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Energia solar cresce e aguarda lei para evitar retrocessos


Enquanto o projeto de lei PL 5829/19, que estabelece o marco legal da geração distribuída, tem sua votação travada na Câmara Federal, o segmento solar continua a registrar avanços e mantém pressão para evitar que mudanças planejadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) interrompa o crescimento do setor.

Nesta semana, levantamento divulgado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) apontou que o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 600 mil unidades consumidoras de energia solar fotovoltaica, que geram sua própria energia.

Segundo a entidade, já são 5,5 GW de potência instalada operacional de energia solar no País, gerando R$ 28 bilhões em novos investimentos e criando mais de 166 mil empregos. Mas, também na avaliação da Absolar, há muito o que avançar, já que dos consumidores de energia elétrica no Brasil, somente 0,7% usam sistemas solares.

A associação, junto a uma série de outras entidades do setor, defende a aprovação do marco legal como a melhor alternativa para manter o ritmo de crescimento e assegurar a geração de 500 mil empregos nos próximos três anos.

Tramitação

Desde a semana passada, diversas entidades tentam pressionar pela votação do PL 5829, mas parlamentares não chegavam a um acordo sobre o texto, até o o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), garantir o encaminhamento da proposta para o plenário. Nesta quinta-feira (13) outras pautas ganharam prioridade e o projeto não foi discutido - o que agora está previsto para ocorrer na próxima semana.

Um dos acordos costurados é que o limite de potência máxima para projetos de geração distribuída ficará em 3 MW, e o período de transição para taxação do setor reduz de dez para oito anos, mas com garantia de 25 anos das regras atuais para quem já tiver a conexão.

A pressão contra o projeto vem de agentes ligados ao mercado de energia elétrica, que dizem que benefícios - como isenção para uso da fiação elétrica para injetar volume excedente gerado de energia solar - penalizam usuários comuns, que não têm benefícios.

O setor, porém, considera que essa tese desconsidera os investimentos feitos por geradores de energia solar com o próprio dinheiro e a segurança energética que a geração distribuída garante a todo sistema elétrico, além da geração de empregos. Entidades como o Inel (Instituto Nacional de Energia Limpa) cobram que esses elementos sejam considerados na conta antes de se taxar o setor.

Cúpula do Clima discute Energias renováveis: Solar ou eólica?



O tema foi bastante discutido na última Cúpula do Clima; Especialista afirma que uma completa a outra. Ou seja as duas fontes tem sua importância...porque quando uma diminuem a geração a outra está funcionando mantendo sempre uma geração mais linear possível.

Realizada nos dias 22 e 23 de abril e organizada pelo governo Joe Biden, dos Estados Unidos, a Cúpula do Clima ainda repercute no mundo todo devido às promessas ousadas para combater o aquecimento global.

Entre os projetos, líderes de importantes Nações afirmaram estar investindo em energias alternativas e limpas, como a eólica e solar. E por aqui? Qual o atual cenário de produção e distribuição destes tipos de energias?

É consenso dos cientistas que a energia eólica é importante porque é renovável e tem baixo impacto ambiental para a sua geração. Essa fonte de energia também está crescendo muito no Brasil.

Em 2020 o Brasil era o 8° país do mundo em termos de potência instalada de energia eólica. No início de 2021, haviam 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores.

“Temos uma participação de 10.9% da nossa matriz energética, isso em potência instalada. Há uma previsão para 2025 de aumentar de 10.9 para 12.9’%, ou seja, 2% em 4 anos, passando de 18.482 megawatts para 23.651 megawatts”, explica Edval Delbone, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

A energia eólica está bem na frente da energia solar, que também é renovável. Porém a energia solar tem uma expectativa de crescimento com maior velocidade, mas ainda produz muito pouco, ou seja, enquanto a eólica está em 18.482 megawatts, a solar está em 3.958 megawatts.

Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar. Do total da matriz energética brasileira, 1,6% é produzido através de sistemas solares fotovoltaícos.

Qual a diferença entre eólica e solar?

A eólica é mais atrativa economicamente no nordeste e no sul, onde o vento tem uma velocidade bem maior comparado aos demais estados.

No estado de São Paulo é possível investir, porém ainda não é atrativo economicamente. Em relação à energia solar, o sol bate no Brasil em qualquer lugar, em qualquer estado a irradiação solar é boa, sobretudo no nordeste.

Portanto, a energia eólica depende do vento, que é mais comum na parte da tarde e de madrugada. Já a solar depende do sol, principalmente do meio dia, onde a incidência é maior e gera mais energia solar.

“Ambas são importantes e se complementam. No entanto, ainda não podemos abrir mão de outras fontes de energia firmes, como a usina hidrelétrica, no qual há reservatórios para armazenar água e energia a fim de garantir o abastecimento contínuo, até mesmo no período de estiagem, uma vez que os reservatórios estão cheios de água para produção de energia”, completa o engenheiro da Mauá.

Entendemos que as fontes renováveis sempre deram fontes assessorias as principais por questões de sua sazionalidade no tocante a precisar e depender das questões climáticas, sol e vento, para terem uma boa geração, então em qualquer intempéries climáticas como chuva que abaixa a radiação e zonas de massa de ar que diminuem as correntes de vento interferem na sua eficiência. Assim sendo precisamos sempre de um mix cada vez mais de fontes para uma maior eficiência e segurança energética do país.


Projetos renováveis, eólicos e solares, ganham mais espaços com o crescimento socioeconômico da América Latina

Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável, a América Latina pode aumentar sua capacidade de energia solar, instalada, em um fator de 40 vezes até 2050. Foto: DINO / DINO


O mercado de energias renováveis latino-americano passou por fortes transformações, nos últimos anos, com fatores de risco político, tendências de investimento, avanços tecnológicos e os impactos econômicos devido à pandemia da covid-19, segundo a BloombergNEF (BNEF), empresa de consultoria de mercados de energia atuais. De acordo com os dados da empresa, em 2019, o Brasil elevou o investimento na capacidade de energia renovável em 74%, US$ 6,5 bilhões, enquanto o México comprometeu US$ 4,3 bilhões, 17% acima, e o Chile US$ 4,9 bilhões, quatro vezes mais. Somente a Argentina conseguiu conter a tendência, com uma queda de 18%.

As economias da América Latina e do Caribe estão passando por um ponto de inflexão, após cerca de seis anos de desaceleração, incluindo dois anos de recessão, a região volta a mostrar sinais de crescimento, informa Diogo Martignago Mariath, graduado em economia (PUC-RS) e mestre em finanças e investimentos pela escola britânica Cass Business School.

"A região passou por uma grande tendência de desaceleração entre 2010 a 2016, movendo o crescimento em média de aproximadamente 6% em 2010, para território negativo entre 2015 e 2016. Essa mudança no padrão de crescimento da América Latina se deve, principalmente, à fragilidade econômica de dois de seus principais mercados, Brasil e Argentina, que sofreram durante esse período os efeitos de uma profunda crise política e econômica", explica Diogo, com mais de 10 anos de experiência em energias renováveis atuando no Brasil, América Latina, Europa e África.

A partir do ano de 2016, diz o especialista, as reformas econômicas e políticas implementadas no Brasil e na Argentina, aliadas ao bom desempenho de outros países da região, contribuíram para a retomada da trajetória de crescimento da América Latina. "Com cerca de 366 GW de capacidade instalada e abrangendo mais de 20 países, a América Latina continua na vanguarda do desenvolvimento de energia limpa. Mas, mandatos ambiciosos de energia limpa e leilões agressivos estão impulsionando o desenvolvimento na região e permitindo que projetos eólicos e solares alcancem preços baixos recordes", declara Mariath.

Segundo a International Energy Agency (IEA), o custo da produção de energia solar caiu 82% desde 2010, e o Brasil ocupa a sétima colocação global em capacidade instalada de energia eólica, um a cada 10 GWh consumidos no país vem do vento. A energia solar cresceu 212% em 2019 e, mesmo com a crise, outros 25% em 2020, hoje ela responde aproximadamente por 1,7% da matriz energética brasileira.

Conforme o mestre em finanças, que foi painelista em Londres pela Conferência de Energia Renovável na América Latina 2019, o México, a Colômbia, o Peru, o Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Chile respondem por cerca de 80% da capacidade instalada da América Latina, e são os focos de investidores internacionais em energia limpa. E lembra que o Brasil e o México são os maiores mercados, atraindo maior atenção e foco dos investidores.

No Brasil, a energia eólica atinge a marca de 18 GW de capacidade instalada, 10,3% da matriz elétrica nacional, de acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira da Energia Eólica, são 695 parques e mais de 8.300 aerogeradores. Uma década atrás o segmento ainda contava com menos de 1 GW de capacidade e hoje é a segunda maior, ficando atrás apenas da hidrelétrica que possui 58,7% do parque instalado no país.

"Os mercados estão se abrindo para novas oportunidades e compromissos com o setor privado. O investimento está atingindo novos recordes e, como resultado, os mercados estão adotando instrumentos financeiros inovadores, como títulos verdes e títulos de construção para preencher a lacuna no financiamento. E os investimentos em energia limpa na região também estão abrindo novas fronteiras para prestadores de serviços e fabricantes de equipamentos, ampliando, assim, o alcance da indústria e aumentando a riqueza", acrescenta Diogo Mariath, com experiência em análise de investimentos, desenvolvimento de projetos renováveis greenfield para participação em leilões de energia, projectfinance e aquisições

Dados da BNEF comprovam que o investimento na capacidade de energia renovável no mundo subiu para US$ 282,2 bilhões, em 2019, 1% acima dos US$ 280,2 bilhões de 2018, mesmo com um cenário de investimentos globais limitados. Durante a COP25 da Conferência Climática das Nações Unidas em Madri, uma nova iniciativa regional coordenada pela Organização Latino-Americana de Energias - OLADE, estabeleceu planos para atingir pelo menos 70% de energia renovável em eletricidade até 2030.

Brasil alcança 1 GW de capacidade instalada em 2021


Pelo quarto mês seguido, eólicas seguem puxando a expansão da matriz elétrica

O Brasil alcançou em abril 1.007 GW de capacidade instalada em 2021, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Só no mês de abril, foram 324,45 MW liberados.

A eólica foi, pelo quarto mês consecutivo, a fonte com crescimento mais acentuado, batendo a marca de 218,45 MW de potência instalada, representando 67% do total de abril.

Quase toda a expansão da geração eólica, 201 MW, foi liberada para usinas que não comercializaram no mercado regulado. Do total (812 MW) de eólicas liberadas em 2021, até abril, 555 MW correspondem a usinas nas mesmas condições, o equivalente a 68,3% desse quantitativo.

Ao longo de 2021, novas unidades de geração foram liberadas para operação comercial em 12 estados do Brasil. Três estados concentram 64,8% da capacidade instalada no país este ano: o Piauí, com 190,35 MW, o Rio Grande do Norte, com 221,06 MW, e a Bahia, com 241,55 MW.


No primeiro quadrimestre de 2021, houve um acréscimo de 44,26 MW de potência instalada no sistema isolado.

Usina fotovoltaica é instalada no Parque do Sabiá em Uberlândia

Obra terá 628 placas fotovoltaicas e custará R$ 894 mil. Energia gerada será suficiente para abastecer cerca de 360 casas por ano.

Usina deve ficar pronta em setembro deste ano — Foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação

Começou na última semana a instalação de uma usina fotovoltaica no Parque do Sabiá, em Uberlândia.

Serão instaladas centenas de placas no local, que gerarão energia para abastecer cerca de 360 casas por ano. A obra custará cerca de R$ 894 mil, que serão custeados pela Prefeitura.

A obra é realizada pela empresa Solar Power, que foi contratado pela Prefeitura sob licitação. A usina será instalada ao lado do Parque Aquático Deputado João Bittar Júnior e abastecerá todo o complexo do parque. Serão instaladas 628 placas de 395 watts, que serão responsáveis pela geração de 248 kilowatts de potência, totalizando uma geração média anual de 390 megawatts de energia.

A obra será fiscalizada pelas secretarias municipais de Governo e Comunicação e de Meio Ambiente e Serviços Urbanos.

A previsão é de que a geração de energia da usina pague o custo da obra em três anos e que, após o terceiro ano de funcionamento, ela ajude o município a economizar R$ 300 mil ao ano.

De acordo com o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP), a obra promoverá um forte impacto na cidade.

“Além de contarmos com uma fonte de energia renovável e limpa, seremos os responsáveis, portanto, pela geração da nossa própria energia com a capacidade de abastecer todo o complexo do Parque do Sabiá”, explicou.
Por G1 Triângulo e Alto Paranaíba

No Ceará, 588 placas de energia solar são instaladas em estação de metrô da capital

Placas de energia solar que foram instaladas na estação do metrô, em Fortaleza
Foto: Governo do Ceará
As placas de geração de energia solar foram instaladas no Metrô de Fortaleza, no estado do Ceará, na Estação Juscelino Kubitschek

A Estação Juscelino Kubitschek, unidade localizada no Metrô de Fortaleza, capital do estado do Ceará, recebeu 588 placas de energia solar. O projeto de instalação das placas solares está em fase final e a empresa responsável receberá um aval da Enel para operar e realizar testes com o sistema fotovoltaico antes do funcionamento.

A instalação das placas de energia solar no metrô de Fortaleza, Ceará

Igor Ponte, diretor-presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, disse que mesmo já tendo o metrô um sistema eletrificado, o que contribui muito para a redução de poluentes, a instalação das placas de energia solar no Metrô de Fortaleza, no Ceará, busca ainda mais consolidar o compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o meio ambiente.

Toda a eletricidade gerada pelas placas de energia solar na Estação Juscelino Kubitschek será transferida para a rede elétrica da capital do Ceará e logo depois irá retornar para o metrô – será um crédito em produção elétrica, que resultará em descontos nas contas de luz da empresa responsável.

O governo do estado do Ceará estima que a eletricidade produzida pelas placas de energia solar na Estação Juscelino Kubitschek e em outra estação que irá receber também as placas será suficiente para cobrir a demanda de energia de pelo menos quatro estações da Linha Sul.

Outra estação no estado do Ceará receberá placas de energia fotovoltaica

A Estação Padre Cícero está sendo preparada para receber as placas de energia solar e os demais equipamentos necessários para a instalação do sistema. Cerca de 294 placas de energia solar serão instaladas no Metrô da capital do Ceará.

Entre as estações Juscelino Kubitschek e Padre Cícero, serão instaladas 882 placas de energia solar, distribuídas entre elas. A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos já estuda a expansão do projeto de instalação de placas de energia para outras estações na capital do Ceará.

A Absolar divulgou que o estado de Minas Gerais possui cerca de 938,1 megawatts instalados de potência de energia solar na geração distribuída. Em todo o estado mineiro, cerca de 80.160 sistemas estão em operação distribuídos em 841 cidades, que atendem cerca de 110.520 consumidores. O estado de Minas Gerais agora está em primeiro lugar no ranking de estados com energia solar distribuída em todo o Brasil.

A Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica ainda divulgou que o estado do Espírito Santo tem alcançado resultados notáveis ​​no segmento de energia fotovoltaica e na geração distribuída, o estado tem mais de 6.600 ligações operacionais, encontradas em todos os 78 municípios do estado. A Associação ainda acrescentou que hoje existem cerca de 7.612 consumidores de energia elétrica solar no estado do Espírito Santo.

Com fim de subsídio, aumentaram os pedidos de instalação de energia eólica e fotovoltaica

Dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel mostram que nos meses de janeiro a agosto do ano passado – período anterior à publicação da MP – cerca de 931 projetos para instalar usinas de energia solar e eólica foram apresentados, no qual esses pedidos tinham um potencial de 41 GW.

Isto logo após a aprovação da MP, que garante que essas usinas derivadas de recursos renováveis ​​alternativos tenham descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. Isso torna a eletricidade que eles produzem mais barata – entre setembro do ano passado e março deste ano – o número de pedidos para a instalação de projetos de energia solar e eólica dobraram, chegando a 1.886 pedidos. O planejamento mostra que, caso forem aprovados, o potencial desses novos projetos chegaria a 85 GW de energia.

Aneel aumenta tarifa de energia em parte de SP, MS e MT

Foto: Agência Brasil

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta quinta-feira (22), em reunião pública extraordinária, os reajustes tarifários de energia elétrica de 2021 das concessionárias Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL Paulista, Energisa Mato Grosso e Energisa Mato Grosso do Sul.

Para consumidores residenciais, os índices de reajuste serão de 8,24% (CPFL Paulista), 7,28% (Energisa MS) e 7,29% (Energisa MT).

As novas tarifas já entraram em vigor para 4,6 milhões de unidades consumidoras localizadas em 234 municípios do Estado do São Paulo, 1,5 milhão de unidades consumidoras situadas em 141 municípios do Mato Grosso e 1 milhão de unidades consumidoras localizadas em 74 municípios de Mato Grosso do Sul.

Segundo a Aneel, houve um conjunto de ações promovidas para amenizar esses índices finais, sem ultrapassar um dígito, como a conta-covid e o reperfilamento do pagamento do financeiro da RBSE (recebimento do saldo remanescente) das transmissoras.

Os fatores que mais impactaram o processo tarifário foram os custos com as atividades de distribuição de energia, gastos com compra de energia impactados em especial pela energia da Usina de Itaipu, precificada em dólar, e pagamento de encargos setoriais.

Em meio às constantes altas no valor da energia, os sistemas fotovoltaicos são uma das principais alternativas para serviços e usuários residenciais reduzirem custos com a conta de luz. Desde 2012, a pessoa que gera sua própria energia também pode ceder sua geração excedente para a rede elétrica, abatendo esse volume de sua conta.

Atualmente, a Aneel está tentando revisar esse benefício e criar taxas, medida que é combatida pelo setor fotovoltaico. O segmento luta pela aprovação pelo Congresso Nacional de um marco regulatório para a energia fotovoltaica, que impeça mudanças de rotas e dê previsibilidade ao investidor para manter investimentos e gerar empregos.

Compromissos não são suficientes para combater mudanças climáticas, diz diretor executivo da IEA


Para o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), Fatih Birol, é notório o alto nível de comprometimento dos países em metas ambiciosas contra mudanças climáticas, mas os “compromissos não são suficientes”.

“As emissões estão caminhando para o segundo maior aumento da história. Não estamos nos recuperando da crise da covid-19 de uma forma sustentável e continuamos avançando para níveis perigosos de aquecimento global”, disse o executivo.

Birol apresentou dados desanimadores durante conferência com representantes do setor de energia de diversos países na Cúpula do Clima nesta sexta (23). Estimativas da IEA apontam que 2021 registrará o segundo maior aumento de emissões de gases do efeito estufa da história.

“Nós precisamos de mudança real no mundo real. Neste momento, os dados não casam com a retórica”, alertou.


Segundo o diretor da IEA, será necessário transformar todo o sistema de energia para alcançar a neutralidade em carbono e investir pesado em novas tecnologias para alcançar as metas anunciadas pelos países durante a Cúpula.

“Isso significa cortar drasticamente as emissões de caminhões, navios e aviões. Também precisaremos do mesmo para indústrias de aço, cimento, química e agricultura”, afirmou.

De acordo com estudos da IEA, para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, metade da redução das emissões depende de tecnologias que ainda não estão disponíveis no mercado.

Apesar disso, Birol vê motivos para otimismo com o crescimento exponencial das energias renováveis no mundo. “Geração de eletricidade renovável, incluindo solar e eólica, baterá recorde este ano”.

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BSBIOS estabelece meta de carbono neutro para biodiesel até 2030

BSBIOS encerrou o ano passado com a marca de 755 milhões de litros de biodiesel produzido, (BSBIOS Paraguai/Assessoria de imprensa)

Na semana em que a BSBIOS completa 16 anos, a empresa do ECB Group, divulgou a quinta edição do Relatório de Sustentabilidade BSBIOS 2020 com destaque para as práticas exercidas nas dimensões sociais, econômicas ambientais e de governança e ética.

O documento apresenta estudos sobre o impacto ambiental, com destaque para o resultado estimativo do valor do carbono sobre as emissões evitadas pela empresa.

E um outro estudo que atualiza sobre o impacto econômico da BSBIOS nos municípios nos quais a empresa está inserida.

O relatório segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (Organização Internacional de Padrões Independente), adotando o modelo ESG (Environmental, Social and Governance) e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo o levantamento, que compreende de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020, ficou evidenciado o comprometimento da BSBIOS com a geração de valor sustentável.

Nesse período, a empresa modificou sua estrutura societária adquirindo 50% das ações que pertenciam a Petrobras (PETR3; PETR4) Biocombustível e, assim, tornou-se detentora de 100% do negócio.

Somado a isso, a BSBIOS encerrou o ano passado com a marca de 755 milhões de litros de biodiesel produzido, seguindo assim pelo terceiro ano consecutivo como a maior produtora de biodiesel do mercado brasileiro.

Em 2020, a empresa realizou investimentos em infraestrutura, tecnologia e inovação de mais de R$ 45 milhões em suas unidades.

A indústria de biodiesel de Passo Fundo(RS) foi ampliada em 43,5%, alcançado a capacidade de produzir 414 milhões de litros de biodiesel por ano (BSBIOS Passo Fundo – RS)

No começo de 2021, a empresa realizou novas ampliações na unidade de Passo Fundo (RS) e de Marialva (PR), que agora tem capacidade para fabricar 468 milhões de litros de biodiesel por ano. Ou seja, a companhia está com uma capacidade total de 936 milhões de litros de biodiesel por ano.

Além disso, a empresa alcançou em 2020 um faturamento de R$ 5,3 bilhões (57,5% superior ao ano anterior), lucro líquido de R$ 311,6 milhões e EBITDA de R$ 574,4 milhões, o que significa o melhor resultado financeiro da história da companhia.

O impacto da BSBIOS nos municípios de Passo Fundo e Marialva também são expressivos.

A companhia foi responsável por 19,6% do PIB de Passo Fundo e 29,8% do PIB de Marialva, contribuindo com impostos na soma de R$ 1 bilhão superior devido à atividade da BSBIOS no município gaúcho e de R$ 470 milhões para o município paranaense.

Em 2020, a empresa também investiu R$ 3,4 milhões em projetos sociais alinhados com seu negócio e seu propósito, tendo como responsabilidade apoiar ações que beneficiem a comunidade, entre eles iniciativas que contribuíram para a prevenção do coronavírus.

“Esse resultado reflete nosso compromisso de crescer de forma orgânica, com um portfólio de investimentos em constante renovação. A excelência operacional, os cuidados com a preservação ambiental e a cooperação com as comunidades nas quais estamos inseridos, são valores sustentados e difundidos pela companhia desde a sua criação”, afirma Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBIOS.

A empresa possui certificações nacionais e internacionais de seus produtos, que atestam a qualidade, a sustentabilidade e sua conformidade. Entre elas, destacam-se a certificação ISCC – International Sustainability and Carbon Certification EU (Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono) e o Renovabio.

A ISCC atesta que o biodiesel produzido pela BSBIOS, desde a produção da matéria-prima sustentável (gorduras animais) até a sua industrialização, reduz de 86% à 90% a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), se comparado ao diesel fóssil, colaborando para a redução de emissões de CO2 na atmosfera.

Já o Renovabio, à credencia participar do mercado de CBIOS (Créditos de Descarbonização), com a produção de biodiesel a partir de gorduras animais.

A companhia atua no setor de energias renováveis a favor da economia de baixo carbono e, desde 2018, faz a gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de suas operações.

Após três anos dessas ações, é possível verificar os efeitos da gestão, ou seja, mesmo com o aumento de 38% na produção, a intensidade de emissões de GEE sofreu uma redução de 9,1%, passando de 30,6 para 27,8 kgCO2e/m3 de biodiesel B100.

Isso significa que o processo de produção de biodiesel está sendo mais eficiente quanto à redução de GEE na atmosfera.

“Planejamos está entre as três maiores produtoras de biocombustíveis do mundo, além de nos tornarmos Carbono Neutro até 2030” (Presidente da BSBIOS/imagem cedida)

“Buscamos inovação e avanços tecnológicos, reconhecendo o nosso papel no contexto do desenvolvimento sustentável de nossas atividades, estando absolutamente comprometidos com os temas socioambientais e de governança (ESG)”, conclui Battistella.

Ômega Green no Paraguai

Visando atingir os objetivos do seu novo Planejamento Estratégico, no qual está projetando o seu desenvolvimento até 2030, a BSBIOS entra definitivamente no mercado de Biocombustíveis Avançados ou de segunda geração.

Por meio de capitalização da ECB holding na BSBIOS, a Companhia passou a ter o controle da empresa ECB Paraguai, assumindo a liderança do projeto da Biorefinaria Omega Green.

Com isso, a empresa passou a ser denominada BSBIOS Paraguai e em seu portfólio de produtos irá produzir biocombustíveis avançados (Diesel Renovável – HVO, Bioquerosene – SPK e Naphtha).

O Ômega Green está em fase de finalização de projeto de engenharia executiva, com obras de construção previstas para iniciar no segundo semestre de 2021, na cidade de Villeta, no Paraguai.

Com capacidade para produzir 20 mil barris de biocombustíveis avançados por dia, a partir de fontes renováveis (soja, pongâmia, carinata, óleo reciclado – UCO e gorduras animais), sua produção está 90% vendida para grandes empresas, como a BP e a Shell (RDSA34).

Aneel ameaça geração de empregos no setor solar com nova proposta


A proposta da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para a resolução normativa (REN) 482/2012, que regulamenta a geração distribuída no Brasil, ameaça a geração de empregos e novos investimentos em energia solar no País. Somente no ano passado, foram criados 75 mil postos de trabalho pelo segmento. A avaliação é da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar).

Os termos da nova proposta foram divulgados publicamente por meio de uma minuta no dia 1º de abril.

Para a associação, as mudanças previstas representam "uma preocupante quebra de confiança" da Aneel com o Congresso Nacional no debate para a construção de um marco legal para o segmento, em curso na Câmara dos Deputados. Uma das principais discordâncias em relação à minuta é a retomada da previsão de cobrança de taxas por uso de fio pelo gerador, quando injetar na rede elétrica a sua energia excedente. A vice-presidente de geração distribuída da Absolar, Bárbara Rubim, diz que a minuta contradiz declarações recentes de diretores da Aneel, garantindo que a agência aguardaria uma lei do Congresso Nacional antes de alterar as regras.

“A proposta da agência, apresentada nessa nova minuta, desconsidera os benefícios que a geração distribuída agrega a toda a sociedade brasileira e resultaria em uma desvalorização de até 57% na energia elétrica gerada pelas fontes renováveis nesta modalidade. Ela ameaça a segurança jurídica e previsibilidade regulatória de consumidores e agentes de mercado que investiram no segmento desde 2012", afirma Bárbara.

O presidente-executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, avalia que a criação de uma legislação para a geração distribuída é prioridade.

“Somente em 2020, o segmento de geração distribuída solar foi responsável pela atração de R$ 11 bilhões em investimentos ao Brasil e geração de 75 mil novos empregos e mais renda a trabalhadores espalhados por todo o território nacional, em um dos momentos mais críticos da economia do País. A previsão é de que o setor possa gerar cerca de 500 mil novos empregos nos próximos três anos”, diz Sauaia.

Como o investimento público criou o mercado mundial de painéis de energia solar


“Em muitos lugares, os painéis solares são de longe a forma mais barata de produzir eletricidade”, disse Paulo Gala (Imagem: Unsplash/@publicpowerorg)

Em 2020, 132 bilhões de watts de nova capacidade de geração solar foram instalados em todo o mundo. Em muitos lugares, os painéis solares são de longe a forma mais barata de produzir eletricidade.

Essa transformação não foi simplesmente provocada por um avanço tecnológico na maneira como os fótons que chegam do Sol entregam energia aos elétrons que esperam nos painéis. Foi o resultado de grandes demandas militares e da NASA nos EUA dos anos 60. E mais recentemente de uma mudança decisiva na política de subsídios do governo alemão que coincidiu com a China se tornando a força dominante na manufatura global.

Ainda nos anos 60, a perspectiva de contratos governamentais encorajou diversas empresas de eletrônica nos EUA a experimentar o mercado solar. Entre eles estão o fabricante de rádio e televisão RCA e as empresas de semicondutores, como a Texas Instruments.

Universidades e institutos de pesquisa investiram em energia solar, em escala modesta. O mercado de energia solar nos Estados Unidos, entretanto, era ainda pequeno. O mercado primário era alimentado por satélites. Em 1964, a NASA lançou o primeiro satélite Nimbus alimentado por um painel fotovoltaico. O Exército americana abordava empresas para obter ajuda com a filtragem de luz para sistemas de orientação de mísseis. A Força Aérea procurava tecnologias para fazer espaçonaves movidas a células solares. A demanda do setor público garantiu o desenvolvimento do mercado de painéis solares a partir das descobertas feitas na Bell Labs.

Em 1954, a AT&T/Bell Labs anunciou um dispositivo que forneceria eletricidade constantemente, sem necessidade de recarga, sempre que fosse iluminado. A origem dessa bateria solar está em uma descoberta feita 14 anos antes.

Em 23 de fevereiro de 1940, Russel Ohl, um pesquisador da Bell Labs, iluminou um estranho bastão de silício que estava investigando. Uma corrente imediatamente começou a fluir entre os eletrodos presos às pontas da haste. O comportamento elétrico estranho da haste foi comprovadamente ligado à luz. Que a luz poderia impulsionar correntes em alguns materiais já se sabia desde o século 19. O que distinguiu a observação de Ohl foi que na Bell Labs ele e seus colegas tinham as ferramentas certas, físicas e conceituais, para entender como estava acontecendo e como melhorar sua eficiência.

A Bell Labs não queria fazer painéis fotovoltaicos; queria fazer aspiradores e outras parafernálias das quais dependiam os negócios da AT&T mais eficientes.

Em 1947, colegas de Ohl surgiram com um dispositivo que poderia ser manipulado com um campo elétrico, criando uma chave liga/desliga: o transistor. Os transistores se tornaram a base de um novo e barato circuito eletrônico. A tecnologia que amontoou muitos desses transistores em um único pedaço de semicondutor acabou por gerar o chip de silício.

Em 2000, havia quase um gigawatt (1 bilhão de watts, ou 1gw) de capacidade fotovoltaica instalada em todo o mundo, grande parte dela em telhados japoneses graças a um programa de subsídios voltado para a indústria de semicondutores do país. O preço por watt gerado pelos painéis já era inferior a um décimo do que tinha sido na década de 1970.

Foi nesse contexto que os sociais-democratas e os verdes da Alemanha montaram um enorme programa de subsídios púbicos para encorajar o uso de energia solar. Esse movimento terminou de consolidar de vez a indústria de painéis solares no mundo (hoje produzidos na China)!

Com apoio do BID, BNDES lança documento para emitir mais bônus verdes, sociais e sustentáveis


Recursos captados vão para projetos novos ou já existentes

• Lançamento do Sustainability Bond Framework (SBF) é passo relevante do Banco para desenvolver mercado de crédito sustentável

• Estrutura teve parecer favorável de verificadora global especializada

O Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) deu mais um passo relevante para o desenvolvimento do mercado de crédito sustentável, com o lançamento do seu Sustainability Bond Framework (SBF). Esse documento facilita a emissão, pelo Banco, de títulos verdes, sociais e sustentáveis, no Brasil e no exterior.

Com parecer favorável (Second Party Opinion – SPO) da Sustainalytics, empresa verificadora especializada em projetos sustentáveis, a estrutura reforça a importância atribuída ao tema Ambiental, Social e de Governança (ASG) pelo BNDES e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que participou do processo por meio de uma cooperação técnica.

A iniciativa amplia as possibilidades de captação previstas no Green Bond Framework lançado em 2017, que permitiu ao BNDES ser o primeiro banco brasileiro a realizar uma emissão deste tipo de título, no mercado de capitais internacional, e a primeira instituição financeira a emitir letras financeiras verdes em 2020, no mercado local. Após as emissões inovadoras do BNDES, outras entidades do mercado já começaram a emitir títulos similares.

O SBF foi desenvolvido a partir de uma cooperação técnica firmada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O documento foi construído a partir de uma consultoria técnica prestada pela empresa especializada Sitawi, sob as melhores práticas de mercado.

Os recursos a serem captados em futuras operações com base no SBF serão utilizados para financiar e refinanciar projetos novos ou já existentes na carteira do BNDES. Os modelos de projetos elegíveis para a destinação dos recursos abrangem seis categorias verdes e três sociais.

Dentre as categorias verdes incluem-se: energia renovável; eficiência energética; gestão sustentável da água, água residual e saneamento; prevenção e controle de poluição; transporte limpo; e gestão ambientalmente sustentável de recursos naturais vivos e uso da terra. As categorias sociais incluem, por sua vez, saúde; educação; e apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e microcrédito.

Serão priorizados os investimentos em saúde e educação em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional e, para MPMEs, além do critério do IDH, serão priorizadas empresas lideradas por mulheres ou minorias de gênero.

Sobre o BID – Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e o Caribe. Também realiza projetos de pesquisas de vanguarda e oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região.

Renova sai do prejuízo e lucra R$ 245,3 milhões no 4º trimestre

No acumulado do ano, a Renova conseguiu reverter o prejuízo bilionário de 2019 e teve lucro de R$ 22,4 milhões (Imagem: Youtube da Renova Energia)

A Renova Energia (RNEW3;RNEW4;RNEW11) terminou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 245,3 milhões, saindo do prejuízo de R$ 235,7 milhões em igual período de 2019.

Segundo o relatório divulgado nesta terça-feira (30) pela companhia, que está em recuperação judicial, a performance se deve principalmente ao resultado positivo de equivalência patrimonial e ao resultado financeiro positivo decorrente da reversão das despesas financeiras provisionadas conforme norma contábil entre o deferimento do pedido e a aprovação do plano de recuperação judicial.

No acumulado do ano, a companhia conseguiu reverter o prejuízo bilionário de 2019 e teve lucro de R$ 22,4 milhões.

A receita operacional líquida quase dobrou no trimestre – em um ano, o valor foi de R$ 11,1 milhões para R$ 21,8 milhões. Ainda assim, houve queda de 28,2% na receita acumulada em 2020, com o montante totalizando R$ 70,4 milhões (de R$ 98,1 milhões em 2019).

O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, não saiu do negativo no quarto trimestre. No entanto, os -R$ 11 milhões do período representam uma melhora significativa em relação aos - R$ 93,6 milhões reportados nos últimos três meses de 2019. Em 2020, o indicador fechou com saldo positivo de R$ 46,2 milhões ante montante negativo de R$ 510,1 milhões em 2019.

Sob base ajustada, o Ebitda acumulado em todo o ano foi de R$ 49,8 milhões.

CEO da ABREN diz que pelo menos 130 MW de projetos de RSU com Licenças Prévias estão em condições de disputar os leilões A-5 e A-6


Pelo menos 130 MW de projetos que já receberam Licenças Prévias de respectivos órgãos ambientais e mais 55 MW ainda com processos de licenciamento em tramitação poderão vir a participar dos primeiros leilões de energia de térmicas movidas a resíduos sólidos urbanos: A-5 e A-6, em setembro.

A estimativa é do presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), Yuri Schmitke Almeida Belchior, que defende um preço teto no valor de R$ 650,00/MWh, prazo de 30 anos e flexibilidade na comprovação do combustível.

Em 2020, segundo dados da Câmara de Comércio de Energia Elétrica ( CCEE), as térmicas a biogás produziram cerca de 110,2 MW médios ao ano, superando a marca de 102,3 MW médios de 2019.Para Belchior, esse dado considera apenas o aproveitamento de gás de aterro, cuja grande maioria dos projetos é contratada por meio da Geração Distribuída (GD), via sistema de compensação remota (net meetering), conforme Resolução Normativa ANEEL 484/2012, ou no mercado livre. “Existem formas mais eficientes e sustentáveis de geração de energia por meio do lixo, por usinas de recuperação energética de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)”, sustenta o CEO da ABREN.

São Paulo, segundo ele, é o hoje o estado mais avançado na produção de energia de RSU, embalado por cerca de 15 milhões de toneladas por ano de resíduo doméstico, sem considerar os resíduos comerciais e industriais. “Com essa demanda, gera-se a necessidade de mais aterros e soluções melhores, como a recuperação energética”, assinala Belchior.

Ele lembra que o estado também é pioneiro na regulamentação de emissões atmosféricas das Usinas de Recuperação Energética (URE), ou Waste-to-Energy (WTE), por meio da Portaria SMA 79/2009. Nessa linha, recentemente foram emitidas licença de instalação para a URE Barueri, com 20 MW de potência instalada, e licença ambiental prévia para a URE Mauá, com 80 MW de potência instalada.

O estado do Rio de Janeiro vem em segundo no ranking nacional do setor, tendo emitido licença prévia ambiental para o projeto da URE Ciclus, com 30 MW de potência instalada.
“Há estados que estão bastante atrasados, como Minas Gerais, que estranhamente proíbe a recuperação energética de RSU por meio da incineração, cuja tecnologia hoje coloca essa fonte como a termoelétrica mais limpa hoje existente, classificada mundialmente como energia lima e renovável”, assinala Belchior.


Lembra o dirigente que o Brasil somente veio a regulamentar o assunto em 2019, por meio da Portaria Interministerial 274 (MME, MDR e MMA), “o que faz com que as leis estaduais ou municipais que proíbem a recuperação energética sejam flagrantemente inconstitucionais, além de inimigas do meio ambiente e da saúde pública”.

Sobre o Plano Decenal de Expansão – PDE 2030, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que previu para o setor 60 MW de potência instalada, o empresário assinala que se trata de mero indicativo. “Apesar disso, a instituição já aponta pela existência desta fonte na matriz elétrica, o que é um grande avanço para a sociedade brasileira”, pontua ele.

Segundo dados da ABREN, apenas nas 28 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, que representa 48% da população brasileira ou 100 milhões de habitantes, existe um potencial de 18,9 TWhe por ano, ou 2,3 GW de capacidade instalada a partir de RSU.

Com base na média do CAPEX por MWt de 48 projetos no exterior , a entidade chegou a um valor total de investimentos no Brasil de R$ 75 bilhões correspondente a 118 usinas de 20 MW de potência instalada cada uma. Ou seja, o tratamento de 60 milhões de toneladas ano de resíduos urbanos, que representa o lixo de 48% da população brasileira, atenderia 3% da demanda nacional de eletricidade.

Fonte: https://revistamodal.com.br/ceo-da-abren-diz-que-pelo-menos-130-mw-de-projetos-de-rsu-com-licencas-previas-estao-em-condicoes-de-disputar-os-leiloes-a-5-e-a-6/

O combustível do futuro - Hidrogênio

O hidrogênio verde (H2V) vai mudar por completo a produção, o consumo e a distribuição de energia no mundo. O Brasil tem potencial para liderar esse mercado bilionário

Usinas eólicas e solares são utilizadas no processo de separação do hidrogênio da água: revolução energética (Crédito: Divulgação)

A ideia de descarbonização do Planeta não tem volta. O compromisso que grande parte da humanidade assumiu em abolir o uso de energia proveniente de uma matriz fóssil, que dispersa carbono na atmosfera e impacta o clima causando aquecimento global, está posta. Para realizar essa mudança, governos e empresas pretendem progredir na utilização do hidrogênio como armazenador de energia e como combustível. Mas como se dá a produção do hidrogênio? Há vários métodos, mas a solução sustentável é quando se utiliza a técnica conhecida por eletrólise. 

Nesse processo, separa-se o hidrogênio da água utilizando fontes renováveis de energia, como a eólica ou solar. Na sequência, o hidrogênio é colocado em um compartimento para uso posterior. Com essa forma de produção, o gás ganha o nome de hidrogênio verde (H2V). E o Brasil tem imensas vantagens competitivas neste novo negócio bilionário.


O advento do hidrogênio verde permite dizer que passamos por um momento de transição energética, e, ao passo que esse elemento for se consolidando como o combustível substituto das velhas fontes fósseis de energia, todos os setores da sociedade serão modificados: indústria, transportes, empresas que são grandes consumidoras de energia elétrica, e até mesmo o consumo doméstico. 

No que o mundo depender de fontes de energia renováveis, o Brasil tem o potencial para liderar o mercado de produção do hidrogênio verde, dado a disponibilidade de áreas para construção de parques eólicos e geração de energia solar, essenciais para a eletrólise. No caso da indústria automotiva o ganho é incomensurável. No futuro, além de abastecer o carro com o hidrogênio verde, esse mesmo veículo poderá servir como armazenador de energia e suprir a casa do dono. 

No Japão, carros à gasolina serão eliminados até 2050. O economista e empresário Roberto Giannetti da Fonseca, que estuda o assunto a fundo e tem atuado como consultor de empresas interessadas na tecnologia, conta que foram feitos testes com carros da montadora Toyota, abastecidos com hidrogênio verde, que se mostraram promissores. “O veículo não faz barulho, tem autonomia de 700 km e poluição zero”, diz. Em relação à capacidade do Brasil de liderar a produção mundial de hidrogênio verde, ele diz que “o País está para o hidrogênio verde assim como a Arábia Saudita está para o petróleo”.

O dono poderá usar o veículo abastecido com H2V como armazenador de energia e para suprir suas necessidades domésticas (Crédito:Divulgação)

No Brasil, empresas estrangeiras querem instalar um pólo de produção de H2V no Porto de Pecém, no Ceará. com investimentos de U$ 5,4 bilhões. O hidrogênio é o primeiro elemento da tabela periódica e o mais abundante do mundo, mas ele não está disponível em sua forma molecular isoladamente, só junto a outros elementos: biomassa, metano e água. A principal forma de produção ainda é a partir da utilização de combustíveis fósseis. Nesse processo, o hidrogênio é chamado de “marrom”. O desafio é substituir esse gás sujo pelo H2V. A União Europeia promete criar uma cadeia de valor para fornecer o hidrogênio 100% verde até 2030.

“A utilização do elemento foi a rota energética escolhida pela Europa e vai crescer no Brasil”, afirma Luiz Piauhylino, sócio-diretor da KWP Sunlution, empresa participante de um grupo internacional que quer desenvolver a tecnologia no País. O futuro do H2V é promissor.

Veículos movidos a hidrogênio têm motores elétricos, grande autonomia, não fazem barulho e não poluem.

Por Fernando Lavieri

Energia elétrica pode subir até 13% este ano, diz Aneel


O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, avalia que o aumento médio nas contas de luz em 2021 deve ser o maior desde 2018. A declaração foi dada na semana passada durante reunião de diretoria da agência.

Segundo Pepitone, a estimativa é que, "se nada for feito", o aumento médio fique em 13% em 2021. Esse percentual cairia para 8% com a devolução aos consumidores de uma parte dos R$ 50 bilhões em impostos cobrados a mais nas contas de luz nos últimos anos.

A proposta, em fase de consulta pública, prevê a devolução dos valores por meio de abatimento nos próximos reajustes tarifários, em até cinco anos. Ainda assim, o reajuste seria o maior em três anos - em 2018, foi de 15%.

"Estamos buscando medidas para conter a escalada tarifária. Mas cada setor tem que ajudar um pouco", disse o diretor.

De acordo com a Aneel, vários fatores pressionam os preços, entre eles o maior uso de termelétricas (em período de longa estiagem) e a disparada do dólar, que encarece as operações da hidrelétrica de Itaipu. Outra causa é a alta do IGPM, que mexe com parte dos cálculos adotados pela Aneel.

Alternativa

Em meio a uma realidade de energia elétrica cada vez mais cara, a geração solar fotovoltaica aparece como uma das alternativas mais viáveis para reduzir custos. A tecnologia permite redução de até 95% no valor das contas de luz, além de gerar energia através de fonte limpa e segura (sem interrupções).

Fontes: G1 e Agência O Globo

AES Tietê vende AES Inova à EDP por R$ 102 milhões

Energia solar — Foto: Chelsea/Unsplash

De acordo com a AES Tietê, a Inova é uma plataforma de investimento em geração solar que possui um portfólio de aproximadamente 34 megawatt-pico (MWp).

A AES Tietê e a EDP - Energias do Brasil comunicaram ao mercado há pouco que assinaram um contrato de compra e venda da AES Inova a EDP Grid. O acordo foi firmado por R$ 101,7 milhões, valor sujeito a ajustes. A operação deve ser concluída no segundo trimestre.

De acordo com a AES Tietê, a Inova é uma plataforma de investimento em geração solar que possui um portfólio de aproximadamente 34 megawatt-pico (MWp), com unidades no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

A EDP afirma que o investimento total estimado é de R$ 177 milhões, considerando o valor da aquisição e o investimento estimado para desenvolvimento de projetos. Segundo a EDP, 18 MWp dos 34 MWp totais são relativos a projetos em Minas Gerais que permitirão à EDP o desenvolvimento da obra, contratação em mercado estratégico e aproveitamento de sinergias operacionais com outros ativos da região.

A companhia também afirma que com o negócio ampliará sua carteira de geração solar em cerca de 50%.

FONTE: (Esta reportagem foi publicada originalmente no Valor PRO, serviço de informações e notícias em tempo real do Valor Econômico)

Potencial de transformação de lixo em energia em cidades grandes é de US$ 14 bilhões no Brasil


As 28 regiões metropolitanas do Brasil, com mais de 1 milhão de habitantes, poderiam gerar 18,9 TWh / ano por meio de usinas de resíduos sólidos urbanos para energia (WTE) exigindo US $ 14 bilhões, de acordo com um estudo produzido pela associação local de resíduos para energia ABREN e compartilhado com BNamericas.

O montante, que representa cerca de 3% da demanda de energia elétrica do país, poderia ser gerado por meio de 118 usinas de 20 MW (ou 59 40 MW) alimentadas por 97.000 t / d de lixo urbano.

O maior potencial identificado pela ABREN está nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, que poderiam gerar 3,719TW / ano e 2,829TWh / ano, respectivamente. Em seguida, vem o distrito federal de Brasília com 1.089TWh / ano.

Atualmente, existem 183MW de projetos WTE em desenvolvimento no Brasil: a planta URE Barueri de 20MW e 825t / d com queima massiva, que já recebeu licença de instalação; a planta de 80MW e 3.000 t / d URE Mauá com licença prévia; a planta de 38 MW, 2.000 t / d URE Baixada Santista; planta de 30MW, 1.300 t / d Ciclus / Rio de Janeiro, também com licença prévia; e a planta de 15 MW, 500 t / d Diadema com gaseificação Outotec.

Em dezembro passado, o governo brasileiro aprovou a primeira licitação de resíduos sólidos urbanos do país para produção de energia, prevista para este ano. A aprovação é uma etapa fundamental para viabilizar projetos WTE no país.

Segundo o presidente da ABREN, Yuri Schmitke, o país tem potencial para 250 usinas, cada uma com 20 MW de capacidade instalada, o que representa um investimento de R $ 160 bilhões (US $ 30 bilhões).

No entanto, para viabilizar economicamente esses projetos, a ABREN estima que as taxas de aterro sanitário locais teriam que ser aumentadas em 11 reais / t de resíduos sólidos urbanos anualmente, enquanto a tarifa de energia WTE seria obrigada a cair para 250 reais / MWh dos atuais 620 reais / MWh em 2040.

Isso poderia ser alcançado com o uso de caminhões de lixo elétricos e ônibus movidos a energia gerada nas plantas WTE. Como uma única concessionária seria responsável pela geração de energia e pelos serviços de transporte, a empresa seria categorizada como autoprodutora de energia, com isenção do ICMS (serviço), por exemplo.

“O WTE deve ser pago pelos municípios, não pelo setor de energia elétrica. Estamos trabalhando para que isso aconteça ” , disse Schmitke ao BNamericas.

Nova parceria

Na quarta-feira, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Fapesp, e a secretaria de meio ambiente assinaram um protocolo para fomentar a implantação de projetos WTE no estado.

Durante a cerimônia, o secretário de infraestrutura e meio ambiente, Marcos Rodrigues Penido, destacou que os resíduos urbanos estão ligados tanto à pauta de saneamento básico quanto de energia.

“O desperdício que poderia ser usado para gerar energia em São Paulo é enorme” , disse.

Fonte: BNAmericas

Mudanças legais podem destravar investimentos em geração de energia e gás a partir do lixo urbano em 2021


O ano de 2021 traz boas perspectivas para investimentos em fontes renováveis de energia ainda não consolidadas no Brasil. Enquanto as tecnologias de geração solar e eólica ganham cada vez mais espaço no mercado, devido ao custo competitivo, outras fontes, como biometano e recuperação energética de resíduos sólidos, podem despontar este ano, a partir de mudanças propostas na legislação e medidas infralegais.

Uma das medidas já foi aprovada no fim do ano passado, por meio da portaria 435 do Ministério de Minas e Energia, que estabeleceu o cronograma de leilões de energia para o período de 2021 a 2023. A norma prevê a participação de projetos de geração a partir de recuperação energética de resíduos sólidos nos leilões de energia nova A-5 e A-6, em setembro deste ano.

Com relação a mudanças na legislação, a Medida Provisória 998/2020, aprovada na Câmara e que está em tramitação no Senado, determina que o governo federal defina diretrizes para a implementação, no setor elétrico, de mecanismos para a consideração dos atributos ambientais dos empreendimentos, o que pode beneficiar o segmento de geração de energia a partir do lixo.

As duas iniciativas foram elogiadas pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren). Segundo a entidade, o Brasil tem potencial para a construção de até 250 usinas “waste-to-energy” (WTE), com 20 megawatts (MW) de potência instalada. Somadas ao potencial de usinas de biogás a partir de recursos sólidos urbanos, elas podem atender até 7,9% da demanda de eletricidade do país e gerar investimentos de cerca de R$ 200 bilhões.

“Queremos mudar a concepção que se tem do lixo hoje”, afirma o presidente da Abren, Yuri Schmitke.

Biometano

Em outra frente, a versão aprovada pelo Senado do projeto de lei 4.476/2020, relativo à Nova Lei do Gás, abre espaço para novos investimentos para a produção de biometano no país.

“A inserção da pauta de biometano na Lei do Gás é importante passo para o desenvolvimento de políticas que ampliarão a produção deste biocombustível. O texto aprovado no Senado, que esperamos que seja aprovado pelos deputados, dá força para a utilização do biometano como substituto do gás para todos os usos”, diz Manuela Kayath, presidente da holding MDC.

A companhia, por meio da Ecometano, planeja assinar este ano contrato com um aterro sanitário em São Paulo para a construção de uma planta de biometano a partir do biogás produzido no local. O empreendimento está previsto para entrar em operação em 2024, com a produção em torno de 50 mil m³ diários de gás natural renovável (GNR).

A companhia já possui dois projetos do tipo. O primeiro está instalado em São Pedro da Aldeia (RJ), com capacidade de 15 mil m³/dia. O outro funciona em Caucaia (CE), com capacidade de 100 mil m³/dia.

“Nosso objetivo é oferecer soluções sustentáveis para clientes”, conta Kayath. A MDC possui faturamento anual da ordem de R$ 450 milhões e Ebitda [sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de cerca de R$ 110 milhões por ano.

Biogás na Amazônia

Apesar do cenário promissor, o desenvolvimento do biogás ainda traz desafios no país. O Instituto Escolhas, associação civil sem fins econômicos que tem como objetivo qualificar o debate sobre sustentabilidade, pretende concluir em abril um estudo sobre potencial de desenvolvimento do biogás em toda a Amazônia. A primeira etapa do levantamento, concluída em dezembro e que abarcou quatro estados (Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima), indicou um potencial para gerar 136 milhões de m³/ano de biogás, o equivalente a 5 milhões de botijões de cozinha. Esse volume seria suficiente para produzir 283 GWh/ano, ou o suficiente para atender 107 mil residências.

O potencial levantado na primeira fase do estudo considerou apenas resíduos sólidos urbanos e rejeitos da psicultura nos quatro estados mencionados. Com relação aos resíduos sólidos urbanos, o instituto analisou aterros sanitários e lixões. Do potencial identificado, apenas 20% é aproveitado energeticamente.

Sobre o biogás para a psicultura, nenhum dos frigoríficos analisados pelo instituto aproveitam o biogás de restos de peixes. Apenas nesses quatro estados, os frigoríficos poderiam gerar 7,5 GWh/ano a partir dos resíduos para atender o seu próprio consumo de energia.

“Estamos debruçados na agenda da bioeconomia na Amazônia. Analisamos atividades que gerem renda e preservem a Amazônia. Um dos fatores críticos é a energia. Para alavancar as atividades [econômicas] é necessário energia. E o biogás é uma fonte limpa, flexível e descentralizada”, conta Larissa Rodrigues, gerente de projetos e produtos do Escolhas.

A especialista cita, por exemplo, o caso do Amapá, onde um incêndio em um transformador no único ponto de ligação do estado com o sistema nacional causou um blecaute, afetando 90% da população local por cerca de 20 dias. O estado, de acordo com o levantamento do Escolhas, tem potencial para gerar 15 milhões de m³/ano de biogás, volume suficiente para gerar 31 GWh/ano de eletricidade e abastecer 12 mil residências ou 50 mil pessoas.

“Grandes projetos de geração de energia na Amazônia não foram capazes de atender a toda a população local. Sem um programa de incentivos é impossível quebrar essa lógica e impulsionar projetos pilotos”, acrescenta Rodrigues.

O objetivo do instituto no momento é concluir o estudo incluindo os demais estados da Amazônia. Em seguida, o material será apresentado às autoridades.

Schmitke da Abren, no entanto, diverge da conclusão do estudo do Escolhas. Segundo ele, a região amazônica possui solo muito permeável, o que agrava a construção de aterros sanitários nessa área. Além disso, o especialista explica que as usinas de WTE têm potencial de geração entre sete e dez vezes maior em comparação com aterros com recuperação de energia a partir do gás. De acordo com a Abren, uma tonelada de lixo de biogás oriundo de aterro é capaz de gerar 65 quilowatts-hora (kwh), enquanto a tecnologia WTE tem potencial de geração de 600 kwh por tonelada de lixo.

FONTE: https://megawhat.energy/news/120095/mudancas-legais-estimulam-geracao-de-energia-e-gas-partir-do-lixo-urbano

Complexo de energia eólica da Neoenergia, localizado no sertão da Paraíba terá capacidade suficiente para abastecer mais de 3 milhões de pessoas

Parque eólico da Paraíba

A Neoenergia beneficia comunidades na região do Complexo de energia eólica Chafariz (PB) com a instalação de placas solares e expansão de energia renovável na região

O Complexo de energia eólica Chafariz é formado por 15 parques eólicos, localizados nos municípios de Santa Luzia Areia de Baraúnas, São Mamed , São José do Sabugi, Junco do Seridó (PB) todos no sertão da Paraíba. Após a entrada em operação, o empreendimento terá uma capacidade instalada de 471 MW de energia renovável, graças aos 136 aerogeradores, um dos mais modernos e eficientes do mercado, com pás de cerca de 65 metros de comprimento.

Mais energia eólica com a Neoenergia em 2022

Os 15 parques de energia eólica em processo de construção da Neoenergia possuem previsão de conclusão até 2022. Junto com Santa Luzia, localizado na mesma região, o complexo será um dos maiores do país e um dos maiores da empresa no mundo.

Compromisso social

O Complexo Eólico Chafariz na Paraíba traz benefícios com diversas iniciativas próprias da Neoenergia. Entre elas, está o apoio à Associação Comunitária das Louceiras Negras da Serra do Talhado, entidade formada por mulheres da Comunidade Quilombola da Serra do Talhado Urbana, em Santa Luzia (PB), que produz peças de barro, como panelas e vasos.


O apoio da usina da Paraíba se deu na reformulação da identidade visual, dando maior visibilidade ao trabalho feito pelas artesãs. A iniciativa da Neoenergia gerou diversos materiais de divulgação com a nova logomarca, entre banners, cartões de visita e papel timbrado, além do curso de empreendedorismo que será realizado em 2021.

A qualificação profissional dos moradores é outro compromisso socioeconômico no qual a Neoenergia se destaca. Em janeiro de 2020, foram promovidos cursos profissionalizantes para as atividades de obra civil, como pedreiro, carpinteiro, montador e elétrica básica, em parceria com o SENAI, para capacitação da mão de obra local, com foco na futura contratação no empreendimento.