinas eólicas e solares, hidrelétricas de pequeno porte e a descentralização da geração.

Historicamente, as principais hidrelétricas do país foram construídas integralmente pela Eletrobras ou tiveram a empresa em todos os consórcios, sendo que as estatais estaduais participaram em menor grau desse processo. Agora, na avaliação de agentes do setor e de autoridades do próprio governo, com a conclusão da venda do controle da Eletrobras para o setor privado, a tendência é reduzir a construção das grandes usinas.

Oficialmente, o governo já deixou grandes hidrelétricas fora do radar. O Plano Decenal de Expansão de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), lista 15 usinas que podem entrar em operação até 2026, sendo as maiores delas com pouco mais de 700 megawatts (MW).

O documento aponta que o aproveitamento hidrelétrico ainda representa um vetor importante de ampliação de oferta de energia elétrica. Mas ressalta que a maior parte do potencial ainda a aproveitar se encontra na Região Norte e traz com ele uma série de desafios, principalmente de caráter ambiental, para seu uso na expansão da oferta de energia elétrica.

“Nós, na EPE, resolvemos dar um passo para trás para estruturar o processo nas grandes hidrelétricas. Existe um paradigma de que toda hidrelétrica é boa e barata. Estamos estudando para ver se todos os projetos são certos. Não é fazer qualquer hidrelétrica de qualquer forma”, explicou o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso.

Financiamento em xeque

Executivo responsável por planejar a expansão energética do Brasil, Barroso disse que o potencial do país até 2050 é gerar 50 gigawatts por meio da construção de hidrelétricas. Desse total, apenas 23% seriam empreendimentos que não interferem em terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação.

“Não temos nenhum preconceito contra os grandes projetos. Mas tem que respeitar uma visão da sociedade, que é restrita a esses projetos. Não estamos dispostos a fazer movimentos que mascarem os custos e os riscos”, disse ao jornal O Globo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa.

Apesar de não terem sido construídas apenas com estatais, as últimas grandes hidrelétricas no Brasil tiveram participação forte da Eletrobras. As usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), e Belo Monte (PA) foram uma parceria entre a estatal e o setor privado. Junto com suas subsidiárias, a Eletrobras é dona de 49,98% de Belo Monte. Por meio de Furnas, a estatal controla 39% de Santo Antônio e, também por subsidiárias, tem 40% de Jirau.

Para o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Edvaldo Santana, não haverá mais grandes hidrelétricas de agora em diante. Segundo ele, há incertezas regulatórias e de financiamento que inviabilizam esses projetos.

“A privatização da Eletrobras é um fator relevante. Não existiriam ou atrasariam muito as obras de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte. É por meio da Eletrobras que o governo consegue interferir na liberação de licenças ambientais em prazos razoáveis. Sem ela, tudo isso ficará mais difícil. Ainda assim, compensa a privatização, pois as obras acabam custando bem mais, apesar das licenças”, disse Santana.

Os recursos hídricos hoje no país que podem ser aproveitados para a construção dessas usinas estão concentrados, em sua maior parte, na região da Amazônia. Esses projetos enfrentam grandes resistências de ambientalistas e indígenas. No ano passado, o Ibama arquivou o projeto de licenciamento da usina de Tapajós, no Pará, com potencial de cerca de 8 mil (MW). O Ministério de Minas e Energia já anunciou que não tem intenção de brigar pelo projeto.

“Não acredito que haja espaço para financiamento público envolvendo grandes hidrelétricas, em razão do problema fiscal e da questão ambiental e indígena. Há barreiras que não existiam antigamente. Isso torna complexo o investimento em energia nova. Não acredito que novas grandes hidrelétricas sejam construídas”, disse o professor do departamento de Energia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB) Mauro Moura Severino.

Mais geração distribuída

Com menos empreendimentos gigantescos e a necessidade de ampliar a geração de energia no país, o Brasil deve caminhar para projetos de energia limpa — como solar e eólica. Além disso, o movimento deve favorecer a geração distribuída, quando a eletricidade é produzida junto ou próxima do consumidor.

“A tendência é geração mais próxima da carga distribuída. O futuro são as renováveis, como eólicas e usinas menores. O caminho vai ser esse. A tendência é muito mais sistemas menores do que as hidrelétricas”, disse João Carlos Mello, da consultoria Thymos Energia.

Fonte: Época

Segundo dados, 40% da produção energética brasileira vem de fontes renováveis


Segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME), cerca de 40% da geração de energia do Brasil se dá por fontes renováveis. Neste cenário, destacam-se as alternativas eólica, solar e biomassa, que cresceram 30% nos últimos dez anos e juntas respondem por mais de 15% da matriz energética do país.

Destes, 7% são de energia eólica, que coloca o Brasil em 9º lugar no ranking mundial de produtores, com capacidade acumulada de 12GW em fevereiro deste ano. A biomassa responde por 8% e destaca o país como o terceiro maior produtor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Alemanha. A solar tem crescimento mais tímido e responde por menos de 1% da produção de energia no país. As estimativas do setor, segundo o órgão, são para abastecer 13% das residências brasileiras, até 2050, com placas fotovoltaicas.

No Parque ecológico Espaço Hot Kids, empreendimento fica em Cotia, há cerca de 40 km de São Paulo, os números de energia renovável se equiparam ao contexto brasileiro. A empresa produz cinco tipos de energia limpa, por meio de: turbinas eólicas; placas fotovoltaicas com sistema tracker, que segue o sol de leste a oeste; biodigestor, que trata o esgoto com plantas e ainda produz o biogás; fogão a lenha, que produz energia térmica; e duas rodas d’água que produzem energia e oxigenam a água. A energia gerada é armazenada em baterias e abastece cerca de 45% da demanda do parque.

Especializado em educação infantil para o trânsito e educação ambiental, o empreendimento utiliza as próprias práticas ecológicas para conscientizar as próximas gerações sobre os cuidados com o meio ambiente. Neste mês, cerca de 80 alunos do ensino fundamental da Escola Estadual Brasílio Machado, da Vila Madalena, foram contemplados com um passeio especial, onde acompanharam de perto as atividades e os projetos de sustentabilidade da empresa.

Entre eles, 100% de todo o esgoto produzido passa por um biodigestor e recebe tratamento natural com plantas de raízes filtrantes. A ação colabora para minimizar a poluição dos rios da cidade que, segundo divulgação recente da Sabesp, tem cerca de 8,5 mil residências sem qualquer ligação de esgoto, que despejam efluentes diretamente nos córregos.

As crianças ainda mexeram na terra de compostagem e minhocário, horta orgânica, viram como é feita a captação da água da chuva, tratamento de água e conheceram telhas e azulejos de material reciclado de tetra park e pet, utilizados no Parque. Simone Santoro Romano, diretora da escola, comentou que ficou “encantada com o projeto, pois além de ser um passeio para as crianças se divertirem, elas também aprenderam muito, especialmente sobre a educação ambiental, que ajuda a voltar o olhar para o cuidado com a Terra”.

No Espaço Cultural, o gestor Ambiental André Domingues e o geógrafo Rinaldo Leonel de Oliveira conduziram palestras, onde explicaram as relações da natureza com a atividade humana e deram oportunidades para as crianças montarem terrários que representam o planeta. Elas puderam levar para a escola e vão cuidar durante um ano.

Em educação para o trânsito, os alunos tiveram aula teórica e interativa com o personagem Epaminondas. Em seguida, foram praticar em miniveículos especialmente projetados para o público infantil, em duas pistas, com placas de sinalização, farol e faixa de pedestre. A ação é importante para “sensibilizar as crianças para atuarem em colaboração com seus pais por um trânsito mais seguro”, comenta Marcelo Feliciano Soares, empresário do parque. O município de Cotia chegou a registrar 260 acidentes, somente no primeiro semestre deste ano.

A empresa estuda o desenvolvimento de miniveículos elétricos e por combustível biogás, produzido no local, para a atividade. Lucia Zimerman, professora de português, história e geografia para os quintos anos, comentou que “o espaço dá a oportunidade para as crianças aprenderem na prática os temas vistos em sala de aula”.

Ricardo Secomandi, Major PM e atual Secretário do Meio Ambiente e Agropecuária de Cotia, que já comandou a Polícia Militar na região e atuou como Secretário de Segurança Pública, apoia os projetos de educação infantil para o trânsito e educação ambiental do Parque Ecológico Espaço Hot Kids, junto à secretaria que ocupa, “por serem referências para o município, e colaborem para transformações socioambientais”, comenta Major Secomandi.

SOBRE O ESPAÇO HOT KIDS

O Espaço Hot Kids é um parque de diversões e oficina de práticas sustentáveis, que promove lazer integrado à educação infantil para o trânsito e educação ambiental. Foi criado há quatro anos pelo empresário Marcelo Feliciano Soares que, sob o conceito de divertir para educar, busca sensibilizar crianças e adolescentes quanto à responsabilidade para conduzir um veículo, por meio de teoria e condução de miniveículos; e inspirar quanto aos cuidados com a natureza, por meio de práticas ecologicamente corretas.

Fonte: Exame

MME autoriza importação de energia até o final de 2018


O Ministério de Minas e Energia publicou, em 20.09, a Portaria nº 372/17, que autoriza a importação de energia elétrica da República Argentina e da República Oriental do Uruguai, de forma excepcional e temporária até 31 de dezembro de 2018, ampliando as possibilidades dessas importações. A importação da Argentina deverá ocorrer por meio das Estações Conversoras de Garabi I e II (2 x 1.100 MW) e da Conversora de Uruguaiana (50 MW), ambas no Rio Grande do sul. Já a importação do Uruguai deverá ocorrer por meio das Estações Conversoras de Rivera e de Melo, localizadas no Uruguai.

A negociação será realizada por meio de ofertas semanais de energia elétrica ao ONS, na fronteira com o Brasil, tendo como destino o Mercado de Curto Prazo do SIN, podendo haver ajustes conforme programação diária ou por necessidade em tempo real.

Os agentes de comercialização serão responsáveis por operacionalizar a importação de energia, podendo ser autorizados um ou mais comercializadores como agentes responsáveis pela importação de energia elétrica perante a CCEE, desde que adimplentes e autorizados a importar nos termos da Portaria MME nº 596/2011. Os custos relativos à importação dessa energia elétrica que forem superiores ao PLD poderão ser recuperados por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), após análise pela Aneel dos valores incorridos. Nos casos em que os custos com a importação sejam inferiores ao PLD, a diferença deve ser apurada na contabilização da CCEE e reverter em benefício da conta do ESS.

Conforme a Portaria do MME, não caberá aos agentes comercializadores autorizados à importação arcar com: (i) repercussões financeiras decorrentes de eventual inadimplência no MCP resultante do processo de contabilização da energia elétrica importada nos termos da Portaria; e o pagamento de eventual Custo de Despacho Adicional previsto na Resolução CNPE 03/2013. 

A integra da Portaria MME 372 está disponível aqui.

Fonte: ABRACEEL

EPE-Empresa de Pesquisa Energética apoia reforma do mercado de gás

A Abraceel participou, em 09.10, de reunião das entidades ligadas ao setor de gás com o presidente da EPE, Luiz Barroso, e equipe, para discutir as mudanças no setor de gás natural que foram definidas no programa Gás para Crescer do MME.


O grupo reúne 14 instituições do setor de gás: Abraceel, Abrace, Abiape, Abiquim, Abividro, Anace, Abraget, Apine, CNI, Petrobras, Aspacer, Anfacer, Abal e Anfaeva. Durante a reunião, o grupo de instituições defendeu a agenda mínima de consenso das instituições para as reformas do setor de gás, que é dividida em três grupos:

1) Aperfeiçoamento da Estrutura Tributária
- Desvinculação do fluxo físico e contábil na incidência de tributos

2) Livre Acesso ao Mercado
- Gestão Independente do sistema de Transporte
- Acesso não discriminatório aos dutos de escoamento, UPGNs e terminais de GNL
- Diretrizes Federais para a abertura do mercado nos Estados
- Previsão para as atividades de contabilização e liquidação de diferenças

3) Estímulo à Competitividade
- Medidas de estímulo à competitividade e mitigação do self-dealing 
- Fomento ao Mercado de Curto Prazo com formação de preços transparente e eficiente
- Interligação entre o setor elétrico e de gás, buscando a otimização global

As entidades também reforçaram a importância do programa Gás para Crescer e da abertura do mercado de gás para o desenvolvimento do setor e para o sucesso das novas rodadas de licitação. As instituições também defenderam, de forma unânime, a criação de um mercado nacional de gás, com regulamentação federal para a abertura do mercado e regulamentação da atividade de comercialização, tema que foi incluído pelo MME na proposta final do Gás para Crescer.

A EPE demonstrou entendimento favorável à criação do mercado nacional de gás, reconhecendo a importância da abertura do mercado e do estímulo à competição para a evolução do setor e a atração de novos investimentos. Além disso, também foi discutida a importância da existência do livre mercado para possibilitar a revenda do GNL importado por termelétricas não despachadas pelo ONS. 

O grupo de instituições deverá se reunir novamente com o Ministro Fernando Coelho Filho para reforçar o posicionamento conjunto das 14 instituições para a reforma do setor de Gás Natural, cuja agenda mínima já foi discutida com o MME e está contemplada na versão final do Gás para Crescer.

MME propõe abertura nacional do mercado de gás

Em reunião do Comitê Técnico do Gás Natural realizada no dia 24.08, o Ministério de Minas e Energia apresentou as propostas que deve encaminhar ao Congresso para aprimorar o mercado de Gás Natural. As propostas apresentadas são resultado do programa Gás Para Crescer, liderado pelo MME ao longo do último ano. A Abraceel teve participação ativa no programa e coordenou o SC4, relativo à comercialização e ao desenho de mercado.

O Ministério agrupou as propostas em três principais grupos: novo desenho do mercado de gás natural, aperfeiçoamento das regras tributárias e integração entre os setores elétrico e de gás natural.

Symone Araujo, diretora do departamento de gás natural no MME, ressaltou que os primeiros trabalhos do Gás para Crescer foram realizados para que o Ministério possa dar as diretrizes gerais, ou seja, a sinalização das principais mudanças do mercado de gás por meio de alterações legais. O detalhamento dos dispositivos legais, para garantir sua plena eficácia, passará por discussões, audiências e consultas públicas, antes de sua regulamentação e/ou regulação.

Aperfeiçoamento das regras tributárias

Após o recebimento do relatório do subgrupo que tratou sobre tributação no gás para crescer, o MME, em conjunto com o Ministério da Fazenda, avaliou os temas legais e infralegais das propostas, acatando as medidas de consenso.

Em agosto, a MP 795/2017 (Repetro), equiparou embarcações de regaseificação e liquefação de GNL às embarcações de prospecção e exploração de petróleo e gás natural no que se diz respeito ao tratamento de imposto de renda retido na fonte (IRRF).

Além disso, o Ministério propôs ajustes no Sistema Nacional Integrado de Informações
Econômico – Fiscais (Sinief), para permitir a desvinculação entre o fluxos físico e comercial da molécula de Gás,medida essencial para implementação do modelo por entradas e saídas.

Alinhamento entre setores elétrico e de gás natural

O Ministério reforçou que o desenvolvimento do Gás Natural tem integração clara com o setor elétrico, sendo importante discutir os dois em conjunto. Da ótica do MME, o que se buscou foi o planejamento integrado dos dois setores, como, por exemplo, o planejamento da expansão da malha de transporte ter correlação com o crescimento das usinas termelétricas. Boa parte das propostas no âmbito do Gás para Crescer necessitava de medidas infralegais. Algumas dessas já foram tomadas, como o estabelecimento de diretrizes para revisão da cláusula de penalidades por falta de combustível, que foi trazida pela Resolução CNPE nº18/2017.

Os leilões de energia nova, previstos para dezembro desse ano, também contam com medidas de flexibilidade na comprovação de contratos de compra de gás (GSA) e a redefinição do limite de inflexibilidade de declaração sazonal, permitindo ao agente despachar na base durante determinado período de tempo.

Novo desenho do Mercado de Gás Natural

Transporte

A principal mudança, segundo o Ministério, é a proposta de implementação de um sistema por entradas e saídas, onde se desvincula o fluxo físico do comercial nas negociações de gás, o que deve trazer maior liquidez e competitividade ao mercado.

O Ministério também deve propor a criação das áreas de mercado de capacidade, onde serão contratadas as capacidades de entrada e saída no sistema de transporte. As áreas do mercado de gás guardam similaridade com submercados de energia elétrica.

A operação seria baseada nas nominações dos carregadores (volume de gás e ponto de entrada ou saída), realizadas até um dia antes da operação. Para que haja a efetividade da medida, o MME propõe a criação de plataformas eletrônicas de capacidade, onde serão comercializados produtos padronizados de capacidade, com tarifas reguladas pela ANP, propiciando maior liquidez e mecanismos para negociação de capacidade em um mercado secundário, onde podem ser negociados produtos por preços.

A coordenação do sistema de transporte deverá ser realizada por meio de um Operador
Virtual Independente de Rede (Virtual ISO), que será estabelecido por um conjunto de transportadores ou por um transportador elegido pelos demais, regido por um código de
rede aprovado pela ANP. Essa medida não necessita da criação, por medidas legais, de
uma nova entidade para operação do sistema.

Para garantir a independência dos transportadores, os transportadores existentes deverão cumprir pré-requisitos, estabelecidos pela ANP, para adquirir um selo de independência. Os novos transportadores, em sistema de autorização, já nasceriam desverticalizados.

Para a expansão da malha de transporte o Ministério prevê o planejamento indicativo da EPE, considerando os planos de investimento dos transportadores, o planejamento energético e demais informações do mercado.

O MME também deverá estabelecer a possibilidade de competitividade na expansão. Deste modo, caso seja necessária a expansão de dutos, diversos investidores deverão competir, por meio de mecanismos licitatórios, para realização de obras estruturais.

Comercialização

O Ministério propõe que a definição do consumidor livre fique a cargo da União e que uma liberalização gradual do mercado seja proposta pela ANP, com base em diretrizes do CNPE. O Ministério não pretende estabelecer datas para a abertura do mercado, resguardando, na visão do MME, as especificidades de cada estado. A Abraceel ressaltou a necessidade de estabelecer em lei as diretrizes claras para a abertura do mercado, mitigando a discricionariedade governamental na efetiva abertura da livre comercialização.

O modelo de comercialização proposto pelo MME leva em conta a criação de pontos virtuais de comercialização (zonas), onde os carregadores negociarão gás natural para o balanceamento de seus portfólios.

O objetivo do MME é criar condições para que o próprio mercado caminhe para o desenvolvimento de contratos e produtos financeiros, inclusive em relação à existência de plataformas e, futuramente, bolsas de negociação. A proposta do MME também prevê a possibilidade de aplicação de mecanismos para mitigar a concentração de mercado, como o Gas Release e Capacity Release.

Fonte: ABRACEEL

Brasil constrói ponte para a eficiência com novas usinas solares

Em 2017, o Brasil deve ter a capacidade de produzir seu primeiro gigawatt de energia solar fotovoltaica, estima a ABSolar (associação do setor).

O montante seria suficiente para atender a cerca de 800 mil residências, de acordo com Rafael Kelman, diretor da consultoria PSR.

Se confirmado, o marco vai representar um salto gigantesco sobre os 84 MW (megawatts) registrados em 2016 pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia. O número, contudo, continua tímido se comparado aos 9,65 GW de capacidade das usinas hidrelétricas em 2015, último dado disponível.

Reforço para o segmento, a EGPB (Enel Green Power Brasil), subsidiária da italiana Enel, deve colocar em funcionamento neste ano quatro parques solares, adicionando 807 MW à capacidade instalada no país.

Três das estações ficam na Bahia e uma no Piauí. As plantas de Nova Olinda (PI), com 292 MW, e Ituverava (BA), de 254 MW, serão, segundo a empresa, as maiores da América Latina. A EGPB estima que, juntas, as quatro plantas serão capazes de gerar o suficiente para atender ao consumo anual de 845 mil famílias.

A empresa venceu leilões em 2014 e 2015 e investiu cerca de US$ 980 milhões nos projetos. “A vantagem do Brasil em relação à Europa é que o maior potencial solar está em áreas semiáridas do Nordeste não aproveitáveis para agricultura”, diz Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil.

DESAFIOS

O Brasil assumiu objetivos ambiciosos dentro do Acordo de Paris, ratificado no ano passado. A contribuição do setor energético inclui expandir a participação de energias renováveis na geração elétrica, além da hídrica, para pelo menos 23% até 2030. Em 2015, a oferta hídrica representava 64% da matriz brasileira; a solar não passava de 0,01%.

Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê, diz que a empresa tem um investimento pronto para uma planta solar de 150 MW em Ouroeste (interior de São Paulo), mas que está em espera. Isso porque o governo cancelou o leilão para energia de reserva em dezembro último, após a EPE concluir que não havia necessidade.

“Com a entrada de megaprojetos e o derretimento da demanda pela crise, o governo pode esperar para avançar com novos leilões, o que desanima o mercado no curto prazo”, diz Kelman, da consultoria PSR.

Rodrigo Sauaia, presidente da ABSolar, ressalta que a manutenção dos leilões é fundamental. “Sem eles, nada vai avançar. É preciso ter um calendário que planeje o setor por, pelo menos, cinco a dez anos.”

Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que está sendo estudada a realização de um leilão de reserva de fontes renováveis ainda neste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo | Bruno Benevides e Anaís Fernandes

Brasil tem quinta maior reserva de urânio


O Brasil ocupa a 5º posição no ranking mundial de reserva de urânio com as 309 mil toneladas, representado 5,3% do total. Entre os cinco países com maior reserva estão Austrália (28,7%), Cazaquistão (11,2), Canadá e Rússia (8,3% cada). Os dados são do Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo 2016, do Ministério de Minas e Energia.

Entre os países com reatores nucleares, o Brasil ocupa a 21º posição, com duas plantas que totalizam 1.990 MW de capacidade instalada. Até o final de 2015 o mundo contabilizava 441 reatores nucleares operando em 31 países, que somavam 402.852 MW de capacidade instalada, equivalentes a 6,5% da potência mundial de geração elétrica.

Na geração mundial de energia elétrica, a proporção nuclear passou de 2% a 15,2%, de 1971 para 1985, evoluindo mais lentamente até 1996, quando atingiu 17,2% (recorde). A partir dali, a proporção seguiu uma trajetória descendente, chegando aos atuais 10,6% em 2015.

Entre as nações com maiores parques geradores, destacam-se os Estados Unidos, com 99 reatores, França com 58, e Japão com 43. Em 2015 foram iniciadas as obras de sete novas usinas e dez reatores foram conectados às suas redes, sendo oito na China, um na Rússia e um na Coreia do Sul. Ainda no mesmo período, foram desativadas sete usinas, sendo cinco no Japão, uma na Alemanha e uma no Reino Unido.

Dos reatores em operação no mundo, 88 estão com idade média no intervalo de 0-20 anos, outros 136 estão com idade média de 21 a 30 anos, e outros 217 com idade média de 31 a 45 anos.

Energia Nuclear Brasileira

O Brasil possui atualmente duas usinas nucleares em operação (Angra 1 e Angra 2) cuja produção de eletricidade, da ordem de 15 TWh, responde por cerca de 2,5% da matriz de oferta de energia elétrica.

Fonte: Ministério das Minas e Energia

Produção de gás natural atinge recorde histórico de 103,5 milhões m³/dia


Segundo o Boletim de Acompanhamento da Indústria e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, a produção de gás natural, no mês de junho, atingiu o recorde histórico com a marca de 103,5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), um aumento de 3,6% na comparação com o mês anterior e de 8,3% em relação ao mesmo mês de 2015. No mesmo período, a demanda total no mês aumentou 8%, fechando em 78,3 milhões de m³/dia, enquanto a oferta nacional permaneceu estável e acima de 50 milhões de m³/dia.

O desenvolvimento do mercado brasileiro de gás natural é uma das prioridades do MME, que prevê através do “Gás para Crescer”, medidas efetivas de aprimoramento das normas do setor visando um mercado com diversidades de agentes, competitividade e que contribua para o crescimento do país.

O mês de junho também registrou bons números na matriz de oferta interna de energia elétrica brasileira, com predominância para energias renováveis que representam quase 83% da matriz. Entre as fontes, a hidráulica é que mais se destaca com 69,8% de participação, seguida por biomassa com 8,6% e eólica com 4,5%. A estimativa para 2016 é que as renováveis venham a contribuir com 43,6%, indicador superior aos 41,2% verificados em 2015.

Fonte: Da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção

Contratos de energia solar no Brasil poderão ser ampliados para 30 anos


O secretário de Planejamento e Política Energética do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, afirmou nesta terça-feira, 23 de agosto, que o governo estuda ampliar de 20 para 30 anos os prazos dos contratos de fonte solar. O anúncio feito durante a Intersolar, em São Paulo, foi bem recebido pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da entidade, essa mudança vai tornar a energia solar mais competitiva, reduzindo o preço médio de contratação da energia nos leilões e melhorando o retorno sobre o investimento.

Isso seria possível, explicou Sauaia, porque o financiamento do BNDES poderia ser alongado de 16 para 20 anos. “Isso ajuda a reduzir os custos financeiros”, disse. O segundo ponto é que um contrato mais longo permite que o empreendedor oferte energia a um preço menor no leilão e, de quebra, melhore o retorno sobre os empreendimentos. “Por conta desde dois fatores, a mudança de prazo é um sinal muito positivo…É uma mudança muito objetiva, um aprimoramento fácil de ser realizado”, avaliou Sauaia.

MME estuda desonerar cadeia tributária da indústria solar

O Ministério de Minas e Energia está elaborando uma proposta de desoneração tributária que pode acelerar o desenvolvimento da indústria fotovoltaica no Brasil. Hoje a tributação que incide sobre os insumos e maquinários produzidos no país faz que com o painel solar nacional seja até 30% mais caro que o produto acabado importado, desestimulando a produção local e a vinda de novas empresas.

Segundo o secretário de Planejamento e Política Energética do MME, Eduardo Azevedo, estão em estudo duas propostas: ou incluir os insumos e maquinários do setor fotovoltaico no atual Padis ou criar um segundo Padis específico para o setor solar. A ideia é que a desoneração seja implementada ainda este ano. “Sabemos que quando se mexe com arrecadação, mesmo que ainda não esteja acontecendo, isso é algo que tem que ser visto com calma”, ponderou o representante do governo, que falou com jornalistas nesta terça-feira, 23 de agosto, em São Paulo.

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) é um conjunto de incentivos federais estabelecidos com o objetivo de contribuir para a atração de investimento e ampliação da cadeia existente. O Padis trabalha redução da alíquota de IPI, PIS e Cofins sobre insumos produtivos e maquinários, e na redução de imposto de renda da pessoa jurídica.

Hoje o governo brasileiro tem o desafio de atrair a indústria fotovoltaica para o país. O primeiro passo já foi dado com a realização de leilões regulares para a contratação da fonte. Para que os projetos saiam do papel, contudo, são necessárias fontes de financiamento. O BNDES exige para a liberação de recursos que o empreendedor compre equipamentos nacionais. Ocorre que, por conta da carga tributária, o equipamento nacional não tem competitividade para disputar com o importado. Reflexo disso é o aumento das importações desses produtos e o atraso na instalação da indústria solar brasileira.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, explicou que 90% dos custos de uma indústria solar são gastos com os insumos produtivos. “Se o seu insumo produtivo é tributado, a sua competitividade é afetada pela vida útil da fábrica e isso vai ser refletido no preço final dos equipamentos. Esse ajuste é fundamental para trazer a competitividade para os fabricantes [nacionais], principalmente porque o Brasil está inserido num mundo cada vez mais globalizado, em que a fabricação vai ter uma competição recorrente [de fora].”

Azevedo disse que o ministério também trabalha em outras frentes para trazer “isonomia tributária” para o setor fotovoltaico na compra dos equipamentos. De acordo com Sauaia, essa medida adicional poderia reduzir em mais 10% o custo de compra dos módulos, que somada a redução de 30% esperada pelo Padis, colocaria o equipamento nacional em condições de competir com o importado, desenvolvendo a indústria local e criando empregos de qualidade.

Fonte: Canal Energia | Wagner Freire

MME trabalha para desonerar a cadeia tributária da indústria solar

Meta é incluir os insumos e maquinários do setor na mesma regra do PADIS.

Por Wagner Freire

O Ministério de Minas e Energia está elaborando uma proposta de desoneração tributária que pode acelerar o desenvolvimento da indústria fotovoltaica no Brasil. Hoje a tributação que incide sobre os insumos e maquinários produzidos no país faz que com o painel solar nacional seja até 30% mais caro que o produto acabado importado, desestimulando a produção local e a vinda de novas empresas.

Segundo o secretário de Planejamento e Política Energética do MME, Eduardo Azevedo, estão em estudo duas propostas: ou incluir os insumos e maquinários do setor fotovoltaico no atual Padis ou criar um segundo Padis específico para o setor solar. A ideia é que a desoneração seja implementada ainda este ano. “Sabemos que quando se mexe com arrecadação, mesmo que ainda não esteja acontecendo, isso é algo que tem que ser visto com calma”, ponderou o representante do governo, que falou com jornalistas nesta terça-feira, 23 de agosto, em São Paulo.

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) é um conjunto de incentivos federais estabelecidos com o objetivo de contribuir para a atração de investimento e ampliação da cadeia existente. O Padis trabalha redução da alíquota de IPI, PIS e Cofins sobre insumos produtivos e maquinários, e na redução de imposto de renda da pessoa jurídica.

Hoje o governo brasileiro tem o desafio de atrair a indústria fotovoltaica para o país. O primeiro passo já foi dado com a realização de leilões regulares para a contratação da fonte. Para que os projetos saiam do papel, contudo, são necessárias fontes de financiamento. O BNDES exige para a liberação de recursos que o empreendedor compre equipamentos nacionais. Ocorre que, por conta da carga tributária, o equipamento nacional não tem competitividade para disputar com o importado. Reflexo disso é o aumento das importações desses produtos e o atraso na instalação da indústria solar brasileira.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia, explicou que 90% dos custos de uma indústria solar são gastos com os insumos produtivos. “Se o seu insumo produtivo é tributado, a sua competitividade é afetada pela vida útil da fábrica e isso vai ser refletido no preço final dos equipamentos. Esse ajuste é fundamental para trazer a competitividade para os fabricantes [nacionais], principalmente porque o Brasil está inserido num mundo cada vez mais globalizado, em que a fabricação vai ter uma competição recorrente [de fora].”

Azevedo disse que o ministério também trabalha em outras frentes para trazer “isonomia tributária” para o setor fotovoltaico na compra dos equipamentos. De acordo com Sauaia, essa medida adicional poderia reduzir em mais 10% o custo de compra dos módulos, que somada a redução de 30% esperada pelo Padis, colocaria o equipamento nacional em condições de competir com o importado, desenvolvendo a indústria local e criando empregos de qualidade.

Governo estuda ampliar para 30 anos contratos de energia solar

Para Absolar, medida vai tornar a fonte mais competitiva, reduzindo preço médio e melhorando retorno sobre investimento

Por Wagner Freire

O secretário de Planejamento e Política Energética do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, afirmou nesta terça-feira, 23 de agosto, que o governo estuda ampliar de 20 para 30 anos os prazos dos contratos de fonte solar. O anúncio feito durante a Intersolar, em São Paulo, foi bem recebido pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da entidade, essa mudança vai tornar a energia solar mais competitiva, reduzindo o preço médio de contratação da energia nos leilões e melhorando o retorno sobre o investimento.

Isso seria possível, explicou Sauaia, porque o financiamento do BNDES poderia ser alongado de 16 para 20 anos. “Isso ajuda a reduzir os custos financeiros”, disse. O segundo ponto é que um contrato mais longo permite que o empreendedor oferte energia a um preço menor no leilão e, de quebra, melhore o retorno sobre os empreendimentos. “Por conta desde dois fatores, a mudança de prazo é um sinal muito positivo...É uma mudança muito objetiva, um aprimoramento fácil de ser realizado”, avaliou Sauaia.

Usinas solares na Bahia conseguem entrar no Reidi

Lote arrematado pela Celg GT em leilão de LTs também se enquadra ao regime.

O Ministério de Minas e Energia aprovou na última quinta-feira, 18 de agosto, o enquadramento de duas usinas solares ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura. A UFV São Pedro IV fica localizada na cidade de Bom Jesus da Lapa, na Bahia e tem potência de 29,8 MW. Seu prazo de implantação vai de outubro de 2016 até 1º de agosto de 2017 e os investimentos serão de R$ 158,3 milhões, sem impostos. A outra usina que entrou no Reidi foi a UFV São Pedro II, também de 29,8 MW e que vai ser implantada na mesma época e vai ter o mesmo orçamento da UFV São Pedro IV.

Outro projeto enquadrado no Reidi foi o lote F do leilão de LTs, realizado em março de 2015. O lote, que foi arrematado pela Celg GT, abrange as cidades de Itumbiara (MG) e Araporã (GO). O período de obras vai de 6 de março de 2015 até 5 de setembro de 2017. Os investimentos vão chegar a R$ 16,4 milhões, sem impostos. Obras de reforços na Subestação Juína, da EBTE, que fica na cidade de mesmo nome, no Mato Groso (MT), também entraram no Reidi. 

Vai ser instalado um reator de barras, uma conexão em 230kV e a complementação do módulo para a conexão do reator de barras. A sobras vão de junho de 2016 até junho de 2018 e vão custar R$ 10,3 milhões sem a incidência de impostos.

MME: geração eólica verificada cresceu 53% em maio

Boletim Mensal de Monitoramento do SEB mostra que no acumulado de 12 meses, produção da fonte cresceu 59,8%.

No mês de maio de 2016, a geração eólica verificada evoluiu 53% quando comparado ao mesmo mês de 2015. Já a fonte hidráulica cresceu 10,4% no mesmo período. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção eólica aumentou 59,8%. Em contrapartida, a produção de térmicas a óleo foi reduzida em 39,8% no mesmo período. As fontes renováveis têm reduzido o percentual de produção das fontes térmicas, que registraram queda de 14,1% na evolução anual nos últimos 12 meses até maio. Os dados são do Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia.

A produção hidráulica foi a que mais cresceu no mês de maio, passando de 68,6% da matriz para 75,5% na comparação com o mesmo mês de 2015. Isso representa um avanço de 6,9 pontos percentuais do total gerado no país. Já a eólica elevou sua participação em 1,8 pontos percentuais, de 3,5% da matriz para 5,3%, enquanto a geração térmica caiu 8,7 pontos, de 27,9% para 19,2%.

Considerando a capacidade instalada de geração de energia elétrica, as fontes renováveis também se destacaram na matriz brasileira, com participação equivalente a 80% em junho de 2016. A capacidade instalada total de geração de energia elétrica no Brasil atingiu 144.983 MW no mês de junho. Em comparação com o mesmo mês em 2015, houve um acréscimo de 7.588 MW, sendo 3.438 MW de geração de fonte hidráulica, 2.840 MW de fonte eólica, 1.299 MW de fontes térmicas e 12 MW de fonte solar. 

Com relação ao mercado consumidor, em maio de 2016, o consumo de energia elétrica atingiu 48.146 GWh, considerando autoprodução e acrescido das perdas, valor 5,2% superior ao verificado no mesmo mês do ano anterior. Além disso, foi verificada expansão de 2,4% no número de unidades consumidoras residenciais nos últimos 12 meses.

Apenas no mês de junho de 2016 entraram em operação comercial no mês 506,4 MW de capacidade instalada de geração, 1.537,4 km de linhas de transmissão e 516,0 MVA de transformação na Rede Básica. Em 2016 a expansão do sistema totalizou 3.791,7 MW de capacidade instalada de geração, 2.648,4 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 6.156,0 MVA de transformação na Rede Básica. 


MME: Brasil pode ficar entre os 20 maiores produtores de energia solar em 2018

Boletim elaborado por Ministério mostra que China foi maior gerador de energia sola em 2015 e que em 2050, fonte poderá ser 11% da oferta mundial.

A expansão do uso de energia solar no Brasil pode colocar o país entre os 20 maiores produtores em 2018, considerando a potência de 2,6 GW já contratada, de geração centralizada. Em 2014, foram contratados 31 projetos em leilões, que somaram 890 MW e em 2015, 63 projetos, com mais 1.763 MW, totalizando 2.653 MW de capacidade instalada. Os dados estão no boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia.

Entre os países com maior potência instalada, um grupo formado por China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália respondem por 68% do total mundial nesta fonte. Em 2015, a China alcançou o 1º lugar no ranking mundial de geração e os Estados Unidos ficaram em 2º, ambos superando a Alemanha, líder do ranking em 2014. Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW, considerando também a expansão de 52 GW no ano.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, a energia solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050, de 5 mil TWh. A área coberta por painéis fotovoltaicos capaz de gerar essa energia é de 8 mil km², o equivalente a um quadrado de 90 km de lado. Para 2024, a estimativa do Plano Decenal de Expansão de Energia, é que a capacidade instalada de geração solar chegue a 8.300 MW, sendo 7.000 MW de geração centralizada e 1.300 MW de geração distribuída. A proporção da geração solar chegará a 1% do total. Os estudos do PDE 2025, em elaboração, sinalizam a ampliação destas previsões.

O número de instalações solares distribuídas cresce a passos largos no Brasil. Em oito meses estas instalações triplicaram no país, já chegando perto de 4000 unidades, com potência média de 7,4 kW. Os estudos do Plano Nacional de Energia 2050, em elaboração pela Empresa de Pesquisa Energética, estimam que 18% dos domicílios de 2050 contarão com geração fotovoltaica, 13% do consumo residencial. No aquecimento de água, a previsão é que 20% dos domicílios detenham coletores.

Para ampliar ações de estímulo à geração distribuída, o Banco do Nordeste lançou uma linha de crédito que ampliará ações de estímulo à geração distribuída.

O financiamento utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com um ano de carência. O crédito é destinado a empresas agroindustriais, industriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais, cooperativas e associações beneficiadas ou não com recursos do FNE.

Fonte: CanalEnergia